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ID
2820109
Banca
IDECAN
Órgão
CRF-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As ações de vigilância sanitária estão fortemente associadas ao sentido de bem-estar da população. Não foi por outro motivo que o Conselho Federal de Farmácia fez gestões, com vistas a sensibilizar autoridades de todos os Poderes a que definissem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e criassem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que veio a acontecer, em 1999, por força da Medida Provisória 1.791, convertida na Lei 9.782, publicada em 26 de janeiro daquele ano. Entendíamos que o Brasil tinha uma enorme necessidade de um órgão central dotado de uma superestrutura que pudesse coordenar todas as atividades do setor.

      A lei que a criou deixa claro que a sua finalidade institucional é promover a proteção da saúde da população, por meio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.

      Este vasto conjunto de atribuições de vigilância exige uma complexa capacitação técnica de quem o executa. O farmacêutico é o profissional dotado desta capacitação.

      Tem uma profunda formação acadêmica, vastos conhecimento científico e preparação técnica, além de amparo legal, o que faz dele o profissional insubstituível para proceder a verificação de riscos sanitários associados à fabricação, à manipulação, ao transporte, armazenamento e distribuição de produtos, como drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e outros para a saúde.

      Por tudo, as ações de fiscalização realizadas pelo farmacêutico são privativas suas e identificadas como sendo de alto grau de risco sanitário, em consonância com o inciso III do artigo 1º do Decreto nº 85.878/1981. Significa que o objeto de sua atividade fiscalizadora jamais pode ser licenciado, sem que seja submetido à sua fiscalização.

(Walter da Silva Jorge João, Presidente do Conselho Federal de Farmácia. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/cartilha%20vigil% C3%A2ncia%20sanit%C3%A1ria08Dez2017.pdf. Fragmento.)

Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto caso a expressão “bem como” em “bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados.” (2º§) fosse substituída por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A    

     

    As conjunções comparativas introduzem uma oração que traz uma comparação ou contraste em relação à oração principal.  

     

    A palavra “bem como” tem sentido comparativo e pode ser trocada por “tal como”.  

     

    Segue abaixo uns exemplos de conjunções, lembrando que não basta somente decorá-las, tem que entendê-las:   

     

     

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

     

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. 

    Aditivas:  e, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, assim...como. 

    Explicativa:  isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto.

    Alternativa: ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora.

     

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • ALTERNATIVA A)

     

    A conjunção "bem como", de acordo com Evanildo Bechara, classifica-se originalmente como uma conjunção coordenativa aditiva, pois apresenta uma ideia de adição, acréscimo, como: enemmas tambémmas aindasenão também, como tambémbem como. Tais conjunções podem ter outra classificação a depender do contexto.

     

    No caso específico dessa questão eu não consegui visualizar essa conjução (bem como) com valor comparativo, o qual é atribuído à conjunção tal como. Vejam: 

     

    "A lei que a criou deixa claro que a sua finalidade institucional é promover a proteção da saúde da população, por meio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados". 

     

    Percebam que há uma enumeração (com acréscimos) das formas pelas quais se promoverão a saúde da população. Portanto, não há alternativa correta, visto que as outras conjuções não se encaixam na referida substituição. 

     

    Me avisem qualquer coisa errada!

  • GABARITO: LETRA A

  • GABARITO: LETRA A

  • Também não vi sentido de comparação em "bem como", mas o gabarito final deixou como correta a letra A mesmo...

  • Concordo com a Ana Beatriz Pereira!

  • Resolução dessa questão pelo IMP concursos: https://www.youtube.com/watch?v=xhunWw7KP28

    A partir de 35:38

  • "Tal como" aditiva? ata

  • Acredito que o lance seja o seguinte: considerar apenas a relação de "bem como" com "tal como".

    Não importa o que traz o texto. É louco isso, mas se está aplicado de maneira equivocada no texto, a resposta também vai manter essa lógica.

    Não é para corrigir o texto, é para manter a coerência (sentido original do texto). E isso, conseguimos trocando 'laranja' por 'laranja'.

  • Bem como é sentido aditivo, e tal como é comparativo. Eu fui na A porque de todas ela era a única mais próxima em questão de sentido

  • Essa banca adora inovar!!!

  • Será que não numeram as linhas? Vamos ter que ficar caçando onde está ?

  • bem como, a meu ver, pode ser substituído por além de, aí tu procura isso nas opções e não acha.

    tal como é a menos pior, num universo em que as piores tão bem piores... por isso que a resposta é A.