SóProvas


ID
2965963
Banca
NC-UFPR
Órgão
Prefeitura de Curitiba - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   O aplauso de pé, por Ruy Castro


      Glenda Jackson, a atriz britânica, acaba de estrear com “Rei Lear” na Broadway. Ela é danada. Nos anos 90, trocou sua carreira no cinema e no teatro por uma cadeira no Parlamento, candidatou-se a prefeita de Londres pelos trabalhistas e foi cogitada para o cargo de ________. Voltou ao palco e, ________ tempos, foi homenageada numa cerimônia em que estavam presentes diversas categorias de cabeças coroadas. Quando seu nome foi anunciado e ela surgiu no palco, a ________ a aplaudiu de pé por longos minutos. Glenda esperou os aplausos silenciarem, sorriu e disse: “Em Londres, não aplaudimos de pé”.

      Aplausos, tudo bem – ela diria –, mas ________ de pé? Representar direito o papel é a obrigação do ator. O aplauso sentado é mais que suficiente.

      Sempre foi assim. Ao surgir no cinema, com filmes como “Delírios de Amor” (1969) e “Mulheres Apaixonadas” (1971), de Ken Russell, e “Domingo Maldito” (1971), de John Schlesinger, foi como se viesse de um planeta mais adulto que o nosso. De saída, ganhou dois Oscars – que aceitou, mas não foi receber. E, embora fosse filha de um pedreiro e de uma faxineira, nunca escolheu seus ________ pelo que lhe renderiam em dinheiro, mas pelo que exigiriam dela como atriz. Aliás, o cinema nunca foi sua primeira opção, daí ter feito poucos filmes. O teatro, sim.

      Se fosse uma atriz brasileira de teatro, Glenda Jackson teria de repetir todas as noites sua advertência sobre aplaudir de pé. No Brasil, assim que qualquer espetáculo termina, todos se levantam e, tenham gostado ou não, começam a bater palmas. Se já se começa pelo aplauso de pé, o que será preciso fazer quando tivermos realmente gostado de um espetáculo?

      Neste momento, haverá outra atriz no mundo disposta a encarar o papel de Rei Lear? É uma peça de três horas e meia e serão oito récitas por semana. Glenda está com 82 anos. Isto, sim, é caso para aplaudir de pé.

(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2019/04/o-aplauso-de-pe.shtml)  

No trecho “Aliás, o cinema nunca foi sua primeira opção, daí ter feito poucos filmes”, a oração grifada indica:

Alternativas
Comentários
  • As relações de causa/consequência são expressar por: O FATO DE ... FAZ COM QUE ...

    O FATO DE o cinema nunca ter sido sua primeira opção FEZ COM QUE tenha feito poucos filmes

     

    Observem que a causa de ter feito poucos filmes é o fato de cinema nunca ter sido sua primeira opção. Logo, a consequência de o cinema nunca ter sido sua primeira opção, é o fato de ter feito poucos filmes.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B

  • GABARITO: LETRA B

    → Aliás, o cinema nunca foi sua primeira opção, daí ter feito poucos filmes.

    → Pelo cinema não ser a sua primeira opção → consequência → ele fez poucos filmes.

    → O joguinho do O FATO DE...FEZ QUE → O FATO DE (CAUSA) o cinema nunca ter sido sua primeira opção FEZ QUE (CONSEQUÊNCIA) tenha feito poucos filmes.

     

    Força, guerreiros(as)!! ☻

  • "Aliás,o cinema nunca foi sua primeira opção": É a oração principal e é é classificada como causal,pois indica o MOTIVO da segunda oração

    "daí ter feito poucos filmes" : Oração subordinada adverbial consecutiva;indica efeito/consequência.

    Não existe causa sem efeito e vice-versa.

    Foco,Força e Fé!

  • “Aliás, o cinema nunca foi sua primeira opção, (em consequência disso) daí ter feito poucos filmes”.

  • Esse Qconcursos já foi bom, mas ultimamente está péssimo. Questões todas duplicadas e até quadruplicadas.

  • o motivo/causa dela ter feito poucos filmes foi que o cinema nunca foi sua primeira opção.

    relação causa/consequência

  • PC-PR 2021

  • Para os Não Assinantes: Gabarito: B