SóProvas


ID
2751370
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


A importância do imperfeito


    O conceito de perfeição guia muitas aspirações nossas, seja em nossas vidas privadas, seja nos diversos espaços profissionais. Falamos ou ouvimos falar de “relações perfeitas” entre duas pessoas como modelos a serem seguidos, ou de almejar sempre a realização perfeita de um trabalho. Em algumas religiões, aprendemos que nosso objetivo é chegar ao paraíso, lar da perfeição absoluta, final de jornada para aqueles que, se não conseguiram atingir a perfeição em vida, pelo menos a perseguiram com determinação.
    Historicamente, o perfeito está relacionado com a estética, andando de mãos dadas com o belo, conforme rezam os preceitos da arte clássica. Muito da criatividade humana, tanto nas artes como nas ciências, é inspirado por esse ideal de perfeição. Mas nem tudo. Pelo contrário, várias das ideias que revolucionaram nossa produção artística e científica vieram justamente da exaltação do imperfeito, ou pelo menos da percepção de sua importância.
    Nas artes, exemplos de rompimento com a busca da perfeição são fáceis de encontrar. De certa forma, toda a pintura moderna é ou foi baseada nesse esforço de explorar o imperfeito. Romper com o perfeito passou a ser uma outra possibilidade de ser belo, como ocorre na música atonal ou na escultura abstrata, em que se encontram novas perspectivas de avaliação do que seja harmônico ou simétrico. Na física moderna, o imperfeito ocupa um lugar de honra. De fato, se a Natureza fosse perfeita, o Universo seria um lugar extremamente sem graça. Do microcosmo das partículas elementares da matéria ao macrocosmo das galáxias e mesmo no Universo como um todo, a imperfeição é fundamental. A estrutura hexagonal dos flocos de neve é uma manifestação de simetrias que existem no nível molecular, mas, ao mesmo tempo, dois flocos de neve jamais serão perfeitamente iguais. Não faltam razões, enfim, para que nos aceitemos como seres imperfeitos. Por que não?

(Adaptado de: GLEISER, Marcelo. Retalhos cósmicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 189-190)

Numa reelaboração de um segmento do texto, mantêm-se a correção da frase e uma adequada correlação entre os tempos e modos verbais em:

Alternativas
Comentários
  •  GABARITO A

     

    BIZU: separe os verbos das frases e veja se eles estão no tempo verbal compatível.

     

     

    a) Em algumas religiões, tomávamos consciência de que o nosso objetivo era chegar ao paraíso, visto como um espaço de plenitude e perfeição. (formas pretéritas)

     

    b) Algumas teses de que iriam revolucionar a produção artística têm (tinha) a haver com a incorporação, das formas imperfeitas.

     

    c) Muitos casos de ruptura com a sede de perfeição verifica-se na exploração de novos modelos artísticos, aonde predominasse (predomina) a imperfeição.

     

    d) Se numa relação afetiva entre duas pessoas poderiam ocorrer discensões, o que de fato se pretendia eram (seriam) uma troca de afetos harmoniosos.

     

    e) Não apenas na arte, como assim também na física, o lugar do imperfeito existiria como um fator que proporcione (proporcionaria) o equilíbrio de uma determinada estrutura.

  • Gab:A

     

     b)Algumas teses de que iriam revolucionar a produção artística têm   a haver com a incorporação, das formas imperfeitas

                                                                                                                                  vírgula separando o Complemento nominal

                                                              Ter a ver = ter relação (com), dizer respeito (a)   

                                                                                Tinham a ver/ Têm a ver

     

     

     d)Se numa relação afetiva entre duas pessoas poderiam ocorrer discensões, o que de fato se pretendia eram uma troca de afetos harmoniosos.

     

  • Reescritura:            (me corrijam se estiver errada) 

    a) Em algumas religiões, tomávamos consciência de que o nosso objetivo era chegar ao paraíso, visto como um espaço de plenitude e perfeição.    (GABARITO)

     b) Algumas teses de que iriam revolucionar a produção artística tinham a ver com a incorporação (não existe a vírgula) das formas imperfeitas.

     c) Muitos casos de ruptura com a sede de perfeição verificam-se na exploração de novos modelos artísticos, em que predominam a imperfeição.

    nesse caso poderíamos manter "aonde"? (fiquei na dúvida)

     d)Se numa relação afetiva entre duas pessoas poderiam ocorrer dissensões, o que de fato se pretendia era uma troca de afetos harmoniosos.

     e)Não apenas na arte, como também na física, o lugar do imperfeito existiria como um fator que proporcionaria o equilíbrio de uma determinada estrutura.         (preferi subtrair o assim)

  • LETRA A

     

    a)Em algumas religiões, tomávamos consciência de que o nosso objetivo era chegar ao paraíso, visto como um espaço de plenitude e perfeição. CORRETO

     

    b)Algumas teses DE que iriam revolucionar a produção artística têm a HAVER com a incorporação, das formas imperfeitas. INCORRETO

       Algumas teses AS QUAIS iriam revolucionar a produção artística têm a VER com a incorporação das formas imperfeitas.    (" Algumas teses" é o sujeito do verbo "ir" por isso o pronome relativo "que" não pode vim com preposição, pois o pronome relativo tem como função refletir a palavra antecessora) 

     

     

    c) Muitos casos de ruptura com a sede de perfeição verifica-se na exploração de novos modelos artísticos, AONDE predominasse a imperfeição. INCORRETO

    Muitos casos de ruptura com a sede de perfeição verificam-se na exploração de novos modelos artísticos, EM QUE predomina a imperfeição. ( A imperfeição predomina (VTI) nos novos modelos) ( "o verbo "verificar" está na voz passiva e deve concordar com seu sujeito paciente, que é "Muitos casos de ruptura")

     

     

    d)Se numa relação afetiva entre duas pessoas poderiam ocorrer discensões, o que de fato se pretendia ERAM  uma troca de afetos harmoniosos. INCORRETO

    Se numa relação afetiva entre duas pessoas poderiam ocorrer dissensões, o que de fato se pretendia ERA uma troca de afetos harmoniosos.

     

     

    e) Não apenas na arte, COMO ASSIM também na física, o lugar do imperfeito existiria como um fator que proporcione o equilíbrio de uma determinada estrutura. INCORRETO

    Não apenas na arte, ASSIM COMO na física, o lugar do imperfeito existiria como um fator que proporcione o equilíbrio de uma determinada estrutura.

  • a) CORRETA
    b) a regência de iriam revolucionar não pede a preposição de, antes do "que"; A VER; a vírgula depois de incorporação separa indevidamente o complemento nominal.
    c) verifica-se não concorda adequadamente com "muitos casos"
    d) a grafia correta é dissensão; eram não concorda com núcleo do sujeito "troca"
    e) o verbo existiria no futuro do pretérito necessita a conjugação de "proporcione" no imperfeito do subjuntivo "proporcionasse".

  • Na letra E não seria assim a correlação verbal?

     

    Não apenas na arte, como também na física, o lugar do imperfeito existiria como um fator que proporcionasse o equilíbrio de uma determinada estrutura.

     

    futuro do pretérito + pretérito imperfeito do subjuntivo
    Ex.: Desejaria que me apresentasse àquela mulher.

  • VÁ PRO COMENTÁRIO DO THE JOKER

  • Português é mera atenção

  • ALTERNATIVA A: A redação do item está inteiramente correta, tanto na sua correção ortográfico-gramatical como na inter-relação coesiva dos modos e tempos verbais.

    ALTERNATIVA B:  O período descrito nesta alternativa está incorreto por dois motivos: o uso da preposição “de” antes do “que”, pois não há forma verbal ou nominal à direita do relativo solicitando preposição para se ligar ao termo antecedente”; além disso, o uso de “haver” está incorreto, devendo ser substituído por “a ver”.

     

    ALTERNATIVA C: Nesta alternativa, o verbo “verifica-se” está flexionado de forma incorreta, pois deveria manter concordância com “muitos casos”. Note que o “se” exerce função de partícula apassivadora, pois está ladeada de um verbo que solicita objeto direto. Além disso, o emprego de “aonde” está equivocado, pois este retoma antecedente que expresse a ideia de lugar, o que não é o caso de “novos modelos artísticos. ”. Deve-se empregar a forma “em que” no lugar de “aonde”. Por fim, para que haja correção com o presente do indicativo “verificam-se”, deve-se empregar o presente do subjuntivo “predomine”.

     ALTERNATIVA D: Nesta alternativa, temos dois erros: primeiro, a grafia da palavra “discensões”, quando o correto seria “dissensões”; depois, a flexão do verbo “eram”, que deveria estar no singular pois se relaciona a “uma troca”.

    ALTERNATIVA E: Mais uma vez temos dois equívocos: primeiro, a redundância no uso de “como assim também”, devendo ser usado apenas o “como também” ou o “assim como”; segundo, o verbo “existiria”, conjugado no futuro do pretérito do indicativo deveria se encaixar coesivamente com o pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo “proporcionar”, no caso, “proporcionasse”.

    Resposta: A

  • Achava que essa vírgula após religiões estava errada pelo fato do termo seguinte ser verbo