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ID
3155647
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Olímpia - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho da crônica para responder a questão.


     O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos abismos sociais tão cruéis?

     A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente vulnerável, humilde.

    Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.

     Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens, postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.

    Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos, os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

    Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores e não cidadãos.

    Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

A forma verbal destacada está corretamente empregada na frase da alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) As pessoas não requiseram outra coisa senão tomadas para carregar o celular. ? o correto é "requereram".

    B) Assim que souberem da solidão de muitos jovens, profissionais deverão agir. ? correto.

    C) É imperativo propôr à sociedade uma forma de estarem menos nas redes sociais. ? O verbo pôr tem acento circunflexo por necessidade de distinção clara relativamente à preposição por. No entanto, nenhum dos seus derivados apresenta acento circunflexo na última sílaba, por já não haver necessidade de distinção; o correto é "propor".

    D) Quando a sociedade dar o primeiro passo, talvez algo mude. ? o correto é "der" (=futuro do subjuntivo).

    E) Se o responsável não mantesse a casa, os menores de idade teriam que trabalhar. ? seguindo a conjugação do verbo "ter" (=se ele não tivesse, se ele não mantivesse).

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  • Gabarito B

    (A) Forma correta "requereram"

    (C) Não se usa o acento circunflexo.

    (D) sociedade DER o primeiro.

    (E) Se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Portando, o verbo que concorda é "mantivesse" Pretérito Imperfeito do Indicativo.

  • Verbo REQUERER não é QUERER. Será conjugado: beber

    No presente do indicativo (1º pessoa - requeiro) e presentte do subjuntivo (que eu requeira - que tu requeiras -que ele requeira - que nós requeiramos - que vós requeirais - que eles requeiram) terá um i.