SóProvas


ID
2716927
Banca
IBFC
Órgão
CBM-SE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


                                    Após a guerra

                                                            (Lima Barreto)


      Decididamente, os homens não tomam juízo e mesmo a Morte, que deve ser a soberana de todos nós, é impotente para nos pôr na cachola um pouco de bom senso elementar.

      Há um ano que as hostilidades entre povos de diversos feitios e estágios de civilização foram suspensas, após uma carnificina nunca vista nos anais da história escrita.

      As mais cruéis campanhas da antiguidade, com os seus massacres subsequentes, nada são comparadas com essa guerra que se desdobrou por todo o antigo continente.

      Cidades, aldeias, monumentos insubstituíveis do passado foram destruídos, sem dó nem piedade, à bala de canhões descomunais e pelo fogo implacável.

      Aquela região da Europa que, depois da Itália, é das mais interessantes sob o ponto de vista artístico, além de outros, foi calcada aos pés pelos exércitos alemães, arrasada, queimada. Quero falar da Flandres, tanto a belga como a francesa.

      O espetáculo após a guerra é de uma tristeza sem limites. Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentos; é o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana.

      Não se sente isso só no que se vê ou se tem notícia por aqueles que viram; mas também na fome, na miséria que lavra nas populações dos países vencidos e vencedores.

      Coisas mais invisíveis ainda enchem-nos dessa tristeza inqualificável que nos faz maldizer a espécie humana, a sua inteligência, a sua capacidade de aproveitar as forças naturais, de aprender um pouco do mistério das coisas, para fazer tanto mal.

      Os nascimentos, se não diminuíram aqui e ali, a mortalidade infantil aumentou e as crianças defeituosas ou sem peso normal surgiram à luz em número maior que nos transatos anos de paz.

      A atividade intelectual toda ela se orientou para os malefícios da guerra; e foi um nunca acabar de inventar engenhos mortíferos ou aumentar o poder dos já existentes. Os químicos, os maiores, trataram de combinar nos seus laboratórios corpos de modo a obter gases que fossem portadores da morte e misturas incendiárias que o mesmo fizessem. [...] 

“O espetáculo após a guerra é de uma tristeza sem limites. Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentos; é o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana.” (6°§)


As orações destacadas no fragmento citado são introduzidas por um mesmo conectivo. Pode-se concluir que, sintaticamente, tais orações exercem a função de:

Alternativas
Comentários
  • Participa ativamente da ação = Adjunto adnominal.

    Oceano que nos leva a grandes pensamentos...

    Se fosse passivo '' Que são levados a grandes pensamentos ''  Seria Complemento Nominal.

     

  • Discordo desse gabarito.

    a função é de sujeito

  • Toda oração adjetiva desempenha sintaticamente o papel de adjunto adnominal.

    As duas são orações subordinadas adjetivas restritivas.

  • Todos os comentários dos colegas acima estão equivocados. Notem que a banca marcou toda a oração e não apenas o QUE sendo assim funciona como adjunto adnominal da oração anterior.

    GABARITO. C

  • Toda oração adjetiva desempenha sintaticamente o papel de adjunto adnominal.

    #PMBA

  • São tantas dúvidas sobre a questão e sobre o assunto, e uns vídeo que não ajuda em nada, cadê a explicação em vídeo do professor, ajudando a entender e aprender o assunto

  • Pule o comentário do usuário "Até assumir" pois ele está equivocadíssimo.

    (...)  Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentosé o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana.”

    As orações acima são subordinadas substantivas adjetivas restritivas, pois não estão entre vírgulas.

    Elas exercem somente função de adjunto adnominal.

    Se der pra trocar o "que" por "o qual, os quais, a qual ou o qual", a oração será substantivas adjetivas.

  • ESSE "Q'' TEM FUNÇÃO DE PRONOME RELATIVO, SE É UM PRONOME RELATIVO LOGO TEMOS UMA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA , QUE POR SUA VEZ, TEM FUNÇÃO DE UM ADJUNTO ADNOMINAL.E POR CONTER VÍRGULAS É UMA ORAÇÃO SUBORDINA ADJETIVA EXPLICATIVA.

  • PORTUGUÊS

    (...) Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentosé o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana.”

    As orações acima são subordinadas substantivas adjetivas restritivas, pois não estão entre vírgulas.

    Elas exercem somente função de adjunto adnominal.

    Se der pra trocar o "que" por "o qual, os quais, a qual ou o qual", a oração será substantivas adjetivas.

  • O que exerce a função de pronome relativo em ambas as orações, uma vez que retoma a tristeza. E esse pronome relativo introduz uma oração subordinada adjetiva, já que qualifica a tristeza.

    Desse modo, se a referida oração estivesse apresentado a condição de modo, lugar, tempo, de algum verbo, adjetivo ou declaração inteira, exerceria função de adjunto adverbial, mas não é o caso.

    Como a oração exerce função de adjetivo, temos um adjunto adnominal.

  • TODA ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA É UM ADJUNTO ADNOMINAL!!!!!!!!!!