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ID
326893
Banca
FUNCAB
Órgão
IDAF-ES
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

      O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos consumo de energia e de recursos naturais.
      Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes, ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
       De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
       Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo. Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
       Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver uma vida mais frugal.

(RESENDE, Célia & LIMA, Ronie. JB Ecológico: 07 / 01/ 2008, p. 54)

No trecho: “Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa!” (parágrafo 4), a conjunção “E” está empregada para sinalizar a mesma relação existente entre as orações coordenadas de:

Alternativas
Comentários
  • O 'e' nesta questão representa uma conjunção adversativa, apontando uma oposição entre as orações. Por isso, a única resposta possível é a letra C.
  • Para resistir à pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. MAS como nem todo mundo tem, aí eles fazem a festa!

    c) Ela se revelou pouco a pouco, MAS nunca se revelou inteiramente.

    As duas conjunções "e" sinalizam a mesma relação adversativa, com o mesmo valor da conjunção "mas".

    Bons estudos.
  • A chave de todas as questões de conjunção é entender seu sentido( que é um saco). Como nosso colega falou,  ''e'' é uma conjunção aditiva, mas nessa frase está com um valor de adversativa, afirmando isso, trocaríamos o ''e'' por ''mas'', mantendo a correção gramatical.

    Uma dica para lembrar das CONJ. COOR. ADVERSATIVAS, lembrem da frase:

    Mas por TODAVIA entre CONTUDO.
    MAS
    POREM
    TODAVIA
    ENTRETANTO
    CONTUDO
    NO ENTANTO(n estando na frase, é lembrar na tora!)

    Abraços e bons estudos
  • O Macete
    Mais POCOTO 2EN
    POrem
    COntudo
    TOdavia
    ENtretando
    no ENtando

    Fica mais Facil pra lembrar POCOTO 2EN
  • CONJ. COOR. ADVERSATIVAS: quando apresentam uma ideia contrária ao fato anterior.

    São introduzidas pelas conjunções ou locuções coordenativas adversativas: MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO, E SIM, E NÃO etc.

    Ex:  “Você insiste em zero a zero
    e eu quero um a um” (e = mas)


    fonte: livro Vade-Mecum (professor: Fernando Moura)

  • ADVERSIDADE

  • Na letra C) a conjunção "e" exprime a ideia de OPOSIÇÃO, a mesma ideia exprimida na frase modelo da questão.