SóProvas


ID
3038356
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Ji-Paraná - RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

             Qual a utilidade de dez minutos por dia, em um dia comum?


      Não é essencial muita reflexão para se perceber que dez minutos é tempo curto demais para a maior parte das atividades cotidianas. Uma bela mulher gasta mais tempo para se arrumar, e um homem, mesmo que pouco vaidoso, gasta mais que isso para tomar um banho rápido, fazer a barba e pentear o cabelo.

      Dez minutos diários de caminhada é melhor que nada, mas insuficiente para uma perda mensal de peso significativa, e esse mesmo tempo em uma sala de ginástica é reduzido para exercícios aeróbicos ou atividades múltiplas de musculação. Se a receita é reduzir o colesterol e melhorar a condição cardiorrespiratória, esse ínfimo tempo é quase nada e, se proposto como receita para melhorar a condição física, certamente provocaria risos.

      Dez minutos diários em deslocamento nos veículos públicos quase não nos tira do lugar, e um almoço com essa duração seria certamente um risco para a saúde. Dez minutos de sono é menos que um cochilo, e uma boa paquera jamais se contentaria com um tempo assim reduzido.

      Em síntese, a real utilidade de dez minutos em um dia comum passa quase despercebida por sua inútil validade e se distancia do tempo que gastamos para um excelente trabalho, um bom descanso, uma ótima alimentação ou cuidados com o corpo e a elegância.

      Encare, agora, os mesmos dez minutos por outro ângulo. Imagine uma pessoa que reserve essa fração quase inútil de seu dia para um momento de leitura. Ou para uma firme decisão de bem empregar esse tempo, ainda que apenas esse tempo.

      Um leitor comum costuma ler cerca de 150 palavras por minuto, sendo assim, em dez minutos, lê 10 500 palavras, ou um pouco mais. Uma página de um livro de ficção normal reúne cerca de 500 palavras - quase o mesmo que esta crônica. Logo, nesses dez minutos, esse leitor, sem pressa ou correria, teria devorado nada menos que três páginas. Em uma semana estaria chegando a cerca de 20 páginas, e em um mês poderia ter lido 90 páginas. Um bom livro de qualquer assunto costuma abrigar em média 150 páginas e, nesse caso, o nosso leitor estaria, com folga, lendo um livro a cada dois meses, portanto, seis livros por ano. Se for cuidadoso e souber fazer boas escolhas, com esse acervo formidável, muda sua vida, amplia seus pensamentos, agrega cultura para conversar, paquerar, argumentar e decidir. Curiosamente, aquele mesmo tempinho diário que não muda o corpo, nada faz pela pessoa e pouco agrega às relações pessoais, aplicado em uma leitura muda a cabeça, embeleza a alma.

      Agora, para que seus pensamentos possam voar, imagine que a lógica irrefutável desses argumentos seja apresentada a uma criança de 10 anos que, entusiasmada, adote a prática. Quando chegar aos 30 anos, terá lido nada menos que 120 livros e, assim, escancarado as portas para o conhecimento, a cultura, a beleza e a descoberta, em si mesmo, de tudo quanto a vida é capaz de proporcionar.

            Celso Antunes. (Em www.celsoantunes.com.br.) Acesso em 22/ 12/2017 

Se a oração destacada em: “Não é essencial muita reflexão PARA SE PERCEBER QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS...” for desenvolvida, o verbo deverá assumir a forma:

Alternativas
Comentários
  • Onde está você, ☠️ Arthur Carvalho ☠️ !

    OUHASODIUHASOIUD

  • gab-e

    todas as outras opções apresentao mudança na pessoa plural ou sg

  • Orações reduzidas são aquelas que não são introduzidas por conjunções e que possuem verbos nas suas formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.

    Orações desenvolvidas são e que introduzidas por um pronome ou conjunção são formadas por um verbo no indicativo ou no subjuntivo.

    EX: Reduzida: É essencial comparecer no evento

    Desenvolvida: É essencial que você compareça no evento.

  • ☠️ Arthur Carvalho ☠️ !

    Cadê você?

  • GABARITO: LETRA E

    → “Não é essencial muita reflexão PARA SE PERCEBER QUE DEZ MINUTOS É TEMPO CURTO DEMAIS...” → temos uma oração adverbial final reduzida do infinitivo (marcada pela conjunção subordinativa final "para"), o "se" é uma partícula apassivadora: para se perceber ISSO (ISSO seja percebido).

    → desenvolvendo-a, vamos incluir o "que": reflexão PARA QUE SE PERCEBA, testando nas outras opções:

    A) percebermos. → PARA QUE SE PERCEBEMOS (SEM LÓGICA).

    B) percebíamos. → PARA QUE SE PERCEBÍAMOS (SEM LÓGICA).

    C) percebéssemos. → PARA QUE SE PERCEBÊSSEMOS (SEM LÓGICA), o acento original está incorreto.

    D) percebo. → PARA QUE SE PERCEBO (SEM LÓGICA).

    E) perceba. → PARA QUE SE PERCEBA (COM LÓGICA), marcando o presente do subjuntivo, mantendo a correlação temporal.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Oração Adverbial Final Reduzida de Infinitivo (Conectivo para).

    Para matar a questão, basta utilizar o que (para que): Para que se perceba.

    Gab.: E

  • questão confusa. não entendi o enunciado
  • O verbo no presente do subjuntivo apresenta vogal contrária se o verbo terminar em : AR -> E,

    ER, OR E IR -> A.

    PERCEBER - PERCEBA.

  • Acertei, mas demorei entender o que se pedia na questão...