SóProvas


ID
3050737
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de Ananindeua - PA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                   O Caso do vestido

                                      (Norma Couri)

Viral que explodiu na internet no fim de semana (27/2-) 1/3) com 16 milhões de acessos e 11 milhões de mensagens pelo Twitter, em menos de um dia o vestido passou em importância à frente de guerras, estupros, sequestras, corrupções. “Me ajudem. Este vestido é branco ou dourado? Ou azul e preto?”, a cantora escocesa Caitlin McNeill perguntou na quinta-feira (26). Internautas do mundo todo vieram ajudar. Qual a cor do vestido? A marca britânica Roman Originals da peça apresentada apenas como “O Vestido” teve de aumentar o estoque depois que a procura subiu em 347%. Informou a todos “é azul!’’, mas cogita confeccionar o modelo em dourado e branco, como algumas pessoas enxergaram a cor.

      Na rádio CBN (sexta, 27/2), Carlos Alberto Sardenberg gastou um bom tempo apresentando versões desencontradas : de ouvintes sobre a cor do vestido, e ainda ouviu um : oftalmologista explicando que o fundo muda a cor e o olho humano cai em armadilhas frequentes. O portal G1 incluiu a polêmica cor do vestido entre as matérias mais lidas da semana. A edição de domingo (1/3) do Estado de S.Paulo (“Azul-Pretinho Básico?”) e O Globo de sábado (28/2, “Ciência explica mistério do vestido”) deram chamadas de capa e ouviram psicólogos, neurologistas, filósofos, sem chegara uma conclusão. Truque de luzes. Truque de ilusão de ótica. Células divergentes que interpretam cores. Cones dissonantes de cada pessoa que induzem mais ao vermelho, ao verde ou ao azul.

      O Fantástico fez um alentado quadro no domingo sobre as zonas de sombra calibradas pelo cérebro para perceber cores. A Folha de S.Paulo publicou a matéria em página quase inteira na rubrica “Ciência” (sábado, 28), “Debate sobre cor de vestido expõe sutis diferenças nos olhos e cérebros”. O psicólogo e neurocientista da New York University, Pascal Wallisch, em artigo traduzido para o caderno “Aliás” do Estadão de domingo, conclui filosoficamente que devemos manter a ; mente aberta, “algo para lembrar da próxima vez que você discordar de alguém”.

      O enigma do vestido quebrou a internet e a nossa ; compreensão de como atrair leitores para os assuntos do dia, o que colocar na primeira página, qual o interesse real das pessoas no mundo inteiro. Nem dá para criticar o Brasil pelas banalidades e celebridades cotidianas porque a respeitadíssima revista de tecnologia americana Wired, com sede em São Francisco, entrevistou um neurologista para explicar que a luz que enxergamos durante o dia muda de cor e a compensação é feita pelo cérebro.

      Até a melhor rede pública de TV do Mundo, a britânica BBC entrou na charada: publicou uma avaliação da expert Emma Lynch para concluir que a cor do vestido é azul ou preta. Ou dourado e branco?

      Muito antes, em 1945, a polêmica pré-internet, pré-computador, foi em torno do maravilhoso poema de Carlos Drummond de Andrade publicado em A Rosa do Povo. “O caso do vestido” virou peça de projetos escolares, como o da professora Lucy Nakamura (o vestido era preto). Foi encenado e ; declamado no Brasil inteiro. Serviu a dissertações de mestrado e ; a teses de doutorado em várias universidades, foi tema de discussão em mesas redondas, dissecado por semiólogos, ; psicólogos, críticos literários. Em 2004 virou filme de Paulo Thiago interpretado por Gabriela Duarte, Daniel Dantas, Renato Borghi, Paulo José e o excelente ator Othon Bastos, que já foi o cangaceiro Corisco no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, e hoje o conhecem apenas como o mordomo da novela Império. No filme, o vestido era rosa.

Nesses 70 anos que separam o vestido da Roman Originals em 2015 e o vestido de Drummond em 1945, vale a pena reler o poema para perceber o quanto empobrecemos, emburrecemos, perdemos o foco das discussões.

“A edição de domingo (1/3) do Estado de S. Paulo (...)”. Na frase, a locução “de domingo”, por admitir sua substituição pelo adjetivo dominical, funciona como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

     A edição de domingo (1/3) do Estado de S.Paulo (“Azul-Pretinho Básico?”) e O Globo de sábado (28/2, “Ciência explica mistério do vestido”) deram chamadas de capa e ouviram psicólogos, neurologistas, filósofos, sem chegara uma conclusão. 

    → temos um adjunto adnominal, faz parte do sintagma nominal, e como ter certeza? Mudar a voz verbal, se fica junto é adjunto: a edição de domingo foi feita pelo homem: o home fez a edição de domingo; outra forma é tentar substituir a locução adjetiva "de domingo" por outra coisa: "de homens": a edição de homens → masculina;

    → enfim, o termo especifica qual é a edição, não é qualquer edição, mas é uma DE DOMINGO.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ATÉ A APROVAÇÃO!

  • O adjunto adnominal determina, especifica e explica o substantivo a que se refere, pode ser exercido por adjetivo, numeral, pronome e locução adjetiva. E tem valor ativo quando comparado com o complemento nominal que completa o sentido de um substantivo adjetivo ou adverbio.

    GABARITO. A

  • GAB.: A

    A EDIÇÃO DE DOMINGO... TEMOS UMA LOCUÇÃO ADJETIVA "DE DOMINGO" ACOMPANHANDO O SUBSTANTIVO "EDIÇÃO". LOGO, ADJUNTO ADNOMINAL.

    ADJUNTO ADNOMINAL ACOMPANHA O SUBSTANTIVO POR MEIO DE PLANA.

    P - PRONOMES

    L - LOCUÇÕES ADJETIVAS

    A - ARTIGO

    N - NUMERAL

    A - ADJETIVO

    EXEMPLOS: (EM NEGRITO - SUBSTANTIVO)

    A CARNE DE BOI É BOA -- ADJUNTO ADNOMINAL: ARTIGO "A"; DE BOI (BOVINA) LOCUÇÃO ADJETIVA

    A LINDA JOVEM VIU O HOMEM -- ADJUNTO ADNOMINAL: ARTIGO "A"; ADJETIVO "LINDA" E ARTIGO "O".

  • De domingo = dominical

    morfologicamente: locução adjetiva.

    sintaticamente: adjunto adnominal.

  • O Adjunto adnominal é um termo de valor adjetivo que restringe ou especifica o substantivo. Podem assumir a função de adjunto adnominal: numeral, artigo, pronome, adjetivo e locuções adjetivas (use o mnemônico NAPAL para decorar).

    Feitas essas considerações, analisemos a expressão:

    "A edição de domingo (1/3) do Estado de S. Paulo (...)”

    1) Percebam que "de domingo" está restringindo o sentido de edição, ou seja, não é qualquer edição, mas apenas a de domingo.

    2) Percebam também que "de domingo" é uma locução adjetiva (lembre que as locuções adjetivas podem assumir a função de adjunto adnominal) que equivale ao adjetivo "dominical".

    Logo, trata-se de um adjunto adnominal!

    GABARITO: LETRA A.

  • Esse assunto é F***.

  • Adjunto adnominal x aposto especificativo

    de maneira objetiva:

    o aposto especificativo substituí o nome. exemplo:

    cidade de Pacatuba.

    Pacatuba é uma cidade logo pode substituir cidade= aposto especificativo.

    Clima de Pacatuba

    Pacatuba é uma cidade e não um clima, logo não pode substituir o clima= adjunto adnominal.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Gabarito: A

    O Adjunto Adnominal é um termo sintático que determina, restringe o sentido de um substantivo, caracterizando-o. O próprio sentido da expressão "ad/ junto adnominal" indica que é um termo que vem ao lado, junto ao nome. As classes gramaticais que podem funcionar como adjunto adnominal: Pronome, Locução Adjetiva, Adjetivo, Numeral, Artigo.

    → “A edição de domingo (1/3) do Estado de S. Paulo (...)”

    → Adjetivo dominical

  • adjunto adnominal.

  • vcs não comentam mais nada.... qconcursos e suas espertezas.

  • " A edição Dominical"