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ID
3130198
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Guararapes - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder à questão.

Novos tempos, novos olhares

    O individualismo tem pautado a sociedade atual em uma posição que contraria os valores humanos, principalmente contra a prática dos princípios eleitos por muitos como filosofia de vida, entre eles o amor, a paz, a justiça, a liberdade, a harmonia, a honestidade, a igualdade e tantos outros. O discurso sobre a crise dos valores repete-se periodicamente, e todas as gerações tendem a ver nas posteriores uma degradação e rebaixamento dos padrões. Com essa não é diferente. O mundo moderno que sofre com o confronto entre o conservador e o inovador, o público e o particular, ainda em discordância, para muitos parece estar de ponta-cabeça.
    Segundo Wilson Bragança, especialista em Sociologia, Economia e Políticas Públicas, ao que parece, na nossa sociedade, os comportamentos, as normas e o sentido global da vida individual e comunitária não se inspiram em padrões éticos de valores, mas sim em critérios imediatistas, consumistas, hedonistas, pragmáticos. As pessoas – afirma – preferem o imediato, o prazer sem consequências e tudo o que for mais fácil.
     O polonês Zygmunt Bauman, um dos pensadores mais importantes e populares do fim do século 20, que cunhou a expressão “modernidade líquida”, escreveu que as formas de vida contemporâneas se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado frágil e temporário nas relações sociais e nos laços humanos.
    A faceta preocupante da crise de valores está no fato de nós sermos cada vez mais incapazes de enfrentar o problema. Temos uma grande dificuldade em falar dos valores porque se instalou entre nós a ideia de que, numa democracia, não há valores impessoais ou suprapessoais: cada um escolhe os seus valores, um pouco como os seus gostos, e, obviamente, todos aprendemos que os gostos não se discutem.
    “Viver numa democracia, dizem-nos, é aceitar todos os valores, reconhecer igual direito à expressão de todos eles e, mais do que isso, reconhecer a todos igual consideração e respeito; mas as profundas alterações econômicas, científicas e tecnológicas não apenas estimulam o abandono dos valores tradicionais, elas parecem ter conduzido a humanidade para um vazio deles”, afirma Bragança.

(Gisele Bortoleto. Revista Be bem-estar, 22.07.2018. Adaptado)

Para responder à questão, considere a seguinte passagem do texto:

  “Viver numa democracia, dizem-nos, é aceitar todos os valores, reconhecer igual direito à expressão de todos eles e, mais do que isso, reconhecer a todos igual consideração e respeito; mas as profundas alterações econômicas, científicas e tecnológicas não apenas estimulam o abandono dos valores tradicionais, elas parecem ter conduzido a humanidade para um vazio deles”, afirma Bragança.

A alternativa em que as expressões destacadas estão substituídas corretamente por pronomes é: 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    A) aceitar todos os valores lhes aceitar ? aceitar alguma coisa (=verbo transitivo direto, o "lhe" não pode ser usado como um objeto direto, o correto é "os aceitar").

    B) reconhecer igual direito ? reconhecer-lhe ? reconhece alguma coisa (=mesmo erro anterior, o correto é "reconhecê-lo" ? verbo terminados em -r, -s e -z, essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)).

    C) reconhecer a todos igual consideração ? reconhecê-los ? o correto seria usar o "lhes" equivalente a "a eles" (=reconhecer-lhes igual consideração).

    D) ter conduzido a humanidade ? ter conduzido ela ? conduzido alguma coisa (pronome pessoal do caso reto não pode ser usado como objeto direto, o correto é "a ter conduzido" ou "tê-la conduzido" (não pode ser "ter conduzido-a" ? não se pode usar em ênclise em verbo no particípio -ido).

    E) estimulam o abandono ? o estimulam ? correto, estimulam alguma coisa (pronome oblíquo "o" com função de objeto direto).

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  • Para responder à questão, considere a seguinte passagem do texto:

    “Viver numa democracia, dizem-nos, é aceitar todos os valores, reconhecer igual direito à expressão de todos eles e, mais do que isso, reconhecer a todos igual consideração e respeito; mas as profundas alterações econômicas, científicas e tecnológicas não apenas estimulam o abandono dos valores tradicionais, elas parecem ter conduzido a humanidade para um vazio deles”, afirma Bragança.

    A alternativa em que as expressões destacadas estão substituídas corretamente por pronomes é:

    A) aceitar todos os valores – lhes aceitar. > errado < aceitar algo ou alguma coisa complemento verbal objeto direto (o, a, os, as) sem preposição não cabe o pronome "lhes" que tem complemento verbal indireto. ( os aceitar )

    B) reconhecer igual direito – reconhecer-lhe. > errado < reconhecer algo ou alguém > complemento verbal objeto direto (o, a, os, as) na colocação do pronome com verbos terminados em R,S e Z retiras essas e aplica lo(s), la(s) sem preposição não cabe o pronome "lhe" que tem complemento verbal indireto. (reconhece-lo)

    C) reconhecer a todos igual consideração – reconhecê-los. > errado < "a todos" valor prepositivo como valor de objeto indireto com emprego dos pronomes oblíquos "lhes" e "lhe" substituindo o "a todos" por "a eles" cabe perfeitamente. OBS> transitividade o verbo "reconhecer" tem complemento direto isso é uma criação do examinador da banca.

    D) ter conduzido a humanidade – ter conduzido ela. > errado < os pronomes do caso reto não podem assumir o papel de complemento verbal assumem, por exclusividade a pessoal do verbo o sujeito. colocação do pronome pode ser (a ter conduzido / por terminações R, S, Z > te-la conduzida).

    E) estimulam o abandono – o estimulam > certo < complemento verbal sem preposição > logo objeto direto = o abandono > estimulam algo ou alguma coisa. O. D.