SóProvas


ID
3359350
Banca
FCC
Órgão
DPE-AM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Literatura e escola
       Na escola, a leitura de textos literários pode se tornar apenas uma tarefa de Português, uma obrigação – e lá se vai, se assim for, o prazer da leitura. O ser humano gosta de pensar que decide o seu destino, e só acredita que poderá ser feliz quando apenas sua vontade estiver no comando. Mas sou obrigado a confessar: algumas vezes fui ler por obrigação, a mando de professor, e acabei encontrando grande prazer na leitura.
     Toda a questão está em que haja uma boa combinação de fatores: ler certo texto, em certa idade, com a motivação pessoal de certos interesses. Todos esses “certos” são muito variáveis, mudam de pessoa para pessoa − mas a gente sabe quando a combinação resulta positiva: saímos satisfeitos com a descoberta de um mundo que não conhecíamos, que nem sabíamos ser possível, e que somos capazes de incorporar ao nosso próprio mundo, agora maior que antes.
      A experiência da literatura é insubstituível: nenhuma arte nos dá tanto o que pensar e sentir quanto essa que, contando com não mais que palavras, nos leva para todas as histórias, todas as geografias, nos embarca em todas as viagens e sensações. Não importa o avanço da tecnologia e de suas ofertas miraculosas: uma escola não pode deixar de proporcionar ao jovem a oportunidade de encontrar dentro de si a revelação de um mundo que certo livro, em certa idade, por conta de certos motivos, lhe oferece com tal intensidade que lhe deixará o vivo desejo de ler mais, de ler muitos outros mais.
(Ariovaldo Passos da Cunha, inédito

Na forma sublinhada o verbo encontra-se na voz passiva e atende plenamente às normas de concordância em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) Não se julgue maus leitores aqueles que têm dificuldades naturais na leitura de um texto ? o correto é "se julguem" (=voz passiva sintética com sujeito paciente no plural).

    B) Encontram-se nessa biblioteca bons textos, para todos os gostos ? correto, temos uma voz passiva sintética e o sujeito paciente está no plural, logo, o verbo está corretamente flexionado (=encontram-se bons textos/bons textos são encontrados).

    C) Eles têm confiado no meu gosto, quando me pedem indicação de livros ? aqui temos uma locução verbal formada por verbo no particípio + verbo "ter", marca uma voz ativa.

    D) Foi lido muito às pressas, e com má vontade, a maioria dos livros indicados ? a concordância está sendo feita com o termo especificado "dos livros", logo, "foram lidos" é o correto.

    E) Não se sabem ao certo quantos alunos se disporão a ler esse livro ? sabe-se ISSO (=ISSO é sabido ? o correto é "se sabe").

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Fiquei com uma dúvida sobre a letra D

    Com as expressões a maioriaa minoriaa maior partea metade,… o verbo poderá ficar no singular ou no plural, sendo que a forma no singular é considerada a mais lógica e correta.

    fonte:

  • Gab: B

    A) Não se julgue maus leitores aqueles que têm dificuldades naturais na leitura de um texto >> sujeito paciente no plural, verbo deve estar no plural também >> forma correta: se julguem;

    B) Encontram-se nessa biblioteca bons textos, para todos os gostos >> correto >> Bons textos são encontrados >> como não se inicia frase com pronome relativo, a ênclise é obrigatória, ficando "encontram-se";

    C) Eles têm confiado no meu gosto, quando me pedem indicação de livros >> voz ativa;

    D) Foi lido muito às pressas, e com má vontade, a maioria dos livros indicados >> Ou concorda-se com "a maioria" ficando "A maioria foi lida" ou concorda-se com "dos livros" ficando "a maioria dos livros foram lidos";

    E) Não se sabem ao certo quantos alunos se disporão a ler esse livro >> "se sabe" o "se" é índice de indeterminação do sujeito, obrigatoriamente fica no singular.

  • Na letra D: "Foi lido muito às pressas, e com má vontade, a maioria dos livros indicados." O erro está em lido não concordar com maioria. É isso?

  • Galera, sobre a letra D, tbm poderia ficar no singular, mas no caso a forma seria "Foi lida", tem erro de concordância.

  • Sim, Flávio! Fiz rápido e me passei tbm...Vi que era uma expressão partititva e fui logo marcando.

    Otima questão !

  • De fato, deve-se prestar bastante atenção às questões de Português elaboradas pela FCC.

  • Se alguém quiser corrigir, não sei se procede: Mas já vi comentários que disseram que o verbo vindo ANTES do partitivo, obrigatoriamente ficaria no singular. Procede?

  • Encontram-se nessa biblioteca bons textos, para todos os gostos.

    ENCONTRAM-SE BONS TEXTOS PARA TODOS OS GOSTOS, NESSA BIBLIOTECA

    ENCONTRAR = VERBO TRANSITIVO DIRETO + SE --> voz passiva sintética

    Em questões da FCC, além de atenção redobrada, é importante colocar as frases na ordem direta, pois sempre há jaboticabas embutidas.

    Bons estudos!

  • Não concordo com a letra E do comentário da Amanda. Acredito que a análise do Arthur seja o correto.

  • Correções!

    Não se julgue (julguem) maus leitores aqueles que têm dificuldades naturais na leitura de um texto. (Errado)

    Encontram-se nessa biblioteca bons textos, para todos os gostos. (certo)

    Eles têm confiado no meu gosto, quando me pedem indicação de livros. (voz ativa, pede-se voz passiva) - Errado

    Foi lido (foram lidos ou foi lida) muito às pressas, e com má vontade, a maioria dos livros indicados. (concordância se dá com o mais próximo ou ambos). Errado

    Não se sabem ao certo [quantos alunos se disporão a ler esse livro.] (sujeito oracional- verbo na 3 pessoal do singular) – Errado.

  • NA VERDADE, O ERRO DA "D" É PORQUE NÃO TEM VOZ PASSIVA, NEM SINTÉTICA, NEM ANALÍTICA.

    A CONCORDÂNCIA ESTÁ CERTA!!!

  • Encontram-se bons textos (v.p.s)

    Bons textos são encontrados (por alguém) (v.p.a)

    (alguém) encontrou bons textos (v.a)

  • Letra C é voz passiva

  • Sobre a D: D) Foi lido muito às pressas, e com má vontade, a maioria dos livros indicados >> Ou concorda com "a maioria" ficando "A maioria foi lida" ou concorda com "dos livros" ficando "a maioria dos livros foram lidos";

  • Para resolver esta questão, você precisa, inicialmente, saber que um verbo na voz passiva deve ser transitivo direto, ou seja, “pedir" complemento sem preposição. Além disso, este pode se apresentar nas seguintes estruturas:


    1)     Locução verbal, com verbo auxiliar SER e verbo principal no particípio (voz passiva analítica).

    2)    Verbo simples, sendo transitivo direto, antecedido ou seguido pela partícula SE (voz passiva sintética).


    Essas características estruturais dos verbos emprestam a eles a significação passiva, por isso a voz passiva de um verbo é a estrutura que o seu predicado assume para expressar o sentido de passividade. Assim, devemos verificar se os verbos grifados nas orações são transitivos diretos e se estão nos formatos de voz passiva – sintética e analítica.

    Com a confirmação dessa identificação, precisamos localizar o sujeito desses verbos, com a pergunta “que ou “quem?", pois, na questão, solicita-se assinalar a opção cujo verbo forme caso de voz passiva e também atenda plenamente às regras de concordância.


    De posse das informações, vejamos as opções:


    A)    Não se julgue maus leitores aqueles que têm dificuldades naturais na leitura de um texto. 

    ERRADA.

    Embora tenhamos um verbo transitivo direto formando voz passiva sintética, “se julgue", a concordância entre o verbo em análise e o seu sujeito não está correta, pois este está no plural, logo o verbo também deveria estar flexionado. Sempre que desejarmos confirmar a identificação de um sujeito da voz passiva sintética, devemos transformá-la em analítica: não se julguem maus leitores aqueles (...)----aqueles não são julgados maus leitores.


    B) Encontram-se nessa biblioteca bons textos, para todos os gostos. 

    CORRETA.

    Em mais um caso de verbo formando voz passiva, notamos que “encontram-se" está no plural porque o seu sujeito, "bons textos", também está". Assim, como na versão passiva analítica, “bons textos são encontrados", o sujeito, claramente, coloca-se na posição anteposta ao verbo, ficando mais claramente localizável, confirmamos ser “bons textos" sujeito paciente de “encontram-se".


    C) Eles têm confiado no meu gosto, quando me pedem indicação de livros. 

    ERRADA.

    Atente para a estrutura da locução verbal grifada, que não é de voz passiva – o que se apresenta é o verbo “ter" como auxiliar, o que configura voz ativa. Vale lembrar que, enquanto “ser" atua como auxiliar da passiva, “ter" e “haver" compõem locuções verbais da ativa. Caso você são se lembrasse ou não soubesse de tal informação, pelo sentido haveria de concluir que quem pratica a ação de “ter confiado" são “Eles", indiscutivelmente sujeito agente dessa expressão verbal. Então, o que invalida a letra C como resposta é a estrutura da locução verbal, e não a concordância, visto que o verbo ter, na terceira pessoa do plural, deve receber o acento circunflexo, justamente para ser diferenciado da forma “tem", relativa à terceira pessoa do singular.


    D) Foi lido muito às pressas, e com má vontade, a maioria dos livros indicados. 

    ERRADA.

    Note que o sujeito da locução verbal de voz passiva, “foi lido", é o termo partitivo “a maioria dos livros indicados". De acordo com as regras gramaticais, a concordância verbal em relação a termos partitivos se dá de duas formas: o verbo pode tanto concordar com o núcleo quanto com o determinante dessa expressão. Assim, pensando na concordância somente com o núcleo, teríamos: a maioria dos livros FOI LIDA, em que “lida" está no feminino singular por causa de “maioria", termo que, embora expresse ideia de quantidade leva, o verbo para a terceira pessoa do singular. Se, por outro lado, o verbo concordasse com o determinante, que é o termo preposicionado especificador, “dos livros indicados", o núcleo do determinante, “livros", levaria o verbo para o masculino plural: a maioria dos livros indicados FORAM LIDOS. Sendo assim, como a banca oferece a forma “foi lido" como opção de concordância, a letra D está incorreta, porque tal possibilidade não está prevista nem em relação ao núcleo do sujeito, nem em relação ao seu determinante.


    E) Não se sabem ao certo quantos alunos se disporão a ler esse livro. 

    ERRADA.

    Veja que o sujeito da forma verbal passiva grifada é a oração subordinada substantiva subjetiva “quantos alunos se disporão a ler esse livro". O que ocorre de diferente, neste contexto, em relação à maioria das orações substantivas, é o introdutor da oração, identificado como um pronome interrogativo, usado quando tais orações formam perguntas indiretas).

    A confirmação sobre o sujeito ser oracional é feita substituindo a oração da qual se suspeita ser o sujeito pelo pronome demonstrativo ISSO. Tal substituição é aplicada quando precisamos reconhecer se a oração é subordinada substantiva (Não se sabe ISSO, por exemplo). Nesse caso, como se confirma tal análise, devemos seguir a regra de concordância relativa a sujeitos oracionais: quando uma oração é o sujeito do verbo de outra, este deve ficar sempre na terceira pessoa do singular, concordando com a estrutura oracional.


    Resposta: B

  • Encontram-se nessa biblioteca bons textos, para todos os gostos.

    PASSIVA SINTETICA

  • No comentário mais curtido de todos, da Amanda, atenção!

    O índice de indeterminação do sujeito obriga o verbo a estar na 3 pessoa do SINGULAR

  • a) Não se julguem

    b) correto, concordando com o sujeito bons textos

    c) Voz ativa

    d) A maioria foi lida, ou os livros foram lidos

    e) se sabe, pois deve concordar com sujeito oracional: quantos alunos se disporão a ler esse livro.

  • Sobre a letra D, pode ficar no singular ou plural, mas deve concordar também com o gênero.

    Como concordou com a partitiva em número, assim também deve concordar com ela no gênero.