SóProvas


ID
3344968
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Leopoldina - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dormir pouco pode causar doenças mentais

Quem dorme pouco está mais propenso a desenvolver doenças mentais e tem

mais dificuldades de tratá-las.

      Quem tem dificuldade para pegar no sono sabe que os efeitos de uma noite mal dormida não acabam quando o dia começa. Olheiras, fadiga, olhos secos, dificuldade de se concentrar e irritação são algumas das respostas do corpo à privação de sono. A qualidade do sono impacta diretamente nossa saúde física e mental. A insônia, inclusive, é um sintoma comum em pacientes que sofrem de ansiedade, depressão, esquizofrenia, bipolaridade e distúrbios de atenção.

      A psicóloga Jo Abbott, da Universidade Tecnológica de Swinburne, na Austrália, defende que a insônia e doenças mentais estão bastante interligadas – elas se retroalimentam. Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir. O pior dessa relação insônia versus depressão é que quem não dorme bem responde pior ao tratamento da depressão e está mais propenso a ter picos de tristeza.

     O professor Peter Franzen, da Universidade de Medicina de Pittsburgh, nos Estados Unidos, concorda com Abbott sobre a correlação entre insônia e doenças mentais. Em seu estudo sobre como a insônia pode causar disfunções no circuito cerebral responsável pelas emoções, ele explica que o sono e os sentimentos são o produto de interações entre várias regiões comuns do cérebro, hormônios e neurotransmissores. Então, anormalidades em alguns deles causam impactos nos outros. Inclusive, há evidências de que doenças mentais podem surgir de problemas dentro de circuitos cerebrais sobrepostos por circuitos que regulam nosso relógio biológico e o sono.

    Pense nas principais reações de uma criança cansada: choro, birra e manha. Com você, acontece o mesmo, a diferença é que não pega bem se você se atirar no chão.

     Um outro estudo conduzido pelo professor Franzen com pupilografia (a pupila é um bom indicador para perceber se o cérebro está ou não processando informações afetivas e cognitivas) comprovou que a privação de sono altera nossas reações emocionais.

      Adultos saudáveis foram expostos a imagens positivas, negativas e neutras. Metade deles tinha dormido bem, a outra metade não havia pregado o olho a noite toda – as pupilas desse último grupo ficaram muito maiores ao olhar imagens negativas do que quando viram os outros tipos de imagens.

     Ou seja, quando dormimos pouco exageramos nas nossas reações frente a situações negativas. Além de mais mal-humorados, a falta de sono pode nos deixar mais vulneráveis a ter doenças psiquiátricas desencadeadas por distúrbios do sono.

(Por Pâmela Carbonari. Atualizado em 30/03/2016. Superinteressante. Adaptado.)

Considere os segmentos a seguir e os respectivos comentários.


I.Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir.” (2º§) / Caso “dos adultos” fosse substituído por “do grupo”, a concordância verbal do verbo “ter” poderia variar.


II. “Então, anormalidades em alguns deles causam impactos nos outros.” (3º§) / A relação estabelecida entre os fatos seria preservada caso “então” fosse substituído por “assim”.


III. “Inclusive, há evidências de que doenças mentais podem surgir de problemas dentro de circuitos cerebrais [...]” (3º§) / A alteração para “Precisamente, há evidências de que doenças mentais surgem a partir de problemas dentro de circuitos cerebrais” mantém o sentido e a correção.


Está(ão) correto(s) o(s) comentário(s) visto(s) apenas em 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    I. ?Segundo ela, cerca de 50% dos adultos com insônia têm problemas mentais e 90% das pessoas com depressão sofrem para dormir.? (2º§) / Caso ?dos adultos? fosse substituído por ?do grupo?, a concordância verbal do verbo ?ter? poderia variar ? correto, temos uma porcentagem no plural e logo após teríamos um termo no singular "grupo", a maioria gramatical enxerga como concordância facultativa (=pode concordar com a porcentagem: 50% têm OU concordar com o termo especificado "grupo": tem).

    II. ?Então, anormalidades em alguns deles causam impactos nos outros.? (3º§) / A relação estabelecida entre os fatos seria preservada caso ?então? fosse substituído por ?assim? ? correto, então/assim são conjunções coordenativas conclusivas e possuem o mesmo valor semântico.

    III. ?Inclusive, há evidências de que doenças mentais podem surgir de problemas dentro de circuitos cerebrais [...]? (3º§) / A alteração para ?Precisamente, há evidências de que doenças mentais surgem a partir de problemas dentro de circuitos cerebrais? mantém o sentido e a correção ? incorreto, o sentido é completamente alterado, o mais visível é na ideia de possibilidade trazida pelo verbo "podem" e depois a sua eliminação, o que denota em uma certeza.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Em relação ao item I)

    1º A partir de 2% jogue para o plural.

    1% faltou a reunião.

    2% Faltaram a reunião.

    Quando estiver seguido de expressões fique atento:

    2%da turma = dupla possibilidade

    2% da turma faltou a reunião

    2% faltaram a reunião.

    Não desista!

  • Dúvida: quando a porcentagem vier seguida de substantivo, o nome tem que concordar com o substantivo, não é? Ou aceita dupla concordância?

  • Gabarito C ✔️

    l - ✔️

    TÊM > PLURAL

    TEM > SINGULAR

    Ao substituir concordaria com o termo mais próximo , no caso "GRUPO"

    ll - ✔️

    "ENTÃO" foi empregado com sentido conclusivo , desse modo é possível substituir por "ASSIM " .

    lll -

    Inclusive, há evidências de que doenças mentais podem surgir de problemas dentro de circuitos cerebrais .

    Ao substituir a frase muda o sentido >

    podem surgir >indica possibilidade

    surgem > certeza

    Precisamente, há evidências de que doenças mentais surgem a partir de problemas dentro de circuitos cerebrais.

  • Esse "cerca de" não deveria deixar a concordância apenas com a porcentagem?