SóProvas


ID
3215206
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
FERSB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

             Pessoas com baixa renda fazem pouco exercício no tempo livre

                      Pesquisa feita em Ermelino Matarazzo propõe ações

            educativas para incentivar prática de atividades físicas no tempo livre

Por Ivanir Ferreira


      A condição socioeconômica está associada ao nível de atividade física das pessoas, ou seja, o quanto elas se exercitam em seu tempo livre, em casa, no trabalho ou como forma de deslocamento. Os mais pobres se exercitam menos em seu tempo livre e executam mais tarefas ocupacionais, como trabalhos domésticos, levantamento de cargas e deslocamento. Pesquisa feita pela USP, que entrevistou moradores do distrito de Ermelino Matarazzo, região de baixo nível socioeconômico da zona leste de São Paulo, propõe ações educativas e de prática de exercícios físicos para modificar este quadro.

      Fazer atividade física por lazer resulta em mais saúde física e mental – redução de problemas cardiovasculares e sintomas de depressão e ansiedade. Já a atividade ocupacional (carregar e descarregar carga de um caminhão, por exemplo), ao longo do tempo, pode ocasionar problemas físicos, como desgaste das articulações, afirma Evelyn Helena Corgosinho Ribeiro, autora da pesquisa. Em 2006, um estudo feito pelo Ministério da Saúde revelou que 48,5% dos 54 mil entrevistados eram responsáveis pela maior parte da limpeza pesada da casa e que 42,8% carregavam peso/carga pesada ou caminhavam bastante para ir ao trabalho. Desses, somente 14,8% praticavam pelo menos 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada no lazer em cinco ou mais dias da semana.

      Outro inquérito de base domiciliar feito pelo Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (Gepaf), da Escola de Artes, Ciências e Humanidade (EACH) da USP, mostrou que 70% dos adultos do distrito de Ermelino Matarazzo não praticavam nenhuma atividade física no tempo de lazer e que 47,1% dos adultos não faziam, pelo menos, 150 minutos de atividade física no tempo de lazer ou como forma de deslocamento.

      Com base nesses dados, Evelyn se propôs a buscar formas para avaliar a eficácia de ações de promoção de atividade física voltadas para a população de baixa renda daquela região. Participaram da pesquisa 157 adultos, homens e mulheres maiores de 18 anos, que frequentavam Unidades Básicas de Saúde. O estudo durou 18 meses.

      As pessoas foram subdivididas em três grupos: o primeiro grupo obteve orientação supervisionada, com três sessões semanais de exercícios cardiorrespiratórios, de força e de flexibilidade. O segundo participou de sessões de discussões presenciais, orientação individual por telefone, e recebeu material educativo impresso, além de mensagens semanais de incentivo à prática regular de atividades físicas e de vivências, buscando o desenvolvimento de autonomia para a prática de atividade física. Neste grupo, a principal estratégia foi a orientação. Não tiveram exercícios estruturados. Faziam algumas vivências de prática de alongamento ou caminhada. O terceiro grupo (controle) não recebeu intervenção alguma. As avaliações foram feitas no início do estudo, depois de 12 meses de intervenção e seis meses depois de encerrado o período de intervenção.

      Ao final, os resultados mostraram que as pessoas de ambos os grupos de intervenção obtiveram sucesso, aumentando significativamente a sua atividade física no tempo livre. Porém, seis meses após este período, quando o trabalho de intervenção foi cessado, o ganho foi mantido apenas para o grupo que recebeu orientação de conscientização sobre a importância da prática de atividade física. Desta forma, o estudo indicou que as ações que “possibilitaram a construção do conhecimento a partir de discussões em grupo e de vivências práticas se mostraram mais eficazes como proposta de estímulos para a prática de atividade física”. 


Fonte: Disponível em:<http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/pessoas-com-baixa-renda-fazem-pouco-exercicio-no-tempo-livre> . Acesso em: 22 dez. 2017.

"A condição socioeconômica está associada ao nível de atividade física das pessoas, ou seja, o quanto elas se exercitam em seu tempo livre, em casa, no trabalho ou como forma de deslocamento.". Assinale a alternativa que explica corretamente o uso da vírgula neste trecho do texto.

Alternativas
Comentários
  • Gab: A .

    Está separando a expressão explicativa "ou seja" e os elementos de uma enumeração.

  • Enumeração??

  • Enumeração está presente ''em casa , no trabalho'' que faz referência a ''exercitam''

  • Qual a diferença entre a opção A e B?

    Caso alguém possa me ajudar.

  • A condição socioeconômica está associada ao nível de atividade física das pessoas, ou seja, o quanto elas se exercitam em seu tempo livre, em casa, no trabalho ou como forma de deslocamento.".

    A) Está separando a expressão explicativa "ou seja" e os elementos de uma enumeração.

    Um dos usos da vírgula é para a separação de termos reiterativos ou explicativos como:

    ou melhor, isto é, aliás, além disso...

    B) Acredito que a diferença em relação a letra a) Seja de alguns gramáticos, particularmente falando, P. & Spadoto apresenta como nomenclatura: termos da mesma função sintática, em enumeração (556)

    C) Não há esta intenção como foi citado pela assertiva.

    D) As orações justapostas são aquelas orações colocadas uma ao lado da outra sem qualquer conectivo que as enlace, este tipo de oração coordenada chama-se assindética.

    Inclinei-me, apanhei o embrulho, segui para casa.

    E) Temos tanto elemento numerado quanto explicativo.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • isolar expressões explicativas, corretivas ou continuativas: isto é, por exemplo, ou seja, aliás etc.

    Fonte: Gramática da língua Portuguesa para CONCURSOS, VESTIBULARES.(Nílson Teixeira de Almeida)

  • Gab: A

    Acredito que a diferença entre a "A" e a "B" é que apesar de existir uma enumeração não há apenas adjuntos adverbiais de lugar pois também encontramos um adjunto adverbial de modo.

  • O primeiro par de vírgulas tem por função isolar a expressão interpositiva de caráter explicativo “ou seja”.

    Já as demais vírgulas isolam os termos em enumeração “em seu tempo livre”, “em casa”, “no trabalho” ou “como forma de deslocamento”. Trata-se de adjuntos adverbais em enumeração.

    Isso posto, ficamos divididos entre as opções A e B. A banca optou pela letra A, alegando que os adjuntos adverbais enumerados não exercem idêntica função, pois sinalizam circunstâncias distintas – um expressa tempo; os dois seguintes, lugar; o último, modo. Achei “forçação” de barra, pois a diferença não seria sintática, e sim semântica. De qualquer forma, é bom que fiquemos atentos a esse fato: a banca AOCP considera que um adjunto adverbial de tempo e um adjunto adverbial de lugar NÃO exercem idêntica função sintática.

    Resposta: A

  • Erro da B: elementos com idêntica função. Errado, separa elementos com mesma função, ou seja, uma enumeração de situações.

  • A vírgula:

    Separa certas expressões explicativas, retificativas, exemplificativas, como: isto é, ou

    seja, ademais, a saber, melhor dizendo, ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso,

    aliás, antes, com efeito, data vênia, digo.

    O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil

    compreensão.

    página 899 gramática Fernando Pestana

  • Está difícil até para ser agente comunitário de saúde.

  • GABARITO: LETRA A

    USO DA VÍRGULA

    Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula é:

    Desloca

    Enumera

    Explica

    Enfatiza

    Isola

    Separa

    Emprego da vírgula

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

    - João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    - Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    d) mobilidade sintática:

    - Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

    - Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    - Por amar, ele cometeu crimes.

    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Vírgula + E

    1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

    Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

    2) Polissíndeto:

    Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

    3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

    Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

    4) Para enfatizar o elemento posterior:

    A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

    RESUMO TIRADO AULAS DO PROFº PABLO JAMILK.

  • As alternativas A e B tratam da mesma coisa, logo, a questão tem duas respostas.

  • "em seu tempo livre" (adjunto adverbial de tempo)

    "em casa" (adjunto adverbial de lugar)

    "no trabalho" (adjunto adverbial de lugar)

    Portanto, elementos (de funções sintáticas distintas) enumerados.

  • poxa pensei que enumeração sempre envolvia contagem ou números. mas mesmo assim acertei.

  • não são idênticas, uma adjunto advérbial de tempo e duas de lugar.. todas em enumeração
  • Vemos aqui uma questão MALDOSA da banca. Infeliz demais.