SóProvas


ID
3375679
Banca
AOCP
Órgão
UNIR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pesquisadores descobrem como transformar
sangue A e B em O

A novidade pode ajudar bancos de sangue ao
redor do planeta e salvar milhões de vidas

     Ninguém sabe ao certo como morreu o Papa Inocêncio VIII, no século 15. Uma lenda recorrente diz que, oito anos antes dos portugueses pisarem no Brasil, a Igreja estava tão desesperada para salvar o pontífice moribundo que cometeu uma loucura: pediu para três crianças, de 10 anos, trocarem parte de seu sangue por um pedaço de terra. O médico do líder católico ainda teria determinado que o sangue deveria ser bebido, via oral. Não deu certo. O Papa teria morrido logo depois.
     Essa história é, provavelmente, mentira – a Universidade de Toronto até chegou a buscar provas em 1999, mas não encontrou. A lenda, porém, se consagrou como “o primeiro transplante sanguíneo da história”.
      De lá pra cá, a lenda se tornou fato – e a medicina evoluiu muito quando o assunto é sangue. Em 1818, o obstetra inglês James Blundell realizou a primeira transfusão devidamente registrada, e em 1901 o austríaco Karl Landsteiner descobriu os tipos sanguíneos (A, B, AB e O), e como eles interagem entre si.
    Agora, um século depois, a maior revolução do tipo pode estar prestes a ser confirmada: um grupo de pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, alega que conseguem transformar sangue tipo A, B ou AB em sangue tipo O.   
     (...) Todo mundo tem um tipo sanguíneo. Você mesmo é ou A, ou B, ou AB, ou O. Isso é importante porque a transfusão entre tipos de sangue diferentes pode matar – se você colocar sangue A em uma pessoa cujo tipo sanguíneo é B, o próprio organismo vai reagir e atacar esse novo malote de sangue. O contrário também ocorre. Sangue tipo A só doa para tipo A ou AB. Tipo B só doa para tipo B ou AB. AB é o menos flexível e só doa para o tipo AB.
      Por isso, o tipo sanguíneo mais valioso é o tipo O. Ao contrário dos demais, ele não promove reações defensivas no organismo de pessoas com nenhum tipo sanguíneo. Conhecido como doador Universal, o sangue O pode ser transferido pra qualquer pessoa. É por isso, é claro, que os Bancos de Sangue estão sempre procurando por doadores tipo O.
     Com a descoberta da universidade canadense, porém, os Bancos de Sangue podem ter ganhado na loteria. Qualquer sangue pode ir pra qualquer pessoa, uma revolução que tem o potencial de salvar milhões de vidas.
      Para conseguir o feito, o pesquisador Stephen Withers analisou a característica que difere entre cada tipo sanguíneo: são os chamados “açúcares antígenos”. O sangue tipo A carrega um determinado antígeno junto às suas células, quem tem sangue B possui outro, quem tem AB possui os dois.
       O sangue da transfusão só é aceito quando o corpo não detecta nenhum antígeno diferente do seu próprio.
       Só que quem tem sangue O não possui antígeno nenhum. E passa despercebido pelos sistemas de defesa. A ideia, então, foi tentar destruir esses açúcares das células de sangue – assim, em teoria, qualquer fluido sanguíneo ficaria igual ao tipo O.
    A saída para o extermínio adocicado se deu por meio de enzimas. Os pesquisadores procuraram substâncias que conseguissem quebrar as moléculas açucaradas (sem danificar o restante do material). O estudo procurou o elemento em mosquitos e sanguessugas, mas encontrou a solução em um local muito mais próximo: no nosso próprio intestino.
    Withers percebeu que alguns dos açúcares que consumimos são estruturalmente muito parecidos com os antígenos. Eles observaram que algumas bactérias presentes na flora intestinal auxiliam no processamento desses açúcares da alimentação
– e decidiram entender como elas reagiriam em contato com as células sanguíneas.       Foi tiro e queda: elas fizeram a “digestão” dos antígenos – e o que restou era sangue tipo O.
(...)

Por Felipe Germano
access_time23 ago 2018, 15h54 - Publicado em 22 ago 2018, 19h29

Considerando o texto apresentado, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.

No excerto “O Papa teria morrido logo depois.”, há locução verbal composta por um verbo flexionado no futuro do pretérito e por uma forma nominal no particípio, sugerindo efeito de incerteza.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO

    ? ?O Papa teria morrido logo depois.?

    ? Temos uma locução verbal, formada, respectivamente, por verbo no futuro do pretérito do modo indicativo (=tempo da maria ? teria) e verbo com terminação em -ido (=particípio).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • GABARITO = CERTO.

    terIA = verbo no futuro do pretérito: 'se eu pudesse' eu teria...

    O tempo composto de morreria que está no futuro do pretérito do indicativo é TERIA MORRIDO, (TER + PARTICÍPIO).

    Entendido? ; )

  • Qual é o verbo flexionado?

  • só não entendi porquê da incerteza kkkkk

  • A questão é sobre verbos e quer que analisemos a afirmação abaixo. Vejamos:

    No excerto “O Papa teria morrido logo depois.”, há locução verbal composta por um verbo flexionado no futuro do pretérito e por uma forma nominal no particípio, sugerindo efeito de incerteza.

    Locução Verbal é a junção de dois ou mais verbos, sendo um auxiliar e um principal, que exercem a função morfológica de apenas um verbo. 

    "TERIA": 1ª pessoa do singular do futuro do pretérito do indicativo. O futuro do pretérito expressa incerteza, surpresa e indignação e é utilizado para se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado.

    "MORRIDO": particípio terminado em "ido". O particípio indica uma ação já finalizada ou relacionada com o passado e se caracteriza pela terminação "ado", "ido".

    Gabarito: Certo

  • UM MACETE QUE ME AJUDA SEMPRE.

    FUTURO DO PRESENTE: Indica um fato PROVÁVEL de acontecer no futuro.

    Ex: O menino jogará bola.

    FUTURO DO PRETÉRITO: Indica um fato IMPROVÁVEL de acontecer no futuro.

    Ex: O menino jogaria bola.

  • Não consegui compreender. O modo indicativo num indica uma certeza de acontecimento? Errei por ver ao final da questão "SUGERINDO EFEITO DE INCERTEZA" confusa estou

  •  Futuro do pretérito •ria• - indique o fato que não se realizarão e que provavelmente não se realizará.

    Particípio - do - ido - pode funcionar como substantivos ou adjetivos 

    Ex: Os montantes investidos foram bons. 

  • Em geral, o modo indicativo expressa fato, certeza. Dos tempos do modo indicativo, o futuro do pretérito é o que destoa, pois ele expressa, em geral, fato hipotético. Compare, por exemplo:

    Em 2022, A Semana de Arte Moderna fará 100 anos de ocorrência.

    Nessa frase, o verbo expressa o futuro tido como certo(O Futuro do presente)

    Em 2022, o Brasil seria heptacampeão do mundo...

    Nessa frase, o verbo expressa fato hipotético, isto é, atrelado a uma hipótese. Se a frase afirma que "o Brasil seria", então ele não será.

    Fonte: Gramática de A a Z - Professor Alexandre Soares

  • TIVE QUE VOLTAR NO TEXTO...KKK PRA ENTENDER E ACERTAR.

  • "O futuro do pretérito é um tempo verbal conjugado no modo indicativo. Sua formação pode ser simples e composta. Ele expressa incerteza, surpresa e indignação, sendo utilizado para se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado."