SóProvas


ID
2814100
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de Macapá - AP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Há pouco, em belo artigo, anunciou-se num jornal “a morte da voz humana”. Nenhum exagero no título. Um software que “aperfeiçoa” a afinação dos cantores está criando padrões de perfeição inatingíveis para humanos, oferecendo a recompensa sem esforço e tornando dispensáveis a vocação, o talento e o mérito na música popular. “É como se Ronaldinho Gaúcho usasse uma chuteira que acertasse o gol por si. Treinar pra quê?”

      O grito de protesto foi dado por quem tem toda a autoridade para fazê-lo: João Marcello Bôscoli, músico, produtor e diretor de gravadora. Como se não bastasse, é filho de Elis Regina e do compositor Ronaldo Bôscoli, um dos criadores da bossa nova, e enteado do pianista César Camargo Mariano, com quem Elis se casou ao se separar de Bôscoli. Nunca houve gente mais exigente em música.

      Para João Marcello, pior até do que dar afinação a quem não tem, o programa faz com a voz o que outro já fez com a figura humana. Assim como um software de retoque fotográfico “gerou um padrão estético em que poros, rugas de expressão e outras características se tornaram defeitos”, o software de afinação passa o rodo e “corrige” tudo o que considera imperfeito num cantor: afinação, respiração, pausas, volume, alcance − sem se importar se pertencem à sua expressão e emoção.

      Ele vai mais longe: “Hoje em dia, tomamos remédio quando sentimos tristeza, dopamos as crianças quando estão agitadas, passamos horas no computador quando nossa vida nos parece desinteressante” etc. − e “usamos softwares de afinação quando temos um cantor desafinado”.

      O filho da cantora mais afinada do Brasil defende os desafinados no que eles têm de mais precioso: sua falível condição humana, essencial à obra de arte.


(Adaptado de: CASTRO, Ruy. A arte de querer bem: crônicas. Rio de Janeiro: Sextante, 2018. Edição digital) 

Considerando-se o contexto, afirma-se corretamente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito - A

     

     

    a) No segmento sem se importar se pertencem à sua expressão e emoção, a crase pode ser suprimida sem prejuízo da correção.

     

     

    →  Correto.

     

     

    Casos de crase facultativa:

     

     

    - Diante de nomes próprios femininos. Ex.: Sérgio entregou o livro à Isabela.

     

    - Diante de pronome possessivo feminino. Ex.: Sérgio entregou o livro à sua mãe.

     

    - Depois da preposição até. Ex.: Sérgio foi até à ávore.

     

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    b) No segmento sua falível condição humana, essencial à obra de arte, o sinal de crase pode ser suprimido sem prejuízo da correção.

     

     

    →  Errado, a crase, nesse caso, é obrigatória, pois o termo "essencial" rege a preposição A.

     

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    c) O segmento sublinhado em Para João Marcello, pior até do que dar afinação a quem não tem exprime noção de finalidade

     

     

    →  Errado, o "para" nessa oração está expressando uma ideia conformativa, e poderia ser substituído por "segundo" ou "consoante". Ex.: Segundo João Marcelo [...].

     

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    d) Na frase É como se Ronaldinho Gaúcho usasse uma chuteira que acertasse o gol por si, o pronome sublinhado retoma “Ronaldinho Gaúcho”.

     

     

    →  Errado, o pronome sublinhado está retomando o termo "chuteira".

     

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    e) Sem prejuízo da correção, o segmento Nenhum exagero no título pode ser reescrito do seguinte modo: Não houve quaisquer exagero no título. 

     

     

    →  Errado, o termo "quaisquer" deve concordar com "exagero", ficando "qualquer".

     

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  • Na alternativa (A) o que é facultativo é o artigo.


    Nessa oração a crase é obrigatória:

    Ele sempre reza preces às suas divindades.

  • Correta, A


    Uso facultativo da crase -> pronomes possessivos feminino (sua / minha).


    Uso proibido da crase -> pronomes demonstrativos (esta / essa).

  • Letra A. Pode pq ela é facultativa.

  • Sergio Farias, uma correção na alternativa B

     O termo essencial pede a preposição A, mas a crase se torna obrigatória pelo artigo A que neste caso é obrigatório antes de obra de arte

  • Uso facultativo da crase -> pronomes possessivos feminino (sua / minha), depois de até e diante de nomes próprios femininos (Maria, Fernanda)


  • Diante de pronome, crase passa fome !

  • No segmento sem se importar se pertencem à sua expressão e emoção (3° parágrafo), a crase pode ser suprimida sem prejuízo da correção. À SUA (FACULTATIVO) - ÀS SUAS (OBRIGATÓRIO)


    No segmento sua falível condição humana, essencial à obra de arte (último parágrafo), o sinal de crase pode ser suprimido sem prejuízo da correção. ESSENCIAL A + OBRA (FEMININO) - OBRIGATÓRIA


    O segmento sublinhado em Para João Marcello,(segundo João...) pior até do que dar afinação a quem não tem (3° parágrafo) exprime noção de finalidade. 


    Na frase É como se Ronaldinho Gaúcho usasse uma chuteira que acertasse o gol por si (1° parágrafo), o pronome sublinhado retoma “Ronaldinho Gaúcho”.


    Sem prejuízo da correção, o segmento Nenhum exagero no título (1° parágrafo) pode ser reescrito do seguinte modo: Não houve quaisquer (plural) certo seria QUALQUER exagero no título. 


  • Pronome possessivo feminino no singular, a crase é facultativa.

  • Crase:


    1) Facultativa: Pronome no singular

               Escrevi a (à) sua irmã.


    2) Obrigatória: Pronome no plural

               Escrevi às suas irmãs. (preposição a + artigo as)


    3) Proibida: “a” é apenas preposição

               Escrevi a suas irmãs.

  • A crase é facultativa diante de pronomes possessivos femininos sua e minha (no singular).

     

    b) caso de crase obrigatória;

    c) noção de conformidade (Segundo João Marcello, Conforme afirma João Marcello);

    d) o pronome que é relativo e retoma o termo chuteira;

    e) as duas formas corretas seriam: "Não houve qualquer exagero." ou "Não houve quaisquer exageros." É preciso que haja concordância: ambos no singular ou ambos no plural. Lembrando que, nesse caso, o verbo haver é impessoal e, portanto, não flexiona, devendo ser mantido em ambos os casos no singular.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

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    Gabarito: A

  • ATÉ A POSSE DILMA

    depois de ATÉ

    A ntes de pronome POSSE ssivo fem.

    antes de nome PROPRIO fem

    Crase é facultativa!

  • Gabarito: A.

    sua = caso de crase facultativa.

  • QUESTÃO DADA... REGRA DA FACULTADA.

  • Casos Facultativos (Pode-se empregar facultativamente o acento grave):

    1. Após a preposição “até”: • Caminharemos até a sala do diretor.

    2. Diante de pronome possessivo feminino: • Ninguém fará menção a sua citação.

    3. Diante de substantivo próprio feminino: • Houve uma homenagem a Cecília.

    Obs.: não se emprega acento grave com nomes históricos ou sagrados.

    4. Diante da palavra “Dona”. • Enviamos a correspondência a Dona Nádia.

    Fonte: Aulas do Professor Jamilk

  • a) CERTA. Crase facultativa em função do pronome possessivo feminino.

    b) Crase obrigatória.

    c) Sentido de opinião.

    d) Retoma chuteira.

    e) Qualquer exagero ou quaisquer exageros.

  • Correta a letra A.

    Quando o pronome possessivo feminino acompanha o substantivo, o sinal indicativo de crase é facultativo.

    Quando o pronome possessivo feminino substitui o substantivo, o sinal indicativo de crase é obrigatório!

  • GABARITO: A.

     

    Antes de pronomes possessivos femininos, o uso da crase é facultativo.

    ex.: minha, sua, tua, nossa...

  • Para gravar os casos facultativos de crase, grave esta frase mnemônica:

    ATÉ SUA MARIA

    É FACULTATIVO:

    Após a preposição "até

    antes dos pronomes possessivos femininos (sua - tua - minha - nossa - vossa)

    antes de nomes de mulheres.

    .

    Vou até as 10h.

    Vou até às 10h.

    .

    Diga a sua tia tudo.

    Diga à sua tia tudo.

    .

    Refiro-me a Maria.

    Refiro-me à Maria.

    ________________________________________________________________________________________

    Para gravar os casos proibidos, basta memorizar esta frase mnemônica:

    Para um homem dizer tudo a mulheres cara a cara.

    para: após preposições

    um: artigo indefinidos

    homem: palavras masculinas

    dizer: verbos 

    tudo: pronomes 

    a mulheres: a seguido de plural

    cara a cara: palavras repetidas

  • Quando vc acha que vai ser difícil, aí vê de cara a alternativa A

  • Crase é facultativa em 3 casos APENAS, sendo eles:

    - nome de mulher

    - pronome passivo

    - até

    GABARITO LETRA A

  • Tranquilize-se, aspiro àquela (A ESTA) vaga específica, e não à sua (facultativa).

  • Essa tem que ir pela mais certa. Porém, a B está corretíssima: poderíamos tirar a crase? Sim, claro, mas agora a "Obra de arte" estaria e em sentido genérico, e não naquele mencionado do texto.

    Correção gramatical mudaria? Não, pois a preposição exigida estaria ali tranquilamente; e o sentido? Esse, sim, mudaria.

  • a) crase facultativa quando anteposto a um pronome possessivo feminino.

  • LEMBRANDO QUE: OS PRONOMES POSSESIVOS FEMININOS SE NO PLURAL RECEBEM SIM A CRASE. DESDE QUE, CLARO, O ARTIGO( A + PREP.) ESTEJA TAMBÉM NO PLURAL " ÀS".