SóProvas


ID
3244831
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Birigui - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder à questão.

    Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente busca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Alguma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos, culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto, como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado normas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano. São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais; falava com plantas e animais.
    A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana, a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa dimensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser abordada.
    O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse sentido que a chamada internalização da externalidade negativa exige justificativa para uma atuação contra-fática.
    Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a proteção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e características. Posições se radicalizam.
    A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin, em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)

(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhecido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência na natureza. 

Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados empregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e colocação.

Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    "Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também (1) rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual (2) poderia marcar o ambientalismo apologético"

    (1) Rondaria é transitivo direto, não podendo atuar o pronome -lhe. O correto é "a rondaria".

    (2) Quando o verbo transitivo direto terminar em R, S ou Z e se ligar a um dos pronomes oblíquos átonos de terceira pessoa (o, a, os, as), essas terminações desaparecem, e os pronomes se transformam em lo, la, los, las. Portando, o correto é "marcá-lo".

  • GABARITO: LETRA E

    ? Uma nuvem de problematização supostamente filosófica também rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético.

    A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar ? rondaria alguma coisa (=verbo transitivo direto, pronome oblíquo átono "lhe" não pode ser usado como um objeto direto).

    B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele ? marcar alguma coisa (=pronome pessoal do caso reto não pode ser usado como um objeto direto).

    C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar ? verbo no futuro do pretérito do modo indicativo não podemos usar a ênclise, somente usar a próclise ou a mesóclise.

    D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar

    E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo ? correto, próclise (=antes do verbo) e logo após um verbo terminado em -r (terminação em -r, -s e -z, essas letras saem e usa-se -lo, -la-, -los, -las).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva E

    a rondaria ... poderia marcá-lo

  • "TAMBÉM" é advérbio, por isso ocorre a atração do pronome "a" para próximo dele !

  • Sobre o assunto>

    I) Quando os verbos terminam no futuro do presente (EI) ou Futuro do pretérito (IA)

    Estamos diante de um caso de mesóclise. Contudo é preciso ficar atento quando temos um caso de palavras atrativas, pois havendo fatores atrativos como no caso de (TAMBÉM) Prevalece a próclise.

    Veja como a banca adora isto: 1093839

    II) Cuidado porque os pronomes pessoais do caso reto não exercem a função de objeto direto,mas de sujeito.

    Chute ele (errado)

    Chute-o

    Chama ele (errado)

    chame-o

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • GAB. E

    .. a rondaria ... poderia marcá-lo

  • As 4 regras de casos proibitivos de se utilizar pronomes utilizei para resolver essa

    1-Início da oração

    ex: me encontrou na rua X

    Encontrou-me na rua V

    2-Depois de ;

    Esse dificilmente aparece

    3-Depois de particípio (ado,edo,ido,ato) eventos que já ocorreram

    ex: maria havia machucado-se X

    Maria havia se machucado V

    (aparece MUITO!!!)

    3-Verbo no futuro do indicativo(falarei, rondaria) é o caso dessa questão que dá pra matar rapidamente

    ex: a rondaria .V

    Rondaria-a X

    GAB E

    APMBB