Para resolver esta questão, você precisa de instruções a respeito dos seguintes conteúdos gramaticais: Identificação de tempo e modo verbal, além do conceito de oração.
Vejamos cada um deles, em suas especificidades:
(I) Tempo e modo verbal: existem três modos verbais: o indicativo, empregado para expressar fatos, defesa de pontos de vista e manifestação de verdades universais; o subjuntivo, utilizado para explicitar ideia de condição, desejo de que algo se realize ou hipótese; e o imperativo, utilizado em contexto de ordem, súplica e conselho.
(II) O conceito de oração: todo enunciado que contém verbo é denominado oração. A partir dessa definição, os elementos fundamentais da oração devem ser conhecidos, para melhor composição de orações, períodos e até parágrafos. O termo mais importante das orações é o verbo, sem os quais essas estruturas não existem. Em relação às suas funções oracionais, os verbos podem ser transitivos (quando “pedem" complemento para preencher o sentido), intransitivos (quando já têm sentido completo, não precisando de complementação) e de ligação (quando não exprimem ação, apenas conectam o sujeito às suas características). Outro termo fundamental é o sujeito, pois é ele quem concorda com verbo em número. Todo sujeito da oração se identifica com a pergunta que devemos fazer ao verbo: que ou quem?
Com base nas orientações anteriores, retomemos às opções. Importante frisar que devemos assinalar como resposta a opção cuja afirmativa esteja INCORRETA:
A) A forma verbal “tenho" está no modo indicativo, por isso expressa uma ideia de certeza.
AFIRMATIVA CERTA, alternativa CORRETA.
De acordo com as instruções referentes aos conteúdos da questão, verificamos que o modo indicativo é empregado para expressar os fatos e a defesa de opiniões. Sendo assim, é o modo das certezas, seja pela prova do fato, seja pela convicção de uma opinião. Além disso, conseguimos identificar estruturalmente uma forma verbal de qualquer modo retomando os seus paradigmas de conjugação. Caso tentássemos continuar a conjugação de “ter", seguindo a primeira pessoa do singular “tenho", chegaríamos à conclusão que se trata de uma forma do presente do modo indicativo: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes, eles têm.
B) A forma verbal “tiver" está no modo subjuntivo, pois indica uma hipótese ou uma possibilidade.
AFIRMATIVA CERTA, alternativa CORRETA.
“Tiver" expressa sentido de que algo pode acontecer no futuro. Caso pensemos em orações com esse verbo, como quando eu tiver uma bicicleta, farei mais exercícios físicos, fica evidente que a ideia de possibilidade está presente. Ademais, para obter essa conjugação e outras desse paradigma, observe que precisamos de um conectivo de apoio, como SE (que expressa condição), ou até mesmo QUANDO (que pode expressar futuro hipotético): Se eu tiver, Quando eu tiver.
C) A formal verbal “mora" admite como sujeito o substantivo “tristeza".
AFIRMATIVA CERTA, alternativa CORRETA.
Se fizermos a pergunta ao verbo para identificação de seu sujeito, nesse contexto teremos: “que ou quem mora comigo"?. A resposta, imediatamente, seria “a tristeza". Observe também que, se colarmos o termo do qual suspeitamos ser o sujeito no início da oração e a estrutura ficar coerente, teremos a prova de que esse termo é realmente o sujeito. Isso porque, segundo as gramáticas do Português, o padrão de uma oração clara e bem organizada é com o sujeito no início e o verbo em seguida: “tristeza mora comigo".
D) O sujeito da oração “Alegria eu não tenho" é “alegria", pois é o substantivo ao qual o verbo se refere.
AFIRMATIVA INCORRETA, alternativa INCORRETA.
Como bem sabemos, reconhecemos o sujeito de uma oração fazendo a pergunta ao verbo. Nesse contexto: “que ou quem não 'tenho' alegria", a resposta seria, imediatamente, “eu". Esse é um caso de sujeito que reconhecemos pela desinência do verbo (terminação verbal), sendo por isso classificado como sujeito desinencial, que é o antigo “sujeito oculto". Como fica evidente, a palavra “alegria", não sendo o sujeito, se relaciona com o verbo “ter" por complementação: sendo um complemento que não tem preposição, trata-se de um objeto direto.
E) O verbo “jogarei", no poema, é transitivo, pois “tristeza" completa seu sentido.
AFIRMATIVA CERTA, alternativa CORRETA.
Na pergunta de identificação do sujeito, “que ou quem 'jogarei' tristeza fora", a resposta é “eu". Assim sendo, “tristeza" é um complemento do verbo, pois preenche o seu sentido e o faz sem ser introduzida por preposição. Há, portanto, um verbo transitivo direto (cujo complemento não é preposicionado), pois está ligado a um objeto direto.
Resposta: D