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ID
318088
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação à entrevista clínica e à entrevista lúdica, julgue os itens seguintes.

Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a criança, a fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.

Alternativas
Comentários
  • Certo!

     Penso que, segundo o exposto por  Werlang (2000): a entrevista lúdica é um tipo de entrevista de importante papel no atendimento de crianças. É uma técnica de avaliação muito rica, que permite compreender a natureza do pensamento infantil, fornecendo informações significativas do ponto de vista evolutivo, psicopatológico e psicodinâmico, possibilitando formular conclusões diagnósticas, prognósticas e indicações terapêuticas. As instruções específicas para uma entrevista lúdica consistem em oferecer à criança a oportunidade de brincar com todo material lúdico que lhe é oferecido, sob algumas condições, como uso do espaço, papel da criança e do entrevistador, etc. Nos brinquedos oferecidos pelo psicólogo, a criança deposita parte dos sentimentos, representante de distintos vínculos com objetos de seu mundo interno. As crianças, de maneira geral, agem, falam e/ou brincam de acordo com suas possibilidades maturativas, emocionais, cognitivas e de socialização, e é pela sua ação (ativa ou passiva) que elas exprimem suas possibilidades, descobrindo-se a si mesmas e revelando-se aos outros.


    A postura do psicólogo é estimular a interação, conduzindo a situação de maneira tal que possa deixar transparecer compreensão, respeitando e acolhendo a criança, de forma que ela se sinta segura e aceita.


    Em parte, o papel do psicólogo na entrevista lúdica diagnóstica é passivo, porque funciona como observador, mas também é ativo, na medida em que sua atitude é atenta na compreensão e formulação de hipóteses sobre a problemática do entrevistado, assim como na ação de efetuar perguntas para esclarecer dúvidas sobre a brincadeira. Ainda, dependendo de cada situação, o psicólogo poderá não participar do jogo ou brincadeira, ou poderá desempenhar um determinado papel, caso seja desejo da criança.

    Para Arminda Aberastury, a criança estabelece com o psicoterapeuta transferência positiva e negativa, mas também é capaz de representar através dos brinquedos os seus conflitos, suas defesas e fantasias. Considera que é conveniente para o entrevistador, ao realizar a entrevista lúdica, não interpretar, já que ainda não se tem como saber se a criança será tratada ou não e, em caso de encaminhamento, qual a técnica mais adequada para aplicar.

    http://www.clinicamotrice.com.br/artigos.php?noticia=25

  • ERRADO.

    O psicólogo pode sim fazer perguntas para esclarecer dúvidas sobre a brincadeira, como citado no livro Psicodiagnóstico V, p.  99

  • pode fazer perguntar sim, mas o coerente é não efetuar juízo de valor ou interpretação em relação a resposta obtida, portanto, entende-se que a pergunta na entrevista lúdica é  fundamental para formular-se hipóteses com precisão em relação a problemática do entrevistado.

  • Durante a entrevista lúdica, o psicólogo não pode fazer perguntas para a criança, a fim de não direcionar a criança ou o conteúdo expresso.

     

     

  • Pode, sim, mas não no mesmo sentido em que se faria para um adulto. A pergunta, nesse caso, deve ser pertinente a facilitação do processo de brincar.