SóProvas


ID
3078889
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Leia a crônica a seguir para responder a questão.

O substituto da vida

       Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, fazia eventuais emendas e, se fosse o caso, batia o texto a limpo. Relia-o para ver se era aquilo mesmo, fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida.
       Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria de esporte, paquerar a diagramadora do caderno de turismo, ir à esquina comer um pastel. Se estivesse numa das fases de trabalhar em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria um livro, escutava um disco, dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a máquina no dia seguinte.
     Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis, entro em jornais e revistas on-line. Quando me dou conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.
     Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador, o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isto que nem chego perto dele – temo que me substitua também.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. A arte de querer bem. Rio de Janeiro, Estação Brasil, 2018, p. 67-68) 

... eu me sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, fazia eventuais emendas... (1º parágrafo)

Nesse trecho, as vírgulas servem ao propósito de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → ... eu me sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, fazia eventuais emendas... (1º parágrafo)

    >>> temos as vírgulas marcando a separação de orações coordenadas assindéticas (sem conectivos), separa ações que ocorrem em ordem cronológica, fatos seguidos por uma lógica, encadeamento de ações.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Vi que algumas pessoas assinalaram a C.

    Não pode ser a C pois eventos concomitantes são os que ocorrem ao mesmo tempo. Não é o caso, ai os eventos ocorrem em uma sequência, um após o outro.

  • Você tem duas certezas na vida, uma é a morte e a outra é que sempre vai ter comentários do Arthur Carvalho em português

  • Letra D

    ... eu me sentava a ela, punha uma folha de papel no rolo, escrevia o que tinha de escrever, tirava o papel, lia o que escrevera, fazia eventuais emendas... (1º parágrafo)

    As alternativas, A, B e E já eliminamos, por serem absurdas. Sendo assim, as demais: C e D são as que sobraram. A letra "C" não pode ser o gabarito da questão, pois a palavra "CONCOMITANTEMENTE" deixa a assertiva errada. Vejamos a seguir:

    CONCOMITANTEMENTE: algo que acontece ao mesmo tempo.

    Logo, percebemos que a virgula não foi inserida para separar algo de forma concomitante, pois não há concomitância na referida frase, e sim a virgula foi usada para separar ações que se sucedem cronologicamente. Portanto, nosso gabarito letra D.

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  • Usa-se vírgulas para separar orações coordenadas assindéticas (sou sem conjunção)

    como identificar que são orações?

    -Pela presença dos verbos.

    Como identificar que são assindéticas?

    -pela ausência de conjunções.

    Exemplo: Pegou o recado, Leu-o , Saiu rapidamente.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • ainda bem q temos os comentários do arthur carvalho.....são objetivos, claros e corretos.

  • Fã clube "Arthur Carvalho". Sou grata aos seus comentários.

  • CORREÇÃO:

    Primeiro... eu me sentava a ela, depois punha uma folha de papel no rolo, depois escrevia o que tinha de escrever, depois tirava o papel, depois lia o que escrevera, depois fazia eventuais emendas... (1º parágrafo)

    R: é nítido que as orações justapostas/coordenadas assindéticas, separadas por vírgula e numa linha cronológica, são sequenciadas com verbos de ação em tempo pretérito.

    GABARITO: LETRA D separar ações que se sucedem cronologicamente.