O movimento de reconceituação do Serviço Social, trouxe novos questionamentos à profissão e consequentemente transformou a prática profissional. Esse movimento, emergente por volta da década de 1960, realizou críticas à própria prática profissional do assistente social, bem como às respostas que eram dadas à questão social por esses profissionais, observando que eles não consideravam que suas ações estavam sendo eficazes no combate às refrações da questão social. Esse movimento também introduz no bojo da categoria profissional críticas à sociabilidade burguesa, ao imperialismo norte-americano e também se destacou por realizar uma aproximação, mesmo que inicialmente problemática, à tradição marxista. Deste modo, pode-se afirmar que o movimento de reconceituação também representou uma crítica às instituições e às respostas que através delas os profissionais davam às demandas dos usuários, visto que a correlação de forças no interior dessas instituições pode fortalecer ou não às demandas advindas da classe trabalhadora. Portanto, durante esse movimento foram tecidas críticas à prática profissional tradicional, à não adequação das respostas profissionais ao contexto específico dos países latino-americanos, à hegemonia do grande capital e à funcionalidade do assistente social às necessidades burguesas.