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ID
2811787
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                     Uma palavra sobre cultura e Constituição


      Todas as Constituições brasileiras foram lacônicas e genéricas ao tratar das relações entre cultura e Estado. Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior. Ao Estado cumpre realizar uma tarefa social de base cujo vetor é sempre a melhor distribuição da renda nacional. Na esfera dos bens simbólicos, esse objetivo se alcança, em primeiro e principal lugar, construindo o suporte de um sistema educacional sólido conjugado com um programa de apoio à pesquisa igualmente coeso e contínuo.

      A sociedade brasileira não tem uma “cultura” já determinada. O Brasil é, ao mesmo tempo, um povo mestiço, com raízes indígenas, africanas, europeias e asiáticas, um país onde o ensino médio e universitário tem alcançado, em alguns setores, níveis internacionais de qualidade e um vasto território cruzado por uma rede de comunicações de massa portadora de uma indústria cultural cada vez mais presente.

      O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” nada tem de homogêneo ou de uniforme. A sua forma complexa e mutante resulta de interpenetrações da cultura erudita, da cultura popular e da cultura de massas. Se algum valor deve presidir à ação do Poder Público no trato com a “cultura”, este não será outro que o da liberdade e o do respeito pelas manifestações espirituais as mais diversas que se vêm gestando no cotidiano do nosso povo. Em face dessa corrente de experiências e de significados tão díspares, a nossa Lei Maior deveria abster-se de propor normas incisivas, que soariam estranhas, porque exteriores à dialética das “culturas” brasileiras. Ao contrário, um certo grau de indeterminação no estilo de seus artigos e parágrafos é, aqui, recomendável.

(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Entre a Literatura e a História. São Paulo: Editora 34, 2013, p. 393-394) 

Observando-se a construção da frase Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • D) o caso de substituição de Não creio por Não tenho a convicção, a regência seguinte passará a ser nominal. 


    CORRETO


    Complemento nominal é o termo da oração que é ligado a um nome por meio de uma preposição, completando o sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). O núcleo do complemento nominal é representado por um substantivo (ou palavra com valor de substantivo), poderá ser também representado por um pronome oblíquo,


    Convicção é substantivo abstrato. Quem tem convicção, tem convicção de...



  •  a) a oração Não creio tem por sujeito a oração subsequente. (A oração tem sujeito sim, que está em elipse. No caso, o sujeito é o pronome "Eu")

     b) no caso de substituição da forma Não creio por Não é crível, o sujeito manter-se-á o mesmo. (O sujeito passaria a ser indeterminado)

     c) os termos nos textos e da Lei Maior são complementos verbais.  (Complementos nominais)

     d) no caso de substituição de Não creio por Não tenho a convicção, a regência seguinte passará a ser nominal. 

     e) uma forma da voz ativa equivalente a que se deve propriamente lamentar é que deve ser propriamente lamentado. (Equivale a forma passiva)

  • Análise sintática da oração:  "Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior."

     

    Oração principal: Não creio

    Verbo: creio (VTD)

    Sujeito da oração principal: Sujeito Oculto (eu)

    Complemento: que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior (OD) -> Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

     

    Oração subordinada: que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior.

    Verbo pronominal: se deve 

    Sujeito: lamentar esse vazio

    Adjuntos adverbiais: propriamente 

     

    Apontem caso haja algum equivoco.

    Bons estudos!

     

     

     

     

  • Carol, na alternativa b, o sujeito não seria a oss?
  • Boa noite. Deus abençoe. Também acredito nisso, Paulo Josimar
  • a pronto, agora até emagrecimento vão postar aqui...

  • a) É objeto direto.

    b)Se isso fosse feito, a oração seguinte passaria a ser sujeito.

    c) "nos textos" é adjunto adverbial; da Lei Maior é adjunto adnominal

    d) certaa: Não tenho a convicção "DE" que[...] a preposição "de" rege o nome convicção

    e) Voz passiva

  • Considerações

     

    Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior

     

     a) a oração Não creio tem por sujeito a oração subsequente.  Errado, há um sujeito oculto: Eu não creio que se deve propriamente....  Aqui, tem-se uma oração subordinada substantiva objetiva direta, haja vista que exerce a função de objeto direto em relação à oração principal. Exemplos:  Maria esperou que o marido voltasse. / Creio que ele virá hoje.

     

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     b) no caso de substituição da forma Não creio por Não é crível, o sujeito manter-se-á o mesmo. Errado, percebe-se que passa a ter um sujeito oracional: Não é crível  que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior.  Outros exemplos de sujeito oracional: É necessário que ......./ Espera-se que....../ É certo que a presença do amigo o sossegava um pouco. 

     

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     c) os termos nos textos (adjunto adverbial) e da Lei Maior (adjunto adnominal) são complementos verbais.  Errado:  Adj. Adverbial é a palavra ou expressão que acompanha um verbo, um adjetivo ou um advérbio modificando a natureza das informações que esses elementos transmitem.  Há de se ter em mente que "nos textos" completa o sentido do adjetivo "vazio". Já no caso do adj. adnominal completa sentido de um substantivo. 

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     d) no caso de substituição de Não creio por Não tenho a convicção, a regência seguinte passará a ser nominal.  Correta, uma vez que há a  troca do verbo por um substantivo, bem como a regência da  palavra "convicção" exige a preposição DE alguma coisa. 

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     e) uma forma da voz ativa equivalente a que se deve propriamente lamentar é que deve ser propriamente lamentado. Errado, não ocorreu a mudança para a voz ativa, haja vista que a transformação passou da voz passiva pronominal para a voz passiva analítica: verbo ser + particípio - deve ser lamentado. 

  • Carol, no caso da B, o sujeito será oracional.


    Não é crível que se deve propriamente lamentar esse vazio


    Isso não é crível

  • Corroborando os comentários de alguns colegas, e respondendo a pergunta do Futuro TJ:

    na alternativa B o sujeito é oracional, e não indeterminado.

  • LETRA B - No caso de substituição da forma "Não creio" por "Não é crível", o sujeito manter-se-á o mesmo. 

    Certamente altera o sujeito. Quando se utiliza o "não creio" o sujeito está oculto [EU]. No entanto, quando é utilizado "Não crível", o sujeito passa ser a oração que segue, ou seja, sujeito oracional. Vejam:

    FRASE: Não crível que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior. O que é não crível? Isso! 

  • d)Na convicção de, a regência passa a ser nominal.

  • Não tenho a convicção de que se deve.... quem tem convicção, tem convicção de algo.

    A regência passaria a ser nominal, pois convicção é substantivo abstrato.

  • Arrisco dizer que o comentário mais curtido é o mais errado. Horrível.

    O comentário da Simone F. está bom.

  • Observando-se a construção da frase Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior, é correto afirmar que

    ResponderParabéns! Você acertou!

    Correção:

    A. Oração subordinada objetiva direta = (eu) Não creio que....

    B. Oração subordinada substantiva subjetiva = Não é crível isso.

    C. VAZIO (substantivo abst.) nos textos da Lei Maior (CN)

    D. Não tenho convicção de que... Oração subordinada completiva nominal.

    E. Que deve ser lamentado = voz passiva

    Gabarito: D

  • Seria passível de recurso.

  • Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da lei maior

    a) O item "A" está errado pois a segunda oração tem função sintática de Aposto, visto que o verbo crer é intransitivo.

    b) O item "B" está errado pois ao se substituir "Não creio" por "Não é creível" a segunda oração irá exercer a função sintática de sujeito.

    c) O item "C" está errado porque "nos textos" e "da lei maior" complementam os substantivos "vazio"" e "texto" não sendo complementos verbais.

    d) O item "D" está correto já que na substituição do verbo crer pelo substantivo convicção há a necessidade da introdução da preposição de exigida pelo nome.

    e) O item "E" está errado, se utilizarmos a forma deve ser propriamente lamentado também ocorrerá voz passiva analítica.

  • Letra A – ERRADO - O sujeito da oração “Não creio” é o pronome reto oculto “Eu”.

    Letra B – ERRADO - O sujeito da oração “Não creio” é o pronome reto oculto “Eu”. Já o sujeito da oração “Não é crível” seria a oração “que se deve propriamente lamentar...”.

    Letra C – ERRADO – Trata-se de um adjunto adverbial.

    Letra D – CERTO – De fato! A forma verbal “creio” tem como complemento a oração “que se deve propriamente lamentar...”. Com a alteração proposta, a mesma oração complementa o nome “convicção”.

    Letra E – ERRADO – A construção “que se deve propriamente lamentar” está redigida na voz passiva pronominal ou sintética. A reescrita proposta “que deve ser propriamente lamentado” está redigida na voz passiva analítica.

  • Com o passar dos anos estudando essa matéria do cão, vejo que ando acertando com extrema facilidade alguns pontos que sempre errava... fácil não fica, mas você fica melhor a cada dia!

    Em 01/07/20 às 16:34, você respondeu a opção D.

    Você acertou!

    Em 10/09/19 às 15:15, você respondeu a opção A.

    Você errou!

    Em 22/03/19 às 18:28, você respondeu a opção E.

    Você errou!

    Em 17/12/18 às 18:18, você respondeu a opção A.

    Você errou!