SóProvas


ID
2751367
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A importância do imperfeito


    O conceito de perfeição guia muitas aspirações nossas, seja em nossas vidas privadas, seja nos diversos espaços profissionais. Falamos ou ouvimos falar de “relações perfeitas” entre duas pessoas como modelos a serem seguidos, ou de almejar sempre a realização perfeita de um trabalho. Em algumas religiões, aprendemos que nosso objetivo é chegar ao paraíso, lar da perfeição absoluta, final de jornada para aqueles que, se não conseguiram atingir a perfeição em vida, pelo menos a perseguiram com determinação.
    Historicamente, o perfeito está relacionado com a estética, andando de mãos dadas com o belo, conforme rezam os preceitos da arte clássica. Muito da criatividade humana, tanto nas artes como nas ciências, é inspirado por esse ideal de perfeição. Mas nem tudo. Pelo contrário, várias das ideias que revolucionaram nossa produção artística e científica vieram justamente da exaltação do imperfeito, ou pelo menos da percepção de sua importância.
    Nas artes, exemplos de rompimento com a busca da perfeição são fáceis de encontrar. De certa forma, toda a pintura moderna é ou foi baseada nesse esforço de explorar o imperfeito. Romper com o perfeito passou a ser uma outra possibilidade de ser belo, como ocorre na música atonal ou na escultura abstrata, em que se encontram novas perspectivas de avaliação do que seja harmônico ou simétrico. Na física moderna, o imperfeito ocupa um lugar de honra. De fato, se a Natureza fosse perfeita, o Universo seria um lugar extremamente sem graça. Do microcosmo das partículas elementares da matéria ao macrocosmo das galáxias e mesmo no Universo como um todo, a imperfeição é fundamental. A estrutura hexagonal dos flocos de neve é uma manifestação de simetrias que existem no nível molecular, mas, ao mesmo tempo, dois flocos de neve jamais serão perfeitamente iguais. Não faltam razões, enfim, para que nos aceitemos como seres imperfeitos. Por que não?

(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 189-190)

Há forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA D

     

    O exemplo dos flocos de neve é trazido ao texto para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças (passivo)

     

     

  • Gabarito: D

    Para que haja correta construção de uma frase na voz passiva, é importante que procuremos o verbo auxiliar "ser", o verbo que esteja no particípio e reparar que o sujeito recebe a ação expressa do verbo (sujeito paciente).

    O exemplo dos flocos de neve (sujeito paciente) é trazido (verbo auxiliar "ser" + verbo no particípio) ao texto para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças

    Obs.: notem que a frase na voz analítica sempre terá um verbo a mais. Isso às vezes ajuda a resolver questões que pedem pra gente passar da passiva pra ativa ou pro inverso.
     

  • Gabarito letra d).

     

    REESCREVENDO AS DEMAIS ALTERNATIVAS DE MODO CORRETO E DESTACANDO OS ERROS:

     

     

    a) Sempre houve aspirações cuja meta era a perfeição, mas que não se cumpria por falta de determinação de quem as alimentava.

     

    * O verbo "alimentar" deve ser escrito no singular, e não no plural, para concordar com o seu sujeito ("quem").

     

    ** Além disso, na alternativa "a", não há a presença de uma voz verbal passiva.

     

     

    b) Por vezes caminham juntas a sede de perfeição e esforço pelo belo, tal como se pode constatar nas obras de arte clássicas.

     

    * O verbo "poder" deve ser flexionado para o singular para concordar com o seu sujeito oracional ("constatar"). 

     

    ** DICA: RESOLVER A Q884082, A Q875901, A Q868132, A Q855077 E A Q727885.

     

     

    c) As obras de arte modernas comportam, com frequência, a ação de algum elemento imperfeito, que* as eleva a patamares insólitos.

     

    * Deve ser escrita a forma verbal "eleva" para concordar com o seu sujeito ("que").

     

    ** O "que", nesta alternativa, é um pronome relativo, retoma a expressão "elemento imperfeito" e desempenha a função de sujeito na oração em que se encontra. Por isso, o verbo "elevar" deve ser deslocado para o singular, e não para o plural.

     

    *** Para saber se o "que" é pronome relativo, deve-se tentar trocá-lo pela expressão "o qual", "a qual", "os quais", "as quais". Se for possível realizar a troca, então o "que" é pronome relativo. Do contrário, se não for possível, o "que" não será um pronome relativo.

     

    **** Além disso, na alternativa "c", não há a presença de uma voz verbal passiva.

     

     

    d) Gabarito.

     

     

    e) A exaltação das formas imperfeitas, nas artes plásticas ou na música, ocorre sobretudo na modernidade, que** recusa a composição harmônica.

     

    * O verbo "ocorrer" deve ser escrito no singular, e não no plural, para concordar com o seu sujeito ("exaltação").

     

    ** Deve ser escrito o pronome "que", e não "em que", pois o pronome "que", nesta alternativa, é um pronome relativo, retoma a expressão "modernidade", desempenha a função de sujeito na oração em que se encontra e não existe sujeito preposicionado. O pronome "em que" deve ser utilizado para retomar palavras relacionadas a tempo, local, espaço e também para retomar um objeto indireto, um complemento nominal, mas não para retomar um sujeito.

     

    *** Além disso, na alternativa "e", não há a presença de uma voz verbal passiva.

     

     

     

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  • Comentário do André Aguiar está perfeito.

  • voz ativa:

    Para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças, o texto traz o exemplo dos flocos de neve.

  • Há forma verbal na VOZ PASSIVA  E  pleno atendimento às normas de CONCORDÂNCIA na frase:

     

    F - a) Sempre houve aspirações cuja meta era a perfeição, mas que não se cumpria por falta de determinação de quem as alimentavam[alimentava]

    se cumpria = voz passiva sintética

    'cumpria' concorda com 'meta', logo de fato fica no singular.

    De fato há voz passiva na letra "a", mas as normas de concordância não foram respeitadas, logo o item é falso.

     

    F - b) Por vezes caminham juntas a sede de perfeição e esforço pelo belo, tal como se podem constatar nas obras de arte clássicas. [caminham juntos a sede de perfeição esforço / se pode constatar]

    se pode constatar = voz passiva sintética

     

    F - c) As obras de arte modernas comportam (, com frequência,) a ação de algum elemento imperfeito, que as elevam a patamares insólitos. [algum elemento imperfeito as eleva] [está na voz ativa]

     

    V - d) O exemplo dos flocos de neve é trazido ao texto para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças. [correto! negritei a voz passiva presente nesse texto. Há voz passiva e atendimento às normas de concordância, sendo, assim, nosso gabarito]

     

    F - e) A exaltação das formas imperfeitas, nas artes plásticas ou na música, ocorrem sobretudo na modernidade, em que recusa a composição harmônica. [ a exaltação ocorre]  [está na voz ativa]

  • a -Sempre houve aspirações cuja meta era a perfeição, mas que não se cumpriam(concorda com aspirações)

    b - (nas obras de arte clássicas pode ser constatado)

    c -correto, mas esta em voz ativa

    d -correto

    e -A exaltação das formas imperfeitas ocorre (concorda com exaltação)

  • voz passiva: procure sempre por VERBO SER + PARTICÍPIO.

    GABA D : É TRAZIDO..

  • Voz passiva o sujeito sofre a ação feita pelo verbo, ao contrário da voz ativa.

  • Querstão clássica da FCC : Verbo ser ou estar + particípio resolve a questão.

  • voz passiva:

     

    Voz passiva Analítica: ser/estar/ficar + particípio. 

     

    Voz passiva Sintética: VTD ou VTDI + pronome apassivador se.

  • BIZÚ-    O exemplo dos flocos de neve é trazido (verbo ser+particípio) ao texto para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças.

    Força!

  • VERBO "SER" + PARTICÍPIO = É + TRAZIDO.

    RESPOSTA: LETRA "D".

  • VTD + Particípio = Voz passiva Analítica.

     

    Não existe VTI em voz passiva.

     

    Analítica: mais do que;

    SIntética: mais que, íssimo.

  • É trazido

    Verbo ser+particípio.

  • Resolvi do jeito mais árduo que tinha, analisando a concordância.

  • No meu entendimento, há equívoco na alternativa D

    "O exemplo dos flocos de neve é trazido ao texto para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças."

    Para mim, deveria estar isolados por vírgula.

    Dá ideia de concessão, ressalva.

  • Nunca mais erro voz passiva: SER + PARTICÍPIO = ANALÍTICA / SE apassivador = SINTÉTICA

  • Nunca mais erro voz passiva: SER + PARTICÍPIO = ANALÍTICA / SE apassivador = SINTÉTICA

  • O exemplo dos flocos de neve é trazido ao texto para ilustrar um caso em que mesmo uma rigorosa simetria pode produzir diferenças.

    VOZ PASSIVA:

    Verbo ser + verbo no particípio + agente da passiva com preposição

    Tudo ok!!

  • Erros:

    a) "houve" está correto (verbo impessoal sempre no singular), mas "cumpria" se refere a "aspirações", portanto, deveria estar no plural.

    b) "juntas" não é correto, pois o sujeito composto é "sede e esforço", portanto, seria "juntos". Além disso, por paralelismo, como está "a sede de perfeição", deveria ser "O esforço pelo belo".

    c) não há voz passiva (pedido pelo enunciado). O verbo "elevam" deveria estar no singular pois seu sujeito é "algum elemento imperfeito", retomado pelo pronome relativo "que".

    d) GABARITO. A voz passiva é "é trazido" (ser + particípio), na forma analítica.

    e) não há voz passiva (pedido pelo enunciado). O verbo "ocorrem" deveria estar no singular pois seu sujeito é "a exaltação..."