- ID
- 3126781
- Banca
- FCC
- Órgão
- TJ-MA
- Ano
- 2019
- Provas
-
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Analista de Sistemas - Desenvolvimento
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Analista de Sistemas - Suporte e Rede
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Assistente social
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Direito
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Engenheiro Mecânico
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Psicólogo
- FCC - 2019 - TJ-MA - Analista Judiciário - Psiquiatra
- FCC - 2019 - TJ-MA - Oficial de Justiça
- Disciplina
- Português
- Assuntos
[A harmonia natural em Rousseau]
A civilização foi vista por Jean-Jacques Rousseau (1713-1784) como responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana e sua substituição pela cultura intelectual. A uniformidade artificial de comportamento, imposta pela sociedade às pessoas, leva-as a ignorar os deveres humanos e as necessidades naturais.
A vida do homem primitivo, ao contrário, seria feliz porque ele sabe viver de acordo com suas necessidades inatas. Ele é amplamente autossuficiente porque constrói sua existência no isolamento das florestas, satisfaz as necessidades de alimentação e sexo sem maiores dificuldades e não é atingido pela angústia diante da doença e da morte. As necessidades impostas pelo sentimento de autopreservação – presente em todos os momentos da vida primitiva e que impele o homem selvagem a ações agressivas – são contrabalançadas pelo inato sentimento que o impede de fazer mal aos outros desnecessariamente.
Desde suas origens, o homem natural, segundo Rousseau, é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, mas o desenvolvimento pleno desses sentimentos só ocorre quando estabelecidas as primeiras comunidades locais, baseadas sobretudo no grupo familiar. Nesse período da evolução, o homem vive a idade do ouro, a meio caminho entre a brutalidade das etapas anteriores e a corrupção das sociedades civilizadas.
(Encarte, sem indicação de autoria, a Jean-Jacques Rousseau – Os Pensadores. Capítulo 34. São Paulo: Abril, 1973, p. 473)