SóProvas


ID
2800630
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A primeira marca do príncipe soberano é o poder de dar lei a todos em geral, e a cada em particular. Mas isso não basta, e é necessário acrescentar: sem o consentimento de maior nem igual nem menor que ele.” “O soberano de uma República, seja ele uma assembleia ou um homem, não está absolutamente sujeito ..I.. leis civis. Pois tendo o poder de fazer ou desfazer as leis, pode, quando lhe apraz, livrar-se dessa sujeição revogando as leis que o incomodam e fazendo novas.”

A primeira destas frases é do francês Jean Bodin (1576). A segunda é de Thomas Hobbes (1651). Ambos conferem ao Príncipe legítimo uma potência (potestas) tal que o exercício do seu poder acha-se, como se vê, liberto de toda norma ou regra. E, para medirmos a inovação assim introduzida, basta recorrermos ..II.. frase de um teólogo do século XII: “A diferença entre o príncipe e o tirano é que o príncipe obedece à Lei e governa ..III.. seu povo em conformidade com o Direito.”

(Adaptado de: LEBRUN, Gérard. O que é poder. Tradução de Renato Janine Ribeiro e Silvia Lara. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 28-29.)


Preenchem corretamente as lacunas I, II e III do texto, na ordem dada: 

Alternativas
Comentários
  • letra a

     

    I) Não está absolutamente sujeito ..I.. leis civis, troque as leis civis por um masculino, por exemplo os estatutos, e substitua na frase, ficará: não está absolutamente sujeito aos estatutos, então utiliza-se a crase.

     

    II) Basta recorrermos ..II.. frase, faça como na anterior, troque a frase por o paragráfo: basta recorrermos ao paragráfo, crase também.

     

    III) governa ..III.. seu povo,  para responder essa última frase, verifiquei se o verbo exigia preposição "a", quem governa governa algo ou alguma coisa e não governa a algo ou a alguma coisa, portanto apenas o artigo o

     

        Uma boa dica para saber se deve ou não usar crase, é substituir a palavra feminina por uma masculina. Na frase "fui à feira", por exemplo. "Substitua 'feira' por 'supermercado'. Se o 'a' virar 'ao', o 'a' em questão tem que receber o acento grave, explica a professora Fernanda Bérgamo.

     

        Se estiver errado, por favor corrijam

  • .I.. leis civis. Não se usa crase antes de palavras femininas no plural. 

  • A crase no singular não deve ser empregada junto a palavras no plural.

    O fenômeno da crase existe quando há uma fusão (ou contração) entre a preposição "a" e o artigo definido feminino "a". Logo, se a palavra seguinte à preposição "a" for feminina, mas plural, o acento grave indicativo da crase é dispensado.

    Outra opção de corretude da construção com a crase é apresentar a contração entre a preposição "a" e o artigo definido feminino plural "as" diante de palavras femininas no plural, resultando na forma "às".

    Fonte: http://www.nilc.icmc.usp.br/nilc/minigramatica/mini/acraseeaspalavrasnoplural.htm

  • I - Não está absolutamente sujeito(sujeito pede preposição a. sujeito a que?) e leis civis pede artigo definido feminino no plural, pois o substantivo leis está flexionado no plural, logo a(preposição) + as(artigo feminino definido no plural) = ÀS 

    Não está absolutamente sujeito às leis civis. 

    II - Basta recorrermos(pede preposição a. Basta recorrermos a que?) e o substantivo frase pede artigo definido feminino no singular, logo a(preposição) + a(artigo) = à

    Basta recorrermos à frase.

    III - O verbo governar está empregado nesse caso como transtitivo direto, logo quem governa, governa alguma coisa. Governa o que? seu povo.

    Governa o seu povo em conformidade com direito.

    Espero ter colaborado!

    Bons estudos!!!

     

  • Gabarito - A

     

     

    "Não está absolutamente sujeito ÀS leis civis"

     

     

    →  O termo "sujeito" rege a preposição "a", pois quem está sujeito, está sujeito "A" algo. Como "leis" é um substantivo feminino, cabe crase.

     

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    "Basta recorrermos À frase"

     

     

    →  O termo "recorrer" rege a preposição "a", pois quem recorre, recorre "A" algo. Como "frase" é um substantivo feminino, cabe crase.

     

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    "Governa O seu povo"

     

     

    →  O verbo "governar" é transitivo direto, portanto, não rege preposição, pois quem governa, governa ALGO. Portanto, não cabe crase.

     

     

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    Em caso de dúvida, substitua o substantivo feminino por um masculino e veja se cabe preposição ou não.

     

     

    Ex.: Recorri à FRASE  /  Recorri ao TEXTO.

     

     

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    Confira o meu material gratuito --> https://drive.google.com/drive/folders/1sSk7DGBaen4Bgo-p8cwh_hhINxeKL_UV?usp=sharing

  • Confesso que tremi um pouco na frente dessa questão

     normalmente  nossa tendência é complicar  coisas simples

    Mas aí eu me lembrei que o verbo governar é VTD...rsrsrs

     

  • Errei por não prestar atenção na II


    basta recorrermos ..II.frase -->Quem recorre, recorre a alguma pessoa/coisa. VTI

  • No item l, pode haver crase antes de palavras no plural?

  • Oi, Samara Madeira. Pode sim. O que não pode é a ''crase'' estar no singular e a palavra no plural.

     

     

    Ex: Um homem está sujeito a lei:  Não terá crase, pois o ''a'' está no singular e a palavra feminina está no plural.

     

        Homens estão sujeitos às lei: Aqui ja terá crase, haja vista que os dois estão no plural.

     

     

    Boa sorte!

  • Quem está sujeito, está sujeito A+AS leis.

  • Gabarito:A

    Para resolver questões de crase, acho mais simples, além de verificar a transitividade(e pergunta que é feita ao verbo), substituir a palavra referência por uma masculina, se não ficar AO não terá crase.

    Ex: sujeito às leis civis

    sujeito ao comando civil.

  • Gabarito - A.

  • Não sou mestre em português, muitooooo longe disso, mas se é uma coisa que pelo menos eu até que sei um pouco, é a crase!

  • ...sujeito ..I..leis civis. quem está sujeito, está sujeito a + as leis civis. (às)

    ..recorrermos ..II.frase.. quem recorre, recorre a + a frase. (à)

     governa ..III.. seu povo. quem governa, governa algo ou alguma coisa + o (seu) povo.

    o artigo seria facultativo antes de um pronome possessivo que acompanha um substantivo. !!!

  • sujeito a

    recorrer a

  • absolutamente sujeito ..I.. leis civis sujeito a algo, a alguma coisa (À)

    basta recorrermos ..II.frase de um  recorre a algo, a alguma coisa (À)

    Lei e governa ..III.. seu povo governa algo, alguma coisa (o)

  • GABARITO: LETRA A

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita