No caso do psicodiagnóstico e da psicoterapia, as coisas são complicadas por dois fatores: em primeiro lugar, porque os custos (e perigos!) da psicoterapia não podem ser mensurados da mesma maneira por que se mensuram os custos da terapia médica; em segundo lugar, porque as especificidades da prática psicoterapêutica trazem para primeiro plano a relação terapeuta-paciente, com a forte exigência da consideração da pessoa do paciente, com suas idiossincrasias. Essa exigência é, talvez, a principal fonte de tensão na discussão sobre a necessidade ou conveniência do psicodiagnóstico em psicoterapia a que nos referimos anteriormente. Não se pode, entretanto, negar a exigência de algum tipo de "validação" para a prática psicoterápica, o que é, inclusive, exigência do nosso Código de Ética, e vem sendo demonstrado pelas várias discussões sobre modalidades práticas aceitas ou não pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais. Assim, ainda é necessário observar, embora com nuances, o paradigma "teoria-pesquisa-validação-prática", e, embora no Brasil essa discussão ainda esteja engatinhando, já começa a ocorrer.