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ID
3244825
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Birigui - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder à questão.

    Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente busca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Alguma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos, culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto, como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado normas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano. São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; falava com plantas e animais.
    A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana, a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa dimensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser abordada.
    O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse sentido que a chamada internalização da externalidade negativa exige justificativa para uma atuação contra-fática.
    Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a proteção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e características. Posições se radicalizam.
    A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin, em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)

(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhecido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência na natureza. 

Na passagem – São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; falava com plantas e animais. –, a conjunção que estabelece relação de sentido coerente entre as frases separadas por ponto-e-vírgula é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    – São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; (POIS antes do verbo) falava com plantas e animais. –

    POIS antes do verbo explica uma ideia.

    Portanto e assim expressam ideia de conclusão. Logo, podemos eliminar as alternativas A, B.

  • GABARITO: LETRA E

    ? ? São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; falava com plantas e animais. ? entre as frases temos um valor de explicação, é isso que queremos.

    A) portanto ? conjunção coordenativa conclusiva, ela traz valor de justificativa, conclusão, não é isso que queremos.

    B) assim ? conjunção coordenativa conclusiva.

    C) ora ? forma uma conjunção coordenativa alternativa "ora... ora".

    D) então ? conjunção coordenativa conclusiva.

    E) pois ? conjunção coordenativa explicativa, "pois" colocado antes do verbo explicitando uma explicação.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO: LETRA E

    ? ? São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; falava com plantas e animais. ? entre as frases temos um valor de explicação, é isso que queremos.

    A) portanto ? conjunção coordenativa conclusiva, ela traz valor de justificativa, conclusão, não é isso que queremos.

    B) assim ? conjunção coordenativa conclusiva.

    C) ora ? forma uma conjunção coordenativa alternativa "ora... ora".

    D) então ? conjunção coordenativa conclusiva.

    E) pois ? conjunção coordenativa explicativa, "pois" colocado antes do verbo explicitando uma explicação.

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  • Assertiva E

    Pois = Explicativo

  • Regra do "PAVE" "P"ois "A"ntes do "V"erbo "E"xplicativo

  • Explicativas = explicação é o mesmo que justificativa ou dizer o mesmo com outras palavras

    porque, pois(anteposto ao verbo = inicio da oração), porquanto, que, ou seja

    venha para casa , pois está começando a chover

    OBS: Oração anterior a maioria vem com verbo no imperativo, Quando não vier no imperativo pode ter dúvida com causa nesse caso só o contexto salva.