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Questões de Locução Verbal


ID
28057
Banca
CESGRANRIO
Órgão
TCE-RO
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O Senhor Computador

          Acabo de perder a crônica que havia escrito.
     Sequer tenho onde reescrevê-la, além desse caderninho
     onde inclino com mãos trêmulas uma esferográfica preta,
     desenhando garranchos que não vou entender daqui a meia
5    hora. Explico: tenho, para uso próprio, dois computadores.
     E hoje os dois me deixaram órfão, fora do ar, batendo
     pino, encarando o vazio de suas telas obscuras. A carroça
     de mesa pifou depois de um pico de energia. O portátil,
     que muitas vezes levo para passear como um cachorrinho
10  cheio de idéias, entrou em conflito com a atualização do
     antivírus e não quer "iniciar". O temperamental está fazendo
     beicinho, e não estou a fim de discutir a relação homemmáquina
     com ele.
          Farei isso, pois, com os leitores. Tenho consciência
15  de que a crônica sobre as agruras do escritor com computadores
     indolentes virou um clichê, um subgênero batido
     como são as crônicas sobre falta de idéia. Mas não tenho
     opção que não seja registrar meu desalento com as
     máquinas nos poucos minutos que me restam até que a
20  redação do jornal me telefone cobrando peremptoriamente
     esse texto.
          E registrar a decepção comigo mesmo - com a
     minha dependência estúpida do computador. Não somente
     deste escriba, aliás: somos todos cada vez mais
25 subordinados ao senhor computador. Vemos televisão no
     computador, vamos ao cinema no computador, fazemos
     compras no computador, amigos no computador. Música
     no computador. Trabalho no computador.
     Escritores mais graduados me confessam escrever
30  somente a lápis. Depois de vários tratamentos, passam o
     texto para o computador, "quando já está pronto". Faço
     parte de uma geração que não apenas cria direto no
     computador, mas pensa na frente do computador. Teclamos
     com olhos dilatados e dedos frementes sobre a cortina
35 branca do processador de texto, encarando uma tela que
     esconde, por trás de si, um trilhão de outras janelas,
     "o mundo ao toque de um clique".
          Nada mais ilusório.
          O que assustou por aqui foi minha sincera reação
40  de pânico à possibilidade de perder tudo - como se a
     casa e a biblioteca pegassem fogo. Tenho pelo menos
     seis anos de textos, três mil fotos e umas sete mil
     músicas em cada um dos computadores - a cópia de
     segurança dos arquivos de um estava no outro. Claro, seria
45 impossível que os dois quebrassem - "ainda mais no
     mesmo dia!" Os técnicos e entendidos em informática
     dirão que sou um idiota descuidado. Eles têm razão.
          Há outro lado. Se nada recuperar, vou me sentir
     infinitamente livre para começar tudo de novo. Longe do
50 computador, espero.

CUENCA, João Paulo. Megazine. Jornal O Globo. 20 mar. 2007.
(com adaptações)

"Acabo de perder..." (l. 1) A locução verbal nos informa que se trata de:

Alternativas
Comentários
  • Pensei dessa forma:"Realmente acabei de perder"Se acabei é porque terminei algo!
  • Q800896

     

     

    Locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial:  começou a viver

     

     

    Q773128

     

    Desenvolve gradualmente, se repete no passado e permanece no presentevem ganhando.

     

     

    MODAIS:  modo da ação que ocorreu

     

     

     

     

    Necessidade, Obrigação (Depende do contexto)

     

     

     

    Ex        Haver de escrever,  ter de escrever       TEM   DE = QUE (preposição) MANTER ISSO

     

     

     

     

     

                                                Possibilidade Ou Capacidade

     

     

    Ex.  Pode escrever

     

     

    VONTADE ou DESEJO (VOLITIVO):   querer escrever, desejar escrever

     

    TENTATIVA ou ESFORÇO

     

     

     

     

     

    CONSECUÇÃO:  conseguir escrever, lograr escrever

     

     

     

    APARÊNCIA ou DÚVIDA:  parece escrever

     

     

     

  • “ ... Havia perdido ... “ = perdera ( término recente da ação )


ID
74611
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ganhamos a guerra, não a paz

Os físicos se encontram numa posição não muito
diferente da de Alfred Nobel. Ele inventou o mais poderoso
explosivo jamais conhecido até sua época, um meio de
destruição por excelência. Para reparar isso, para aplacar sua
consciência humana, instituiu seus prêmios à promoção da paz
e às realizações pacíficas. Hoje(*), os físicos que participaram
da fabricação da mais aterradora e perigosa arma de todos os
tempos sentem-se atormentados por igual sentimento de
responsabilidade, para não dizer culpa. E não podemos desistir
de advertir e de voltar a advertir, não podemos e não devemos
relaxar em nossos esforços para despertar nas nações do
mundo, e especialmente nos seus governos, a consciência do
inominável desastre que eles certamente irão provocar, a
menos que mudem sua atitude em relação uns aos outros e em
relação à tarefa de moldar o futuro.

Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir
que os inimigos da humanidade a obtivessem antes de nós, o
que, dada a mentalidade dos nazistas, teria significado uma
inconcebível destruição e escravização do resto do mundo.
Entregamos essa arma nas mãos dos povos norte-americano e
britânico, vendo neles fiéis depositários de toda a humanidade,
que lutavam pela paz e pela liberdade. Até agora, porém, não
conseguimos ver nenhuma garantia das liberdades que foram
prometidas às nações no Pacto do Atlântico. Ganhamos a
guerra, não a paz. As grandes potências, unidas na luta, estão
agora divididas quanto aos acordos de paz. Prometeu-se ao
mundo que ele ficaria livre do medo, mas, na verdade, o medo
aumentou enormemente desde o fim da guerra. Prometeu-se ao
mundo que ele ficaria livre da penúria, mas grandes partes dele
se defrontam com a fome, enquanto outras vivem na
abundância. (...)

Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua
notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade
e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles
de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a
civilização humana estará condenada.

(Albert Einstein, Escritos da maturidade. Tradução de Maria
Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994)

(*) Este texto foi escrito em 1945, logo depois do fim da
II Guerra Mundial.

Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Observa-se que na construção do período acima, se empregou o verbo

Alternativas
Comentários
  • Possa ...O espírito ...prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos.

  • Valeu Juan pela sua explicação.

  • Não estendi o porque de a alternativa "e" estar correta, no meu ver, a correta seria a alternativa "b". Por favor peçam solicitação de comentário do professor!

  • Isso é uma locução verbal. Nas locuções verbais as flexões ocorrem nos verbos auxiliares, e os verbos principais permanecem no particípio ou no infinitivo.

    Locuções Verbais

    Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:

    Estou lendo o jornal.

    Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

    Ninguém poderá sair antes do término da sessão.


  • Segue abaixo o texto:
    .
    .
    Possa o espírito que motivou Alfred Nobel a criar sua notável instituição, o espírito de fé e confiança, de generosidade e fraternidade entre os homens, prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Do contrário, a civilização humana estará condenada.
    .
    O desejo de Albert Einstein é que o espírito (a força) que motivou o Aflfred Nobel a criar sua notável instituição possa prevalecer na mente daqueles de cujas decisões dependem nossos destinos. Isto é, que a ideia de Nobel prevaleça (continue, possa prevalecer) na mente daqueles de cujas....
    .
    Vale destacar que possa está no subjuntivo (verbo poder)

  • Boa questão!


  • Pq esse " de cujas" aí minha gente?

  • @Princesa determinada

    Por causa do verbo depender (depende de...) com isso a preposição vai para antes do pronome.

  • Possa prevalecer na mente daqueles. Logo, poder auxilia o verbo prevalecer.

  • Pessoal, por qual motivo não poderia ser a A?

  • Questão bizarra, só entendi porque o colega Diego jogou o texto na ordem direta.

  • A Língua portuguesa sempre inovando.


ID
89338
Banca
FUNRIO
Órgão
PRF
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Quando você me ouvir cantar, Venha, não creia, eu não corro perigo"

A canção de Caetano Veloso emprega uma estrutura sintática que combina os verbos "ouvir" e "cantar" com o pronome "me". Quanto a essas palavras, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Resposta: A)ERRADA. Quando você vir dois verbos juntos, não ache você que sempre será uma locução verbal. "Locuções Verbais são conjuntos formados por um verbo auxiliar seguido de um verbo principal. O Verbo principal aparece sempre em uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo ou particípio). O verbo auxiliar, por sua vez, parece flexionado, pois tem a função de ampliar a significação do verbo principal". (Gramática Objetiva, Filemon Félix)Ex: Procurava cumprir seu dever. (Procurava cumprir é uma locução verbal)B)ERRADA. O verbo cantar é INTRANSITIVO. Quem canta, canta.C)ERRADA. Próclise -> "PRÉ" -> me ouvirMesóclise -> "MEIO" -> Ouvir-me-eiÊnclise -> "APÓS" -> Ouvir-meD)ERRADA. o verbo cantar é intransitivo.E)CORRETA.
  • esta oração no sua ordem direta é : " quando você ouvir o meu cantar, Venha, não creia, eu não corro perigo".

    Ou seja, o "cantar" não é verbo e sim substantivo, logo a única opção correta é a letra E.
  • O pronome "ME" é objeto direto sintático de ouvir e sujeito semântico de cantar.


    Quem é ouvido? Me.
    Quem canta? Me.

    O "me" se relaciona com os dois verbos. Alternativa "E".
  • Só complementando o comentário do confrade Rodrigo, existem certas estruturas em que a sequência de verbos não formará locução verbal. Como ocorre nas estruturas formadas por verbos causativos (mandar, deixar, fazer) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir) + verbo no infinitivo, que é o exemplo da letra a. Percebam que quem ouve é uma pessoa e quem canta é outra.

     

    Um exemplo para fixar:

     

                                                                     OSSOD

    A aluna se atrasou, mas o professor deixou/-a entrar.

    Quem deixou? O professor.

    Quem entrou? A aluna. O 'a' após 'deixou' exerce a função de sujeito de infinitivo do verbo entrar.

     

    Porém, nem sempre o sujeito semântico será diferente, somente o sujeito na própria frase. Exemplo:

     

    Capitu sentiu/-se fraquejar.

    Quem sentiu? Capitu.

    Quem fraquejou? Capitu. Porém, o sujeito de fraquejar é o 'se', que é o sujeito de infinitivo nesse caso.

  • GABARITO= E

    QUANDO VOCÊ ME OUVIR CANTAR

    ME OUVIR CANTAR = ME RELACIONA A OUVIR E CANTAR.

    JÁ A QUESTÃO (C) ESTA ERRADA:

    QUANDO= ADVÉRBIO DE TEMPO

    ADVÉRBIOS ATRAEM O PRONOME OBLÍQUO.

    A QUESTÃO DIZ QUE O PRONOME OBLÍQUO ESTA RELACIONADO AO VERBO OUVIR, ESTA ERRADA POIS, O PRONOME RELACIONA COM OS DOIS VERBO OUVIR E CANTAR.

    AVANTE GUERREIROS.

    TENHO FÉ QUE UM DIA SEREI SERVIDOR.

  • Quando você ouvi o menino *(me)* cantar, venha, não creia, Eu não corro perigo. ( Essa estrutura está dentro daqueles casos de verbos causativos MANDAR, DEIXAR E FAZER e sensitivos VER, OUVIR e SENTIR que o pronome entre eles tanto pode exercer a função de OBJETO DIRETO do verbo AUXILIAR quanto SUJEITO do verbo PRINCIPAL.

    Quando você ouvi cantar o menino *( me)*, venha, não creia, Eu nao corro perigo.

    O pronome "me" está relacionado gramaticalmente com os verbos "ouvir e cantar" 

    Erro da letra B) é afirmar que só que o verbo "cantar" é transitivo direto, haja vista que o verbo "ouvir" também tem a mesma transitividade de acordo com a explicação acima.

    GABARITO E

  • GABARITO= E

    Verbo sensitivo + Pronome oblíquo + infinitivo.

    O pronome "me" será "objeto direto" no verbo auxiliar e "sujeito" do verbo Principal ( Infinitivo)


ID
355606
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

: Marque a proposição em que o verbo ou locução verbal NÃO apresenta nenhum tipo de erro:

Alternativas
Comentários
    • a) Às vezes, na tentativa de dar nó em pingo d’água, ele se desavem desavém com as palavras.
    • b) Fatores ambientais e climáticos contribui contribuem para o quadro da doença.
    • c) À época, pretendia celebrar um acordo com quem quer que se dispusesse a negociar. (CORRETA)
    • d) Os pontos de convergência deverão serem ser construídos a partir de interesses concretos.
    • e) O Secretário de Justiça em apenas 15 dias apos apôs sua assinatura em uma centena de atos
  • a) Às vezes, na tentativa de dar nó em pingo d’água, ele se desavém com as palavras.

    O verbo conjugado desavêm vem do verbo desavir.

    Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito
    eu desavenho eu desavim eu desavinha
    tu desavéns tu desavieste tu desavinhas
    ele/ela desavém ele/ela desaveio ele/ela desavinha
    nós desavimos nós desaviemos nós desavínhamos
    vós desavindes vós desaviestes vós desavínheis
    eles/elas desavêm eles/elas desavieram eles/elas desavinham
     

    b) Fatores ambientais e climáticos contribuíram para o quadro da doença.


    c) À época, pretendia celebrar um acordo com quem quer que se dispusesse a negociar. (certa)


    d) Os pontos de convergência deverão ser construídos a partir de interesses concretos.


    e) O Secretário de Justiça em apenas 15 dias apôs sua assinatura em uma centena de atos
  • O conceito é a base para a resolução de qualquer questão. Então:


    Conceito de LOCUÇÃO VERBAL

    Quando dois ou mais verbos têm valor de um, eles formam uma locução verbal, expressão que é sempre composta por verbo auxiliar + verbo principal.

    Está  cantando = canta Ia andando = andava

    Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o verbo principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

    Os verbos auxiliares de uso mais frequente são ter, haver, ser, estar e ir.

    Quando a locução verbal é constituída de formas dos verbos auxiliares ter e haver mais o particípio do verbo principal, temos um tempo composto.

    Ele já tinha saído para o trabalho quando você  me telefonou. Ele já saíra para o trabalho quando você  me telefonou.

ID
531631
Banca
FESMIP-BA
Órgão
MPE-BA
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todos concordam que a educação sempre esteve voltada aos interesses do homem. Ela sempre visa atender às exigências de uma determinada classe, ou de um determinado povo, num determinado período ou espaço de tempo. Na verdade, a educação não teria sentido se não estivesse voltada para a promoção do homem. Uma visão histórica da educação mostra como esta esteve sempre preocupada 5 em formar determinado tipo de homem. Do ponto de vista da educação, promover o homem significa torná-lo cada vez mais capaz de conhecer os elementos de sua situação para intervir nela, transformando-a no sentido de uma ampliação da liberdade, da comunicação e colaboração entre os homens. Considerando que a educação sempre tem como objetivo principal promover o desenvolvimento do 10 próprio homem, são as suas necessidades reais que vão delimitar ou demarcar a ação que ela exercerá sobre determinado grupo ou nação. Portanto, a finalidade primeira e primordial da educação é suprir os interesses e as necessidades do homem, no período da sua própria existência. Ela tem como princípio básico tornar o homem um ser totalmente culto no sentido erudito da palavra. Dessa forma, podemos entender educação como sendo sinônimo de cultura, ou seja, a transformação que o homem opera sobre 15 o meio e os resultados dessa transformação. Então, devemos considerar que a educação não tem fim em si mesma, mas objetivos que são transformados em meios, o que sugere que, sendo o homem um ser em constante processo de mudança, assim inacabado, ele é sempre objeto da educação. A educação, no sentido amplo, não se limita à sala de aula. Faz parte do complexo processo de socialização, que transforma o ser humano num ser social, capaz de participar da vida de uma 20 sociedade, e continua enquanto lhe for preciso aprender a adaptar-se a novas circunstâncias e a desempenhar novos papéis. Assim, cabe frisar que reconhecer a importância da educação na existência da humanidade é dar valor àquilo que consideramos como nossa própria descendência cultural. Com efeito, preocupar-se com a educação significa preocupar-se com nossa própria história, tendo como foco o desenvolvimento do homem integral. A IMPORTÂNCIA da educação na história da vida do homem. Disponível em: . Acesso em: 16 dez. 2010. Adaptado.  

Assim, cabe frisar que reconhecer a importância da educação na existência da humanidade é dar valor àquilo que consideramos como nossa própria descendência cultural." (linhas de 21 e 22)

A análise do período em evidência permite considerar como verdadeiro o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • a expressão "Cabe frisar" não é uma locução verbal.

    Já que, sintaticamente, cabe é  VTD e frisar assume valor de objeto direto (OD).



    Os termos da educação e da humanidade são ambos complementos nominais.
  • Gabarito: Letra C

    Justificativa


    c) Os termos “da educação” e “da humanidade” exercem a mesma função sintática, o que, em outras palavras, significa dizer que ambos restringem o sentido do vocábulo a que se ligam.

    Discordando um pouco do colega acima, entendo que "da educação" e "da humanidade", por ambos restringirem o sentido do vocábulo e qualificá-los, só podem ser ADJUNTOS ADNOMINAIS e não complemento nominal como o colega "Rick" afirmou.

    Adjunto Adnominal é o termo que modifica um substantivo (Abstrato ou Concreto). É o termo que vai caracterizar ou determinar os substantivos.

    Obs: se fosse complemento nominal a alternativa "c" não poderia ser a correta, pois diz que ambos os termos restringem o sentido do vocábulo a que se ligam.  E o complemento nominal é o termo que complementa o significado transitivo de um nome e não o restringe.



    • Assim, cabe frisar /que reconhecer a importância da educação na existência da humanidade é dar valor àquilo que consideramos como nossa própria descendência cultural.”
    • a) A expressão “Cabe frisar” forma uma locução verbal, uma vez que o verbo no infinitivo não pode ser desdobrado em uma oração com a presença de um conectivo.
    • Não, frisar é objeto direto do verbo caber
    • Cabe também/contudo frisar
    •  b) A primeira oração das que se iniciam pelo conector “que” mantém, nesse contexto, relação sintática tão somente com “frisar” e equivale a um adjetivo.
    • cabe frisar(isso) /que reconhecer ...oração subordinada substantiva objetiva direta
    •  c) Os termos “da educação” e “da humanidade” exercem a mesma função sintática, o que, em outras palavras, significa dizer que ambos restringem o sentido do vocábulo a que se ligam.
    • Adjunto Adnominal é um termo que acompanha um nome, dando a ele uma característica. A função do adjunto adnominal é a de restringir o âmbito do nome, fornecendo acerca dele informações consideradas acessórias
    • importância (da educação apenas, restingiu...)
    • existência da humanidade (restringiu a existência, pois não é toda existência...é a da humanidade apenas)
    •  d) O sinal indicativo de crase, no caso do termo “àquilo”, está constituindo uma falha de ordem gramatical, pois só se usa crase diante de palavras femininas. 
    • Esta crase não é do pronome, mas sim a representação da junção da preposição que o antecede e seu  “a” inicial! . 
    •  e) Os vocábulos “próprio” e “descendência” são acentuados por diferentes razões. 
    • Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas
  • Cleo

    os termos da humanidade e da educação nao seria complemento nominal?
  • Se você está lendo este anúncio, agradeça ao seu professor.

    Está lendo é uma expressão formada por dois verbos – está (verbo estar no presente do indicativo) + lendo (verbo ler no gerúndio) – com o valor de um, pois equivale a lê.

    Se você lê este anúncio, agradeça ao seu professor.

    Obviamente, você vai questionar que o efeito semântico não é o mesmo. Certamente, todas as escolhas que fazemos na língua (escolha de palavras, pontuação, etc.) são aplicadas com um objetivo específico, pois dependendo da escolha, resulta um efeito diferente na mensagem.

    Conceito de LOCUÇÃO VERBAL

    Quando dois ou mais verbos têm valor de um, eles formam uma locução verbal, expressão que é sempre composta por verbo auxiliar + verbo principal.

    • Está cantando = canta
    • Ia andando = andava

    Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o verbo principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

  • Os seguintes elementos separam claramente as duas figuras:

    Complemento nominal: liga-se a adjetivos, advérbios e substantivos abstratos através de preposição; não traduz a ideia de posse e fica no sentido passivo.

    Adjunto adnominal: liga-se a substantivos abstratos ou concretos através de preposição ou não; passa a ideia de posse e fica no sentido ativo.   

    Assim, concordo com a colega FB ao assinalar que os termos são adjuntos adnominais, e não complementos nominais. Isso porque, da educação e da humanidade estão ligados a substantivos abstratos (importância e existência) por preposição, e dão a ideia de ação e de posse. 
  • Onde está a posse? Quem é ativo? Não vejo onde.
    Importância da educação: a educação é importante (quem é ativo na importância?)
    Existência da humanidade: a humanidade existe. (quem é ativo na existência da humanidade?)
    Veja a diferença: a leitura do jornal:  (a leitura dele?) Não é o caso, pois não é o jornal que está lendo; ele está sendo lido. - CN
    a leitura do jornalista: a leitura dele, pois é ele quem está lendo (o jornalista é claramente ativo) - AA.
    Outra coisa: subst. abstrato ligado à prep., não significa imediatamente AA. Só se for agente. Se for paciente será CN, cf acima.

    Se, na questão, forem AA preciso que alguém me explique o por quê. O que eu quero é acertar na prova, e não me fazer certa. Até o momento, estou com a Cleo que, a propósito, costuma ser bastante coerente.



  • Entendo que trata-se de complemento nominal. O adjunto adnominal tem valor adjetivo (vide Celso Cunha & Lindley Cintra, 2011, p. 164)

  • Entendo que trata-se os elementos da alternativa C são complementos nominais, não adjuntos adverbiais.

    Importância e existência não são verbos, adverbios ou adjetivos. Tratam-se de substântivos. 

    Considerando que "da educação" e "da humanidade" são complementos nominais de "importância" e "existência", respectivamente.

    Reconhecomeço a importância: importância de que? Da educação. Existencia de que? da humanidade.
  • -cabe frisar que reconhecer a importância (a importância do quê?)
    da educação
    -na existência (na existência do quê?)
    da humanidade

    Os dois termos são complementos nominais


    PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO NOMINAL


    Existem palavras que mesmo sem ser verbos pedem um complemento com preposição obrigatória são os chamados complementos nominais. Ex: Eu necessito... (vai gerar a pergunta, vc necessita de quê?) de ajuda! Eu necessito de ajuda. A  mesma coisa na frase: Cabe frisar que devemos reconhecer a importância.. ( não adianta, alguém vai perguntar, a importância de quê?) da educação!

    Adjunto Adnominal é toda palavra que se liga ao substantivo ou ao núcleo de um dos termos. Ex: Tenho dois cachorros ferozes! dois e ferozes são adjuntos adnominais! Notem que se retirarmos não gera pergunta nenhuma! Tenho cachorros! Ao contrário se retirarmos o complemento nominal como em: cabe frisar que reconhecer a importância da educação na existência... (o ouvinte vai ficar esperando o final da frase!! Como assim na existência??? da humanidade é essencial para o sentido completo da frase, senão fica um vácuo)
    Notem também que o adjunto adnominal restringe o universo da palavra: Tenho cachorros ferozes! Não tenho qualquer cachorro, mas sim, cachorros ferozes! Ganhei uma mesa de pedra! Não ganhei apenas uma mesa, mas sim, uma mesa de pedra!

    ALGUMAS DICAS:
    • Os pronomes adjetivos de um modo geral vão ser adjuntos adnominais.
    • Substantivo concreto pede adjunto adnominal (comprei uma mesa de pedra, se vc falar apenas comprei uma mesa ninguém vai perguntar, uma mesa de quê??? A não ser que seja muito curioso)
    • Adjetivo e advérbio pedem complemento nominal (Estava pronto, (pra quê) para tudo)
    • Quando a retirada do termo altera o sentido da oração (Tinha sede de justiça-se retirarmos de justiça parece que estamos falando de água-complemento nominal)
    • Quando o termo se liga a palavra derivada de verbo vamos observar que pode se tratar de termos ativos ou passivos. Se o termo for passivo (sofre a ação) se trata de complemento nominal, porém, se o termo for ativo (pratica a ação) se trata de adjunto nominal. Ex: A explicação da matéria agradou a turma ( complemento nominal)/ A explicação do professor agradou a turma.(adjunto adnominal)
  • os dois termos do item c são adjuntos adnominais.

    Complemento nominal acrescenta uma informação ao nome antecedente; é nesse sentido que ele "complementa" o nome.Além disso, é paciente da ação, enquanto o adjunto adnominal é agente.( um recebe a ação; o outro, pratica) . Vejamos na questão:

    importância da educação - a educação é importante / existência da humanidade - a humanidade existe.

    diferente dos complementos nominais exemplificados a seguir:

    a crítica ao jovem- o jovem foi criticadoo descobrimento do brasil -o Brasil foi descoberto

    Comparando com adjunto adnominal:

    a crítica do jovem- o jovem criticou/ o descobrimento de Paulo- Paulo descobriu

    Além do mais, o examinador utilizou o próprio conceito de adjunto adnominal na questão. Observe o trecho: os termos “da educação” e “da humanidade” exercem a mesma função sintática, o que, em outras palavras, significa dizer que ambos restringem o sentido do vocábulo a que se ligam.

    A. Adjunto Adnominal

    É o termoque especifica ou delimita o significado de um substantivo

    http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/termos-acessrios-da-orao

  • COMPLEMENTO NOMINAL: Termo SEMPRE preposicionado que completa o sentido de um nome (adjetivo, advérbio, substantivo abstrato). Verbo de ligação + pronome lhe( a ele). Sentido passivo.

    EX: A resolução da questão foi perfeita. (Sentido passivo: A questão foi resolvida. E não a questão resolveu.)


    ADJUNTO ADNOMINAL: Termo NEM SEMPRE preposicionado que acompanha o substantivo (concreto ou abstrato). Pode ser: artigos, adjetivos, numerais, locuções adjetivas ou pronomes. Pronome lhe (dele) Ex.: Roubei-lhe(dele) o chapéu. Sentido ativo.

    EX.: A critica do aluno não foi aceita. (Sentido ativo: O aluno criticou. E não o aluno foi criticado)


  • Excelente explicação 


ID
636808
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I:
O judeu de Bethesda

Último dia de aula na escola Walt Whitman. Situada em Bethesda, um bairro intelectualmente sofisticado da região de Washington (DC), é uma das melhores dos Estados Unidos. O pimpolho volta para casa. Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros. Mas o sonho duraria pouco. Ao fim da tarde, chega o pai judeu, carregando uma sacola de livros recém-comprados. Chama o filho, esparrama os livros na mesa da sala e começa a montar o cronograma de leituras, incluindo a cobrança periódica do que terá sido lido. Ignoro quantos pais judeus passaram também nas livrarias. Mas imagino que não foram poucos. (...)
Tais ideias abrem caminho para muitas linhas de atividade. Pais interessados e comprometidos com a educação dos seus filhos podem fazer o mesmo que os judeus de Bethesda. Mas, vamos nos lembrar, se livro fosse cultura, os cupins seriam os seres mais cultos do globo. Só livro lido é cultura. Portanto, cobranças sem dó nem piedade. Mas seria só empurrar livros e mais livros goela abaixo dos filhos? Jamais! É preciso desenvolver o prazer da leitura, e o bom exemplo é essencial. À força, pode sair o tiro pela culatra. Que livros? Não adianta comprar Hegel, Spinoza ou Camões, se as leituras favoritas ainda não passaram muito da Turma da Mônica. É fracasso garantido. Os livros devem andar muito próximo do interesse e da capacidade de compreensão dos leitores, sempre puxando um pouco para cima.
(Cláudio de Moura Castro. Veja, junho/2010 – com adaptações)

De acordo com a função das estruturas linguísticas do trecho em destaque, analise:

O pimpolho volta para casa. Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros.”


I. O sujeito de “Poderia estar sonhando” não precisa ser explicitado porque é o mesmo da oração imediatamente anterior.

II. A expressão “longe dos livros” indica uma circunstância que poderia ser deslocada para o início da oração preservando-se a coerência textual.

III. A locução verbal empregada na 2ª oração apresenta uma ideia que poderia ser expressa sem alteração de sentido por “pode sonhar”.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • acho que essa questão foi mal formulada .Pois na II , poderia sim ser deslocado a expressão "longe dos livros" , mais com as devidas correções. que são elas:
    "o pimpolho volta para casa. Longe dos livros, poderia estar sonhando com três meses de vadiagem. O "L" maiusculo e a vírgulo após livros .
  • Creio que no item II, ao deslocar o termo, o sentido é alterado, mas o trecho continuado sendo textualmente coerente

    Eu errei porque confundi manter "a coerência textual" com manter "o sentido original"
  • a vírgula antes de "longe dos livros" tem a função de elipse da conjunção aditiva "e". Assim não poderia haver o deslocamento.

  • EU COMETI O MESMO ERRO, HÁ PREJUÍZO PARA O SIGNIFICADO ORIGINAL, MAS NÃO NECESSARIAMENTE PARA A COERÊNCIA...

  • Questão mal formulada na minha opinião!!

  • Sobre o item II.

    A expressão “longe dos livros” indica uma circunstância que poderia ser deslocada para o início da oração preservando-se a coerência textual.

    “[O pimpolho volta para casa.][Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros.”]

    “[O pimpolho volta para casa.][Longe dos livros, poderia estar sonhando com três meses de vadiagem.”]

    Obs.: A banca pede para colocar a expressão no início da oração, não do período, como alguns estão supondo.

  • Não concordo com a opção d I e II. Questão correta seria a II isoladamente (c), pois está na minha opnião muito coerente, ao ser comparado com a letra (a).

  • Volta aquela dificuldade de saber se a banca considera coerência e sentido como sendo a mesma coisa. No item II, a banca faz referência à coerência, esta não foi alterada, mas o sentido sim, desta forma pode-se considerar o item correto uma vez que o que é pedido é em relação à coerência enão ao sentido. 

  • "O pimpolho volta para casa."

    O pimpolho = sujeito (quem volta para a casa? o pimpolho)

    para casa = adjunto adverbial de lugar

    volta = VI

     

    (Ele) "Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros."

    (Ele) = sujeito - o pimpolho

    longe dos livros = adjunto adverbial 

    Adjunto adverbial sempre indica circunstância! 

     

    "Poderia estar sonhando"

    Poderia = futuro do pretérito = futuro do pretérito composto = sonharia

     

    Foi assim que resolvi essa questão!

    LETRA D

  • concordo plenamente com felipe, fiz exatamente esse raciocínio. o item II está errado sim por essa razão: após a expressão longe dos livros, deveria sim haver vírgula e também letra  maiúscula no L de longe.

  • Excelente questão. Esse tipo de questão, ou pede a manutenção do sentido original, ou pede coerência. Precisamos estar atentos.

  • Errei a questão, marquei a alternativa A, após ler os comentários e quebrar um pouco a cabeça, cheguei a seguinte conclusão:

    Coerência significa que um período foi elaborado com sentido. Ter coerência é ter sentido na lógica textual. Ex:

    - Eu errei esta questão. - teve coerência, teve sentido, você consegue claramente entender a mensagem transmitida.

    - Eu questão esta errei. - não teve coerência, não teve sentido, é um período mal elaborado, não consigo entender o sentido.

    Não devemos confundir coerência com alteração de sentido. Veja:

    "Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros.” - Tem coerência

    "Longe dos livros, poderia estar sonhando com três meses de vadiagem." - Tem coerência, embora o sentido foi alterado.

    O item II pede a coerência textual, portanto está correto.

    II. A expressão “longe dos livros” indica uma circunstância que poderia ser deslocada para o início da oração preservando-se a coerência textual.

    Acho que é isso, espero ter ajudado quem não entendeu. Se falei bobagem por favor me corrijam.
     

  •                            O pimpolho volta para casa. Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros.”

    I. O sujeito de “Poderia estar sonhando” não precisa ser explicitado porque é o mesmo da oração imediatamente anterior.

    II. A expressão “longe dos livros” indica uma circunstância que poderia ser deslocada para o início da oração preservando-se a coerência textual. [JUNTO COM A VÍRGULA]

     

    Apesar de ter acertado a quetão, a banca deu um vacilo na opção II. Poderia, sim, ser deslocado o termo, porém acredito que teria que ser feito JUNTO COM A VÍRGULA, caso contrário a coêrencia não seria respeitada.

     

    O pimpolho volta para casa. Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros.” [V]
    O pimpolho volta para casa. Longe dos livros, poderia estar sonhando com três meses de vadiagem.” [V]
    O pimpolho volta para casa. Longe dos livros Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem[X]

  • fiquei em dúvida entre a a) e a d) mais consiguir entender que coerência é diferente de manter o mesmo sentdo.

  • Excelente comentário, parabéns, foi muito esclarecedor!!!

  • Apenas discordo do gabarito

    I. O sujeito de “Poderia estar sonhando” não precisa ser explicitado porque é o mesmo da oração imediatamente anterior.

    O pimpolho volta para casa. [ELE] Poderia estar sonhando com três meses de vadiagem, longe dos livros.”

    Embora "ele" refira-se a "o pimpolho" são sujeitos diferentes sintaticamente, não?

    Alguém pode ajudar?


ID
924979
Banca
MPE-SC
Órgão
MPE-SC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

ANALISE CADA UM DOS ENUNCIADOS DAS QUESTÕES
ABAIXO E ASSINALE
“CERTO” - (C) OU “ERRADO” - (E)

Em “Não se deve exigir do advogado qualquer tipo de procedimento para o exercício de um direito previsto legalmente”, no sintagma verbal destacado há um pronome proclítico, exigido pela palavra não. No entanto, por se tratar de uma locução verbal, o pronome oblíquo pode ser deslocado para depois do verbo principal ou ainda para o meio da locução verbal. (Extraído da Revista Visão Jurídica, número 82, p. 11).

Alternativas
Comentários
  • Correto.

    Regra:

    Verbo Auxiliar + Infinitivo

    Caso haja a  palavra atrativa, o pronome fica antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal( infinitivo). Veja a seguir:

    Não se deve exigir  ou Não  deve exigir-se.

  • Perfeita a sua exposição  gilmar murata, está de acordo com a gramática. Apenas note que no final da questão ela diz o seguinte: "ou ainda para o meio da locução verbal" o que, conforme a maioria da gramática, tornaria a questão errada! Marquei a questão como "errada" e acabei errando (huahuahuahua). Parece-me que o gabarito deveria ser alterado. Caso isso não ocorra, devemos nos atentar para o fato de a banca seguir a linha da lingua portuguesa influenciada pela linguística, ou seja aquela que se molda aos vícios da lingua decorrentes do cotidiano, são os gramáticos modernos. Para estes, seria possível a colocação do pronome no meio da locução mesmo com a presença do "atrativo não (advérbio)". Algo que não é aceito pelos gramáticos clássicos. Isso se torna um problema para concurseiros! Mas essa é a vida que escolhemos para nós! Vamos em frente! Abraços!

  • Complementando:
    A próclise é obrigatória com verbos modificados diretamente por advérbios antepostos a eles:
    "E não me arrependo da perdição (...)" (Jorge Lima); "Mistérios nunca nos aborrecem." (Macahado de Assis)
    fonte: Nílson Teixeira, Gramática para concursos
  • Opção Certa
    Pronome obliquo átono nas locuções verbais ( Verbo Auxiliar + Verbo Principal)
    1.       Com palavras atrativas ( Palavras ou Expressões Negativas, Advérbios, Pronomes Relativos e Indefinidos, Conjunções Subordinativas).
    ·         Quando a locução vem precedida de palavra atrativa o pronome se coloca antes do verbo auxiliar.
    EX: Nunca te posso negar.( Próclise Verbo auxiliar)
    ou depois do verbo principal.
    EX: Nunca posso negar-te ( Ênclise Verbo Principal)
    ·         É possível o uso da próclise antes do verbo principal, o pronome não se liga por hífen ao verbo auxiliar.
    Ex: Nunca posso te negar isso. ( Próclise Verbo Principal)
    2.       Sem atração nem pausa: Quando a locução não vem precedida de palavra atrativa nem pausa, Admite-se qualquer colocação.
    EX:
    ·         A vida lhe pode trazer surpresas. ( Próclise Verbo Auxiliar)
    ·         A vida pode-lhe trazer surpresas. ( Ênclise Verbo Auxiliar)
    ·         A vida pode trazer-lhe surpresas. ( Ênclise verbo Principal)

    Temos que tomar cuidado apenas quando houver palavra atrativa usa Próclise no Verbo Principal e quando NÃO houver palavra atrativa usa Ênclise no Verbo Auxiliar.
  • De acordo com a regra:

    Verbo Auxiliar + Infinitivo 

    Caso haja a  palavra atrativa, o pronome fica antes do verbo auxiliar, ou entre os dois verbos, ou depois do verbo principal( infinitivo). Veja a seguir:

    Não se deve exigir, não deve se exigir  ou não  deve exigir-se. Porém, caso não exista a palavra atrativa, só podemos usar "deve se exigir" ou "deve exigir-se"
  • AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

    Infinitivo
    Quero-lhe dizer o que aconteceu.
    Quero dizer-lhe o que aconteceu.

    Gerúndio
    Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
    Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

    Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

    Infinitivo
    Não lhe quero dizer o que aconteceu.
    Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

    Gerúndio
    Não lhe ia dizendo a verdade.
    Não ia dizendo-lhe a verdade.

    http://www.infoescola.com/portugues/colocacao-pronominal-proclise-mesoclise-enclise/

  • LOCUÇÃO VERBAL

    O pronome não pode ficar solto entre os verbos da locução; deve-se ligar a um deles ou vir antes de ambos:

    auxiliar + infinitivo: 3 colocações;

    Auxiliar + gerúndio: 3 colocações;

    Auxiliar + particípio: 2 colocações ( a ênclise não é admitida)

    Ex.: Não me consigo acostumar com isso

           Não consigo-me acostumar com isso 

           Não  consigo acostumar-me com isso

  • CERTINHO!
    QUANDO O VERBO PRINCIPAL FOR CONSTITUÍDO POR UM INFINITIVO OU UM GERÚNDIO, SE NÃO HOUVER PALAVRA ATRATIVA, O PRONOME OBLÍQUO VIRA DEPOIS DO VERBO AUXILIAR (COM HÍFEN), ANTES DO PRINCIPAL (SEM HÍFEN) OU DEPOIS DO VERBO PRINCIPAL COM (HÍFEN).

    HAVENDO PALAVRA ATRATIVA, O PRONOME PODERÁ SER COLOCADO ANTES DO VERBO AUXILIAR OU DEPOIS DO VERBO PRINCIPAL.

  •  Diante de (verboauxiliar + infinitivo ou gerúndio)

    Ele vai-te chamar / Ele vai te chamar / Ele vai chamar-te. (as três formas estão corretas)

    Se tiver palavra atrativa só tem duas possibilidades

    Ele não te vai chamar. / Ele não vai chamar-te.

    A pergunta ficou mal formulada, pois ele não deixa claro se é ou não para ser considerada a palavra "não" na locução verbal 




  • das partículas que atraem o pronome para antes do verbo, a maioria dos gramáticos dizem que as negativas são as mais fortes. Nunca vi essa construção. Nem o Google...


  • Gabarito: CERTO

    Com palavra atrativa antes da locução:

    Ex.: Não lhe desejo mostrar tudo./ Não desejo mostrar-lhe tudo.

  • Essa questão gerou dúvida em decorrência do enunciado. 

    Bom, vamos por parte. Com relação da exigência feita pela palavra negativa, creio que não há dúvida.

    Locuções verbais com verbos principais no infinitivo, gerúndio e particípio pode-se utilizar ênclise e próclise no verbo principal, mesmo com palavras atrativas.

    Sendo assim, o que gerou dúvida, pelo menos para mim, foi com relação ao deslocamento do pronome oblíquo para o meio da locução( pode ser ênclise do verbo auxiliar ou próclise do verbo principal, sendo esta correta).

    Diante do exposto, a única forma proibida é a ênclise no verbo auxiliar atrativo. 

    EX: Não SE deve exigir/ Próclise do verbo auxiliar atrativo correta.

          Não deve exigir-SE/ Ênclise do verbo principal correta.

          Não deve SE exigir/ Próclise do verbo principal correta

          Não deve-SE exigir/ Ênclise proibida para o verbo auxiliar atrativo.

    Essa questão gerou dúvida.

  • Questão muito top.

    Observamos que o verbo "exigir" está no infinitivo. 

    A regra é: quando houver uma palavra atrativa e o verbo principal estiver no infinitivo, o pronome deve ficar antes da locução verbal que seria assim escrita: "Não se deve exigir". Ou deve ficar com o pronome após o verbo principal, que no caso é o exigir, ficando da seguinte maneira: "Não deve exigir-se."

    Relembrando: palavra atrativa + locução verbal com verbo principal no infinitivo, deve-se colocar o pronome antes da locução ou após o verbo principal.


    Espero ter ajudado


    Bons Estudos!!!

  • Palavras Atrativas com sentidos negativo Atrai o Pronome oblíquo átono "SE". Então, não se deve falar em Ênclise ou Mesóclise. 

  • Como vimos, em locuções verbais, a ênclise ao verbo principal, afastado do vocábulo de atração "Não" é perfeita.

    Exemplo: Não deve exigir-se; Não desejo falar-te a verdade; etc.No entanto, não seria admitida na locução verbal a posição pronominal enclítica ao verbo auxiliar "DEVE" por conta da proximidade da palavra atrativa NÃO - Não deve-se exigir-ERRADOLogo tornaria a questão ERRADA como já citou um colega. CUIDADO!

    fonte: As últimas do Português; Décio Sena, Editora Ferreira.

  • USO NAS LOCUÇÕES

    1)  VERBO AUXILIAR MAIS INFINITIVO TANTO FAZ USAR O PRONOME OBLIQUO. EX:

    EU VOU LHE PEDIR UM FAVOR

    EU VOU PEDIR-LHE UM FAVOR

    EU LHE VOU PEDIR UM FAVOR

    EU VOU-LHE PEDIR UM FAVOR CUIDADO PORQUE SE HOUVER FATOR DE PROCLISE JAMAIS USAR O PRONOME DEPOIS DO PRIMEIRO VERBO. EX: EU NÃO VOU LHE PEDIR. JAMAIS EU NÃO VOU-LHE PEDIR

    2)  VERBO AUXILIAR MAIS GERUNDIO USA A MESMA REGRA ACIMA. MAS SE HOUVER FATOR DE PROCLISE AI NÃO VAI ENCLISE NO MESMO CASO DO NUMERO 1

    3)  VERBO AUXILIAR MAIS PARTICIPIO

    MESMO DOS ACIMA POREM JAMAIS DEVE-SE POR PRONOME COM VERBO NO PARTICIPIO, OU SE HOUVER FATOR DE PROCLISE


  • Pessoal! Otimos comentarios!

    Só para  nao cairmos em pegadinhas! Um detalhe que ninguem comentou..ou eu nao vi..

    Caso a questao venha com uma locucao verbal no PARTICIPIO, ou seja, terminados em ADO por exemplo..nao sera possivel a enclise.

    Espero ter contribuido!

    Abraço a todos.



  • Ótima explicação sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=fNb_QwYHlLg

  • Segundo Bechara, em uma locução verbal o pronome átono poderá aparecer:

    Proclítico ao auxiliar, enclítico ao auxiliar(ligado por hífen) ou enclítico ao verbo principal(ligado por hífen). E ainda diz: "Com mais frequência ocorre entre brasileiros...pronome átono proclítico ao verbo principal, sem hífen. ... A Gramática, com certo exagero, ainda não aceitou tal maneira de colocar o pronome átono, salvo se o infinitivo está precedido de preposição."
    Ou seja, alguém está errado. Ou Bechara, ou essa banca e a explicação do professor do QC. Mas banca coloca o que quer e pronto, certo? Depois é só não aceitar os recursos.
  • Olá a todos, gostaria de ajudar. [Gabarito: Certo.] Eu também errei a questão, mas pesquisei e, contribuindo...

    Antes de mais nada vejam o vídeo abaixo, ele responde muito bem a questão. (Queria ter visto este vídeo há muito tempo, mas...)

    Ótima explicação sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=fNb_QwYHlLg (Este vídeo é porreta). 

    A questão está correta por que o enunciado trata do pronome oblíquo com relação ao verbo principal, EXIGIR, e neste caso mesmo tendo a palavra atrativa, NÃO, cabe o pronome ao final do verbo, por que ele está no infinitivo (verbo no infinitivo SEMPRE aceita ênclise, SEMPRE). Também pode ficar no meio dos verbos, especificamente por que ele pode aparecer sendo próclise do verbo no infinitivo (abaixo opção C), reforçando, na opção C o pronome oblíquo átono SE pertence ao verbo EXIGIR. 

    Estaria errado, letra D), caso o pronome SE tivesse ligado ao verbo DEVE-SE (por meio do hífen). Perceba que é o hífen que indica de quem (de qual verbo) o pronome é. Com o hífen o pronome é do verbo auxilar, sem o hífen ele é do verbo principal. Como o enunciado só questionava se ele poderia vir ao final da locução verbal e entre os verbos, neste caso está certo. 

    EX: a) Não SE deve exigir/ Próclise do verbo auxiliar atrativo correta.

    b)  Não deve exigir-SE/ Ênclise do verbo principal correta.

    c)  Não deve SE exigir/ Próclise do verbo principal correta

    d)     Não deve-SE exigir/ Ênclise proibida para o verbo auxiliar atrativo. (ERRADO) 

    Questão muito boa. Espero ter ajudado. É isso. Suedilson. OBS: Se você não viu o vídeo, veja. 

  • verbo no infinitivo pode ter proclise ou enclise,mesmo com palavra atrativa.

     

  • PRONOMES EM LOCUÇÕES VERBAIS

    Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem hífen) ou depois do verbo principal (com hífen).

    – Devo-lhe esclarecer o ocorrido. / Devo lhe esclarecer o ocorrido. / Devo esclarecerlhe o ocorrido.

    – Estavam-me chamando pelo rádio. / Estavam me chamando pelo rádio. / Estavam chamando-me pelo rádio.

    Havendo palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

    – Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. / Não lhe posso esclarecer mais nada.

    – Não estavam chamando-me. / Não me estavam chamando.

    Fonte: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1112 p. – (Provas e concursos)

  • Não se deve exigir

    Em regra, palavras negativas atraem a próclise. Isto é, exigem que o pronome (se, no caso) venha antes do verbo.

    No entanto, com infinitivos é permitida a próclise ou a ênclise, mesmo havendo fator de atração.

  • Não se deve exigir

    Em regra, palavras negativas atraem a próclise. Isto é, exigem que o pronome (se, no caso) venha antes do verbo.

    No entanto, com infinitivos é permitida a próclise ou a ênclise, mesmo havendo fator de atração.


ID
925021
Banca
MPE-SC
Órgão
MPE-SC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

ANALISE CADA UM DOS ENUNCIADOS DAS QUESTÕES
ABAIXO E ASSINALE
“CERTO” - (C) OU “ERRADO” - (E)

Em “Apesar do grande volume de processos já julgados, existem ainda cerca de 12 mil ações pendentes de decisão", o verbo existem pode ser substituído, sem prejuízo quanto ao sentido e à correção gramatical, pela locução verbal deve haver.

Alternativas
Comentários
  • Verbo haver no sentido de existir está sempre no singular

  • Deve haver, tem como sinônimo de existir, suceder, fazer.
    A regra se ultiliza  no caso de haver formar uma locução com um verbo auxiliar, ex: Deve haver muitas pessoas ali

  • A questão se refere a sentido e a correção gramatical.
    Penso que o sentido foi alterado quando se trocou existem por deve haver.
    O certo deveria ser "há" para que o sentido de certeza se mantivesse na questão. 
  • Sigo o mesmo pensamento do colega acima, pois a expressão deve haver, muda o sentido da frase. Na frase o sentido de existir é de algo certo, que com certeza ainda existem 12 mil processos; Agora quando colocamos deve haver, o sentido ficaria de imprecisão, pois deve existir 12 mil processos, mas poderia ter mais ou menos, sendo assim, não tem o mesmo sentido de existir 12 mil processos. Por consequência, o sentido mudou e o gabarito está errado. 
  • existem = modo indicativo

    deve haver = modo subjuntivo
  • Deve haver= Hipótese

    Existem= Certeza

     


ID
1009024
Banca
EXATUS
Órgão
CEFET-RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MÚSICA NO TÁXI
                                 Carlos Drummond de Andrade

01  Prazeres do cotidiano. Quando menos se espera... Você pega o táxi, manda tocar para o seu destino
02  (manda, não, pede por favor) e resigna-se a escutar durante 20 minutos, no volume mais possante, o rádio
03  despejando assaltos e homicídios do dia. Os tiros, os gemidos, os desabamentos o acompanharão por todo o
04  percurso. É a fatalidade da vida, quando se tem pressa.
05  Mas eis que o motorista pega de um imprevisto cassete, coloca-o no lugar devido, liga, e os acordes
06  melódicos dos Contos dos Bosques de Viena irrompem do fusca amarrotado, mas digno.
07  Bem, não é a Nona Sinfonia nem um título menor da grande música, mas não estamos na Sala Cecília
08  Meireles, e isso vale como homenagem especial a um passageiro distinto, que pede por favor. Cumpre agradecer
09  a fineza:
10  – Obrigado. O senhor mostra que tem satisfação em agradar ____ passageiros, oferecendo-lhes música e
11  não barulho e crimes.
12  – Não tem de quê. O senhor também aprecia? 13 – O quê? 14 – Strauss. É um dos meus prediletos.
15  – Sim, ele é agradável. O senhor está sendo gentil comigo.
16  – Ora, não é tanto assim. Pus o cassete porque gosto de música. Não sabia se o senhor também gostava
17  ou não. Se não gostasse, eu desligava. Portanto, não tem que agradecer.
18  – E já lhe aconteceu desligar?
19  – Ih, tantas vezes. Fico observando ____ fisionomia do passageiro. Uns, mais acanhados, disfarçam, não
20  dizem nada, mas tem outros que reclamam, não querem ouvir esse troço. O senhor já pensou: chamar
21  Tchaikovski de “esse troço”? Pois ouvi isso de um cidadão de gravata e pasta de executivo. Disse que precisava
22  se concentrar, por causa de um negócio importante, e Tchaikovski perturbava a concentração.
23  – Ele talvez quisesse dizer que ficava tão empolgado pela música que esquecia o negócio.
24  – Pois sim! Nesse caso, não falaria “esse troço”, que é o cúmulo da falta de respeito.
25  – Estou adivinhando que o senhor toca um instrumento.
26  Olhou-me admirado:
27  – Como é que o senhor viu?
28  – Porque uma pessoa que gosta tanto de música, em geral toca. Seu instrumento qual é?
29  Virou-se com tristeza na voz?
30  – Atualmente nenhum. O senhor sabe, essa crise geral, a gasolina pela hora da morte, e não é só a
31  gasolina: a comida, o sapato, o resto. Tive de vender pra tapar uns buracos. Mas se as coisas melhorarem este
32  ano...
33  – Melhoram. As coisas __________ melhorar – achei do meu dever confortá-lo.
34  – Porque clarinetista sem clarinete, o senhor sabe, é um negócio sem sentido. Clarinete tem esta
35  vantagem: dá o recado sem precisar de orquestra. Um solo bem executado, não precisa mais pra encantar a
36  alma. Mas clarinetista, sozinho, fica até ridículo.
37  – Não diga isso. E não desanime. O dia em que arranjar outro clarinete – quem sabe?, talvez até seja o
38  mesmo que lhe pertenceu – será uma festa.
39  – Mas se demorar muito eu já estarei tão desacostumado que nem sei se volto a tocar razoavelmente.
40  Porque, o senhor compreende, eu não sou um artista, minha vida não dá folga pra estudar nem meia hora por
41  dia.
42  – O importante é gostar de música, tem amor e devoção por música, e está-se vendo que o senhor tem de 43sobra.
44   – Lá isso ta certo.
45  – Não importa que o senhor não seja solista de uma grande orquestra, e mesmo de uma orquestra
46  comum. Ninguém precisa ser grande em nada, desde que cultive alguma coisa bonita na vida. 47 Seu rosto iluminou-se.
48  – Que bom ouvir uma coisa dessas. Agora vou lhe confessar que isso de não ser músico dos tais que
49  arrebatam o auditório sempre me doeu um pouco. Não era por vaidade não, quem sou pra ter vaidade? Mas
50  um sonho __________. Sei lá. Ficava me imaginando num palco iluminado, tocando... Bobagem, o senhor
51  desculpe. Agora a sua palavra _______ tudo claro. Basta eu gostar de música. Não é _________ que gostem de
52  mim, que ela goste de mim. Obrigado ao senhor
53  Olhei o taxímetro, tirei a carteira.
54 – Eu nem devia cobrar do senhor. Fico até encabulado!

(Boca de Luar, 6ª ed., págs. 69-71, Editora Record, Rio, 1987)

Em “Estou adivinhando” (L 25) são feitas as seguintes afirmações. Assinale a incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Os verbos modais exprimem vontade, necessidade, proibição, enfim, idéias que atenuam ou enfatizam uma ação verbal. Como modais, esses verbos estão sempre associados a outros verbos formando uma locução verbal (verbo modal + verbo principal, nesse caso).

    Numa locução verbal formada por verbos modais (quererprecisarpoderdever e etc.) a concordância verbal ocorre obrigatoriamente entre o verbo modal e o sujeito ao qual está ligado. Nesse caso, somente o verbo modal deve concordar em número e pessoa com o seu sujeito.

    http://www.nilc.icmc.usp.br/minigramatica/mini/aconcordanciaeosverbosmodais.htm

  • gente se a locução verbal estiver no presente o verbo auxiliar, ela fica no tempo verbal de pretérito perfeito não é?

  • Pra mim a C está errada, verbos no gerúndio tem características de advérbio.

  • Em resposta à questão, é fundamental entender uma coisa:

    TENHO ADIVINHADO --> Pretérito Perfeito COMPOSTO do Indicativo.

    A forma em questão é ESTOU ADIVINHANDO. A gramática admite que essa locução verbal equivale ao presente do indicativo (ADIVINHO), uma vez que ambas as formas têm aspecto cursivo ou durativo, ou seja, denotam uma ação que se prolonga no tempo e no espaço.



  • Porque a letra A está errada?

  • A letra A nao está errada, a questão pediu para analisar a incorreta.

  • Estou adivinhando = é um verbo auxiliar de aspecto ( acurativos): precisam o momento em que a ação verbal se realiza.

    No caso da questão, entende-se que é um aspecto de continuidade.


    Auxiliares de modo (modais) = Precisam o modelo como a ação verbal se realiza ou deixa de se realizar, os valores semânticos dos verbos variam no contexto discursivo.

    Exemplo: Posso estudar ( possibilidade, capacidade, permissão)

    Fonte: Fernando Pestana.

  • A letra c também está errada.

    Não é um tempo composto.

    Tempo composto é formado por TER/ HAVER + particípio    o que não é o caso da questão que é uma locação formada pelo verbo estar + gerúndio


ID
1136521
Banca
FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
Órgão
CREA-MA
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mesmo a ocupação planejada da Amazônia, baseada nas premissas do desenvolvimento sustentável, pode ser prejudicada por uma das maiores pragas que grassam no nosso País: a corrupção. Uma investigação da organização ambientalista Greenpeace indica que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) distribuiu terras da Floresta Amazônica para assentados em reforma agrária que depois venderam direitos de exploração da área para grandes madeireiras.

Segundo o jornal britânico The Independent, que divulgou em primeira mão a descoberta, em 2006, o Incra criou 97 “assentamentos de desenvolvimento sustentável em Santarém, no oeste do estado do Pará, em áreas florestais de grande valor para madeireiros”. O jornal informa que “os assentamentos cobrem 2,2 milhões de hectares e foram designados para 33.700 famílias”. Entretanto, os assentados são cartas marcadas, laranjas escolhidos a dedo que estão a serviço dos corruptos. Ao receber as terras, vedem seus direitos de exploração da madeira para grandes madeireiras, as quais obtêm acesso a árvores valiosas.

Além da corrupção, a falta de recursos para patrulhar e proteger as áreas contribuiu com o saque da maior floresta equatorial do planeta. As reservas indígenas são roubadas freqüentemente, à custa, muitas vezes, de massacres de seus proprietários.

Considerando as idéias e a estrutura do texto, bem como as relações de referência nele estabelecidas, julgue as opções a seguir e assinale a CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • "Uma investigação da organização ambientalista Greenpeace indica que o Instituto Nacional de Colonização..."

    ??? Na letra A, o "QUE" não seria uma conjunção integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva objetiva direta?

    Pelos meus cálculos, o "QUE" da antipenúltima linha é esse! Corrijam-me se eu estiver errada.

     

  • raquel você esta certa!!!! ta errada essa questão.

  • Errada a questão. A alternativa 'a' deveria se refereir à "penúltima linha do primeiro parágrafo" para ficar correta. Todas as alternativas estão erradas.

  • Que questão mais doida viu !

  • "uma das maiores pragas que grassam no nosso País: a corrupção"


    antepenúltima linha seria esta. este "que" faz referência a "uma das maiores pragas"


    o "que" ao qual a questão se refere deveria ser o da última linha, assim, a alternativa A estaria correta.

  • rapaz, que loucura! Essa questão não foi anulada?

  • "assentados em reforma agrária que". Na prova original esse pronome relativo aparece na antepenúltima linha do primeiro parágrafo. Infelizmente o QC apenas copiou e colou o texto, e não cuidou este detalhe.

  • Abram a prova em PDF, pois o Qconcursos transcreveu a estrutura dos parágrafos do texto de forma equivocada

  • Apesar do erro de formatação, dá pra responder por exclusão.

    A) GABARITO: "Uma investigação [...] indica que o [...] (Incra) distribuiu terras da Floresta Amazônica para assentados em reforma agrária que depois venderam direitos de exploração da área para grandes madeireiras." - o QUE retoma "assentados em reforma agrária" (quem vendeu direitos? os assentados em reforma agrária)

    B) O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso o termo inicial mesmo fosse substituído por sobretudo. - ERRADO: Muda o sentido. O mesmo está no sentido de ainda, e o sobretudo dá ênfase, seria um sentido de "principalmente".

    C) A correção sintático-gramatical seria mantida se fosse usada uma vírgula em O jornal, informa que “os assentamentos cobrem...” (segundo parágrafo). - ERRADO, não se separa o sujeito do verbo com vírgula quando na ordem direta.

    D) Em “[...]Segundo o jornal britânico “The Independent[...]””, o termo destacado é um numeral, indicando ordem (segundo parágrafo). - ERRADO. Não é numeral, está no sentido de "de acordo com"

    E) No terceiro parágrafo a expressão à custa (muitas vezes) de é uma locução verbal que tem como sujeito “massacres de seus proprietários”. ERRADO - nenhuma dessas palavras é verbo, logo não há como se ter uma locução verbal

    QUALQUER ERRO ME AVISEM!

    gab: A


ID
1165189
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CAU-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                           A Sustentável Leveza do Ser



    Brasília é fruto do apogeu do processo criativo de Niemeyer, aquele em que a originalidade superou a teoria e os dogmas de uma escola arquitetônica, permitindo a ele atingir o patamar de arte, com obras que vão ficar para sempre dialogando com as gerações. Arte que faz sentir e faz pensar, que deixa uns perplexos e outros embriagados de prazer estético, arte que produz no observador ansiedade, temor e hostilidade. A Brasília de Niemeyer está longe de ser unanimidade, mas, como o autor de seus prédios, não deixa ninguém indiferente. [...]
    Como ocorreu em Brasília, a Pampulha fora encomendada do amigo e então prefeito da capital mineira, Juscelino Kubitschek. O futuro presidente desenvolvimentista encontrou seu arquiteto na Pampulha. Seu arquiteto encontrou na Pampulha um estilo. Juntos, e depois na companhia do urbanista Lúcio Costa, estruturaram o modernismo brasileiro, que romperia com o passado colonial e barroco do País. Eles desenharam não apenas uma cidade, mas uma nação, resultado de uma aventura rumo ao centro-oeste que exigiu uma visão de mundo corajosa e ousada, como a que levou o homem às grandes navegações e à conquista do espaço.
    A obra de Niemeyer foi idealizada para flutuar. Para vencer a gravidade, o traço do arquiteto expresso em concreto conseguiu “traduzir em espaços a vontade de uma época” na definição de seu colega alemão Mies van der Rohe. Niemeyer traduziu a vontade de alguns brasileiros de fazer um país maior do que o Brasil. [...] Em Le Corbusier, Niemeyer encontrou a interseção da política com a arquitetura. Corbusier pregava a funcionalidade máxima: a forma deveria subordinar-se à função. A “Carta de Atenas”, manifesto urbanístico redigido pelo franco-suíço em 1933, defendia uma cidade funcional, na qual deveriam predominar a austeridade, a simplicidade, a lógica e a separação dos espaços de trabalho e lazer. A contrapor-se à turma de Le Corbusier, havia os organicistas do americano Frank Lloyd Wright, para os quais todo edifício, tal qual um organismo vivo, embora funcional, precisa crescer a partir de seu meio, do que já existe. Niemeyer, que na questão ideológica era discípulo do europeu, dizia que: “A vida pode mudar a arquitetura. No dia em que o mundo for mais justo, ela será mais simples”. Ele escapou de ser um mero seguidor da escola de Le Corbusier por acrescentar à equação dele a beleza. A forma deveria, sim, servir à função desde que ambas criassem beleza. [...] À retidão das linhas do mestre, o brasileiro agregou a curva, que deixava loucos os calculistas escolhidos para enfrentar o desafio de construir a paradoxal leveza feita de concreto e ferro. [...]
    Uma geração de arquitetos que hoje dominam a cena internacional diz ter bebido na fonte de Oscar Niemeyer. Muitos foram influenciados pela arquitetura que se fez arte. Todos os edifícios de Niemeyer, os públicos e os residenciais, marcam as cidades onde foram erguidos. De tão fortes seu esplendor e originalidade, as criações arquitetônicas de Niemeyer teriam, na visão de muitos, tido um efeito congelante sobre a arquitetura brasileira. Quem não podia ter um Niemeyer encomendava um sub-Niemeyer, no tocante à sua exigência de extraordinária beleza e aos complexos avanços da engenharia. [...]


                                                                                        Veja. 12/12/2012. pp. 129-136 (texto adaptado)

“Como ocorreu em Brasília, a Pampulha fora encomendada do amigo e então prefeito da capital mineira, Juscelino Kubitschek.”

Assinale a alternativa QUE CONTÉM uma forma verbal em que se mantêm tempo, modo e significado da expressão destacada.

Alternativas
Comentários
  • Nessa questão temos que ficar atentos, pois a conjugação do verbo pode confundir. 

    fora
    - Verbo ser no pretérito mais-que-perfeito do indicativo

    a - havia sido encomendada - verbo haver no pretérito imperfeito do indicativo
    b- seria encomendada - verbo ser no futuro do pretérito do indicativo
    c- teria sido encomendada - verbo ter no futuro do pretérito do indicativo

    d- terá sido encomendada - verbo ser no futuro do presente do indicativo

    Por eliminação e por ser a única que está no pretérito é a alternativa A.

    Espero ter ajudado, bons estudos!

  • Havia = expressa ideia de certeza

    seria = expressa ideia de dúvida 

    teria = expressa ideia de dúvida 

    terá = expressa ideia de dúvida 

  • FORA- verbo SER no pretérito mais-que-perfeito 

    HAVIA SIDO ENCOMENDADA - pretérito MQP composto 
    o pretérito MQP COMPOSTO = pretérito imperfeito (havia) + verbo no particípio

    TEMPO COMPOSTO:  verbos auxiliares TER e HAVER + verbo principal no particípio


  • Tempo composto verbos ter e haver mais particípio. P-----PP

    PI-----PM

    Presente vira pretérito perfeito. Pretérito perfeito vira mais que perfeito

  • envolve tempos compostos: ter/haver . Pret mais que pert composto e representado pelo verbo ter/haver(pret imp) mais particípio.No caso,havia sido encontrado apesar de esta no pret impe, o tempo composto o  torna-o prete -mai-que-perf

  • FORA ENCOMENDADA

    FORA= PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO  VERBO SER- IDEIA DE CERTEZA

    TEMPO COMPOSTO DO PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO É

    PRETÉRITO PERFEITO (HAVIA) + PARTICÍPIO (SIDO)  - LETRA A.

  • Uma das Regras: Quando passamos da voz ativa para voz passiva aumentaremos um verbo na oração, esse processo poderá ocorrer no inverso.

  • Só lembrando que se o verbo haver  - nas locuções verbais - puder ser substituído pelo verbo ter, ele flexionará normalmente.

    Ex: Os homens haviam( tinham) estado doentes.

    Professora Geneida - Euvoupassar.com



  • Fabiana Tomassoni,

    Não é pretérito perfeito, e sim pretérito imperfeito (havia).

  • fora encomendada

    Mais que perfeito

    a) havia sido encomendada

    Imperfeito

    b) seria encomendada

    Futuro do pretérito.

    c) teria sido encomendada

    Futuro do pretérito

    d) terá sido encomendada

    Futuro do presente

  • Pretérito mais que perfeito composto = pretérito imperfeito + particípio 

  • TEMPO COMPOSTO: verbos auxiliares TER e HAVER + verbo principal no particípio

     (HAVIA/TINHA) + PARTICÍPIO (SIDO)


ID
1243393
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Florianópolis - SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Os antiéticos e os aéticos

Existe alguém sem ética, posso falar que alguém não tem ética? Ou eu devo dizer que aquilo é antiético? Aquele que frauda o imposto, aquele que pratica corrupção, aquele que para o carro em fila dupla praticou um ato não ético ou antiético? Posso eu dizer que alguém não tem ética? Não. Por quê? Porque, se você tem princípios e valores para decidir, avaliar e julgar, então você está submetido ao campo da ética.

Não existe “falta de ética”. Essa expressão é equivocada, talvez o que se queira dizer é: “Isso é antiético”, algo contrário a uma ética que esse grupo compartilha e aceita. Não confunda aético - isto é, aquele a quem não se aplica a questão da ética - com antiético.

Existe algum tipo de ser humano que eu posso dizer que é aético? Sim, aquele que não pode decidir, avaliar e julgar. Por exemplo, o Imposto de Renda tem uma legislação que permite que seja seu dependente quem for incapaz: o menor até determinada idade, uma pessoa com muita idade, pessoas com algum tipo de defciência.

[…]

Uma palavra que designa confito ético é “dilema”. Dilema é quando você quer os dois, por isso é que seu prefxo é “di”. Os dois podem ser escolhidos, mas apenas um é eticamente correto. Se você tem autonomia e liberdade, vive dilemas éticos. Não tem como você não vivê-los. E você a eles vai sobreviver melhor quanto mais tiver claro quais são seus princípios e valores.

             CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra?: inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 11. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2010. p. 109-111 [Adaptado]


Considere o trecho extraído do texto 1:

“Existe alguém sem ética, posso falar que alguém não tem ética? Ou eu devo dizer que aquilo é antiético? Aquele que frauda o imposto, aquele que pratica corrupção, aquele que para o carro em fila dupla praticou um ato não ético ou antiético? Posso eu dizer que alguém não tem ética? Não. Por quê? Porque, se você tem princípios e valores para decidir, avaliar e julgar, então você está submetido ao campo da ética.”

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Sujeito em ambos os casos.

    b) Posso falar = facultativo. Devo falar = obrigatório.

    c) Aquele (jovem) que praticou. Para usar praticaram deveria ser aqueleS.

    d) OK Gabarito.

    e) Nada a ver. Banca botou pra encher linguica!

  • Diego, poderia explicar por que você considera que na a é Sujeito em ambos os casos? Ou alguém que entendeu do mesmo modo. Pra mim, os dois são OD.

  • Vanessa Fachinelo, o verbo EXISTIR é pessoal e intransitivo. No caso da frase “Existe alguém sem ética, posso falar que alguém não tem ética?...", ALGUÉM é o sujeito do verbo existir - alguém existe - da mesma maneira que na segunda ocorrência ALGUÉM é sujeito do verbo ter - alguém não tem ética.

    Pode ocorrer confusão, quando falamos do verbo EXISTIR, com o verbo HAVER. Este é impessoal e transitivo direto, o que tornaria o pronome indefinido alguém OD.

    Há alguém: OBJETO DIRETO

    Existe alguém: SUJEITO


ID
1338964
Banca
FUNCAB
Órgão
PRODAM-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas:

         Li [...] que o filósofo americano Dan Dennett, responsável por respeitáveis teorias sobre evolução, está anunciando que a queda da rede mundial é questão de tempo e que, quando isso acontecer, a humanidade entrará em pânico e voltará à Idade da Pedra. Segundo ele, antes da internet havia mais clubes sociais, congregações, organizações de grupo, igrejas de toda espécie, o que aproximava núcleos de seres humanos para se protegerem uns aos outros.
          Para início de conversa, devo confessar que não sou um grande consumidor de tecnologia em geral. Não que eu a subestime, ela é que me superestima – embora costume usar os aparelhos a nosso alcance, não tiro proveito de metade dos serviços e benfeitorias que me são oferecidos por computador, smartphone, iPad.
          Esse desacerto coma tecnologia não significa desaprovação. Pelo contrário, me fascino e me emociono com o mundo que há de vir por aí através dela. Cada vez que meus netos (entre 8 e 12 anos de idade) me demonstram sua habilidade instintiva com a tecnologia, superando-me em larga escala no uso produtivo de artefatos eletrônicos e digitais, sinto-me a assistir um trailer do que será o futuro. A internet, que é para mim uma curiosidade próxima do milagre, é para eles o que foi a nossa cartilha. Ela é o abecedário de sua geração.
          Outro dia, meu neto mais moço perguntou à mãe se era necessário casar para ter filhos. Embaraçada, minha nora respondeu que não sabia. Ele retrucou: “Então guga aí.” Até a minha geração, o mistério cuja resposta ele julga (ou sabe) encontrar-se no Google só podia ser decifrado bem depois, quando chegasse a adolescência ou até a maturidade.
          Ao contrário do que afirmam os pessimistas, a geração de meus netos deverá ser mais sábia do que as que os antecederam. Não sei se o Google um dia vai nos ajudar a resolver nossas angústias de vida, nossas relações precárias conosco mesmos e com os outros. Mas não há dúvida de que ele pode vir a nos explicar muita coisa sobre nós, desvendar melhor o que nos disse gente como Freud ou Jung, Marx ouSartre. E tudo à distância de um dedo.
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          O que mais me incomoda na rede em geral é o crescente desprestígio do corpo. Desde os anos de 1960, a humanidade vem fazendo uma revolução de descolonização do corpo, a vítima de uma repressão moral que nos fez tanto mal no passado. Agora, com a internet, o corpo está sendo exilado, é capaz de daqui a pouco não termos mais necessidade dele. Uma pena.
          Mas a internet poderá intervir em breve na própria democracia, expandindo-a e fortalecendo-a. A crise de representatividade em que vivemos hoje (por lógica de interesses, burocracia, esperteza, corrupção) poderá vir a ser superada pelos diversos usos da rede, promovendo uma espécie de democracia digital com a participação de todos. Através dela, nós mesmos nos representaremos nas instâncias de poder.
...........................................................................................................................................................................................................................................................

(DIEGUES, Cacá. : 03/05/2014.) O Globo: 03/05/2014.)



Há correspondência de tempo entre a forma verbal simples empregada no texto e a locução verbal proposta para substituí-la em:

Alternativas
Comentários
  • GAB > E


ID
1384573
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


      Todos desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
      O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos deixamos extraviar. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
      A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.


                       (Charles Chaplin)

Assinale a opção que indica a forma verbal sublinhada que não constitui uma locução verbal, ou seja, forma mais de uma oração.

Alternativas
Comentários
  • alguém poderia explicar?

  • Fiquei perdida nesta

  • Paula, estou perdido também, então vou arriscar: 

    O verbo DEIXAR pode ter diversas estruturar sintáticas: Verbo de Ligação (sentido de tornar-se), Verbo Transitivo Direito (sentido de abandonar), Verbo Transitivo Direito e Indireto (sentido de ceder), etc.

    No caso em tela, reconstruí a frase: "Deixamos-nos Extraviar", e percebi que o Verbo é Transitivo Direito e Indireto "Deixamos extraviar a nós mesmos".

    Assim, percebi que na verdade extraviar não forma uma locução verbal com deixamos, mas talvez um Objeto Direto do Verbo: "o que nós nos deixamos? Extraviar".

    Nos outros casos, todos os verbos auxiliares estão empregados efetivamente como verbos auxiliares do verbo principal.

    Tentei galera, corrijam-se se eu estiver errado, por favor! Valeu!

  • Não entendi nada! Socoorro


  • Me passaram um macete, e consegui resolver:
    Caso o verbo esteja no plural é locução, caso não esteja, não é uma locução
    ex1: As estrelas parecem brilharem. (loc.verbal)
    ex2: As estrelas parecem brilhar. (não é locução)
    espero ter ajudado.

  • Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir) nunca formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio; são dois verbos, cada um com sua autonomia.

    – Já te mandei ficar quieto. (Leia-se: Eu já mandei que tu ficasses quieto.)

    – Eu a vejo passando todos os dias por aqui. (Leia-se: Eu vejo que ela passa todos os dias por aqui.)

    Quando o infinitivo da locução verbal pode ser transformado em uma oração desenvolvida, iniciada por conectivo, em tese, não há locução verbal. Em “Não nos compete realizar (que realizemos) tarefas desagradáveis.”, o sujeito do verbo competir é o infinitivo realizar, ou seja, “Realizar tarefas desagradáveis (sujeito) não nos compete (verbo).”. Outro exemplo: “Sempre falta explicar um assunto.”, em que explicar é o sujeito de faltar, ou seja, “Explicar um assunto (sujeito) sempre falta (verbo).”. Nestes casos, NÃO há locução verbal!

    Fonte :A gramatica para concurso(Autor : Fernando Pestana)

  • Os verbos Mandar, Deixar, Fazer, Ver, Ouvir e Sentir, quando acompanhados de outros verbos, não funcionam como verbos auxiliares, então não se forma uma locução verbal, e sim duas orações diferentes.

    No caso dessa questão, procurei logo o item que trazia um desses verbos, o que é exatamente o caso do item E.

  • Locução verbal é formada por um verbo principal e um auxiliar. Há  verbos  que são  empregados  sozinhos e expressam seu  significado de  maneira completa. Em outros casos, eles são  acompanhados de  outros verbos  que lhes completam  o sentido,formando assim a locução verbal.

  • conforme explicação do professor:

    Verbos que não admitem ser auxiliares na locução: deixar, mandar, fazer, sentir, ouvir e ver. 
    Locução: verbo auxiliar + verbo principal - "deixamos extraviar".


  • alguma explicação que não parta do princípio da decoreba?  já temos tantas coisas pra decorar...decorar que verbo pode ou não ser auxiliar não dá. =S

  • extraviar é objeto direto de deixar. NAS demais os dois verbos fazem a mesma ação

  • FGV é foda :/

  • Mnemônico quentinho, acabei de fazer:

     

    ManDei Fazer

    Mandar, Deixar e Fazer

     

    VerOu Santo ("virou santo")

    VerOuvir e Sentir

  • Verbos que NUNCA formam uma locução verbal com infinitivo ou gerúndio.

              - Verbos causativos: mandar, deixar, fazer.

              - Verbos sensitivos: ver, ouvir, sentir.

     

    Criei um mnemônico esquisito, mas que me ajuda a lembrar: "Man-Dei Fazer uma falsa locução verbal para você Ver, Ouvir e Sentir"

  • Acho que o assunto gira em torno das orações reduzidas. Então, para transformar uma oração reduzida em uma oração desenvolvida bastar colocar uma conjução no meio delas. Assim:

    desejamos ajudar = desejamos que ajudasse  = não tem sentido

    Desejamos viver= desejamos que vivesse = não tem sentido

    havemos de odiar = não cabe conjunção, pois tem preposição

    pode prover = pode que provesse = não tem sentido

    deixamos extraviar = DEIXAMOS QUE EXTRAVIASSE = TEM SENTIDO

     

     

    Espero que tenha ajudado!!!

  • Bizu

    verbos De Fa Ma vos

    defamavos

  • A questão é facil !
    basta saber que os verbos CAUSATIVOS(mandar,fazer,deixar) E SENSITIVOS(ver,ouvir,sentir) não formam Locução verbal .


    foco, fé e força !

  • NÃO FORMAM LOCUÇÕES: M.D.F. + V.O.S.

     

    Os verbos causativos (Mandar, Deixar, Fazer) e sensitivos (Ver, Ouvir, Sentir) NUNCA formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio;são dois verbos, cada um com sua autonomia.

     

    Não tem erro!

     

    Att,

  • Macete para matar a questão:

    Todos os verbos devem está subordinado ao mesmo sujeito para ser uma locução verbal.

    Exemplo de duas frases com sujeitos diferentes que não são locução verbal:

          Eu vi uma aluna sair ==> não é loc. verbal

           Eu vi sair uma aluna ==> não é loc. verbal (pode ser confundida como uma loc. verbal)

    e) verbo causativo(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo(ver, ouvir, sentir) + infinitivo Nâo é locução verbal

    Exceto se vier preposição: deixamos de extraviar

     

     

    Mnemônico: "Man-Dei Fazer uma falsa locução verbal para você Ver, Ouvir Sentir"

  • MANDAR


    DEIXAR


    FAZER


    VER


    OUVIR


    SENTIR


    NÃO FORMA LOCUÇÕES VERBAIS

  • Gabarito E

    ·       Deixa-me mandar fazer(causativos): ver, ouvir, sentir(sensitivo)

    Rumo a Aprovação!!!

  • NÃO FORMAM LOCUÇÕES: M.D.F. + V.O.S.

  • Macete: DEFAMAVOS. NUNCA FORMAM LOCUÇÃO VERBAL COM O INFINITIVO OU GERÚNDIO. Deixar Fazer Mandar Ver Ouvir Sentir Bons estudos, gente!
  • Típica questão do: mandei deixar fazer, ver ouvir sentir. Basta procurar esses verbos que você acertará a questão, pois eles não formam locução verbal.

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

  • Nada é feito sem esforço.


ID
1397800
Banca
FGV
Órgão
TJ-BA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 4 – “O caminho para baixo era estreito e íngreme, e tanto os homens quanto os animais não sabiam onde estavam pisando, por causa da neve; todos os que saíam da trilha ou tropeçavam em algo perdiam o equilíbrio e despencavam no precipício. A esses perigos eles resistiam, pois àquela altura já se haviam acostumado a tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a um lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os animais de carga. Uma avalanche anterior já havia arrastado cerca de trezentos metros da encosta, ao passo que outra, mais recente, agravara ainda mais a situação. A essa altura, os soldados mais uma vez perderam a calma e quase caíram em desespero.” (Políbio, Histórias).

Duas formas verbais sucessivas do texto 4 que mostram sucessão cronológica de ações são:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    a) sabiam / estavam pisando - não sucessivo 
    b) saíam / tropeçavam - adição 
    c) perdiam / despencavam - OK 
    d) resistiam / haviam acostumado - acostumaram e depois resistiam 
    e) chegaram / era - caminho era restrito antes deles chegarem

  • SÓ DESPENCAVA QUEM SE PERDIA ANTES.

    ou seja tinha que se perder antes de despencar.

  • Primeiro perdiam o equilíbrio e depois despencavam no precipício.

  • ?????????????????????????????????????????????????

  • A FGV se contradiz, se na outra questão ela coloca o gabarito "todos os que saíam da trilha ou tropeçavam em algo" com esse "ou" significando adição quer dizer que as pessoas saíam E tropeçavam, ou seja, primeiro saiam e depois tropeçavam, significando ações seguidas... vai entender!

  • poxa, que questao dificil! nao tendi nada....

  • Errei poque tentei resolver pela lógica verbal, pretérito-mais que perfeito é o passado do passado, pretérito perfeito é o passado concluído, prétérito imperfeito ação passada não concluída. Porém não havia a opção prétérito mqp+pretérito, fui na A) sabiam / estavam pisando = pretérito imperfeito + pretérito imperfeito + gerúndio, que indica ação iniciada no passado e que continua no presente. 

    Quando fui ver os comentários vi que era para ver o contexto, não tem nada a ver com conjugação verbal...

    Vamos resolver questões e pegar a "manha" da banca!

  • Certa vez disse a um colega que da minha análise preliminar da FGV eles cobravam interpretação intrisecamente ligada à gramática pura. Uma das poucas bancas a fazer isso.

     

    Um típico exemplo disso, acho que do conhecimento de todos, é que ela adora o valor semântico do elemento que ela extrai do texto - e o engraçado é que ela ainda "facilita" a nossa vida ao colocar a citação específica da palavra, conjunto ou oração que ela quer que se analise. Mas de que adianta se temos que voltar no texto para ver a pegadinha semântica/interpretativa que ela colocou? ¬¬'

     

    Então, pessoal, por mais que tenham convicção da resposta, não custa nada irem ao texto e verificarem se a resposta bate com o texto.

     

    Abraços!

  • A questão pede uma sucessão cronológica.

    ... 1º (perdiam o equilíbrio) e 2º (despencavam no precipício).

  • "Duas formas verbais sucessivas do texto 4 que mostram sucessão cronológica de ações são":

    "perdiam o equilíbrio e despencavam..."

    - Perdiam o equilíbrio e, em seguida, despencavam.

    Com isso, letra C. 

  • Ideia de sucessão cronológica :

    Elas perdiam o equilíbrio e logo após despencavam no precipício

    LETRA C

    APMBB

  • FGV, campeã mundial em "TROLAGEM"

  • saíam da trilha ou tropeçavam em algo perdiam o equilíbrio e despencavam no precipício.

    tropeçavam em algo -> perdiam o equilíbrio -> despencavam no precipício

  • eu não consigo de jeito nenhum acertar essas questões pqp


ID
1400758
Banca
INSPER
Órgão
INSPER
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Brasileiros desenvolvem material com enorme
capacidade de armazenamento de dados


Um novo material para armazenamento de informações digitais que promete substituir os já quase
antiquados DVDs e CDs (discos de gravação) está sendo desenvolvido no Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, por pesquisadores do Grupo de Materiais Fotônicos. Trata-se de um bloco de vidro composto por altas concentrações de óxido de tungstênio que realiza gravações em três dimensões, ao contrário dos discos, que trabalham apenas
com duas.
Segundo os químicos Marcelo Nalin, pós-doutorando do Instituto de Física da Universidade de Campinas (Unicamp), e Gaël Poirier, pós-doutorando do Instituto de Química da Unesp, é difícil precisar a capacidade de armazenamento de informações do bloco de vidro, que depende da qualidade do equipamento utilizado na gravação e da modulação das propriedades ópticas do vidro Porém, estima-se que o limite de armazenamento seja de 1,6 terabyte por cm³ (cerca de 1.600 gigabytes). Os DVDs mais avançados encontrados no mercado hoje conseguem guardar dados de 20
gigabytes, enquanto os CDs, apenas 700 megabytes. (...)


Disponível em: http://bibliotech7.blogspot.com.br/2005/10/memria-em-cubos.html. Acesso em 23.07.14.




Nessa notícia, publicada em 2005, o uso da locução verbal “está sendo desenvolvido” no primeiro período do texto indica que o projeto de criar um “novo material para armazenamento de informações digitais”

Alternativas
Comentários
  • Letra A // Não é possível afirmar nada somente com o que foi dito no testo.


ID
1420738
Banca
FGV
Órgão
Câmara Municipal do Recife-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 7

Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da corrida espacial. O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que ela estava agitada, mas comia a ração. Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes.

Em “pôde entrar para a corrida espacial” há somente uma oração, pois “pôde entrar” é uma locução verbal; a frase abaixo em que há somente uma oração é:

Alternativas
Comentários
  • Locuções Verbais


    Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:


    Estou lendo o jornal.

    Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

    Ninguém poderá sair antes do término da sessão.


    A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja:


    Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.

    Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.


    Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo -> NOSSA RESPOSTA!

    Por exemplo:

    Quero ver você hoje.

    Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.


    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf67.php

  • Usei um método diferente, procurei colocar as orações na ordem direta e identificar os sujeitos dos verbos. 

    ex: a cadela sentiu estremecer a nave; - A cadela sentiu a nave estremecer- Dessa forma observa-se que a cadela sentiu e a nave estremeceu.
    força para seguir no cominho!
  • Bom raciocínio, Lucas.

  • Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir) não formam locuções verbais quando assumem a forma de auxiliares do verbo principal. Portanto, a única alternativa que não contém tais verbos é a letra C.

    Bons estudos!!

  • Se você não sabe os verbos causativos, na hora da prova, tente procurar o objeto de cada verbo, assim, perceberá que a "c" não teria sentido, ou, ao menos, não o mesmo:

     

    c)

    a cadelinha quis sair da nave espacial;     >   a cadelinha quis da nave sair... veja como fica estranho, até por que o verbo querer não pede preposição "de" (da).

     

    bons estudos.

  • NÃO FORMAM LOCUÇÕES: M.D.F. + V.O.S.

     

    Os verbos causativos (Mandar, Deixar, Fazer) e sensitivos (Ver, Ouvir, Sentir) NUNCA formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio;são dois verbos, cada um com sua autonomia.

     

    Não tem erro!

     

    Att,

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

  • A ÚNICA QUE OS DOIS VERBOS CORRESPONDEM A SÓ AGENTE: quis sair - CADELINHA

     

  • Verbos que não formam locução verbal:

    ( mandar, deixar, fazer , ver, ouvir e sentir) MDFVOS

  • polícia civil RJ


ID
1427839
Banca
FCC
Órgão
SEE-MG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Existe uma história, talvez apócrifa, do ilustre biólogo britânico J. B. S. Haldane, quando se encontrava na companhia de um grupo de teólogos. Ao ser perguntado o que se poderia concluir da natureza do Criador pelo estudo de sua criação, Haldane teria respondido: “Uma predileção desmesurada por besouros."

(G. Evelyn Hutchinson, citado por Stephen Jay Gould, Dinossauro no palheiro, S.Paulo, Cia. das Letras, 1997, p.453)

Ao ser perguntado o que se poderia concluir da natureza do Criador pelo estudo de sua criação, Haldane teria respondido...

Sobre o emprego da locução verbal grifada na frase acima transcrita, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O texto já ajudou na assertiva: 

    Existe uma história, talvez apócrifa, ..

     a)

    a opção pelo futuro do pretérito composto é inteiramente adequada à incerteza sobre a real ocorrência do fato, expressa pela alusão anterior ao caráter possivelmente apócrifo da história.

    Locução verbal : verbo auxiliar + verbo principal

    o verbo auxiliar é o que muda com o sujeito, a concordância é com ele

    Na voz ativa: TER/HAVER + particípio (não varia) 

    No indicativo:

    Futuro do pretérito composto: futuro do pretérito + particípio --> ele TERIA respondido

    Traz uma ideia de hipótese, dúvida ou incerteza

    Pretérito perfeito composto: presente do indicativo + particípio --> Tenho respondido

    Pretérito mais que perfeito composto: pretérito imperfeito + particípio --> Tinha respondido

    Futuro do Presente composto: futuro do presente+ particípio --> Terei respondido

    No Subjuntivo:

    Pretérito perfeito composto: presente do subjuntivo + particípio --> Tenha respondido

    Pretérito mais que perfeito composto: pretérito imperfeito do subjuntivo + particípio --> Tivesse respondido

    Futuro do Presente composto: futuro do subjuntivo+ particípio --> Tiver respondido

     

     

  • ALTERNATIVA A

    a opção pelo futuro do pretérito composto é inteiramente adequada à incerteza sobre a real ocorrência do fato, expressa pela alusão anterior ao caráter possivelmente apócrifo da história.


ID
1434772
Banca
CETRO
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A demanda por recursos públicos é cada vez maior. A briga pela apropriação do “bolo” é quase uma guerra. Nas recentes manifestações públicas brasileiras, surgiram novas e diversas demandas, desde “passe livre”, saúde, educação, até melhorias do serviço público em geral. A resposta dos governantes é sempre a mesma: “Não há recurso público”. Mas será que não devem existir recursos suficientes para atender às demandas da sociedade?

Inicialmente, cabe dizer que a aplicação e a origem dos recursos públicos são sempre uma decisão política. Ao governo cabe dizer onde os recursos serão investidos, e isso também significa dizer onde não serão aplicados. Cabe igualmente ao governo dizer de onde e de quem os recursos serão retirados, e de quem não serão cobrados, ou seja, quem vai e quem não vai pagar a conta. E governo aqui deve ser lido em sua acepção mais ampla, envolvendo todo seu conjunto de instituições.

Trata-se, enfim, de uma opção política.

Uma alternativa para aumentar os recursos públicos disponíveis é fechar seus diversos ralos. No lado dos gastos e despesas, é necessário melhorar o controle e a gestão da coisa pública para evitar desvios com corrupção, além de melhorar a qualidade da alocação dos recursos. Já no lado dos ingressos, é urgente combater os buracos negros no campo tributário, que fazem que muitos recursos públicos deixem de ingressar nos cofres estatais.

HICKMAN, C. M. Le Monde Diplomatique Brasil, 02 set. 2013. Os ralos do dinheiro público no campo tributário. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1484. Texto com adaptações.

Levando em consideração o 1º parágrafo do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a)Ao substituir o verbo “surgir” pelo verbo “haver”, obter-se-á a flexão “houveram”, que mantém o sentido geral do texto, apesar de não ter o sentido exato do termo original. ERRADO - No contexto o verbo "haver" teria o sentido de existir, sua flexão ficaria então no singular.

     

     b)A flexão de “Nas recentes manifestações públicas brasileiras” no singular obrigaria a mudança na flexão do verbo “surgiram” também para o singular (“surgiu”). ERRADO - O verbo "surgir" está concordando com "novas e diversas demandas"  portanto deve permanecer no plural.

     

     c)O verbo “atender” pode ser substituído pelo equivalente “acolher”, sem que haja prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido geral do trecho. ERRADO - Haveria prejuízo para o sentido geral do texto.

     

     d)A locução verbal “devem existir” pode ser substituída pela equivalente “deve haver”, sem que haja prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido do trecho. CORRETO

     

     e)No fragmento: “desde ‘passe livre’, saúde, educação, até melhorias do serviço público”, as preposições destacadas podem ser substituídas, respectivamente, por “de” e “à”, sem prejuízo para a correção gramatical ou para o sentido do trecho. ERRADO - Poderia ser substituído por "de" e "a" (sem crase) visto que melhorias está no plural.

  • Nas locuções verbais, o verbo principal é sempre o último; os demais são verbos auxiliares. Se o verbo principal for impessoal (=sujeito inexistente), o verbo auxiliar fica no SINGULAR.

    “DEVE HAVER muitas pessoas na reunião.” (=devem existir)

    “PODERIA TER HAVIDO alguns incidentes.” (=poderiam ter ocorrido)

    “PODE HAVER várias especulações.”


ID
1479364
Banca
FGV
Órgão
Câmara Municipal do Recife-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto – 11 de setembro: repercussões

A partir do 11 de setembro, os norte-americanos concluíram que sua vida havia se transformado definitivamente. O ambiente de paz não existe mais. Os dirigentes anunciam que a guerra ao terrorismo irá se estender por muitos anos e que uma grave ameaça paira sobre os Estados Unidos, pois os terroristas podem atacar de muitas maneiras e empregar métodos bastante variados, inclusive armas químicas e biológicas. A sensação tranquilizante de invulnerabilidade dá lugar a uma fragilidade aterradora e um medo paranoico toma conta da população. Assiste-se a uma corrida atrás de máscaras de gás, as pessoas têm medo de se aventurar no centro da cidade, temem que a água e o ar estejam contaminados por substâncias químicas, tóxicas e demonstram profundo receio de andar de avião.

                                                                                                    (História do Século XX, Serge Bernstein)

“os terroristas podem atacar de muitas maneiras”; esse trecho constitui uma só oração porque as formas verbais sublinhadas formam uma locução verbal; a opção abaixo em que há duas orações porque os verbos não formam locução verbal é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    "mandam atacar" não se trata de uma locução verbal, pois ocorre o encontro de um verbo causativo, aqueles que expressam valor de causa(mandar, deixar, fazer e sinônimos) e um verbo nominal no infinitivo (verbo 'atacar'). Logo são dois verbos, duas orações. Regra geral, ocorrendo verbo causativo ou sensitivo, este último os que expressam um dos sentidos (ver, ouvir, sentir), seguido de verbo na forma nominal do infinitivo ou do gerúndio, não haverá locução verbal, e sim dois verbos.

  • Locuções Verbais

    Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:

    Estou lendo o jornal.

    Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

    Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

    A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja:

    Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.

    Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

    Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo.

    Por exemplo:

    Quero ver você hoje.

    Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.

  • se  alguém souber um método de identificar quando temos ou não locução verbal...please comentem.
  • "Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir) nunca formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio; são dois verbos, cada um com sua autonomia.

    Já te mandei ficar quieto. (Leia-se: Eu já mandei que tu ficasses quieto.)

    Eu a vejo passando todos os dias por aqui. (Leia-se: Eu vejo que ela passa todos os dias por aqui.)


    Quando o infinitivo da locução verbal pode ser transformado em uma oração desenvolvida, iniciada por conectivo, em tese, não há locução verbal Em “Não nos compete realizar (que realizemos) tarefas desagradáveis.”, o sujeito do verbo competir é o infinitivo realizar, ou seja, “Realizar tarefas desagradáveis (sujeito) não nos compete (verbo).”. Outro exemplo: “Sempre falta explicar um assunto.”, em que explicar é o sujeito de faltar, ou seja, “Explicar um assunto (sujeito) sempre falta (verbo).”. Nestes casos, NÃO há locução verbal! "


    Fonte: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

  • ENTÃO SE COUBER UM SUJEITO ENTRE OS DOIS VERBOS NA HORA DE PASSAR PARA A ORAÇÃO DESENVOLVIDA NÃO É LOCUÇÃO VERBAL?

  • Na locução verbal os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Nas frases “os terroristas querem/devem/sabem/vão atacar (...)”, o referente é sempre o mesmo - “os terroristas”.

    Entretanto, na frase “os terroristas mandam atacar”, temos um outro referente para o verbo atacar, permitindo que a frase seja lida da seguinte forma: os terroristas mandam (alguém) atacar.

  • macete que vi aqui no qconcurso

    os verbos causativos ( mandar/deixar/fazer) e sensitivos (ver/ouvir/sentir) NUNCA formam locução verbal com o infinitivo e gerúndio. São dois verbos cada um com sua autonomia.

    Macete: MANDEIFAZER - verbos causativos 

                 VEROUSANTO -verbos sensitivos

     

     

  • Não formam locuções verbais com o infinitivo ou gerúndio, sendo dois verbos, cada um com sua autonomia, os verbos causativos e os sensitivos: M.D.F. + V.O.S.


    Mandar;

    Deixar,

    Fazer

     

    +
     

    Ver;

    Ouvir;

    Sentir.
     

    Não tem erro!

     

    Att,

  • MANDAR

    DEIXAR

    FAZER

    VER

    OUVIR

    SENTIR

    NÃO FORMA LOCUÇÕES VERBAIS

  • Não formam locução verbal: DEFAMAVOS


    DEixar

    FAzer

    MAndar

    Ver

    Ouvir

    Sentir



    Obs: os 3 primeiros são verbos causativos (deixar, fazer e mandar) e os 3 últimos são verbos sensitivos (ver, ouvir e sentir).


    FGV adora cobrar isso.

  • AS VEZES VC PAGA UM CURSO EM DETERMINADO VALOR ALTO... AI QUANDO CHEGA NO QCONCURSO VC APRENDE COM OS COMETÁRIOS DOS COLEGAS.... EM FIM

    Os terroristas mandam atacar de muitas maneiras (VERBOS CAUSATIVOS - BIZU - MANDEIFAZER

    MANDAR, DEIXAR FAZER

  • AS VEZES PENSO VC PAGA UM CURSO OLANE PAGA UMA VALOR ALTO... AI QUANDO CHA NO QCONCURSO VC APRENDE COM OS COMETÁRIOS DOS COLEGAS.... EM FIM

    Os terroristas mandam atacar de muitas maneiras (VERBOS CAUSATIVOS - BIZU MANDEIFAZER MANDAR, DEIXAR FAZER

  • Só vocês lembrarem que as locuções verbais se relacionam sempre ao mesmo sujeito. 

    Na frase " Os terroristas manda atacar as bases"... o verbo MANDAR realmente ta atrelado ao sujeito "terroristas", pois eles que mandam.
    Mas o verbo ATACAR está atrelado a outro sujeito, pois os terroristas não atacam, eles apenas mandam atacar. Quem ataca é outra pessoa.
    Logo, verbos atrelados a sujeitos diferentes, não formam locução verbal

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

  • Verbos consecutivos, quais sejam, mandar, deixar e fazer. Esses verbos, quando empregados com outros no infinitivo, formam mais de uma oração e não uma locução verbal. Lembrando ainda que existem os verbos sensitivos, ver, ouvir e sentir, que também formam mais de uma oração.

  • NÃO SERÃO LOCUÇÕES VERBAIS:

    VERBOS MDF

    MANDAR

    DEIXAR

    FAZER

    E TAMBÉM OS VERBOS SENSITIVOS

    São verbos que indicam a existência de um dos sentidos (ver, sentir e ouvir)

  • Locução verbal é a sequência de dois ou mais verbos equivalendo a um só. Não formarão locução ( mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir).

    APMBB

  • Verbos que não formam locução verbal:

    ( mandar, deixar, fazer , ver, ouvir e sentir) MDFVOS

  • EU DEIXO (DEIXAR) ELE "FAZER" "MANDAR" "VER" "OUVIR" "SENTIR"

    Diogo França


ID
1490359
Banca
AOCP
Órgão
BRDE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Condenados à tradição
                                        O que fizeram com a poesia brasileira

                                                                                                                                    Iumna Maria Simon

     Por um desses quiproquós da vida cultural, a tradicionalização, ou a referência à tradição, tornou-se um tema dos mais presentes na poesia contemporânea brasileira, quer dizer, a que vem sendo escrita desde meados dos anos 80.
     Pode parecer um paradoxo que a poesia desse período, a mesma que tem continuidade com ciclos anteriores de vanguardismo, sobretudo a poesia concreta, e se seguiu a manifestações antiformalistas de irreverência e espontaneísmo, como a poesia marginal, tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. Nesse momento de esgotamento do moderno e superação das vanguardas, instaura-se o consenso de que é possível recolher as forças em decomposição da modernidade numa espécie de apoteose pluralista. É uma noção conciliatória de tradição que, em lugar da invenção de formas e das intervenções radicais, valoriza a convencionalização a ponto de até incentivar a prática, mesmo que metalinguística, de formas fixas e exercícios regrados.
     Ainda assim, não se trata de um tradicionalismo conservador ou “passadista", para lembrar uma expressão do modernismo dos anos 20. O que se busca na tradição não é nem o passado como experiência, nem a superação crítica do seu legado. Afinal, não somos mais como T. S. Eliot, que acreditava no efeito do passado sobre o presente e, por prazer de inventar, queria mudar o passado a partir da atualidade viva do sentimento moderno. Na sua conhecidíssima definição da tarefa do poeta moderno, formulada no ensaio “Tradição e talento individual", tradição não é herança. Ao contrário, é a conquista de um trabalho persistente e coletivo de autoconhecimento, capaz de discernir a presença do passado na ordem do presente, o que, segundo Eliot, define a autoconsciência do que é contemporâneo.
     Nessa visada, o passado é continuamente refeito pelo novo, recriado pela contribuição do poeta moderno consciente de seus processos artísticos e de seu lugar no tempo. Tal percepção de que passado e presente são simultâneos e inter-relacionados não ocorre na ideia inespecífica de tradição que tratarei aqui. O passado, para o poeta contemporâneo, não é uma projeção de nossas expectativas, ou aquilo que reconfigura o presente. Ficou reduzido, simplesmente, à condição de materiais disponíveis, a um conjunto de técnicas, procedimentos, temas, ângulos, mitologias, que podem ser repetidos, copiados e desdobrados, num presente indefinido, para durar enquanto der, se der.
     Na cena contemporânea, a tradição já não é o que permite ao passado vigorar e permanecer ativo, confrontando-se com o presente e dando uma forma conflitante e sempre inacabada ao que somos. Não implica, tampouco, autoconsciência crítica ou consciência histórica, nem a necessidade de identificar se existe uma tendência dominante ou, o que seria incontornável para uma sociedade como a brasileira, se as circunstâncias da periferia pós-colonial alteram as práticas literárias, e como.
     Não estou afirmando que os poetas atuais são tradicionalistas, ou que se voltaram todos para o passado, pois não há no retorno deles à tradição traço de classicismo ou revivalismo. Eles recombinam formas, amparados por modelos anteriores, principalmente os modernos. A tradição se tornou um arquivo atemporal, ao qual recorre a produção poética para continuar proliferando em estado de indiferença em relação à atualidade e ao que fervilha dentro dela.
     Até onde vejo, as formas poéticas deixaram de ser valores que cobram adesão à experiência histórica e ao significado que carregam. Os velhos conservadorismos culturais apodreceram para dar lugar, quem sabe, a configurações novas e ainda não identificáveis. Mesmo que não exista mais o “antigo", o esgotado, o entulho conservador, que sustentavam o tradicionalismo, tradição é o que se cultua por todos os lados.
     Na literatura brasileira, que sempre sofreu de extrema carência de renovação e variados complexos de inferioridade e provincianismo, em decorrência da vida longa e recessiva, maior do que se esperaria, de modas, escolas e antiqualhas de todo tipo, essa retradicionalização desculpabilizada e complacente tem inegável charme liberador.

                                                                                                                   Revista Piauí, edição 61, 2011.


Assinale a alternativa cuja sequência verbal destacada constitui um exemplo de tempo composto.

Alternativas
Comentários
  • tempos compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles
  • so mais uma observação:
    para qlq análise, utilizamos apenas o auxiliar.desse modo, quando queremos descobrir o tempo verbal, basta analisar o auxiliar.
  • Complementando o comentário do colega...

    O tempo composto será determinado pelo verbo auxiliar. Contudo há duas exceções onde o tempo do auxiliar não é o mesmo tempo do composto.

    REGRA: tempo do auxiliar é o mesmo tempo do composto.
    Exemplo 1: terei falado (futuro do presente composto)
    Exemplo 2: ter falado (infinitivo composto)
    Exemplo 3: tendo falado (gerúndio composto)
    Exemplo 4: tiver falado (futuro do subjuntivo composto)

    EXCEÇÃO 1: o pretérito perfeito composto é formado por um verbo auxiliar NO PRESENTE mais outro no particípio.
    Exemplo 1: tem falado
    Exemplo 2: tenho contado

    EXCEÇÃO 2: o mais-que-perfeito composto é formado por um verbo auxiliar NO PRETÉRITO IMPERFEITO mais outro no particípio.
    Exemplo 1: tinha falado
    Exemplo 2: havia emprestado
    Exemplo 3: tinha contado


  • e) “tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição. correto- "ter" + particípio equivalem a pret. imperf. “tenha passado" podia ser subsituído por "passava".
  • Alternartiva correta letra E


    “tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição

    Pretérito perfeito composto do subjuntivo


    Formado pelo presente do subjuntivo mais o particípio de um verbo, o pretérito perfeito composto do subjuntivo expressa uma hipótese ou um desejo. 
  • tempo composto:
     formados por locuções verbais que têm como auxiliares (normalmente)os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio.
    a unica opção em que temos isso é na letra E.
  • verbo composto no pretérito perfeito se usa com PI+ particípio ou PS+particípio.

    tenho passado

    ou

    tenha passado
  • Tempos Compostos: São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio.
    Na frase da alternativa correta letra E, temos Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar terou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido.
    Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.
    FONTE: só português.
  • Tempo composto é um verbo principal mais um auxiliar, geralmente substituindo uma forma verbal de verbo absoluto, mas ainda com o mesmo sentido. e.g.: Ele tinha passado de ano= Ele passara de ano. Vou fazer bolo. Farei bolo.

    Na "e)" a forma “tenha passado a fazer" é composta e equivale-se a "passara a fazer"
  • Letra e

    Tempos Compostos

    São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter haver e como principal, qualquer verbo no particípio.

  • tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição.

    Pretérito perfeito composto do modo subjuntivo (presente do subjuntivo + particípio) - traduz um fato totalmente terminado num momento passado.

  • Tempos Compostos

    São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter haver e como principal, qualquer verbo no particípio


    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf66.php

  • É simples de se perceber o erro. Toda vez que estiver presente o verbo ter ou haver como auxiliar de um verbo principal no particípio regular, teremos um tempo composto. Por isso a letra E é a correta.

  • TEMPO COMPOSTO-Verbos ter haver + PARTICÍPIO

    LOCUÇÃO VERBAL- Verbos auxiliares + GERÚNDIO ou INFINITIVO

  • TER HAVER + PARTICÍPIO

  • O tempo composto é formado por ter/haver + particípio.

    GABARITO -> [E]

  • ter e haver

     

  • LETRA E

    TEMPO COMPOSTO: Locuções verbais ( verbo auxiliar + verbo principal) formadas pelos verbos TER e HAVER, mais verbo principal no particípio.

  • Gab: E

    tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição.

    Tempos compostos formado pelo verbo TER(Pretérito Perfeito do Subjuntivo) + verbo principal no Particípio.

  • ✅Gabarito correto letra E.

    "tenha passado a fazer um uso relutantemente crítico, ou acrítico, da tradição".

    Tempo Composto = TER v HAVER + Particípio.

    Bons estudos e boa prova!✌

  • tempo composto: verbo auxiliar (ter \ haver)

    verbo principal (particípio)

    locução verbal: auxiliar (qualquer verbo)

    verbo principal (infinitivo \ gerúndio)

    voz passiva analítica: verbo auxiliar (ser \ ficar \ estar)

    verbo principal: particípio (varia em gênero e número)

  • Tal sequência está no pretérito perfeito do subjuntivo pois o verbo auxiliar está no presente do subjuntivo.

    GAB: Letra E


ID
1508287
Banca
FCC
Órgão
MPE-CE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.

Nos anos 1970, década em que a tecnologia da comunicação ainda engatinhava, entrou em voga a preocupação com as ameaças à privacidade. Os mais radicais lutavam contra a adoção de números únicos de identificação (o nosso CPF).
Esses receios, hoje, parecem ultrapassados. A moda agora é entregar informação pessoal nas redes sociais voluntária e gratuitamente. Acumular dados sobre indivíduos tornou-se fonte de lucros para empresas cujo negócio é rastrear padrões de comportamento de indivíduos e vender a informação. Os compradores podem ser agências de publicidade, bancos e operadoras de  cartão de crédito. Seu interesse é vender certos produtos para as pessoas com maior propensão a comprá-los.
Tudo isso empalidece, contudo, diante da ameaça à privacidade veiculada pelos aviões não tripulados, os chamados "drones", que tem suscitado grandes debates. Esses aeromodelos já sobrevoam as cabeças de cidadãos norte-americanos, primeiro pelas mãos da polícia, logo teleguiados por empresas, "paparazzi" ou até mesmo terroristas. Alguns Estados já preparam leis para disciplinar a invasão.

                                                      (Adaptado de Marcelo Leite. Folha de S.Paulo, 13/04/2013, p. A2)

Esses aeromodelos já sobrevoam as cabeças de cidadãos norte-americanos... (3º parágrafo)
Sem prejuízo para a correção e o contexto original, uma forma verbal alternativa para a que se encontra sublinhada acima é:

Alternativas
Comentários
  • Esses aeromodelos (SUJEITO- PLURAL) já sobrevoam 

    Única substituição correta dentre estas : Esses aeromodelos já vêm sobrevoando

  •  a) vêm sobrevoando

  • "Esses aeromodelos já sobrevoam " baseado nesta parte que concluir que seria plural, portanto vêm sobrevoando.


ID
1534687
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Pinhais - PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Aplicativo de celular gratuito ajudará população
                              a identificar notas de dinheiro falsificadas

            Para usar o aplicativo “Dinheiro Brasileiro” é preciso aproximar a cédula da câmera do aparelho. O aplicativo indica onde fcam os elementos de segurança em que se verifca a legalidade do dinheiro
                                                                                                                                                11 de Junho de 2014 - Kelly Oliveira

            O Banco Central (BC) lançou nesta quarta (11) o aplicativo Dinheiro Brasileiro, que fornece informações sobre os elementos de segurança do real. Também foi lançada a nova versão do aplicativo Câmbio Legal, que localiza pontos de compra e venda de moeda estrangeira. Os aplicativos para celular e tablet estão disponíveis em português, inglês e espanhol e podem ser baixados gratuitamente na App Store e na Google Play Store.
            Para usar o aplicativo Dinheiro Brasileiro é preciso aproximar a cédula da câmera do aparelho. O aplicativo indica onde ficam os elementos de segurança para que a população brasileira ou turista estrangeiro possa verificar se a nota testada é verdadeira. Segundo o BC, a ideia é que o próprio usuário faça a verificação em caso de dúvida, pois o aplicativo não tem a capacidade, nem a finalidade, de verificar automaticamente a autenticidade das notas.
            Segundo o chefe do Departamento do Meio Circulante, João Sidney Figueiredo Filho, esse tipo de iniciativa segue uma tendência internacional. Há aplicativos como esse no México, no Japão e na zona do euro. “Achamos por bem trazê-lo para o Brasil, aproveitando o momento em que turistas vêm para a Copa do Mundo”, disse.
            Este ano, até maio, foram recolhidas 132,3 mil notas de real falsificadas. A de R$ 100 da segunda família foi a mais copiada, com 37,7 mil unidades. A orientação do BC para quem recebeu uma cédula falsificada, sem perceber, é entregá-la a um banco.
            Hoje, o BC também divulgou a nova versão do aplicativo Câmbio Legal, criado no ano passado. A ferramenta para dispositivos móveis, que localiza pontos de compra e venda de moeda estrangeira, tem agora novas funcionalidades. O aplicativo permite a identificação de 13 mil pontos de atendimento cadastrados, sendo que desse total, 10 mil são caixas eletrônicos. Esses dados de pontos de atendimento são atualizados pelas próprias instituições financeiras.
O aplicativo também faz a conversão de mais de 160 moedas diferentes e mostra o histórico das cotações. Outra novidade é que o usuário pode consultar o Valor Efetivo Total (VET) cobrado nas operações de câmbio nas instituições desejadas. O VET reúne, em um único indicador, a taxa de câmbio, o tributo incidente e as tarifas eventualmente cobradas. O VET, no entanto, é baseado na média de valor oferecido pela instituição financeira com dados do mês anterior. Ou seja, não é exatamente o valor que será cobrado do cliente na hora da compra da moeda. Entretanto, o chefe adjunto do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, Augusto Ornelas Filho, considera que a informação serve de referência para quem vai comprar ou vender a moeda no banco ou na casa de câmbio. “[Isso] não dá garantia para o cliente que for ao banco, mas ele vai ter a referência para argumentar.

                                                            Texto adaptado. Fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/Aplicativo -populacao-identificar
                                                                                                                                          -dinheiro-falsificadas_0_1154884540.html

“...considera que a informação serve de referência para quem vai comprar ou vender a moeda no banco ou na casa de câmbio".

Acerca do excerto acima, assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma sobre o que está destacado.

Alternativas
Comentários
  • Auxiliares

    São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

  • Mas se não souber a definição de verbo auxiliar, dá pra matar a questão no raciocínio lógico entre B e D. ;)

  • Alternativa C: Locução verbal. 'Vai comprar' verbo auxiliar (conjugado)+verbo principar(infinitivo)


ID
1540912
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFES
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        A ciência, o bem e o mal

                                                                                                                              Marcelo Gleiser

            Em 1818, com apenas 21 anos, Mary Shelley publicou o grande clássico da literatura gótica, “Frankenstein ou o Prometeu Moderno". O romance conta a história de um doutor genial e enlouquecido, que queria usar a ciência de ponta de sua época, a relação entre a eletricidade e a atividade muscular, para trazer mortos de volta à vida.
            Duas décadas antes, Luigi Galvani havia demonstrado que a eletricidade produzia movimentos em músculos mortos, no caso em pernas de rãs. Se vida é movimento, e se eletricidade pode causá-lo, por que não juntar os dois e tentar a ressuscitação por meio da ciência e não da religião, transformando a implausibilidade do sobrenatural em um mero fato científico?
            Todos sabem como termina a história, tragicamente. A “criatura" exige uma companheira de seu criador, espelhando Adão pedindo uma companheira a Deus. Horrorizado com sua própria criação, Victor Frankenstein recusou. Não queria iniciar uma raça de monstros, mais poderosos do que os humanos, que pudesse nos extinguir.
            O romance examina a questão dos limites éticos da ciência: será que cientistas podem ter liberdade total em suas atividades? Ou será que existem certos temas que são tabu, que devem ser bloqueados, limitando as pesquisas dos cientistas? Em caso afirmativo, que limites são esses? Quem os determina?
            Essas são questões centrais da relação entre a ética e a ciência. Existem inúmeras complicações: como definir quais assuntos não devem ser alvo de pesquisa? Dou um exemplo: será que devemos tratar a velhice como doença? Se sim, e se conseguíssemos uma “cura" ou, ao menos, um prolongamento substancial da longevidade, quem teria direito a tal? Se a “cura" fosse cara, apenas uma pequena fração da sociedade teria acesso a ela. Nesse caso, criaríamos uma divisão artificial, na qual os que pudessem viveriam mais. E como lidar com a perda? Se uns vivem mais que outros, os que vivem mais veriam seus amigos e familiares perecerem. Será que isso é uma melhoria na qualidade de vida? Talvez, mas só se fosse igualmente distribuída pela população, e não apenas a parte dela.
            Outro exemplo é a clonagem humana. Qual o propósito de tal feito? Se um casal não pode ter filhos, existem outros métodos bem mais razoáveis. Por outro lado, a clonagem pode estar relacionada com a questão da longevidade e, em princípio ao menos, até da imortalidade. Imagine que nosso corpo e nossa memória possam ser reproduzidos indefinidamente; com isso, poderíamos viver por um tempo indefinido. No momento, não sabemos se isso é possível, pois não temos ideia de como armazenar memórias e passá- las adiante. Mas a ciência cria caminhos inesperados, e dizer “nunca" é arriscado.
            Toquei apenas em dois exemplos, mas o ponto é óbvio: existem áreas de atuação científica que estão diretamente relacionadas com escolhas éticas. O impulso inicial da maioria das pessoas é apoiar algum tipo de censura ou restrição, achando que esse tipo de ciência é feito a caixa de Pandora.
            Mas essa atitude é ingênua. Não é a ciência que cria o bem ou o mal. A ciência cria conhecimento. Quem cria o bem ou o mal somos nós, a partir das escolhas que fazemos.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marceloglei-ser/2013/09/1348909-a-ciencia-o-bem-e-o-mal.shtml.  Acesso 24 nov 2013.



Em todas as alternativas a seguir a sequência verbal é classifcada como locução verbal, EXCETO

Alternativas
Comentários
  • JUSTIFICATIVA DA BANCA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos para esta questão, temos a esclarecer que a mesma será anulada, tendo em vista que a alternativa “A” constitua tempo composto, sendo excluída, por muitos autores, como locução verbal (que expressa inclusive aspecto), a possibilidade de esse tempo composto corresponder a um tempo simples permite a leitura exposta nos argumentos de alguns candidatos. Portanto, recurso deferido


ID
1548028
Banca
UniCEUB
Órgão
UniCEUB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder a questão.

                               Estudo ajuda a desvendar a linguagem das plantas

               Nova pesquisa descobriu particularidades genéticas relacionadas à
                   produção de compostos químicos que permitem a comunicação
                                                    entre as plantas

      Pesquisas recentes têm demonstrado o funcionamento de habilidades das plantas até então desconhecidas. Entre elas, a de se comunicar por meio de compostos voláteis: viajando pelo ar, eles servem de alerta para a presença de herbívoros potencialmente perigosos, induzindo outras plantas a tornarem suas folhas mais resistentes. Esses compostos, também chamados de metabólitos, são sintetizados por vários genes diferentes. Além de ajudarem na sobrevivência das plantas, podem ser benéficos aos humanos, dando origem a vários tipos de medicamentos.
      Uma nova pesquisa feita no Instituto para a Ciência Carnegie, nos Estados Unidos, revelou mais informações sobre o mecanismo de comunicação vegetal. Publicado nesta quinta-feira na revista Science, o estudo descobriu que os genes responsáveis por sintetizar metabólitos especializados — ou seja, que têm funções específicas para o desenvolvimento e sobrevivência das plantas — são diferentes do restante dos genes do vegetal. Eles evoluem, organizam-se no DNA e são ativados de forma diferente.
      Para os autores do estudo, essa descoberta poderá ajudar a desenvolver novas estratégias de pesquisas sobre o funcionamento das plantas, o que pode impactar estudos em áreas que vão desde a agricultura até a criação de novos medicamentos.
      Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após criarem um sistema computacional capaz de analisar o genoma de uma planta e dar informações sobre os metabólitos. A equipe comparou o genoma de dezesseis espécies vegetais diferentes — incluindo flores, algas e musgos.
      “Apesar de nossa saúde e bem-estar dependerem muito de compostos químicos vindos de plantas, sabemos pouco sobre como eles  são produzidos e sua real diversidade na natureza", diz Seung Yon
Rhee, coordenador do estudo. “Esperamos que esses resultados permitam que cientistas usem as características dos genes que sintetizam os metabólitos especializados para descobrir como eles beneficiam as plantas e como podem nos beneficiar também."

                                                                                                                         Revista veja online – 01/05/2014

Observe cada fragmento e assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

ID
1548592
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Sertãozinho - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                    Batalhas perdidas

      No século 19, parte dos trabalhadores ingleses decidiu combater o progresso tecnológico, que corretamente viam como uma ameaça a seus empregos, destruindo máquinas. Eram os luditas. Suas ações acenderam o imaginário popular, mas não foram capazes de deter a revolução industrial.
      Algo parecido pode estar ocorrendo agora em relação à internet. O fenômeno é variegado e abarca desde um juiz tentando proibir um aplicativo - Secret - que assegura anonimato a quem faz comentários na rede até taxistas protestando contra um programa que promove “caronas remuneradas". Até pode haver lampejos de justiça nessas causas, mas desconfio que a derrota é inexorável.
      Mesmo que o aplicativo Secret seja banido do Brasil, não será difícil para o usuário acessar versões estrangeiras das lojas de aplicativos e, assim, burlar a restrição. Quanto aos taxistas, não há muito o que fazer. Não é possível tornar ilegal a venda de algo que pode ser dado de graça totalmente dentro da lei. Se a carona gratuita é permitida, fica muito difícil impedir a carona paga.
       Ao contrário de magistrados e taxistas, não estou tão convencido do caráter maléfico dessas novidades. Tecnologias tendem a apresentar-se em tons mais cinzentos, oferecendo diferentes combinações de benefícios e problemas. Mesmo quando são claramente desvantajosas, podem, às vezes, tornar-se um caminho sem volta.
        Essa, ao menos, é a tese do geógrafo Jared Diamond, para o qual a adoção da agricultura, embora tenha sido “o pior erro da história dos seres humanos", tendo, num só golpe, destruído a saúde das pessoas e criado as distinções sociais, se espalhou como uma praga pela humanidade. A razão principal é que povos agrícolas eram capazes de produzir muito mais gente do que a concorrência.
        Basicamente, quem aposta contra a tecnologia acaba perdendo, mesmo quando tem razão.

                                                                         (Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 31.08.204. Adaptado)

O trecho destacado em – Suas ações acenderam o imaginário popular, mas não foram capazes de deter a revolução industrial. – está corretamente substituído, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, preservando a correlação com a forma verbal foram, no pretérito perfeito, por

Alternativas
Comentários
  • a) futuro.

    b) presente.
    c) pretérito imperfeito.
    d) O verbo DETER, como todos os derivados do verbo TER (=ABSTER-SE, ATER-SE, CONTER, MANTER, OBTER, RETER...), deve seguir o modelo do verbo primitivo:
    Ele teve = ele DETEVE (=obteve, manteve...)
    Eles tiveram = eles DETIVERAM (=mantiveram, retiveram...)

    e) Correta
  • pretérito perfeito indicativo = ação iniciada e concluida no passado


ID
1556995
Banca
Quadrix
Órgão
CRP - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       Para onde vamos com o autismo?


      É preciso que façamos uma reflexão acerca dos caminhos do autismo. Dos rumos que tomaremos socialmente diante de uma epidemia diagnostica que tem assolado a infância com números estarrecedores.

      Isso porque, diante de tal epidemia, o princípio preventivo embasado na relação entre causas únicas e soluções gerais, que tantas vezes é eficaz em problemas epidemiológicos de saúde pública (como a vacinação contra doenças infectocontagiosas, ou a eliminação do mosquito Aedes para evitar a dengue, para trazer alguns exemplos de domínio geral), torna-se inoperante diante do autismo.

      Tentar fazer o autismo encaixar-se em esquemas de relações unívocas causa-efeito é uma tentação recorrente, seja em organizações sociais, discursos pseudocientíficos, blogs ou mídias - afinal a relação causa efeito é um esquema conhecido e eficaz diante de muitas dificuldades e, convenhamos, quem não gostaria de poder estabelecer soluções simples e gerais?

      No entanto, procurar forjar causas únicas e soluções fáceis diante de questões complexas como o autismo faz com que se caia em perigosos reducionismos, que, seja pelo viés organicista, seja pelo viés psicologizante, produzem conseqüências extremamente danosas para as pessoas com autismos e seus familiares.

      O diagnóstico do autismo e sua terapêutica exigem considerar a complexidade. Complexo quer dizer aquilo que está tecido, que está em rede, e é na rede interdisciplinar que é preciso tratar dessa questão, articulando os campos de saúde mental, deficiência, educação, assistência social e judicial.

      No autismo, a causa não é única, mas uma combinação de fatores; o seu quadro não pode ser definido por um único indicador isolado, o que exige um olhar e uma escuta clínica acurados; sua evolução pode apresentar variações muito significativas, o que torna questionáveis os prognósticos; e, no que diz respeito à terapêutica, encontram-se documentadas evoluções clínicas de grande sucesso ou de permanência em uma gravidade nas mais diferentes abordagens.

      Longa é a discussão científica sobre a etiologia do autismo.Os fatos científicos encontrados até agora apontam que, se bem no autismo possa haver fatores genéticos implicados, a princípio, em 50% dos casos (como revela a pesquisa com metologia big data, ou seja, sobre o total dos nascimentos, realizada na Suécia entre 1982 e 2006 com 2.049.973 crianças, já comentada por Marcelo Leite em coluna intitulada "A outra face do autismo"), é certo que, mesmo quando há fatores genéticos implicados, não se trata de uma patologia monocausal, ou seja, não é causada por um único gene, depende de uma combinação de vários deles.

      A questão é ainda mais complexa, pois se sabe também que todos nascemos com um código genético  estabelecido, porém o modo como o mesmo irá se manifestar depende dos chamados fatores epigenéticos, ou seja, das experiências de vida, que incluem fatores ambientais. Tais fatores vão desde o ar que respiramos, a água que bebemos, até um fator que em nada é desprezível para a constituição do bebê humano: a relação com os outros.

      A principal característica do ser humano é a de não nascer pronto desde o ponto de vista orgânico. O cérebro depende de experiências para se formar e o código genético também se manifesta em função dessas experiências.

      Portanto, é absolutamente ultrapassado e reducionista o conceito de que, uma vez autista, sempre autista. Diagnóstico não é destino - como tantas vezes pessoas desinformadas acerca da complexidade da formação orgânica costumam afirmar. Por isso a intervenção psicanalítica aposta em produzir experiências de vida constituintes e, desde a sua prática, recolhe diversos exemplos de pequenas crianças que chegam com traços autísticos e deixam de tê-los por efeito da intervenção.

      Desde o ponto de vista psíquico, tampouco nascemos estruturados, e sim abertos a inscrições. Estas inscrições dependem de certas operações constituintes do sujeito, que podem ser sustentadas com estilos de cuidados muito diferentes. Portanto, também é absolutamente reducionista e anacrônico o conceito de que o autismo seria uma resposta a uma mãe fria ou pouco afetiva - "uma mãe geladeira" - como tantas vezes pessoas desinformadas acerca da concepção psicanalítica continuam a afirmar. A função materna pode ser exercida com estilos muito diferentes e depende de uma rede familiar e social para poder operar. A sustentação da função materna não ocorre de modo isolado ou individual e por isso é reducionista qualquer visão de culpabilização da mãe.

      Os acontecimentos de vida, as contingências que cercam o nascimento de uma criança, têm um fator determinante no estabelecimento da relação mãe-bebê, por isso o que está em jogo no estabelecimento dessa relação não pode jamais ser avaliado como fruto de uma competência inata da mãe ou do bebê.

      Quanto aos números assoladores que fazem do autismo uma epidemia na atualidade cabe interrogarmos do que ela é fruto.

      [...]

                                                                                                                                       (www. estadao. com.br)

Observe o termo destacado abaixo.


"Os fatos científicos encontrados até agora apontam que, se bem no autismo possa haver fatores genéticos implicados, a princípio, em 50% dos casos."


Sobre a expressão "possa haver", em destaque no texto pode-se afirmar corretamente que:

Alternativas
Comentários
  • "Haver", no sentido de existir, é o que se chama de verbo impessoal (não há sujeito para concordar com ele). Na prática, significa que o verbo fica sempre no singular: há políticos desonestos, haverá políticos desonestos, se houvesse políticos desonestos, havia políticos desonestos.

  • Verbo "haver" no sentido de existir é impessoal e no caso de locução verbal o verbo "haver" passa essa impessoalidade para o verbo auxiliar.

    letra c

  • Haver no sentido de existir é VERBO IMPESSOAL
    Nunca terá PLURAL!

    GABARITO: C
  • A questão não é o verbo "haver" estar no sentido de existir, mas sim o fato de ele ser o verbo principal, na locução verbal. Qualquer verbo principal será impessoal e ficará na forma nominal.

  • Na locução verbal, o primeiro verbo é o auxiliar, e o segundo é o verbo principal.

    EX:

    possa  haver

       |            |  

    V.aux.   V. princ.



  • alguém pode explicar o erro da "e"?

     

  • LETRA C

    O verbo principal haver transmite sua impessoalidade ao verbo auxiliar possa. Portanto, os dois verbos ficam no singular.

    Thalita, a letra E está errada porque o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal e, portanto o sujeito é inexistente. Porém, o verbo haver vai admitir objeto direto (fatores genéticos implicados).
    Só lembrando que quem flexiona o verbo é o sujeito e não o objeto.

  • (...) possa haver fatores genéticos implicados, a princípio, em 50% dos caso

     

    Trata-se de uma locução formada pelo verbo HAVER (verbo principal) e POSSA (verbo auxiliar). O verbo principal é impessoal, não varia em número. A grmática diz que o verbo auxiliar absorve as características do verbo impessoal e também não flexiona. A concordância está correta.

     

    GAB: C

  • O verbo HAVER só poderá sofrer flexão para o plural quando este for um verbo auxiliar em uma locução verbal!

    Ele será pessoal, deverá concordar com o sujeito.

    Quando o verbo HAVER estiver no sentido de existir será impessoal, logo não pode ir para o plural!


ID
1560022
Banca
IMA
Órgão
Prefeitura de Canavieira - PI
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             A causa e o efeito

1    Pedindo vênia aos doutos ministros do Supremo Tribunal Federal que gastaram muito latim para julgar os réus do mensalão, vou gastar o meu pouco latim, que aprendi na lógica de Aristóteles em versão escolástica de Tomás de Aquino:

4   "Posita causa, positur effectus; variata causa, variatur effectus; sublata causa, tollitur effectus." O latim é macarrônico demais, não precisaria de tradução, mas aí vai: pondo, variando ou eliminando a causa, põe-se, varia-se ou elimina-se o efeito.

7    O efeito, até agora, foi a prisão de alguns dos condenados do mensalão, mas a causa não foi a corrupção pessoal dos autores materiais dos diversos crimes cuja causa seria o fortalecimento do governo petista, que mantém uma perspectiva operacional de permanecer 20 anos no poder.

11   Resumindo: mais uma vez, a causa de tantos crimes foi o poder, o poder em si mesmo, autor intelectual de uma vasta rede de corrupção em diferentes níveis.

13   Pelo que se apurou nas infindáveis sessões do Supremo Tribunal Federal, chegou-se a um "capo di tutti i capi" na pessoa simpática e já histórica de José Dirceu, que ocupava a sala ao lado de outra sala, por sinal, mais poderosa e da qual emanava o combustível que mantinha a engrenagem funcionando.

17  Do ponto de vista jurídico, a justiça parece que foi feita, em que pesem pequenos ajustes nas penas e até mesmo na mecânica dos crimes.

19   Do ponto de vista filosófico, o "quid prodest" que foi a causa da corrupção generalizada, a Justiça chegou até onde podia chegar, funcionários de média ou grande importância, não ultrapassando os limites que poderiam gerar uma grave e até mesmo sangrenta crise institucional.

Carlos Heitor Cony
Extraído de:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony/2013/11/1373203-a-causa-e-o-efeito.shtml




“... vou gastar o meu pouco latim" (linha 2), a locução verbal destacada pode ser substituída sem perda de sentido por:

Alternativas
Comentários
  • d) Futuro do presente do indicativo: indica fatos prováveis.

  • GASTAREI O MEU POUCO LATIM. 

  • (Futuro do Subjuntivo) AR ... (Futuro do Presente) REI


ID
1560262
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Pinhais - PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aplicativo de celular gratuito ajudará população a identificar notas de dinheiro falsificadas

    Para usar o aplicativo “Dinheiro Brasileiro” é preciso aproximar a cédula da câmera do aparelho. O aplicativo indica onde ficam os elementos de segurança em que se verifica a legalidade do dinheiro

11 de Junho de 2014 - Kelly Oliveira

    O Banco Central (BC) lançou nesta quarta (11) o aplicativo Dinheiro Brasileiro, que fornece informações sobre os elementos de segurança do real. Também foi lançada a nova versão do aplicativo Câmbio Legal, que localiza pontos de compra e venda de moeda estrangeira. Os aplicativos para celular e tablet estão disponíveis em português, inglês e espanhol e podem ser baixados gratuitamente na App Store e na Google Play Store.

    Para usar o aplicativo Dinheiro Brasileiro é preciso aproximar a cédula da câmera do aparelho. O aplicativo indica onde ficam os elementos de segurança para que a população brasileira ou turista estrangeiro possa verificar se a nota testada é verdadeira. Segundo o BC, a ideia é que o próprio usuário faça a verificação em caso de dúvida, pois o aplicativo não tem a capacidade, nem a finalidade, de verificar automaticamente a autenticidade das notas.

    Segundo o chefe do Departamento do Meio Circulante, João Sidney Figueiredo Filho, esse tipo de iniciativa segue uma tendência internacional. Há aplicativos como esse no México, no Japão e na zona do euro. “Achamos por bem trazê-lo para o Brasil, aproveitando o momento em que turistas vêm para a Copa do Mundo”, disse.

   Este ano, até maio, foram recolhidas 132,3 mil notas de real falsificadas. A de R$ 100 da segunda família foi a mais copiada, com 37,7 mil unidades. A orientação do BC para quem recebeu uma cédula falsificada, sem perceber, é entregá-la a um banco.

    Hoje, o BC também divulgou a nova versão do aplicativo Câmbio Legal, criado no ano passado. A ferramenta para dispositivos móveis, que localiza pontos de compra e venda de moeda estrangeira, tem agora novas funcionalidades. O aplicativo permite a identificação de 13 mil pontos de atendimento cadastrados, sendo que desse total, 10 mil são caixas eletrônicos. Esses dados de pontos de atendimento são atualizados pelas próprias instituições financeiras.

    O aplicativo também faz a conversão de mais de 160 moedas diferentes e mostra o histórico das cotações. Outra novidade é que o usuário pode consultar o Valor Efetivo Total (VET) cobrado nas operações de câmbio nas instituições desejadas. O VET reúne, em um único indicador, a taxa de câmbio, o tributo incidente e as tarifas eventualmente cobradas.

   O VET, no entanto, é baseado na média de valor oferecido pela instituição financeira com dados do mês anterior. Ou seja, não é exatamente o valor que será cobrado do cliente na hora da compra da moeda. Entretanto, o chefe adjunto do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, Augusto Ornelas Filho, considera que a informação serve de referência para quem vai comprar ou vender a moeda no banco ou na casa de câmbio. “[Isso] não dá garantia para o cliente que for ao banco, mas ele vai ter a referência para argumentar.

Texto adaptado. Fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/Aplicativo -populacao-identificar-dinheiro-falsificadas_0_1154884540.html

“...considera que a informação serve de referência para quem vai comprar ou vender a moeda no banco ou na casa de câmbio”.

Acerca do excerto acima, assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma sobre o que está destacado.

Alternativas
Comentários
  • Verbo auxiliar sempre vem primeiro, vai é verbo auxiliar e comprar é o verbo principal. Gabarito D

  • 1- quem comprar ou vender 2- quem "vai" comprar ou vender Veja que a oração número um não está errada, na minha humilde opinião não estaria errado escrever assim, portanto o verbo vai está auxiliando, não o contrário.

ID
1585438
Banca
IESES
Órgão
IFC-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


A arte pós-moderna vai se diferenciar dos movimentos do alto modernismo, por preferir formas lúdicas, disjuntivas, ecléticas e fragmentadas. A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário da pós-modernidade, não se estruturando mais na paródia (o escárnio do passado), mas no pastiche (a apropriação do passado). A única possibilidade, já que tudo já foi feito, é combinar, mesclar, re-apropriar [sic].[...]

A arte eletrônica vai constituir-se numa nova "forma simbólica", através da qual os artistas utilizam as novas tecnologias numa postura ao mesmo tempo crítica e lúdica, com o intuito de multiplicar suas possibilidades estéticas. Essa nova forma simbólica vai explorar a numerização (trabalhando indiferentemente texto, sons, imagens fixas e em movimento), a spectralidade (a imagem é auto-referente [sic], não dependendo de um objeto real, e sim de um modelo), o ciberespaço (o espaço eletrônico), a instantaneidade (o tempo real) e a interatividade [...].

(LEMOS, André. Fragmento extraído de: Arte eletrônica e cibercultura. Disponível em: http://www.blogacesso.com.br/?p=102 Acesso em 15 abr 2015). André Lemos é professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Para saber mais sobre o objeto de estudo de André Lemos, acesse o site www.andrelemos.info

Sobre os recursos de construção do texto, leia com atenção as assertivas a seguir. Em seguida assinale a alternativa que contenha a análise correta das mesmas.


I. “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia." Nesse período, podemos afirmar corretamente que uma palavra foi acentuada por apresentar hiato, uma foi acentuada por ser proparoxítona e duas receberam acentos por serem paroxítonas terminadas em ditongo.


II. Ainda em: “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia", o pronome “se" aí empregado também poderia aparecer na forma enclítica, sem que com isso se alterasse a correção do período, pois o verbo no gerúndio permite a ênclise.


III. O verbo “ir" é utilizado em mais de uma ocorrência no texto como verbo auxiliar, constituindo perífrase de futuro do presente. Esse tempo verbal é adequado à proposição do autor do texto, que faz referência a eventos vindouros.


IV. “A arte eletrônica vai se constituir numa nova forma simbólica." A locução verbal presente nesse período poderia ser substituída pelo verbo na forma sintética, resultando, corretamente, na reescrita a seguir: A arte eletrônica constituirá-se numa nova forma simbólica.




Alternativas

ID
1587283
Banca
VUNESP
Órgão
APMBB
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Tecendo a Manhã


                    Um galo sozinho não tece uma manhã:

                    ele precisará sempre de outros galos.

                    De um que apanhe esse grito que ele

                    e o lance a outro; de um outro galo

                    que apanhe o grito que um galo antes

                    e o lance a outro; e de outros galos

                    que com muitos outros galos se cruzem

                    os fios de sol de seus gritos de galo,

                    para que a manhã, desde uma teia tênue,

                    se vá tecendo, entre todos os galos.


                     E se encorpando em tela, entre todos,

                     se erguendo tenda, onde entrem todos,

                     se entretendendo* para todos,no toldo

                     (a manhã) que plana livre de armação.

                     A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

                     que, tecido, se eleva por si: luz balão.

            (João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra.)


* neologismo criado pelo autor, por meio da junção de “entre” + “entender”


A locução verbal vá tecendo e os gerúndios subsequentes encorpando, erguendo, entretendendo indicam uma ação durativa que

Alternativas
Comentários
  • B

    Se realiza de maneira progressiva.

  • GABARITO: LETRA B

    se vá tecendo, entre todos os galos. E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo* para todos...

    → temos o gerúndio sendo usado, marcando ações que estão em andamento e ocorrem progressivamente.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻


ID
1610167
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O que diria e o que faria Mandela?

 O mundo acompanha o drama humanitário e os dilemas europeus sobre acolher e/ou conter migrantes que tentam atravessar o Mediterrâneo da África do Norte para a Europa. São desastres constantes nas embarcações com seus passageiros, nas transações encetadas por traficantes do desespero e da esperança. No último fim-de-semana foi o naufrágio de um barco pesqueiro na costa líbia que deixou centenas de mortos. No entanto, outro drama humanitário se desenrola no sul da África, com a violência e a xenofobia dos últimos dias justamente na nação arco-íris que Nelson Mandela se propôs a construir no lugar do apartheid há pouco mais de 20 anos. [...] 

      A mais recente onda de violência mistura xenofobia e mera criminalidade em um país em crescente crise econômica, taxa de desemprego de 24%, chefiado pelo desacreditado presidente Jacob Zuma e marcado pela percepção, especialmente em comunidades pobres, de que estrangeiros estão roubando os empregos. No entanto, o catalisador da violência (xenofobia) se diluiu em meio à escalada, pois muitos dos mortos e donos de negócios saqueados eram sul-africanos.

Nelson Mandela nunca teve sucessores à altura e sempre se soube que seria uma tarefa descomunal construir uma nação arco-íris. O desafio se tornou mais ingrato e o arco-íris está ainda mais distante no horizonte.

(Caio Blinder, 21/04/2015.Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/africa-do-sul/o-que-diria-mandela/. Adaptado.)

Em “A mais recente onda de violência mistura xenofobia e mera criminalidade em um país em crescente crise econômica, taxa de desemprego de 24%, chefiado pelo desacreditado presidente Jacob Zuma e marcado pela percepção, especialmente em comunidades pobres, de que estrangeiros estão roubando os empregos". A proposta de substituição do segmento do texto em que há adequação quanto ao tempo verbal empregado na(s) forma(s) em destaque é

Alternativas
Comentários
  • Ambas estão no futuro do pretérito... Misturaria e estariam roubando... 


ID
1661899
Banca
AOCP
Órgão
TRE-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e responda a questão que se segue. 

Exemplo de cidadania: eleitores acima de 70 anos fazem questão de votar Eleitores com mais de 70 anos foram, espontaneamente, às urnas para ajudar a escolher seus representantes 

Luh Coelho

    Exemplo de cidadania é o caso de pessoas como o aposentado Irineu Montanaro, de 75 anos. Ele diz que vota desde os 18, quando ainda era jovem e morava em Minas Gerais, sua terra natal, e que, mesmo sem a obrigatoriedade do voto, vai até as urnas em todas as eleições. “É uma maneira de expressar a vontade que a gente tem. Acho que um voto pode fazer a diferença”, diz. 
    Eles questionam a falta de propostas específicas de todos os candidatos para pessoas da terceira idade e acreditam que um voto consciente agora pode influenciar futuramente na vida de seus filhos e netos.
    O idoso afirma que sempre incentivou sua família a votar. E o maior exemplo vinha de dentro da própria casa. Mesmo que nenhum de seus familiares tenha se aventurado na vida política, todos de sua prole veem na vida pública uma forma de mudar os rumos do país. 

Fonte: http://www.vilhenanoticias.com.br/materias/news popljp. php?id"16273. Texto adaptado. 

Em “ Eles questionam a falta de propostas específicas de todos os candidatos para pessoas da terceira idade e acreditam que um voto consciente agora pode influenciar futuramente na vida de seus filhos e netos",

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    Quem acreditam? ELES

  • A) O verbo questionam está no presente do INDICATIVO   (ERRADO)

     

    B) O verbo pode influenciar está no tempo PRESENTE DO INDICATIVO (ERRADO)

     

    C) Acreditam tempo presente do indicativo (CORRETO)

     

    D) "Todos os candidatos" NÃO faz referência nenhuma, apenas caracteriza propostas específicas, não há uma relação com verbo, nem com sujeito. (ERRADO)

     

    E) "Propostas específicas"  é apenas uma locução adjetiva, e locução adjetiva não precisa concordar com o sujeito. (ERRADO)

     

    Bons estudos!

  • c)

    o verbo “acreditam ", que está conjugado no tempo presente do indicativo, está no plural por concordar com o sujeito “Eles".

  • indicativo indica uma ação futura...

    faça uma pergunta ao verbo,no que "eles acreditam".

  • HELP!

    Fiquei confusa com o comentário da Camila na opçao E, pois locução adjetiva é formada por uma preposição + um substantivo = expressão que equivale a um adjetivo.

    Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).

  • a) Presente do indicativo

    b) Presente do indicativo

    c) CORRETO

    d) Propostas específicas é adjunto adnominal

    e) Adjunto adnominal não interfere na concordância do núcleo.

  • GABARITO C

    Presente do Indicativo: Expressa um fato atual.

    Eu cant-o

    Tu cant-as

    Ele cant-a

    Nós cant-amos

    Vós cant-ais

    Eles cant-am

  • c-

    Eles questionam e acreditam. Alem de concordar com o sujeito, tambem mantém o paralelismo com tempo e modo de 'questionam'

  • Letra A – ERRADA – A forma “questionam” está flexionada no presente do indicativo.

    Letra B – ERRADA – A forma “pode” está flexionada no presente do indicativo.

    Letra C – CERTA

    Letra D – ERRADA – O princípio de concordância não se aplica a nome e adjunto adnominal.

    Letra E – ERRADA - O princípio de concordância não se aplica a nome e complemento nominal.

    Resposta: C

  • "FALTA (SUBSTANTIVO ABSTRATO) DE PROPOSTAS ESPECÍFICAS" - NÃO É ADJUNTO, MAS SIM COMPLEMENTO NOMINAL!!!

    PASSIVA - "PROPOSTAS ESPECÍFICAS ESTÃO FALTANDO."


ID
1712881
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o fragmento a seguir e responder à questão.
VÍTIMAS DA DEPENDÊNCIA DIGITAL
Com a explosão dos smartphones, cerca de 10% dos brasileiros já são viciados digitais. A medicina aprofunda o estudo do transtorno e anuncia o surgimento de novas opções de tratamento, como a primeira clínica de reabilitação especializada.
Monique Oliveira
Eu literalmente não sabia o que fazer comigo”, disse um estudante do Reino Unido. “Fiquei me coçando como um viciado porque não podia usar o celular”, contou um americano. “Me senti morto”, desabafou um jovem da Argentina. Esses são alguns dos relatos entre os mil que foram colhidos por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Eles queriam saber o que sentiam jovens espalhados por dez países, nos cinco continentes, depois de passarem 24 horas longe do computador, dos smartphones e dos tablets. As descrições, como se viu, são assombrosas. E representam exatamente como sofrem os portadores de um transtorno preocupante que tem avançado pelo mundo: o IAD (Internet Addiction Disorder), sigla em inglês para distúrbio da dependência em internet. Na verdade, o que os entrevistados manifestaram são sintomas de abstinência, no mesmo grau dos apresentados por quem é dependente de drogas ou de jogo, por exemplo, quando privado do objeto de sua compulsão.
(Revista Isto É, p.67, nº 2289, 02/10/2013, fragmento)

Observe os períodos retirados do texto. 
““Fiquei me coçando como um viciado porque não podia usar o celular", contou um americano."
Esses são alguns dos relatos entre os mil que foram colhidos por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos."
Eles queriam saber o que sentiam jovens espalhados por dez países, nos cinco continentes, depois de passarem 24 horas longe do computador, dos smartphones e dos tablets."
Assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gab: Letra A - "Esses" se refere a algo longe do falante e PRÓXIMO do ouvinte


  • item A refere-se a "aqueles"...

  • Pode mandar anular essa questão: Verbo no gerúndio , o pronome só fica antes do verbo se tiver preposição. Ex: Em se tratando de gramática .... Não tendo , fica depois :O garoto saiu desculpando-se. 

  • Em relação a questão espacial, o pronome demonstrativo "esse" indica algo que está perto da pessoa com quem fala (ouvinte). Logo, essa questão não está formulada corretamente.

  • André Onofre, nas locuções verbais com infinitivo ou gerúndio, o pronome tanto poderá aparecer antes como depois da locução:

    Com palavra atrativa: Eu não o estou ajudando./Eu não estou ajudando-o.

    Sem palavra atrativa: Eu o estou ajudando./ Eu estou-o ajudando./ Eu estou ajudando-o. (Nesse caso, também pode ocorrer enclise no auxiliar)

  • Só não pode ênclise na locução verbal quando o verbo estiver no particípio.


  • Esse= perto do objeto
    Este= longe do objeto

  • Questão passível de anulação.

    Fiquei me coçando... está errado!  (É forma coloquial de pronúncia)

    Nessa locução verbal, os corretos seriam:

    Fiquei-me coçando... 

    ou 

    Fiquei coçando-me...

    Referência: Prof. Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa, 37ª edição.

  • Em locuções verbais em que o verbo principal está no particípio ou no gerúndio, faz-se a ênclise com o verbo principal ou faz-se a próclise ou a ênclise com o verbo auxiliar observando se há algum impeditivo para a próclise. Na opção D é colocado:

    "No primeiro período, podemos afirmar que, de acordo com a regra da colocação pronominal, na locução verbal “Fiquei me coçando", se o verbo principal estiver no gerúndio ou no infinitivo, o pronome fica antes ou depois do verbo principal."

    Errado! A construção permite apenas ênclise ou próclise em relação ao verbo auxiliar!

  • Gab: A.


    Esse, essa, isso - refere-se à pessoa ou objeto que esteja um pouco afastado da pessoa que fala ou próximo de quem ouve;
    .

    Fonte: http://www.portugues.com.br/gramatica/este-esse-aquele--que-forma-emprega-los-.html

  • Tem algo de errado nessa questão...QConcurso favor verificar se não foi cancelada ou colocar vídeo explicando.

  • O enunciado da questão pede para marcar a questão INCORRETA. Logo é a letra "A", pois o pronome demonstrativo "esse" se refere a pessoa ou objeto que está próximo do ouvinte.

    Abraços.
  • Que absurdo! A letra D também está errada

  • Item D:

    Nas locuções verbais em que o verbo principal(é o último verbo) estiver no infinitivo ou gerúndio:

    -> Com palavra atrativa coloca-se o pronome no início ou no final da locução verbal;

    -> Sem palavra atrativa coloca-se o pronome no meio ou no final da locução verbal.

    Observação: O item está correto, pois como não existe palavra atrativa podemos colocar o pronome no meio da locação verbal (antes no verbo principal) ou depois da locução (depois do verbo principal).

    Fernando Pestana - A Gramática para Concursos Públicos 2ª Edição, página 293.


  • acho que aí esta o erro da alternativa "d" Ximenes. Faltou dizer que só pode colocar no meio ou no final da frase se não tiver a palavra atrativa. Considerando o que a frase diz, sempre  que o verbo principal estiver no gerúndio ou no infinitivo, o pronome fica antes ou depois do verbo principal. Talvez seja isso. 

  • gab: a 
    Longe do Falante, sim. Mas longe do ouvindo, não.

    Se fosse longe do falante E do ouvinte usaríamos: aquele (s), aquela (s), aquilo.

    -----------------------------

    Com relação a letra d, ela está correta pois com relação à colocação de pronomes oblíquos átonos SÓ É PROIBIDO:


     - iniciar oração com oblíquo átono;

    - colocá-los após verbos no futuro e particípio.


    Logo, "se o verbo principal estiver no gerúndio ou no infinitivo, o pronome fica antes ou depois do verbo principal.", isto é permitido.

  • Emissor= Este

    Receptor= Esse

    Longe do falante e do ouvinte= Aquele

    Gabarito letra "A"

  • Ninguém explicou corretamente o erro da letra A, pois o pronome demonstrativo "esses" não está se referindo ao meio espacial (perto, próximo ou distante do ouvinte/falante), está se referindo a citação, portanto, "esses" é anafórico, pois está se referindo a algo que foi dito, que no caso do texto foram os três relatos ditos anteriormente: “Eu literalmente não sabia o que fazer comigo”, disse um estudante do Reino Unido. “Fiquei me coçando como um viciado porque não podia usar o celular”, contou um americano. “Me senti morto”, desabafou um jovem da Argentina.

  • Stefania Ribeiro , 

    Cuidado com a generalização . 

    Este é usado quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala ou no tempo presente em relação à pessoa que fala. 

    Esse é usado quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala ou no tempo passado ou futuro em relação à pessoa que fala.

     

    Consegue perceber ?

     

  • Gosto das explicações do professor mas em diversas questões ele não explica todas as alternativas acho isso indispensável para melhor entendimento do conteúdo. 

  • quem nao gostou do comentario pode  clicar em nao gostei e explicar o porque.ai eles fazem outro comentario

  • Questão Detalhista

    (a) O termo “Esses" é um pronome demonstrativo que faz referência a seres que se encontram longe do falante e do ouvinte.

    O erro esta aqui !

    Esses é um pronome que se refere a algo que está longe de quem fala, mas perto do ouvinte. Na alternativa fala-se que está longe dos dois...

  • ótimo comentário Willian!

    Questão Detalhista

    (a) O termo “Esses" é um pronome demonstrativo que faz referência a seres que se encontram longe do falante e do ouvinte.

    O erro esta aqui !

    Esses é um pronome que se refere a algo que está longe de quem fala, mas perto do ouvinte. Na alternativa fala-se que está longe dos dois...

  • Regras de utilização dos pronomes demonstrativos

    Este, esta, estes, estas, isto, neste, nesta, nestes, nestas, deste, desta, destes, destas:
    Usados quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala ou no tempo presente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que vai ser mencionado no discurso.

    Exemplos:

    Esta caneta aqui é minha.

    Este é o ano do meu casamento.

    Isto que está acontecendo é horrível!

    Isto será explicado mais à frente.

    Neste momento não tenho para nada para fazer.

    Venha aqui e coloque tudo dentro deste recipiente.

    Esse, essa, esses, essas, isso, nesse, nessa, nesses, nessas, desse, dessa, desses, dessas:
    Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala ou num tempo passado recente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que foi mencionado no discurso.

    Exemplos:

    Essa caneta aí é sua.

    Esse foi ser o ano em que fui mãe.

    Isso que aconteceu foi horrível!

    Isso foi explicado na aula passada.

    Nesse dia eu estava nervosa porque tinha visto um acidente.

    Antes de se ir embora, coloque tudo dentro desse recipiente que está perto de você.

    Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, naquele, naquela, naqueles, naquelas, daquele, daquela, daqueles, daquelas:
    Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e da pessoa a quem se fala. Também se usa para referir um passado distante ou para referir algo que foi mencionado com uma grande distância no discurso.

    Exemplos:

    Aquela caneta ali é dele.

    Aquele foi o melhor ano da minha infância.

    Aquilo foi o melhor de tudo.

    Ela partiu a perna naquele fim de semana que fomos passear ao campo.

    Este livro é daquele menino da 6ª série. Você sabe quem ele é?

    Fonte: https://www.normaculta.com.br/pronomes-demonstrativos/ 

  • Contextual (está no contexto)

    ESSE > tempo em espaço do outro

    ESTE > tempo em espaço de quem fala

    Textual (dentro do texto)

    Anáfora > ESSE (referência ao texto que já mencionei)

    Catáfora > ESTE (referência a aquilo que ainda vou mencionar)

  • Emprega-se " esse, essa, isso e variações" quando o referente se encontra próximo, perto de quem fala.

    letra : A

     

  • Percebo q tem gente q não entendeu direito a coisa; o ESSES não tem nada a ver, no caso em tela, com o fato de estar longe ou perto do falante e/ou do ouvinte; o ESSES tem função anafórica, pois os relatos (ou um deles) já foram mencionados, portanto está retomando uma informação já mencionada no texto.

  • Fiquei me coçando como um viciado porque não podia usar o celular", contou um americano.

    Esses são alguns dos relatos entre os mil que foram colhidos por pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

    Eles queriam saber o que sentiam jovens espalhados por dez países, nos cinco continentes, depois de passarem 24 horas longe do computador, dos smartphones e dos tablets.

    O termo “Esses" é um pronome demonstrativo anafórico que faz referência a informações já mencionadas no texto.

    Pronomes demonstrativos podem estar associados à localização do referente no quesito:

    1. Espacial:

    "esse" está próximo do ser que fala;

    "este" está com o ser que fala;

    "aquele" está longe do ser que fala..

    2. Temporal:

    "esse" está relacionado ao passado/futuro;

    "este" ao presente;

    "aquele" ao passado distante.

    3. Textual:

    "esse" retoma;

    "este" antecipa.

    Eu é um pronome do caso reto e está na primeira pessoa do singular.

    O pronome “Eles" pode ser classificado como pronome substantivo, pois representa (substitui) o substantivo pesquisadores no período anterior do texto.

    No primeiro período, podemos afirmar que, de acordo com a regra da colocação pronominal, na locução verbal “Fiquei me coçando", se o verbo principal estiver no gerúndio ou no infinitivo, o pronome fica antes ou depois do verbo principal.


ID
1725040
Banca
IBFC
Órgão
MPE-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que completa a lacuna.

Ao acordar na madrugada, percebi que ela ainda não __________.

Alternativas
Comentários
  • A construção "tinha chegado" equivale a "chegará" ( pretérito mas-que-perfeito). Nesse tempo o entendimento é uma ação passada anterior a outra no passado. Então na questão ela percebeu que alguém  ( talvez a filha) não havia chegado antes mesmo de acorda? Já fica estranho só com isso , também na questão fica evidente que ela primeiro acordou e depois percebeu que "ela" ainda não chegou, pois no trecho : "Ao acordar" isso fica claro.... Sinceramente não entendi. 

  • Vinicius, veja:O verbo acordar está no infinitivo. O verbo percebi está no pretérito perfeito, e se refere a "eu". O verbo auxilar "ter"e "chegar" formou Tempo Composto, que é formado pelo verbo ter ou haver + particípio. Logo, para formar o Pretérito Mais que Perfeito, é usado o pretérito imperfeito ( verbo ter é tinha) + particípio ( verbo chegar é chegado).   Sendo substituído pelo Pretérito imperfeito Chegara. Percebi que ela ainda não chegara = Percebi que ela ainda não tinha chegado.

     a ) o verbo está no pretérito subjuntivo

    b) gabarito.Ter 

    c)( Pret. Imperf) + Pres. Ind.

    d) Pret. Perfeito do Ind.


  • verbo ter ou haver + particípio


  • https://www.conjugacao.com.br/verbo-chegar/

    Olha o mais que perfeito.

  • TER / HAVER > Particípio Regular

    SER / ESTAR > Particípio Irregular


ID
1741381
Banca
IESES
Órgão
IFC-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

A arte pós-moderna vai se diferenciar dos movimentos do alto modernismo, por preferir formas lúdicas, disjuntivas, ecléticas e fragmentadas. A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário da pós-modernidade, não se estruturando mais na paródia (o escárnio do passado), mas no pastiche (a apropriação do passado). A única possibilidade, já que tudo já foi feito, é combinar, mesclar, re-apropriar [sic]. [...]

A arte eletrônica vai constituir-se numa nova "forma simbólica", através da qual os artistas utilizam as novas tecnologias numa postura ao mesmo tempo crítica e lúdica, com o intuito de multiplicar suas possibilidades estéticas. Essa nova forma simbólica vai explorar a numerização (trabalhando indiferentemente texto, sons, imagens fixas e em movimento), a spectralidade (a imagem é auto-referente [sic], não dependendo de um objeto real, e sim de um modelo), o ciberespaço (o espaço eletrônico), a instantaneidade (o tempo real) e a interatividade [...].

(LEMOS, André. Fragmento extraído de: Arte eletrônica e cibercultura. Disponível em: http://www.blogacesso.com.br/?p=102 Acesso em 15 abr 2015). André Lemos é professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Para saber mais sobre o objeto de estudo de André Lemos, acesse o site www.andrelemos.info

Sobre os recursos de construção do texto I, leia com atenção as assertivas a seguir. Em seguida assinale a alternativa que contenha a análise correta das mesmas.

I. “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia." Nesse período, podemos afirmar corretamente que uma palavra foi acentuada por apresentar hiato, uma foi acentuada por ser proparoxítona e duas receberam acentos por serem paroxítonas terminadas em ditongo.

II. Ainda em: “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia", o pronome “se" aí empregado também poderia aparecer na forma enclítica, sem que com isso se alterasse a correção do período, pois o verbo no gerúndio permite a ênclise.

III. O verbo “ir" é utilizado em mais de uma ocorrência no texto como verbo auxiliar, constituindo perífrase de futuro do presente. Esse tempo verbal é adequado à proposição do autor do texto, que faz referência a eventos vindouros.

IV. “A arte eletrônica vai se constituir numa nova forma simbólica." A locução verbal presente nesse período poderia ser substituída pelo verbo na forma sintética, resultando, corretamente, na reescrita a seguir: A arte eletrônica constituirá-se numa nova forma simbólica. 

Alternativas
Comentários
  •  As assertivas I e III estão corretas, apenas!

  • letra C

    Uma observação com relação ao I.

    ai (nome masculino) ai

    aí (advérbio) a·í  - Hiato 

    ai (interjeição) ai

  • ITEM IV - A arte eletrônica constituirá-se numa nova forma simbólica.

    CORRETO SERIA: constituir-se-á.

    Mesóclise obrigatória.


  • Questão grande, mas conseguimos matá-la sabendo somente a assertiva A sobre acentuação, pois, nas opções só existe apenas uma com a opção I. 


  • Fui pego por esse"aí", achei que era monossílaba.

  • Item passivel de anulação, o Item II esta correto! Verbos no infinitivo e gerundio podem ser usados de forma enclitica mesmo com a presença de palavras atrativas. Não prejudicaria correção do texto

  • galera podem explicar a letra c)

  • Karina Batista, Segundo o 'Pest' a ênclise com verbo no gerúndio só é admitida quando não há palavras atrativas. "não se estruturando", palavra negativa 'não' exige próclise.

  • Fazendo uma pesquisa rápida, podemos ver que vários dicionários classificam a palavra paródia como quadrissílaba e, portanto, proparóxitona. O que tornaria o ítem valorado como falso. Vejo que a questão induz o candidato a erro, neste ponto. Alguém saberia explicar melhor? 

  • Mariana Tenório, "paródia" é paroxítona. Basta fazer a separação das sílabas. Espero ter ajudado.

  • Aprendi no ensino primário que o encontro de duas  vogais é o ditongo, tritongo: três vogais e hiato: acima de tr^ três vogais. O "aí" que me fez marcar uma outra  alternativa. Mas... Aprendi o correto agora.

  • todas repetidas.

  • Gabarito C

    Bastava saber as regras de acentuação, pois a única que tem o item I é a alternativa C.

    a-í

    Quantas sílabas tem aí? 2 sílabas

    É uma palavra aguda ou também chamado oxítona (acento tônico na última sílaba).

     a-í. A vogal acentuada 'í' sempre à sílaba tônica da palavra.


ID
1745950
Banca
SIGMA ASSESSORIA
Órgão
Prefeitura de Iracemápolis - SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Ouvira Major Alberto dizer...” A form a ouvira pode ser substituída pela equivalente:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: letra D


    Pretérito-Mais-Que-Perfeito: expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.

    Por exemplo:

    Ele já tinha estudado / Tinha ouvido Major Alberto

    Ele já estudara / Ouvira Major Alberto 


  • Pretérito mais-que-perfeito ----------------> Tem como equivalente Pretérito Imperfeito - tanto no modo Indicativo, quanto no modo subjuntivo.

  • Letra B- Ouvisse-Imperfeito do subjuntivo

  • Tinha ouvido = locução verbal, forma composta do verbo ouvira no pretérito mais que perfeito.

     

    Alternativa D

  • Fiquei na duvida quanto a essa questão: Va IA NHA ( Preterito imperfeito do indicativo) = gerundio.

    Fiz por eliminação: A) teRIA ouvido (Futuro do preterito mais participio)

    B) ouviSSE (Preterito do subjeuntivo)

    C) terRÁ ouvido; (Futuro do presente mais participio)

    D) Alternativa que sobrou.

  • Tempos Compostos: São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter haver e como principal, qualquer verbo no particípio

    "tinha ouvido"

  • Pretérito-mais-que-perfeito > Terminação -RA) ou Tinha + verbo

  • Ouviram do Ipiranga as margens plácidas. De um povo heroico o brado retumbante.

    Lembrei do hino e fui substituindo, pra ver qual varia mais sentido


ID
1762372
Banca
NUCEPE
Órgão
SEDUC-PI
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O TRABALHO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO

   Compreender a relação indissociável entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura significa compreender o trabalho como princípio educativo, o que não significa “aprender fazendo”, nem é sinônimo de formar para o exercício do trabalho. Considerar o trabalho como princípio educativo equivale dizer que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isso, se apropria dela e pode transformá-la. Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. Em síntese, o trabalho é a primeira mediação entre o homem e a realidade material e social.
   O trabalho também se constitui como prática econômica, obviamente porque nós garantimos nossa existência, produzindo riquezas e satisfazendo necessidades. Na sociedade moderna a relação econômica vai se tornando fundamento da profissionalização. Mas sob a perspectiva da integração entre
trabalho, ciência e cultura, a profissionalização se opõe à simples formação para o mercado de trabalho. Antes, ela incorpora valores ético-políticos e conteúdos históricos e científicos que caracterizam a práxis humana.
   Portanto, formar profissionalmente não é preparar exclusivamente para o exercício do trabalho, mas é proporcionar a compreensão das dinâmicas sócio-produtivas das sociedades modernas, com as suas conquistas e os seus reveses, e também habilitar as pessoas para o exercício autônomo e crítico de profissões, sem nunca se esgotar a elas.
(DOCUMENTO BASE Brasília/2007. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO.
http://portal.mec.gov.br/. Acesso em 8.11.2015)

A opção em cujo trecho a forma ou locução verbal destacada agrega sentido de ações em processo ou em andamento é

Alternativas
Comentários
  • A forma verbal GERÚNDIO sempre vai dar a ideia de "andamento" Exemplo: Fazendo, correndo, andando, dizendo, comprando....


    gabarito(c)

  • O Gerúndio


    Além de atuar como verbo nas locuções verbais, em tempos compostos e nas orações reduzidas, o gerúndio (verbo terminado em -ndo) pode desempenhar as funções de advérbio e de adjetivo. Como verbo, indica normalmente um processo incompleto, prolongado, durativo: Estava lendo o livro que você me emprestou. (locução verbal)
    Ando lutando para mudar minha vida financeira. (locução verbal)
    Tendo feito várias reclamações por escrito que não foram atendidas, resolvi vir pessoalmente aqui. (locução verbal de tempo composto)
    Obtendo a nota exigida na prova, resignou-se. (oração reduzida)
    Conheça alguns empregos do gerúndio:
    Esta forma nominal pode e deve ser usada para expressar a) uma ação em curso, b) uma ação anterior, c) posterior ou d) simultânea a outra. Veja os respectivos exemplos:
    Agora ele está estudando.
    Deixando a namorada em casa, voltou para a boemia. / Em se plantando, tudo dá.
    O balão subiu rapidamente,desaparecendo no ar.
    O jogador pulou cabeceando a bola.
    Combinado com os auxiliares estar, andar, ir, vir, o gerúndio marca uma ação durativa, com aspectos diferenciados:O verbo estar seguido de gerúndio indica uma ação durativa num momento rigoroso: O mundo está mudando.
    O verbo andar seguido de gerúndio indica uma ação durativa em que predomina a ideia de movimento reiterado: Andei buscando uma pessoa melhor para mim.
    O verbo ir seguido de gerúndio expressa uma ação durativa que se realiza progressivamente ou por etapas sucessivas: O sol vai raiando, vai subindo, potente como ele só.
    O verbo vir, seguido de gerúndio expressa uma ação durativa que se desenvolve gradualmente em direção à época ou ao lugar em que nos encontramos: “Não se explica como tal expressão vem sendo usada no Brasil.”.

    A Gramática para Concursos Públicos, Pestana. 2015.

  • Letra C

    É a única alternativa que apresenta locução verbal.

  • O gerúndio pode expressar uma ação em curso, ação anterior, posterior ou simultânea a outra e se combinados com os auxiliares estar,andar,ir,vir marca uma ação durativa.


ID
1774153
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é referência para a questão.

    Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí", “até" e “ir" ora denotam espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário.
    Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o verbo “ir". O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) do verbo “ir" é de deslocamento: “alguém vai de A a B" quer dizer que alguém se desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço.
    Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço.
    Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo.
POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias>. Acesso em 23 mai. 2014.

O verbo “ir" tem, ainda, outro uso corrente não contemplado no texto: pode ser uma partícula unicamente gramatical responsável por marcar o tempo futuro do verbo principal da oração. Assinale a alternativa representativa desse uso. 

Alternativas
Comentários
  • O verbo “ir" tem, ainda, outro uso corrente não contemplado no texto: pode ser uma partícula unicamente gramatical responsável por marcar o tempo futuro do verbo principal da oração. Assinale a alternativa representativa desse uso. 


     c) Já noticiaram: o técnico vai divulgar (divulgará) o nome dos jogadores convocados nesta semana.

  • going to

  • Locução verbal : vai divulgar

    Verbo auxiliar ''vai'' responsável por marcar o tempo futuro


ID
1774825
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    A língua que somos, a língua que podemos ser

                                             (Eliane Brum)

      A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"? 

      Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

      Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse: 

       — A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

       — O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...] 

        Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

       Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...] 

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

Considere a passagem “A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização". É correto dizer que:

Alternativas
Comentários
  •   " TER ou HAVER + PARTICÍPIO = FORMA COMPOSTA"

    Alguém poderia explicar a assertiva B ? Não encontrei erro nela.


    Obrigada,

  • Não é particípio composto , e sim tempo composto.A locução verbal é Pretérito Perfeito Composto  do Indicativo

  • a) E. Voz passiva.
    b) E. "Tem sido" é tempo composto e não "particípio composto".

    c) C. Alteraria tudo na frase e ainda a tornaria gramaticalmente incorreta.

    d) E. Há clara relação semântica com a palavra "sujeito". Ambas pertecem ao mesmo campo lexical.

    e) E. Trata-se de complemento nominal do adjetivo "sujeita", não de agente da passiva.


  • mudaria a regência? Mesmo achando a mais correta, percebi que tanto sujeita como sujeito pedirão a  preposição a. Confere?

  • Mesma dúvida do Rodrigo Trevisan...

  • Pelo que entendi mudaria para:
    A África tem sido sujeito de sucessivos processos de essencialização

  • Indicada para comentário(prof, QC)

  • GABARITO = C

     

    Considere a passagem “A África tem (AUXILIAR VERBAL) sido (AUXILIAR NA FORMA PARTICIPIAL) sujeita ( VERBO PRINCIPAL NO PARTICÍPIO) a sucessivos processos de essencialização" (OBJETO INDIRETO) = TEMPO COMPOSTO NA FORMA ANALÍTICA. É correto dizer que:

    A-)há aí uma locução verbal de três verbos, regida por sujeito agente. (NA TRANSPOSIÇÃO DA VOZ ATIVA PARA A VOZ PASSIVA, O OBJETO DIRETO DA VOZ ATIVA SE TRANSFORMA NO SUJEITO DA VOZ PASSIVA E O SUJEITO DA VOZ ATIVA, SE TRANSFORMA NO AGENTE DA PASSIVA. NO CASO DESTA QUESTÃO HAVIA OBJETO INDIRETO NA VOZ ATIVA QUE DEVE SER MANTIDO NA VOZ PASSIVA. CONCLUSÃO: A ALTERNATIVA AFIRMA SER REGIDA POR SUJEITO AGENTE QUANDO NA VERDADE O SUJEITO É PACIENTE DA AÇÃO VERBAL)
    - OBS: A LOCUÇÃO VERBAL TEM 3 VERBOS, 2 AUXILIARES E 1 PRINCIPAL (OBS:UMA LOCUÇÃO PODE TER VÁRIOS AUXILIARES, MAS SÓ UM PRINCIPAL).

    B-)a forma verbal TEM SIDO (É PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO. ESTA FORMA APRESENTA O VERBO AUXILIAR NO PRESENTE) corresponde a um particípio composto.

    C-)a mudança de SUJEITA para SUJEITO alteraria a sintaxe, a semântica e a rede de regência. ALTERNATIVA CORRETA.

    D-)a forma SUJEITA não mantém relação semântico-lexical alguma com a palavra SUJEITO. MANTÉM SIM, POIS AMBAS AS PALAVRAS TEM SENTIDO DE SUJEIÇÃO)

    E-)o termo após a preposição A pode ser considerado um agente da passiva introduzido por preposição atípica. NÃO PODE! CONFORME EXPLICADO NA ALTERNATIVA A, É UM OBJETO INDIRETO.

     

    JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA C COMO CORRETA
    - Abaixo segue a citação reescrita com a modificação de sujeita por sujeito!
    - "A África tem sido sujeito a sucessivos processos de essencialização" --> Agora esta oração está na voz ativa; "sujeito" é predicativo do sujeito e a preposição introduz um Complemento Nominal.

  • Mano do céu, esse Arenildo me cansa em um grau imensurável! 

    Não entendi bulhufas da explicação dele. 

    Eu marquei a C pois entendi que o A Africa é substantivo feminino que concorda com sujeita. (exemplo: A menina tem sido mal vista pelos colegas) Eu fiz essa correlação, mas depois de tudo que ele disse estou na duvida se não acertei na sorte!

    Se alguém puder me dar uma luz agradeço!

     

     

  • A voz as vezes cansa e enfada!

  • não consegui desmontar essa frase

    Se como disse o professor há objeto indireto, como pode ter havido transposição para a voz passiva?

    Essa explicação do video, colocando objeto indireto na jogada bagunçou tudo, especialmente pois não consigo ver um VTDI nessa questão.

    Mormente em relaçao a letra "e", Nao consigo compreender conforme falado no comentário mais votado como sendo o termo apos a preposiçao A um complemente nominal, pois o termo "sujeita", pra mim, é forma verbal que integra como verbo principal a locução verbal; nao seria um adjetivo conforme colega dnsse. Vejo o termo " sucessivos processos de essencialização " como agente da passiva mesmo.

     

    Encontrei essa passagem que justifica ainda mais a letra "e" como sendo o agente da passiva e nao objeto indireto como disse o professor, se é objeto indireto e a voz é passiva analitiva, onde esta o agente da passiva?

    'O termo é mais comumente introduzido pela preposição “por” e suas variantes, tais como “pelo”, “pela”, “pelos” e “pelas”. No entanto, podemos encontrar o agente da passiva introduzido pelas preposições “de” ou “a”. (https://www.estudopratico.com.br/agente-da-passiva/)

     

    Alguém conseguiria esmiuçar melhor esta questão.


ID
1774834
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    A língua que somos, a língua que podemos ser

                                             (Eliane Brum)

      A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"? 

      Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

      Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse: 

       — A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

       — O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...] 

        Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

       Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...] 

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

No último período do texto, identifica-se:

Alternativas
Comentários
  • Na minha opinião seria a letra "D", pois existe sim pelo menos uma locução verbal no período citado pelo enunciado. Fiquei com dúvidas! :/


  • "Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si. "


    Alguém sabe o porquê de não ser gabarito letra D ?

  • A palavra "preciso", neste caso, não está empregada como verbo, por isso que não forma a locução verbal.

  • Segundo PESTANA, 2013

    1) Silepse de Número

    Usa-se um vocábulo em número diferente da palavra a que se refere para concordar com o sentido que ela tem.

    Flor tem vida muito curta, logo murcham.

    – Toda aquela multidão veementemente se insurgiu contra o governo. Estavam sedentos por justiça.

    Na questão:

    Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si. 

    Referindo-se à : gente que está no poder


    Acho que é isso, se alguém puder confirmar

  • O que é Silepse?

  • Lidia, Silepse é concordância ideológica, ou seja, deve concordar com algo que não foi escrito (que está oculto) na sentença. Temos silepse de gênero, número e pessoa. 

  • A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.

    Silepse de Gênero

    Os gêneros são masculino feminino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se faz com aideia que o termo comporta. Exemplos:

    1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso.
    Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de Porto Velho).

    2) Vossa excelência está preocupado.
    Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa excelência.

    Silepse de Número

    Os números são singular plural. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos:

    procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.
    Como vai a turmaEstão bem?
    povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.

    Note que nos exemplos acima, os verbos andaramestão gritavam não concordam gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissãoturma povo, respectivamente), mas com a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.

    Silepse de Pessoa

    Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito
    Exemplos:

    O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.
    Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
    "Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de Assis)

    Observe que os verbos persistamostemos e somos não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasileirosagricultores e cariocas que estão na terceira pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).

  • Acertei, mas o comentário do colega Marcelo elucidou ainda mais a questão.

  • Na letra d) Se pararmos para analisar o trecho no qual há uma possível locução verbal poderemos ver que não se trata de locução:

    "...nem mesmo percebem que é preciso conhecer..."

    Separando essa Oração Subordinada Ob. Direta da Principal e da conjução integrante:

    ...é preciso conhecer... Perguntando ao verbo: O que é preciso? Isso é preciso. Conhecer é Or. Sub. Subst. Sujetiva Reduzida de Infinitivo.

  • Marquei D.
    A questão diz q é a análise do último período, então a B não pode ser a resposta. Não?
    Já não sei mais nada kkkk

  • LEGAL!!!

  • HOORRRRÍÍÍÍÍVVVVEEEEEELLLLLLL

  • A questão menciona o ÚLTIMO PERÍODO. No entanto, deveria mencionar o ÚLTIMO PARÁGRAFO.
    Analisando o ÚLTIMO PARÁGRAFO percebemos então a silepse.
    Vejam:

    Outra parte, que também inclui GENTE que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não CONHECEM e, pior que isso, nem mesmo PERCEBEM que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já CONSTRUÍRAM dentro de si. 

    Na silepse (concordância ideológica) a estrutura GENTE CONHECE / GENTE PERCEBE / GENTE CONTRÓI (3ªp Singular) é feita na 3ª p Plural.
     

  • período ou parágrafo?

  •  "Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, "Outra parte," finge que os indígenas não existem. "Outra parte," finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, "outra parte," nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si. 

    [...] " Acredito que o termo que está em silepse e com o qual as três oração concordam em gênero, número e pessoa é "outra parte".

  • Como (Eles) não conhecem e, pior que isso, (Eles) nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que (Eles) já construíram dentro de si.

  • A palavra preciso é o predicativo do sujeito conhecer.

    É preciso conhecer ---> Conhecer é preciso.

    v.l p.s sujeito

  • Conhecem, percebem, e construíram indicam as três ocorrências de silpese, porquanto o verbo não está concordando em número com o sujeito "uma outra parte...", que se encontra no singular.

    Rumo à PMSC 2019

  • Galera, há oito semanas, comecei utilizar os MAPAS MENTAIS PARA CARREIRAS POLICIAIS, e o resultado está sendo imediato, pois nosso cérebro tem mais facilidade em associar padrões, figuras e cores.

    Estou mais organizado e compreendendo grandes quantidades de informações;

    Retendo pelo menos 85% de tudo que estudo;

    E realmente aumentou minha capacidade de memorização e concentração;

     Obs.: Alguns mapas mentais estão gratuitos o que já permite entender essa metodologia.

    Super método de aprovação para carreiras policiais, instagram: @veia.policial

    “FAÇA DIFERENTE”

    SEREMOS APROVADOS EM 2021!

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ID
1789681
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de João Pessoa - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma locução verbal é o conjunto formado por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção de uma. Assinale‐a.

Alternativas
Comentários
  •  a) Todos podem entrar assim que chegarem.

    Quem pode? Todos!; Quem entra? Todos! (mesmo sujeito, locução verbal)

     b) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou atendê‐los.

    Quem quer? Os grevistas!; Quem trabalha? Os grevistas! (mesmo sujeito)

     c) Deixem entrar todos os atrasados.

    Quem deixa? Eles!; Quem entra? Todos os atrasados! (sujeitos diferentes)

     d) Elas não sabem cozinhar como antigamente.

    Quem sabe? Elas!; Quem cozinha? Elas! (mesmo sujeito)

     e) A plantação foi‐se expandindo para os lados.

    Quem se foi? A plantação!; Quem expandiu? A plantação! (mesmo sujeito)

  • Alternativa C

     

    Verbos  que não forma locução verbal:

     

    - Deixar, fazer, mandar;

    - Ver, ouvir, sentir

  • Locução verbal = é o conjunto formado por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último sempre em forma nominal. 

    Verbos  que não forma locução verbal:

    - Deixar, fazer, mandar;

    - Ver, ouvir, sentir

    Obs: Numa locução verbal, os sujeitos tem que ser iguais.

    c) Deixem entrar todos os atrasados.

    Quem deixa? Eles!; Quem entra? Todos os atrasados! (sujeitos diferentes)

     

  • Macete: Vos De Fama

    Verbos que não causam locução: ver, ouvir, sentir (verbos sensitivos), deixar, fazer, mandar.

    Gabarito:C

  • Não é tão simples assim. Por exemplo, em "Eles não sabem cozinhar, eles querem enganar na cozinha", sabem cozinhar ê locução verbal; mas, em "Eles não sabem cozinhar, sabem comer ", cozinhar é objeto direto de sabem, portanto, no caso, sabem cozinhar não é locução verbal.

  • Gabarito C.

    Os verbos ver, ouvir, sentir, deixar, fazer e mandar não compõem locuções verbais.

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

  • Cada uma memoriza de um jeito os verbos que não formam locução verbal, eu consegui da seguinte forma: defmvos - deixar, fazer, mandar, ver, ouvir e sentir.

  • O " DE FAMA VOS " não formam locução verbal!

    DE ixar;

    FA zer;

    MA ndar;

    V er;

    O uvir;

    S entir;

    Esses verbos são a mistura de verbos causativos (exprimem causa) e verbos sensitivos ( exprimem sentido).

  • Verbos que não formam locução verbal:

    ( mandar, deixar, fazer , ver, ouvir e sentir) MDFVOS


ID
1790644
Banca
FCC
Órgão
DPE-RR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi.

      Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário?

      Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência.

      Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela.

(Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em: www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015) 

Considere:

I. No segmento ... que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? (2° parágrafo) os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito.

II. Na oração ... o que é que um boi pode fazer num poema panfletário? (2° parágrafo), o segmento sublinhado é expletivo, de modo que pode ser suprimido sem prejuízo para a correção.

III. No segmento ... as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância... (2° parágrafo), a locução verbal sublinhada pode ser substituída por "tivesse chegado a ver", por estar no pretérito-mais-que-perfeito.

Está correto o que se afirma APENAS em 

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me explicar a razão pela qual a assertiva "I" foi considerada correta? O verbo "morava" não remete a "cara de vinte de anos de idade" e "iria precisar" não remete a "poema panfletário"?

    Agradeço desde já.

  • Também fiquei na dúvida... Mas depois de ler e reler percebi que na verdade a frase  -  escrita de forma indireta  - ficaria na forma direta como:

    Um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado (or. sub adj, expl.),  iria precisar de um boi para um poema panfletário.

    Quem iria precisar de um boi? um cara de vinte anos de idade.

    A forma como está no texto pode confundir mesmo, dando a entender que o poema era quem precisa de um boi.

    Bom, espero ter ajudado.


    Força e Fé sempre!


  • Muito obrigado pelo esclarecimento, Silvani!

  • I. No segmento ... que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? (2° parágrafo) os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito. 

    ====

    Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? 

    ====

    Notem que o trecho em negrito é dispensável.

    ====

    Logo a oração teria sentido se estivesse da seguinte forma:

    Mas por que diabos um poema panfletário  iria precisar de um boi? 

    ====

    Logo, a I está incorreta pois o sujeito de morava é um cara e de iria precisar é poema panfletário.

    Gabarito deve ser alterado para a letra C. 

  • Alguém poderia explicar o erro da assertiva III? Desde logo agradeço!!


  • Renata, a substituição da proposta na III teria que ser: "tinha chegado a ver", conforme fundamentação abaixo:



    03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:

    É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples.

    Por exemplo:Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.



    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf66.php

  • Entendo que na assertiva I o sujeito de morava é o QUE, pois retoma "cara de vinte anos de idade". Tudo bem que quando o pronome relativo retoma, podemos inferir que o sujeito é o mesmo para as duas orações, mas acredito que tal assertiva não poderia ser considerada correta, nesses moldes. Mais alguém pensa da mesma maneira? 

  • A explicação de guilherme sonksen está correta, o gabarito foi alterado para letra C.

  • Acho que o item III está errado porque há um conflito nas substituições. Talvez o correto seria "tinha chegado a ver" e não "tivesse chegado a ver..."

  • O erro da III é simples: "tivesse chegado" é uma locução cujo verbo auxiliar está no modo subjuntivo (imperfeito do subjuntivo - tivesse), o que denota hipótese; ao passo que "chegara" é um verbo no modo indicativo (preterito-mais-que-perfeito do indicativo), o que denota certeza, afirmação. Logo, as duas expressões não podem ser sinônimas.

    A dica corriqueira pra identificar o modo subjuntivo (que denota hipótese, conjetura) é colocar as partículas QUE, SE e QUANDO antes da frase:

     

    QUE eu passe no concurso (presente do subjuntivo).

    SE eu passaSSE  no concurso (pretérito imperfeito do subjuntivo).

    QUANDO eu passar no concurso (futuro do subjuntivo).

    Sorte pra nós todos!

  • NUNCA ESQUECI ESSA DA PROF. FLAVIA RITA

    FORMULA DO AMOR: TINHA / HAVIA + PARTÍCIO = RA / RÉ (VÓS)

     

    ESPERO TER AJUDADO

  • I. No segmento ... que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? (2° parágrafo) os verbos sublinhados possuem o mesmo sujeito. 

    ====

    Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? 

     

    O sujeito do verbo morar é o " QUE" .

    O " que " exerce a função de pronome demonstrativo . A oração entre virgulas é uma Oração Adjetiva Explicativa . O  verbo morar concorda com o seu antecedente " um cara de vinte anos de idade", contudo o sujeito é o " Que ". 

  • No item III,o correto é "tinha chegado a ver"

  • Resumindo:

     

    I- Quem morava num bairro  inteiramente urbanizado? R: Um cara de vinte anos de idade. Quem iria precisar de um boi? R: o poema. ERRADA!

     

    II- Certa, a supressão do termo sublinhado não impacta no entendimento da passagem do texto.

     

    III- ERRADA! Mesmo que você não soubesse nada sobre conjugação, note que o "chegara" passa a idéia de certeza que ocorreu, e o "tivesse" passa incerteza.

     

    Gabarito letra C

  • Só errei porque não li o trecho do texto que fala o item I. Baseie-me apenas no trecho escrito. Boa parte das questões não se faz necessário ler novamente o trecho do texto para entender, mas agora ficarei mais atento quanto a isso.

  • Prova de alto nível essa, da FCC. Nivelando por cima.

  • O item I está errado, pois o sujeito do verbo " morava" é na verdade o pronome relativo "QUE".

     

  • que prova difícil, se do TRE estiver assim, já era, errei bastante.

  • Algum ALFARTANO aqui? Alfartaaaanos!!!!! Forçaaaaaaa!!!! Paragominas-Pará aqui Rumo ao TRF1
  • Tinha chegado a ver...

  • Gabarito deu como certo a questão "E", NÃO ENTENDI

     

  • III- ERRADA! Mesmo que você não soubesse nada sobre conjugação, note que o "chegara" passa a idéia de certeza que ocorreu, e o "tivesse" passa incerteza

    Correto seria TINHA( havia) CHEAGADO.

  • campanha , nao comente mas nada professor ARENILDO , muito ruim esse professor affff

  • I. o erro está no seguinte: o v. 'morava' tem como sujeito 'um cara de 20 anos de idade'; a loc. v. 'iria precisar' tem como sujeito 'um poema panfletário'.

    II. certa.

    III. o v. 'chegara' poderia ser substituído por 'tinha/havia chegado'.

  • O Arenildo é excelente pessoal.

  • Errei por não ler o texto ;/ rsrs

  • Questão até fácil porque você mesmo pode arquitetar a forma correta e perceber o erro. Só essa alternativa I que realmente precisou de atenção, hahahahha

  •  

    Ailton Hugo

    56% não acharam facil, comentário sem conteúdo, humildade sempre....

  •  

    I- Quem morava num bairro  inteiramente urbanizado?  Um cara de vinte anos de idade.

     Quem iria precisar de um boi? o poema. ERRADA

     

    II- Partícula expletiva- É um termo da oração considerado desnecessário, podendo ser retirado sem qualquer prejuízo para ela. 

    o que é que um boi pode fazer num poema panfletário? 

    o que um boi pode fazer num poema panfletário?  NÃO ALTERA   CERTA

     

    III-as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância...

      poderia ser substituído por tinha ou havia chegado ERRADA

    GAB- C

     

    ''Talento é dom, é graça. E sucesso nada tem haver com sorte, mas com determinação e trabalho.''

    Augusto Branco

  • C) Expletivo- Que serve para preencher ou completar.Gramática Diz-se das palavras ou expressões não indispensáveis ao sentido de uma frase, mas usadas como realce ou ênfase.

  • Expletivo: É um termo da oração considerado desnecessário, podendo ser retirado sem qualquer prejuízo para ela. A partícula expletiva é também chamada de partícula de realce.

    Fonte: https://professoramarialucia.wordpress.com/2012/02/23/o-que-e-uma-particula-expletiva/

  •     Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? 

    O sujeito semântico de ''morava'' é ==> um cara de vinte anos de idade

    O sujeito sintâtico de ''morava'' é ==> o pronome ''que'' que retoma o ''um cara de vinte anos de idade''

     

    O sujeiro de ''iria precisar'' é ==> um poema panfletário

  • Só lembrando que, sintaticamente, o sujeito de "morava" não é "um cara de vinte anos de idade", mas sim o pronome relativo "que", que retoma, semanticamente, a ideia de "um cara de vinte anos de idade", o que não é a mesma coisa que afirmar que o sujeito é esse termo. Posto isso, a explicação das demais já foi bem dada pelos colegas. Bons estudos e atenção com esse tipo de questão.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: C

  • Já teve questões da FCC que na l estaria correta

  • Errei por causa da III. Não vi erro gramatical, apenas mudança de sentido. O enunciado não falou nada de sentido.

  • Pensei da seguinte forma:

    III - "as grandes carroças de lixo que chegara a ver (vira) em sua infância..." > locução verbal no pretérito mais que perfeito do INDICATIVO, indica fato certo.

    "tivesse chegado a ver" > Locução verbal de tempo composto no pretérito mais que perfeito do SUBJUNTIVO , indica hipótese

    Embora eles estejam no mesmo tempo verbal ( pretérito mais que perfeito), seus modos verbais são diferentes. Os sentidos são diferentes se os modos verbais também são, logo não daria para substituí-los.


ID
1793557
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O que é (e o que não é) sustentabilidade
ODED GRAJEW

Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais. São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-o às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se manter e melhorar ao longo do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais. São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis. Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e desemprego são insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e ameaça a sobrevivência inclusive da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo. Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior parte, em decorrência de atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4 trilhões ─ ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo que os 57% mais pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-lo possível.

GRAJEW, Oded. O que é (e o que não é) sustentabilidade. Opinião. Folha de S.Paulo. São Paulo, 7 maio 2013.

“Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação." (15º parágrafo)

No período em análise, a locução verbal “temos solapado" indica

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra A


    “Temos solapado (escavado) a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15% estão em processo de desertificação."


    Auxiliares de aspecto (acurativos): precisam o momento em que a ação verbal se realiza.

    > “Passou/Começou/Pôs-se a estudar.” (início);


    > “Estou para (por) estudar.” (iminência);


    > "Fiquei/Ando/Estou (a) escrever/escrevendo. Venho/Vou escrevendo." (continuidade);


    > "Tornamos/Voltamos a estudar. Costumamos escrever." (repetição);


    > "Acabaram/Deixaram/Cessaram/Pararam de estudar." (cessação);


    > "Continuo/Permaneço estudando." (permansivo).


    Fonte: A Gramática para concursos públicos, Fernando Pestana.


  •                                            TEMOS    SOLAPADO

                                      { Presente do Ind + Particípio}

     

    É o Pretérito Perfeito Composto do Indicativo = traduz um fato que se inicou no passado e pode continuar prolongando-se até o momento em que se fala; ou então é um fato habitual.

     

    * Tempo Composto : Formado pelos verbos TER/HAVER + PARTICÍPIO

     

     


ID
1795957
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
HRTN - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Igualdade de quê?
EDUARDO GIANNETTI


O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.
Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando o meu banho de sol”.
O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.
O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.
A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?
O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.
Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger seus projetos, apostas e sonhos de vida.
Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.
quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas-parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que falta é juízo.
O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.
A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência. A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros.

GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/Debates, Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Considere a passagem a seguir.

“Quando um cortesão zombava do filósofo por ter ‘desperdiçado’ a oferta que lhe fora feita, o imperador retrucou (...).” (3º parágrafo)

Na passagem em análise, a forma verbal em destaque é CORRETAMENTE substituída por

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    O assunto é sobre tempo composto.

    1-      PRESENTE DO INDICATIVO: não existe tempo composto.

     

    2-      PRETÉRITO PERFEITO: vem sempre com o auxiliar no presente (indicativo/subjuntivo).

    Tenho falado (falei); tenho cantado (cantei).

    Tenha amado; tenha cantado.

     

    3-      PRETÉRITO IMPERFEITO: não existe tempo composto.

     

    4-      PRETÉRITO + Q PERFEITO: vem sempre com o auxiliar no pretérito imperfeito (indicativo/subjuntivo).

    Tinha falado (falara); havia falado (falara).

    Tivesse falado; houvesse falado.

    Havia sido encomendada (fora)

    Tinha sido descoberto (fora)

    RESPOSTA DA QUESTÃO: [...] a oferta que lhe fora feita [...] --> tinha sido feita.

     

    5-      FUTURO DO PRESENTE: futuro do presente composto.

    Terei chegado ai às 17 horas (chegarei).

     

    6-      FUTURO DO PRETÉRITO: futuro do pretérito composto.

    Teria estudado mais (estudaria).

  • passado do KIKO (ra - ra - ra) 

    passado mais-que-perfeito 

  • observação:

    03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:

    É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo simples. Então concorda com o INDICATIVO.

    Por exemplo:

    Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.

     

    04) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo:

    É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. CONCORDA COM O SUBJUNTIVO!

    Por exemplo:

    Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.


ID
1800199
Banca
AOCP
Órgão
INES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                            Monteiro Lobato?

                                     Não com o nosso dinheiro

                                                                                                        Leando Narloch

    1.§    O movimento negro me odeia. Desde que mostrei, com o livro Guia do Politicamente Incorreto da História do Brasil, que Zumbi mantinha escravos no Quilombo de Palmares, os ativistas das cotas não estão contentes comigo. Do lado de cá, eu também me irrito com boa parte do que eles defendem. Mas, existe um ponto em que eu preciso concordar com eles: a polêmica dos livros do Monteiro Lobato.

    2.§    Se você acaba de despertar de um coma, o que aconteceu foi que, em 2010, o Conselho Nacional de Educação decidiu impedir a distribuição do livro Caçadas de Pedrinho em bibliotecas públicas. Disseram que esse clássico da literatura infantil era racista por causa de frases como “Tia Anastácia trepou que nem uma macaca de carvão” ou “Não vai escapar ninguém, nem Tia Anastácia, que tem carne preta”. Muita gente esperneou contra a decisão, afirmando que se tratava de um exagero, uma patrulha ideológica e um ato de censura contra um dos maiores autores brasileiros.

    3.§    É verdade que é preciso entender a época de Monteiro Lobato, quando o racismo era regra não só entre brancos, mas mesmo entre africanos. Até Gandhi, o líder mundial do bom-mocismo, escreveu e repetiu frases igualmente racistas nos 20 e poucos anos que viveu na África do Sul.

    4.§    A questão, porém, é outra: o governo deve investir em obras que parecem preconceituosas a parte da população? O Conselho Nacional de Educação não defendeu a proibição dos livros de Monteiro Lobato: foi contra apenas a distribuição bancada pelo governo. Pois bem: o Ministério da Educação deve gastar seu disputado dinheiro com esses livros? Eu acredito que não.

    5.§    Os negros que pagam impostos e os outros contribuintes que consideram Monteiro Lobato racista não devem ser obrigados a bancar edições do escritor. É mais ou menos essa a posição do economista Walter Williams, um dos principais intelectuais libertários dos EUA. Defensor da ideia de que o Estado deve se meter o mínimo possível na vida, nas escolhas e no bolso das pessoas, esse economista negro prega a liberdade de se fazer o que quiser desde que isso não implique violência a terceiros. Se um grupo quiser, por exemplo, criar um clube de tênis só para brancos, ou só para negros, tudo bem – desde que não use verba pública e não tente proibir manifestações de repúdio. Se tiver verba pública, não pode discriminar.

    6.§    Para libertários como Williams, ninguém, nem o governo, tem o direito de ameaçar ou praticar violência contra indivíduos pacíficos. Não é correto ameaçar um indivíduo de prisão por sonegação fiscal se ele não topar contribuir com essa ou aquela prática do governo. Um grupo de políticos que defende uma guerra com o Iraque não deve obrigar os cidadãos a contribuir para essa guerra. Do mesmo modo, se uma turma acredita ter uma boa ideia ao criar uma universidade, um estádio de futebol ou um festival de curtas-metragens, essa ideia deixa de ser boa quando implica a ameaça contra aqueles que não querem contribuir.

    7.§    Nada impede, é claro, que os autores dessas ideias tentem convencer as pessoas de que seus projetos merecem contribuições. É o que fazem há séculos as melhores universidades americanas, as instituições de caridade, alguns tipos de fundos de investimento e, há poucos anos, os sites de crowdfunding, o “financiamento coletivo”. Nada impede, também, que os admiradores de Monteiro Lobato se organizem, reúnam doações e publiquem quantas edições quiserem das ótimas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

                         Revista Superinteressante, edição 312, de dezembro de 2012.

Assinale a alternativa cuja sequência verbal constitui locução verbal.

Alternativas
Comentários
  • Aff, não sei mais o que é uma locução verbal.


  • Grupo de verbos que atuam juntos em uma frase  e que possuem o mesmo sujeito.

    O último verbo vem em forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio).

     

  • Aguardando o comentario do professor aff,

  • Agora, fiquei na dúvida!

     

  • Locução verbal é grupo de verbos que são formados por um verbo auxiliar (auxilia na construção de uma locução verbal e que concorda em gênero e número com o sujeito, quando há sujeito) a mesma não é só formada não só pelo verbo auxiliar obviamente (verbo auxiliar + verbo principal). Verbo principal sempre estará no infinitivo, gerúndio ou paricípio (formas nominais do verbo). Portanto, a locução verbal apresenta um grupo de verbos que normalmente apresenta valor de um verbo só. 
    Ex: Eu vou encontar o caminho.
    Verbo auxiliar + principal no infinitivo(ir + encontrar).

    Bizu: Eu encontrarei o caminho.
    Gab. B

  • Locuções Verbais

    Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:

    Estou lendo o jornal.

    Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

    Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

  • Algumas das locuções verbais mais empregadas em português são:

    . Verbos auxiliares ir, vir, ficar, andar, acabar, poder, dever, querer, etc. + infinitivo ou gerúndio:

    Ex.: Vai partir                   Posso Dizer

    Ficou a pensar                 Devo dizer

    Ficou pensando

    . Acabar + verbo principal no infinitivo precedido da preposição "de"

    Ex.: Acabaram de sair.

    (Fonte: Língua e Literatura/ Faraco & Moura)

     

     

  • facim, é só tentar manter o sentido original utilizando um só verbo. Se voce acaba de despertar, voce despertou kkkkkkkk agora tenta fazer isso com as outras auternativas!!

  • sei não,errei essa

     

  • O ultimo verbo da locução, o verbo principal, aparece numa forma nominal, que pode ser INFINITIVO, GERÚNDIO ou PARTICÍPIO.

             Terei de estudar muito para o curso que desejo.

    verbo auxiliar  verbo principal 

                                 (infinitivo)

                                

     

     

  • Amo esse professor, essa questão foi elaborada pelo capiroto.

ID
1813309
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Além do Bastidor

    Começou com linha verde. Não sabia o que bordar, mas tinha certeza do verde, verde brilhante.
    Capim. Foi isso que apareceu depois dos primeiros pontos. Um capim alto, com as pontas dobradas como se olhasse para alguma coisa.
   Olha para as flores, pensou ela, e escolheu uma meada vermelha.
    Assim, aos poucos, sem risco, um jardim foi aparecendo no bastidor. Obedecia às suas mãos, obedecia ao seu próprio jeito, e surgia como se no orvalho da noite se fizesse a brotação.
    Toda manhã a menina corria para o bastidor, olhava, sorria, e acrescentava mais um pássaro, uma abelha, um grilo escondido atrás de uma haste. O sol brilhava no bordado da menina. 
    E era tão lindo o jardim que ela começou a gostar dele mais do que de qualquer outra coisa. 
    Foi no dia da árvore. A árvore estava pronta, parecia não faltar nada. Mas a menina sabia que tinha chegado a hora de acrescentar os frutos. Bordou uma fruta roxa, brilhante, como ela mesma nunca tinha visto. E outra, e outra, até a árvore ficar carregada, até a árvore ficar rica, e sua boca se encher do desejo daquela fruta nunca provada.
    A menina não soube como aconteceu. Quando viu, já estava a cavalo do galho mais alto da árvore, catando as frutas e limpando o caldo que lhe escorria da boca.
    Na certa tinha sido pela linha, pensou na hora de voltar para casa. Olhou, a última fruta ainda não estava pronta, tocou no ponto que acabava em fio. E lá estava ela, de volta na sua casa.
    Agora que já tinha aprendido o caminho, todo dia a menina descia para o bordado. Escolhia primeiro aquilo que gostaria de ver, uma borboleta, um louva-deus. Bordava com cuidado, depois descia pela linha para as costas do inseto, e voava com ele, e pousava nas flores, e ria e brincava e deitava na grama. 
   O bordado já estava quase pronto. Pouco pano se via entre os fios coloridos. Breve, estaria terminado.
   Faltava uma garça, pensou ela. E escolheu uma meada branca matizada de rosa. Teceu seus pontos com cuidado, sabendo, enquanto lançava a agulha, como seriam macias as penas e doce o bico. Depois desceu ao encontro da nova amiga.
    Foi assim, de pé ao lado da garça, acariciando-lhe o pescoço, que a irmã mais velha a viu ao debruçar-se sobre o bastidor. Era só o que não estava bordado. E o risco era tão bonito, que a irmã pegou a agulha, a cesta de linhas, e começou a bordar.
    Bordou os cabelos, e o vento não mexeu mais neles. Bordou a saia, e as pregas se fixaram. Bordou as mãos, para sempre paradas no pescoço da garça. Quis bordar os pés mas estavam escondidos pela grama. Quis bordar o rosto mas estava escondido pela sombra. Então bordou a fita dos cabelos, arrematou o ponto, e com muito cuidado cortou a linha.

COLASANTI, Marina. Além do Bastidor. In: Uma ideia toda azul. 22ª ed. São Paulo: Global, 2003. p. 14-17. 

O conjunto dos processos que regulam a correspondência entre a construção das formas linguísticas e os respectivos significados constitui a gramática de uma Língua. A Gramática é responsável, portanto, por uma parte do significado dos enunciados – aquele que resulta dos meios pelos quais as unidades portadores de significado se combinam para construir as frases.

À luz dessa diversidade de possibilidades, assinale a alternativa correta. 

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    a) o "o" é um pronome demonstrativo que acompanha o pronome relativo "que"

    b) o primeiro "que" é consecutivo e o segundo "que" é comparativo

    c)GABARITO

    d) no plural ele permanece igual: os louva-a-deus

    e) é um pronome adjetivo indefinido, pois está acompanhando um substantivo


ID
1815508
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

    Em um site dedicado ao esclarecimento de dúvidas diversas entre internautas, foram encontrados uma pergunta e um conjunto de respostas sobre o significado da expressão ‘gato e sapato’. Abaixo, estão reproduzidos alguns desses textos, com adaptações e sem identificação dos autores.

I. Qual o significado da expressão ‘gato e sapato’? Sempre dizem, por exemplo: ‘Separe-se deste cara, ele faz gato e sapato de você!’. Bom, eu sei q quer dizer ‘fazer o que quiser com alguém’, mas o q eu quero saber é por que é gato e sapato...
Afinal, o que tem a ver gato com sapato???


II. Gato é o cara, sapato é você; aí sim, ele faz o que quer de você. Se você é o Gato, ele é o sapato e sofre na sua mão.
Imagine um gato brincando com um sapato. [...]
Além de tudo, tem a rima que ajuda na memorização e dá força ao dito popular.


III. Gato é o mesmo que dizer: tratar você como animal
(como se os animais não merecessem todo nosso carinho)
sapato: é uma coisa que a gente pisa nela
entendeu?


IV. Tratar você de qualquer maneira, sem um jeito especial.
Eu acho que porque o gato e o sapato chuta-se para o lado pra você não tropeçar. O gato tem mania de parar na sua frente de repente, ele não sai e você acaba chutando ele para o lado, e com o sapato é a mesma coisa, quando alguém deixa o sapato no meio do caminho você não chuta? Eu penso que seja isso!


V. Eu acho que o certo é: fazer do gato um sapato! Quer dizer, fazer um sapato do couro do gato! [...] 

Consideradas as formas linguísticas em seus contextos, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • aA significação mais saliente de sofre na sua mão (II) é a que remete a castigos físicos, uma das possíveis acepções de fazer de gato e sapato. ERRADA

    Sofrer na mão não quer dizer castigo físico. Aqui em Minas quano se dizer "sofrer na mão de alguém" quer dizer que a pessoa passou por muitas coisas ruins quando estava com a pessoa; mas não necessariamente castigo físico.

    bEm você acaba chutando ele para o lado (IV), o verbo auxiliar agrega aspecto resultativo à ação. 

    CERTO, GABARITO B. Sim, o verbo auxiliar ACABA da força à ação de movimento do verbo chutar.  

    cNas estruturas ...ele não sai [do caminho] e ...você não [o] chuta
    (IV), vemos manifestada a propriedade da língua de licenciar sentenças com categorias vazias; nesses dois casos, a categoria vazia corresponde ao mesmo tipo de complemento.ERRADA

    Nessa não tenho plena certeza (se eu estiver errada corrijam-me, por favor). Acredito que DO CAMINHO é adjunto adverbial de lugar, porque o verbo sai é intransitivo na frase, portanto, o adjunto é termo acessório. E O é objeto direto de chutar.Quem chuta, chuta algo ou alguém, no caso, não O CHUTA.

    dEm Gato é o cara, sapato é você; aí sim, ele faz o que quer de você (II), o segmento destacado serve para confirmar, sem qualquer correção ou ajuste, o que foi dito em I: ‘Separe-se deste cara, ele faz gato e sapato de você!’ERRADA

    Essa é tranquila. A expressão AÍ SIM, não tem nada a ver com a frase oferecida pelo enunciado e,sim, vejo como um resumo da frase anterior: Gato é o cara, sapato é você; AÍ SIM.

    eEm quando alguém deixa o sapato no meio do caminho você não chuta? (IV), o pronome destacado é índice de indeterminação do sujeito, não podendo ser interpretado como uma referência ao autor da pergunta que motivou a interação.  ERRADA

    Nós não sabemos que é esse ALGUÉM, mas isso não significa que o sujeito seja indeterminado e, sim, INDEFINIDO: ALGUÉM. E esse alguém pode sim, ser referênciado à pessoa que fez a pergunta, pois, esse ALGUÉM pode ser qualquer um.

    Bom, eu resolvi a questão dessa maneira, estou aberta a correções.

    Abraços.

  • A) ERRADA - A significação mais saliente de "sofre na sua mão" não se remete a castigos físicos. Vejam que o item II (a referência do termo) nem aborda nada sobre castigos físicos. É uma alternativa cunho interpretativos. A significação mais saliente que podemos inferir da expressão aludida é "fazer o que quiser com alguém" pois vem expressa na I e na II e subtendido nos demais itens.

    B) CORRETA - Perceba que a própria semântica do verbo afirma a correção da alternativa. A frase poderia ser: "ele não sai e você chuta ele para o lado", dessa forma teria a frase uma sentido de adição. Entretanto, quando se acrescenta a locução verbal "acaba chutando" o verbo auxiliar "acabar" emprega na oração um sentido de resultado.

    C) ERRADA - Não se desespere com o "sentença com categoria vazias". Essa é teoria para os estudantes de Letras, veja que essa prova é para professor de português. Dava pra matar a alternativa pela afirmação [de] que "correspondem ao mesmo tipo de complemento". Ora, "do caminho" complementa o sentido do verbo sair e "o" é pronome.

    D) ERRADA - Não possuem relação possível para se fazer essa afirmação. Este é um texto de linguagem informal (não culta). Também não possui uma estrutura coesiva em que os parágrafos vão complementando o sentido do outro na construção da coerência e coesão textual. O item I é uma opinião de um internauta o item II, de outro. Expressão "aí sim" tem sentido conclusivo na oração em que está. O cara é o gato, você é o sapato; DIANTE DISSO/ LOGO / PORTANTO ele faz o que quer de você.

    E) ERRADA - Na alternativa não aparece o pronome destacado. Tem dois pronomes na oração: I - Alguém, pronome indefinido; II - Você, pronome de tratamento. Aparentemente a alternativa se referia ao promone "você", se referindo a quem lhe fez a pergunta. Pode ser atribuido tanto como elemento genérico (todos), quanto ao autor da pergunta de forma direta. No entanto, jamais pode ser índice de indeterminação do sujeito. Para ser IIS a frase teria que ser: "não se chuta?"

    OBS: Na frase Quando alguém deixa o sapato no meio do caminho também seria impossível ser IIS. Quem deixa o sapado  no meio do caminho? Alguém (sujeito indefinido). Não confundam sujeito indefinido com índice de indeterminação do sujeito.


ID
1858918
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                      Para coibir falsificações, remédios devem
                            ganhar “RG" até o final de 2016

                                                        Débora Nogueira - Do UOL - 23/07/2015

      A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve. A partir do final de 2016, deve começar a valer a lei de rastreabilidade dos medicamentos, que determina que cada caixinha será rastreável a partir de um código 2D (em duas dimensões). Estima-se que um a cada cinco medicamentos vendidos no Brasil seja falsificado, segundo a OMS.

      Essa espécie de “RG dos remédios" servirá para que as agências regulatórias como a Anvisa possam saber o caminho que um medicamento faz, desde o momento da fabricação até a comercialização. O consumidor também terá parte nisso: será possível verificar a partir do código da caixa se o remédio é verdadeiro. As indústrias farmacêuticas que operam no Brasil devem ter três lotes testes rastreáveis até dezembro de 2015 e todo o sistema implantado até dezembro de 2016.

      Porém, há uma disputa em jogo que pode levar o prazo de adequação para só depois de 2025. As informações sobre o consumo de medicamentos de todos os brasileiros, e portanto as informações de demanda e vendas, são muito valiosas.

      Hoje, a indústria farmacêutica gasta um grande valor para obter informações sobre a venda de remédios para poder definir estratégias de marketing e a atuação dos representantes de laboratórios junto aos médicos (que podem até ganhar dinheiro e viagens pelo número de prescrições). Existem empresas que pagam farmácias para obter dados de médicos, números de vendas etc. e, então, os vendem à indústria.

      Com a lei, aprovada em 2009, toda essa informação seria passada para o governo. Mas a regulamentação feita pela Anvisa em 2013 não explicita como seriam armazenadas essas informações e quem teria acesso a elas. Apenas fica determinado que a indústria é responsável pela segurança da cadeia desde a saída da fábrica até chegar ao consumidor final.

      As redes de drogarias e farmácias, representadas pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), criticam o fato das farmácias terem de reportar cada venda às farmacêuticas. Com a lei da rastreabilidade, cada modificação de lugar do medicamento (da fábrica para a farmácia e farmácia para o consumidor) deve ser informada. “Isto é um verdadeiro absurdo contra a privacidade da informação prevista na Constituição. Com todas essas informações à mão, fabricantes poderão alijar empresas, manipular preços e dominar a concorrência", afirmou o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em nota.


      Além disso, as redes de farmácias pedem um prazo maior. “Mais de 180 mil estabelecimentos - entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão de se adequar tecnologicamente. Será uma complexa operação logística", disse.

      Há um projeto de lei em tramitação no Senado que pede alterações no envio de informações sobre os medicamentos e propõe um prazo maior para adequação. No projeto, do senador Humberto Costa (PT), é proposto que cada membro da cadeia tenha seu próprio banco de dados, acessível pelo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos -- para que o governo federal construa seu próprio banco de dados para armazenar e consultar todas as movimentações dos medicamentos. Junto a essa demanda, o senador pede mais 10 anos após a aprovação da lei para que todos se adequem, ou seja, o rastreamento só passaria a valer a partir de 2025. O senador afirmou que o prazo de dez anos pode não ser necessário e que o projeto de lei pode ser modificado antes de ser colocado em votação.

      A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), que reúne 55 empresas farmacêuticas que respondem por mais de 50% dos medicamentos comercializados no Brasil, afirma estar preparada para se adequar à lei e produzir cerca de 4 bilhões de caixinhas por ano com o código individual para o rastreamento. “Já estamos preparados para cumprir as diretrizes. A lei de rastreabilidade é muito importante não só para evitar a falsificação mas também para aumentar a transparência ao longo da cadeia farmacêutica com o recolhimento correto de tributos e o combate ao roubo de cargas", afirmou o diretor de assuntos econômicos da Interfarma, Marcelo Liebhardt.

      Segundo a Anvisa, a adaptação não deve encarecer o produto final: “a implantação do rastreamento de medicamentos promove um retorno significativo na redução de custos de produção, de controles e gerenciamento de estoques, evitando perdas e impulsionando o processo produtivo e de disponibilização de produtos".

Texto adaptado. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/...

Em “A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve", 

Alternativas
Comentários
  • Posso estar falando besteira (e, se estiver, por favor me corrijam), mas acredito que o verbo "deve" está exprimindo probabilidade.

    Deve mudar = É provável que mude

    Pode mudar = É possível que mude

  • Nossa... a questão B e E, na minha opinão, estão corretas !

  • João Rosa,

    O verbo "deve" não está falando de uma possibilidade, mas sim de uma certeza, ele tem certeza que a caixinha vai mudar, ele não tem dúvidas que ocorrerá a mudança. Dê uma olhada no link http://www.qieducacao.com/2010/10/modo-indicativo-emprego.html também olhe o link http://www.conjuga-me.net/verbo-dever , voc~e verá que no indicativo do presente "ele deve". Lembrando que o indicativo é certeza, não há dúvidas do indicativo, apenas no subjuntivo que se cogita a possibilidade, probalidade, dúvida.

     

  • A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve"

     

    Deve: Tempo presente do indicativo  

    locução verbal: DEVE + MUDAR= Ação que provavelmente irá acontecer no futuro, ou seja, talvez mudará a caixinha de remédio.

     

     

    Gabarito: B

     

  • Gabarito B" .... “A caixinha de remédio como você conhece deve mudar em breve",

    Para confirbar o Gabarito "B,  basta prestar atenção no advérbio.

    Sabemos que o advérbio é um modificador verbal e por isso mudou o sentido da frase: " em breve". Esse advérbio se tornou um advérbio determinante do verbo em virtude de estar acompanhado da preposição. Se em vez de "em breve" constasse "amanhã" esse advérbio deixaria de ser determinante do verbo.

    Afinal também sabemos que na locução verbal a conjugação tempo/modo acontece no verbo auxiliar, mas o verbo principal é que carrega a ação verbal ( deve(auxiliar)+mudar(principal).  Exceto, EXCETO! se a locução verbal for tempo composto ( onde um dos verbos que compõem a locução é o verbo "ter" ou "haver"

     

  • O futuro é incerto por excelência.

     

    Trata-se de uma possibilidade. Talvez mude em breve, talvez não. 

    Abaixo o excerto que explica o porquê da falta de certeza.

    " [...] Porém, há uma disputa em jogo que pode levar o prazo de adequação para só depois de 2025. [...]"

    Estariam corretas, poratnto,  B e E.

     

  • Achei que so eu fui na E 

  • Presente do indicativo

    3) O presente pode substituir o futuro do subjuntivo para impor mais certeza à declaração.
    – Se alguém precisa (= precisar) de ajuda, posso ajudar.
    – Se não existe (= existir) esforço, não existe (= existirá) progresso.

    Note que, no segundo exemplo, o presente do indicativo substitui o futuro do subjuntivo e o futuro do presente do indicativo, uma vez que há correlação correta entre tais tempos futuros.

     

    Prof. Fernando Pestana

  • Gostaria de saber qual o erro da letra E

  • GABARITO: B)

    ERRO DA ALTERNATIVA E): DEVE DENOTA PROBABILIDADE.

     

     

  • É o verbo auxiliar que indica o tempo verbal.

  • A alternativa E tbm está correta.

  • Na verdade não Paloma Dias

    DEVE MUDAR ----> Na frase indica certeza

  • Pra mim a letra B e D falam a mesma coisa. Help!!!!


ID
1869742
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Santa Maria de Jetibá - ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      O encontro


      Maria da Piedade Lourenço era uma mulher miúda e nervosa, com uma cabeleira pardacenta, malcuidada, erguida, como uma crista, no alto da cabeça. Ludo não conseguia distinguir-lhe os pormenores do rosto. Todavia, deu pela crista. Parece uma galinha, pensou, e logo se arrepende por ter pensado aquilo. Andara nervosíssima nos dias que antecederam a chegada da filha. Quando esta lhe surgiu à frente, porém, veio-lhe uma grande calma. Mandou-a entrar. A sala estava agora pintada e arranjada, soalho novo, portas novas, tudo isso às custas do vizinho, Arnaldo Cruz, que também fizera questão de oferecer as mobílias. Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto vitalício do mesmo, e comprometendo-se a pagar os estudos de Sabalu até este concluir a universidade.

      A mulher entrou. Sentou-se numa das cadeiras, tensa, agarrada à bolsa como a uma boia de salvação. Sabalu foi buscar chá e biscoitos.

      Não sei como a hei de chamar.

      Pode chamar-me Ludovica, é o meu nome.

      Um dia poderei chamá-la mãe?

     Ludo apertou as mãos de encontro ao ventre. Podia ver, através das janelas, os ramos mais altos da mulemba. Nenhuma brisa os inquietava.

      Sei que não tenho desculpa, murmurou: Era muito nova, e estava assustada. Isso não justifica o que fiz.

      Maria da Piedade arrastou a cadeira para junto dela. Pousou a mão direita no seu joelho:

      Não vim a Luanda para cobrar nada. Vim para a conhecer. Quero levá-la de volta para a nossa terra.

      Ludo segurou-lhe a mão:

      Filha, esta é a minha terra. Já não me resta outra.

      Apontou para a mulemba:

      Tenho visto crescer aquela árvore. Ela viu-me envelhecer a mim.

      Conversamos muito.

      A senhora há de ter família em Aveiro.

      Família?!

      Família, amigos, eu sei lá.

      Ludo sorriu para Sabalu, que assistia a tudo, muito atento, enterrado num dos sofás:

      A minha família é esse menino, a mulemba lá fora, o fantasma de um cão. Vejo cada vez pior. Um oftalmologista, amigo do meu vizinho, esteve aqui em casa, a observar-me. Disse-me que nunca perderei a vista por completo. Resta-me a visão periférica. Hei de sempre distinguir a luz, e a luz neste país é uma festa. Em todo o caso, não pretendo mais: A luz, Sabalu a ler para mim, e a alegria de uma romã todos os dias.


AGUALUSA, José Eduardo.Teoria Geral do Esquecimento. Rio de Janeiro: Foz, 2012. 

“Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto vitalício do mesmo, e comprometendo-se a pagar os estudos de Sabalu até este concluir a universidade.”


A respeito do trecho acima, quanto aos aspectos gramatical, sintático e semântico, analise as afirmativas a seguir.


I. A primeira oração poderia ser iniciada pela forma composta HAVIA COMPRADO, sem perda de sentido.

II. Não há referente, no texto, que justifique o uso do pronome LHE.

III. SE, dentro da oração a que pertence, é índice de indeterminação do sujeito.


Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): 

Alternativas
Comentários
  • “Comprara o apartamento a Ludo, concedendo-lhe o usufruto vitalício do mesmo, e comprometendo-se a pagar os estudos de Sabalu até este concluir a universidade.”

    I. A primeira oração poderia ser iniciada pela forma composta HAVIA COMPRADO: Havia comprado o apartamento a Ludo ----- OK

    II. Não há referente, no texto, que justifique o uso do pronome LHE: concedendo-lhe = concedendo a ele ------- ERRADO

    III. SE, dentro da oração a que pertence, é índice de indeterminação do sujeito: comprometendo-se (reflexivo: ele se comprometeu) ---- ERRADO

  • III - É parte integrante do verbo.

     

    Para saber, vc tenta conjugá-lo; no caso em questao só é possível com colocação pronominal, ou seja; PARTE INTEGRANTE DO VERBO.

     

  • Gabarito letra A

     

    I. A primeira oração poderia ser iniciada pela forma composta HAVIA COMPRADO, sem perda de sentido.

    Correto, o mais que perfeito pode ser reescrito sem alteração semântica ou gramatical, caso você use o ter ou haver. Fica correto dizer então, tinha comprado ou havia comprado.

     

    II. Não há referente, no texto, que justifique o uso do pronome LHE.

    Errado, o refente é Ludo - concedendo a Ludo... para não repetir usou -se o lhe.

     

    III. SE, dentro da oração a que pertence, é índice de indeterminação do sujeito.

    Errado, pronome reflexivo (comprometendo a si mesmo) 

     

     

  • RUMO À PMSC!


ID
1915480
Banca
UFMT
Órgão
IF-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o fragmento abaixo e responda à questão.

      Não há registros de campanha na primeira eleição realizada no país, em 23 de janeiro de 1532, para o Conselho Municipal de São Vicente, São Paulo. Apenas conchavos. Seis representantes foram escolhidos pelos votantes por ser “homens bons”, expressão um tanto ampla que designava gente qualificada pela linhagem familiar. Pode-se dizer que o marketing político propriamente dito só começou a aparecer no fim do Império, quando desenhos de “capoeiras” (homens que conheciam a capoeira, esporte ilegal na época) eram usados em cartazes para afugentar os eleitores do grupo opositor. Mas a principal revolução no jeito de fazer campanha política ocorreu em 1914, na sétima eleição presidencial. Surgiu nas ruas do Rio de Janeiro uma marchinha contra o presidente Marechal Hermes da Fonseca, popularmente chamado de Dudu, atacado pelos opositores com o primeiro jingle do Brasil: “Ai, Philomena / Se eu fosse como tu / Tirava a urucubaca / Da careca do Dudu”.

      Até hoje, o jingle político funciona como pilar das campanhas eleitorais, um formato sucinto e grudento para unir meio e mensagem, ataque e autopromoção. As eleições de 2014 deverão gerar uma nova onda na comunicação, parecida com a introdução dos jingles, capaz de mudar o jeito de fazer política e influenciar diretamente no voto. São as campanhas na mídia social, forjadas para levantar candidatos e derrubar adversários com o uso de memes, selfies, vídeos virais e hashtags.

                                                                                                                                            (VEJA, 08/2014.)

A respeito de formas verbais utilizadas no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) No trecho homens que conheciam a capoeira, o tempo do verbo conhecer indica que essa ação se prolongava no passado, na época referenciada no texto.

( ) Para haver correlação formal entre os dois tempos verbais no trecho Se eu fosse como tu / Tirava a urucubaca, o verbo tirar deveria estar na forma tiraria.

( ) A expressão verbal eram usados pode ser substituída por usavam-se, ficando quando desenhos de “capoeiras” (homens que conheciam a capoeira, esporte ilegal na época) usavam-se.

( ) Em Surgiu nas ruas do Rio de Janeiro uma marchinha, a forma verbal empregada refere-se a um fato ocorrido no passado anterior a outro fato também no passado.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi.

    A frase original diz "Pode-se dizer que o marketing político propriamente dito só começou a aparecer no fim do Império, quando desenhos de “capoeiras” (...) eram usados em cartazes para afugentar os eleitores do grupo opositor."

    Ao fazer a substituição ficaria:

    "Pode-se dizer que o marketing político propriamente dito só começou a aparecer no fim do Império, quando desenhos de “capoeiras” (...) usavam-se em cartazes para afugentar os eleitores do grupo opositor "

  • (v ) No trecho homens que conheciam a capoeira, o tempo do verbo conhecer indica que essa ação se prolongava no passado, na época referenciada no texto. (O verbo "conheciam" está no pretérito imperfeito, por isso a ação se prolongava no passado)

     

    (v ) Para haver correlação formal entre os dois tempos verbais no trecho Se eu fosse como tu / Tirava a urucubaca, o verbo tirar deveria estar na forma tiraria. (O verbo "se eu fosse"  pretérito imperfeito do Subjuntivo se relaciona com o verbo "Tiraria" que está no futuro do Subjuntivo. duas hipóteses combinam.)

     

    (v ) A expressão verbal eram usados pode ser substituída por usavam-se, ficando quando desenhos de “capoeiras” (homens que conheciam a capoeira, esporte ilegal na época) usavam-se. ( o verbo "eram usados" está no pretérito imperfeito na voz passiva analítica, e o verbo "usavam-se" está no pretérito imperfeito e na voz passiva sintética)

     

    (F ) Em Surgiu nas ruas do Rio de Janeiro uma marchinha, a forma verbal empregada refere-se a um fato ocorrido no passado anterior a outro fato também no passado. ( o verbo "surgiu" é pretérito perfeito, e a questão afirma ser um verbo pretérito mais-que-perfeito, por isso está errada a acertiva.)

  • Somente uma observação: O verbo "tiraria" não está no futuro do subjuntivo como afirma o colega Renann Vittorazi. O verbo está no Futuro do Pretérito do Indicativo.

  • resolvi selecionar questões pelo filtro de dificuldade e concluí que as que estão no filtro de DIFICIL OU MUITO DIFICIL, é só questão que a banca CAGOU NO GABARITO. Só questão polêmica. impressionante

  • Pq essa questão é polemica Catolina? Onde vc acha que esta errado?
  • sobre proclise, mesoclise e enclise, na 3º acertiva, não deveria ser "se usavam"? O que tornaria a acertiva falsa?

  • Ficou muito estranho o sentido da nova frase (3).

    Além do mais, Alguns doutrinadores entendem que a ordem correta para a formação da voz passiva sintética é Verbo + Se (PA) + Sujeito Paciente.

    Na questão foi apresentado a forma (Sujeito Pac. + Verbo + Se).

  • O certo não seria:

    "Pode-se dizer que o marketing político propriamente dito só começou a aparecer no fim do Império, quando usavam-se desenhos de “capoeiras” (homens que conheciam a capoeira, esporte ilegal na época) em cartazes para afugentar os eleitores do grupo opositor.

    Esse "usavam-se" antes de "em cartazes" soou muito estranho pra mim

  • Acho que a 3ª assertiva deveria ser falsa, porque a alteração gerou muita ambiguidade e prejudicou o sentido da frase, mesmo estando gramaticalmente correta

  • Correlação verbal: SSE > RIA


ID
1922521
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O surpreendente “sucesso” dos sobreviventes

      Muitos anos após o Holocausto, o governo israelense realizou um extenso levantamento para determinar quantos sobreviventes ainda estavam vivos. O estudo, de 1977, concluiu que entre 834 mil e 960 mil sobreviventes ainda viviam em todo o mundo. O maior número – entre 360 mil e 380 mil – residia em Israel. Entre 140 mil e 160 mil viviam nos Estados Unidos; entre 184 mil e 220 mil estavam espalhados pela antiga União Soviética; e entre 130 mil e 180 mil estavam dispersos pela Europa. Como foi que esses homens e mulheres lidaram com a vida após o genocídio? De acordo com a crença popular, muitos sofriam da chamada Síndrome do Sobrevivente ao Campo de Concentração. Ficaram terrivelmente traumatizados e sofriam de sérios problemas psicológicos, como depressão e ansiedade.

      Em 1992, um sociólogo nova-iorquino chamado William Helmreich virou essa crença popular de cabeça para baixo. Professor da Universidade da Cidade de Nova York, Helmreich viajou pelos Estados Unidos de avião e automóvel para estudar 170 sobreviventes. Esperava encontrar homens e mulheres com depressão, ansiedade e medo crônicos. Para sua surpresa, descobriu que a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas novas vidas com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria. Por exemplo, apesar de não terem educação superior, os sobreviventes saíram-se muito bem financeiramente. Em torno de 34 por cento informaram ganhar mais de 50 mil dólares anualmente. Os fatores-chave, concluiu Helmreich, foram “trabalho duro e determinação, habilidade e inteligência, sorte e uma disposição para correr riscos.” Ele descobriu também que seus casamentos eram mais bem-sucedidos e estáveis. Aproximadamente 83 por cento dos sobreviventes eram casados, comparado a 61 por cento dos judeus americanos de idade similar. Apenas 11 por cento dos sobreviventes eram divorciados, comparado com 18 por cento dos judeus americanos. Em termos de saúde mental e bem-estar emocional, Helmreich descobriu que os sobreviventes faziam menos visitas a psicoterapeutas do que os judeus americanos.

      “Para pessoas que sofreram nos campos, apenas ser capaz de levantar e ir trabalhar de manhã já seria um feito significativo”, escreveu ele em seu livro Against All Odds (Contra Todas as Probabilidades). “O fato de terem se saído bem nas profissões e atividades que escolheram é ainda mais impressionante. Os valores de perseverança, ambição e otimismo que caracterizavam tantos sobreviventes estavam claramente arraigados neles antes do início da guerra. O que é interessante é quanto esses valores permaneceram parte de sua visão do mundo após o término do conflito.” Helmreich acredita que algumas das características que os ajudaram a sobreviver ao Holocausto – como flexibilidade, coragem e inteligência – podem ter contribuído para seu sucesso posterior. “O fato de terem sobrevivido para contar a história foi, para a maioria, uma questão de sorte”, escreve ele. “O fato de terem sido bem-sucedidos em reconstruir suas vidas em solo americano, não.”

      A tese de Helmreich gerou controvérsia e ele foi atacado por diminuir ou descontar o profundo dano psicológico do Holocausto. Mas ele rebate essas críticas, observando que “os sobreviventes estão permanentemente marcados por suas experiências, profundamente. Pesadelos e constante ansiedade são a norma de suas vidas. E é precisamente por isso que sua capacidade de levar vidas normais – levantar de manhã, trabalhar, criar famílias, tirar férias e assim por diante – faz com que descrevê-los como ‘bem-sucedidos’ seja totalmente justificado”.

      Em suas entrevistas individuais e seus levantamentos aleatórios em larga escala de sobreviventes ao Holocausto, Helmreich identificou dez características que justificavam seu sucesso na vida: flexibilidade, assertividade, tenacidade, otimismo, inteligência, capacidade de distanciamento, consciência de grupo, capacidade de assimilar o conhecimento de sua sobrevivência, capacidade de encontrar sentido na vida e coragem. Todos os sobreviventes do Holocausto compartilhavam algumas dessas qualidades, me conta Helmreich. Apenas alguns dos sobreviventes possuíam todas elas.

Adaptado de: SHERWOOD, Ben. Clube dos sobreviventes: Segredos de quem escapou de situações-limite e como eles podem salvar a sua vida. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. p. 160-161.

Na frase “Para sua surpresa, descobriu que a maioria dos sobreviventes se adaptara a suas novas vidas com muito mais sucesso do que jamais se imaginaria.”, o verbo em destaque pode ser substituído, sem alteração do tempo verbal, por:

Alternativas
Comentários
  • Auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio = pretérito mais que perfeito.

  • se a expressão "se" tivesse sido destacada ou não estivesse, seria mais fácil responder a questão, pois transcrever assim "...a maioria dos sobreviventes se tinha adaptado a suas novas vidas...'' distorce o sentido. Pois sabemos que o tempo verbal é pretérito.

  • Gabarito Letra A -

     

    TINHA + PARTICIPIO = PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO

    HAVIA + PARTICÍPIO = PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO

     

    Indica fato ocorrido antes de outro no Pretérito Perfeito do Indicativo.

     

  • Bastava saber  o tempo composto do verbo: os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos ter/haver + particípio, para indicar, normalmente, um fato acabado, repetido ou contínuo.


ID
1923469
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Crônica

       Como o povo brasileiro é descuidado a respeito de alimentação! É o que exclamo depois de ler as recomendações de um nutricionista americano, o dr. Maynard. Diz este: “A apatia, ou indiferença, é uma das causas principais das dietas inadequadas.” Certo, certíssimo. Ainda ontem, vi toda uma família nordestina estendida em uma calçada do centro da cidade, ali bem pertinho do restaurante Vendôme, mas apática, sem a menor vontade de entrar e comer bem. Ensina ainda o especialista: “Embora haja alimentos em quantidade suficiente, as estatísticas continuam a demonstrar que muitas pessoas não compreendem e não sabem selecionar os alimentos”. É isso mesmo: quem der uma volta na feira ou no supermercado vê que a maioria dos brasileiros compra, por exemplo, arroz, que é um alimento pobre, deixando de lado uma série de alimentos ricos. Quando o nosso povo irá tomar juízo? Doutrina ainda o nutricionista americano: “Uma boa dieta pode ser obtida de elementos tirados de cada um dos seguintes grupos de alimentos: o leite constitui o primeiro grupo, incluindo-se nele o queijo e o sorvete”. Embora modestamente, sempre pensei também assim. No entanto, ali na praia do Pinto é evidente que as crianças estão desnutridas, pálidas, magras, roídas de verminoses. Por quê? Porque seus pais não sabem selecionar o leite e o queijo entre os principais alimentos. A solução lógica seria dar-lhes sorvete, todas as crianças do mundo gostam de sorvete. Engano: nem todas. Nas proximidades do Bob´s e do Morais há sempre bandos de meninos favelados que ficam só olhando os adultos que descem dos carros e devoram sorvetes enormes. Crianças apáticas, indiferentes. Citando ainda o ilustre médico: “A carne constitui o segundo grupo, recomendando-se dois ou mais pratos diários de bife, vitela, carneiro, galinha, peixe ou ovos”. Santo Maynard! Santos jornais brasileiros que divulgam as suas palavras redentoras! E dizer que o nosso povo faz ouvidos de mercador a seus ensinamentos, e continua a comer pouco, comer mal, às vezes até a não comer nada. Não sou mentiroso e posso dizer que já vi inúmeras vezes, aqui no Rio, gente que prefere vasculhar uma lata de lixo a entrar em um restaurante e pedir um filé à Chateaubriand. O dr. Maynard decerto ficaria muito aborrecido se visse um ser humano escolher tão mal seus alimentos. Mas nós sabemos que é por causa dessas e outras que o Brasil não vai pra frente.

CAMPOS, Paulo Mendes. De um caderno cinzento. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 40-42. 

Em “... quem der uma volta na feira ou no supermercado que a maioria dos brasileiros compra...”, a forma verbal em destaque, tendo em vista a norma para a língua padrão escrita, pode ser substituída por:

Alternativas
Comentários
  • a) Veria = Quem desse uma volta na feira ou no supermercado...
    b) Terá visto = Quem deu uma volta na feira ou no supermercado...
    c) Está vendo = Quem está dando uma volta na feira ou no supermercado...
    d) Gabarito. Há de ver ou verá.

  • No Presente do subjuntivo

    Verbos terminados em Ar terminação "e"

    Verbos terminados em ER,IR,OR terminação "a"

    Portanto Ver = Ve  o único que está com a terminação ER é a Opção D

     

  •  Podemos  substituir o presente do indicativo pelo  futuro do presente do indicativo para enfatizar a ação como próxima à certeza

                                                             VÊ --> HÁ DEVER 

  • Pessoal , 

    o verbo (Vê) por ser Irregular não deveria utilizar os verbos auxiliares (Ser/Estar) ?

     

     

  • A frase expressa incerteza na ação do verbo dar, relativo ao futuro, e certeza na ação do verbo ver, relativo ao presente.

    Quem 'der' está no futuro do subjuntivo e equivale à incerteza da prática da ação, ou seja, "quando der"...... 'vê' que a maioria.... ( 'vê' está no presente do indicativo e equivale à certeza da ação do verbo, a ser realizada no presente).

    Na "transformação", a ideia acima será conservada:

    incerteza no futuro: quem der uma volta (mantida porque o enunciado não pediu o verbo dar)

    certeza no presente: há de ver (mantida dessa forma porque o vebo terá de equivaler à certeza da ação do verbo no tempo presente)

    Letra B não pode ser porque terá é futuro do presente. Logo, apesar de expressar a certeza, o tempo está no futuro, e não no presente, conforme o tempo verbal original da frase.

  • Há de ver -> Verá. 

  • Vê - verá ou há de ver está indicando certeza . É certo que você verá algo (certeza), se você der uma volta na feira ou supermercado (condição - incerteza)

  • gente,

     

    perdão aqui, mas a galera viajou grandão....

    a banca pediu uma opção no mesmo tempo do verbo VER ( 3ª pessoa do singular/ Presente do indicativo = vê).

    o verbo Haver no mesmo tempo e modo fica há.

    só isso, suave na nave!!!!!

  • ...quem DER ....VERÁ/HÁ DE VER... 

  • O professor Arenildo melhorou bastante,agora esta valendo a pena ver suas explicações, não fala mais podre podre,rsrs.

     

  • O verbo chegassem está correto sua pluralizacāo, pois: "de que chegassem em tempo os papeis'' esse trecho trata de uma oracão substantiva objetiva indireta em que o sujeito é os lapeis
  • há de ver = verá

  • Gabarito: D

     

     

    “... quem der uma volta na feira ou no supermercado  (há de ver) que a maioria dos brasileiros compra...” 

    Der = futuro do subjuntivo

    Há de ver = futuro do subjuntivo

     

     

    O subjuntivo é utilizado para expressar algo incerto e que pode depender de uma outra ação para acontecer.

    "Se você fizer isso, acontece aquilo"

    Fizer = futuro do subjuntivo


ID
1936009
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 A ÚLTIMA CRÔNICA

      A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

      Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar- se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acentuar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

      Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê- lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho — um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

      A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de coca-cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

      São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a coca-cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: “parabéns pra você, parabéns pra você. . .“ Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo, O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. De súbito, dá comigo a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso. Assim eu quereria a minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(SABINO, Fernando. A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1972

Assinale a opção que o autor, na crônica, expressa um fato em um passado recente, por meio de uma locução verbal.

Alternativas
Comentários
  • Letra A 

    “Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se (...)”. 

  • DJ cleiton ratra

  • SO PELA FRASE DA PARA MATAR

    Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se


ID
1936096
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  O Médico e o monstro

                                                                                     Paulo  Mendes Campos

      Avental branco, pincenê vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto duma criancinha um estetoscópio, e depois a injeção que a enfermeira lhe passa.

      O avental na verdade é uma camisa de homem adulto a bater-lhe pelos joelhos; os bigodes foram pintados por sua irmã, a enfermeira; a criancinha é uma boneca de olhos cerúleos, mas já meio careca, que atende pelo nome de Rosinha; os instrumentos para exame e cirurgia saem duma caixinha de brinquedos.

      Ela, seis anos e meio; o doutor tem cinco. Enquanto trabalham, a enfermeira presta informações:

      - Esta menina é boba mesmo, não gosta de injeção, nem de vitamina, mas a irmãzinha dela adora.

      O médico segura o microscópio, focaliza-o dentro da boca de Rosinha, pede uma colher, manda a paciente dizer aaá. Rosinha diz aaá pelos lábios da enfermeira. O médico apanha o pincenê, que escorreu de seu nariz, rabisca uma receita, enquanto a enfermeira continua:

      - O senhor pode dar injeção que eu faço ela tomar de qualquer jeito, porque é claro que se ela não quiser, NE, vai ficar muito magrinha que até o vento carrega.

      O médico, no entanto, prefere enrolar uma gaze em torno do pescoço da boneca, diagnosticando:

      - Mordida de leão.

      - Mordida de leão, pergunta, desapontada, a enfermeira, para logo aceitar este faz de conta dentro do outro faz de conta; eu já disse tanto, meu Deus, para essa garota não ir na floresta brincar com Chapeuzinho Vermelho...

      Novos clientes desfilam pela clínica: uma baiana de acarajé, um urso muito resfriado, porque só gostava de neve, um cachorro atropelado por lotação, outras bonecas de vários tamanhos, um papai Noel, uma bola de borracha e até mesmo o pai e a mãe do médico e da enfermeira.

      De repente, o médico diz que está com sede e corre para a cozinha, apertando o pincenê contra o rosto. A mãe se aproveita disso para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para preparar-lhe um copázio de vitaminas: tomate, cenoura, maçã, banana, limão, laranja e aveia. O famoso pediatra, com um esgar colérico, recusa a formidável droga.

      - Tem de tomar, senão quem acaba no médico é você mesmo, doutor.

      Ele implora em vão por uma bebida mais inócua. O copo é levado com energia aos seus lábios, a beberagem é provada com uma careta. Em seguida, propõe um trato:

      - Só se você depois me der um sorvete.

      A terrível mistura é sorvida com dificuldade e repugnância, seus olhos se alteram nas órbitas, um engasgo devolve o restinho. A operação durou um quarto de hora. A mãe recolhe o copo vazio com a alegria da vitória e aplica no menino uma palmadinha carinhosa, revidada com a ameaça dum chute. Já estamos a essa altura, como não podia deixar de ser, presenciado a metamorfose do médico em monstro.

      Ao passar zunindo pela sala, o pincenê e o avental são atirados sobre o tapete com um gesto desabrido. Do antigo médico resta um lindo bigode azul. De máscara preta e espada, Mr. Hyde penetra no quarto, onde a doce enfermeira continua a brincar, e desfaz com uma espadeirada todo o consultório: microscópio, estetoscópio, remédios, seringa, termômetro, tesoura, gaze, esparadrapo, bonecas, tudo se derrama pelo chão. A enfermeira dá um grito de horror e começa a chorar nervosamente. O monstro, exultante, espeta-lhe a espada na barriga e brada:

      - Eu sou o Demônio do Deserto!

      Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal, desatento a qualquer autoridade materna ou paterna, com o diabo no corpo, o monstro vai espalhando o terror a seu redor: é a televisão ligada ao máximo, é o divã massacrado sob os seus pés, é um cometa indo tinir no ouvido da cozinheira, um vaso quebrado, uma cortina que se despenca, um grito, um uivo, um rugido animal, é o doce derramado, a torneira inundando o banheiro, a revista nova dilacerada, é, enfim, o flagelo à solta no sexto andar dum apartamento carioca.

      Subitamente, o monstro se acalma. Suado e ofegante, senta-se sobre os joelhos do pai, pedindo com doçura que conte uma história ou lhe compre um carneirinho de verdade.

      E a paz e a ternura de novo abrem suas asas num lar ameaçado pelas forças do mal.

OBS.: O texto foi adaptado às regras no Novo Acordo Ortográfico. 

A única passagem em que NÃO aparece uma locução verbal encontra-se na opção:

Alternativas
Comentários
  • C

     Tem de tomar, senão quem acaba no médico (...)’

  • ???????????????????????????????????????

  • porque?

  • Letra - C = Tempo composto.

  • A Letra C esta no infinitivo impessoal preposicionado funcionando como complemento verbal da oração anterior.

  • Tem de tomar

    O verbo Ter exige a preposição de , neste caso há a presença de complemento verbal (TOMAR) e não locução verbal.

    = tem que ser tomado.

    LETRA C

  • verbos ter ou haver + particípio, caracteriza tempo composto
  • Qual a explicação???

  • Gabarito: Letra B

    Locução verbal sempre está na mesma oração

    na B temos lá: O médico prefere enrolar

    quem prefere,prefere algo

    Então temos como oração principal

    O médico prefere/ enrolar .... (oração subordinada Substantiva Objetiva Direta)

    No próprio site que eles disponibilizam está como B...

  • ????_????

  • trata-se de uma oração subordinada substantiva reduzida de infinitivo!


ID
1940356
Banca
Marinha
Órgão
COLÉGIO NAVAL
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Eles blogam. E você?

     Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.

      Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.

      Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.

      O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.

       Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.

      Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?

      Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.

      Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.

      Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?

                              Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)

Com relação ao emprego das formas verbais no texto, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • A) Falso. O contato pela rede ainda existe

    B) Falso. "Nascemos" no texto tem sentido de passado.(Pegadinha: nascemos é igual tanto no presente quanto no pretérito)

    C) Correto. Haver no sentido de existir é sempre na 3º pessoa do singular

    D) Errado. Podia é preterito imperfeito. Poderia é Futuro do perfeito.

    E) Errado. Vão constatar = futuro. Costatam = presente

  • A)   ERRADO QUANDO DIZ QUE “OS FATOS FORAM CONCLUIDOS” VEJA:

     

    pretérito imperfeito do indicativo se refere a um fato ocorrido no passado, mas que não foi completamente terminado. Expressando, assim, uma ideia de continuidade e de duração no tempo. É usado em lendas e fábulas e confere um caráter mais polido a pedidos e afirmações. Pode ser utilizado também com sentido de futuro do pretérito para indicar uma ação que seria consequente de outra que acabou por não acontecer.

     

    Portanto, a afirma da letra A “indica que os fatos foram concluídos no passado.” Trata-se de pretérito perfeito veja:

    pretérito perfeito é um tempo verbal do modo indicativo. Um verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo indica que a ação verbal aconteceu num determinado momento do passado, tendo o seu início e o seu fim no passado.

    B)     A palavra nascemos no que se refere ao tempo pode ser tanto no presente quanto no pretérito perfeito. Lendo o texto, a palavra

     “ nascemos” (... Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, ...) está no pretérito perfeito.

     

    Resumo:

     

    Nascemos: pretérito perfeito

    Nasceram pretérito perfeito

     

     

    C)   Correto. Haver no sentido de existir é sempre na 3º pessoa do singular

     

    D)   Vão constatar: futuro

     

    Constatam: presente

     


ID
1970809
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFMT
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando a ciência supera a ficção

Marcelo Gleiser

    Semana passada, algo de extraordinário ocorreu. Após passar 31 meses hibernado, enquanto cruzava o espaço a uma distância de 800 milhões de quilômetros do Sol, a sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia, enviou uma mensagem para a central de controle vinculada à missão: “Olá, mundo!”

     Rosetta acordou e agora se aproxima do Sol e de seu alvo, o cometa 67P/Churyamov-Gerasimenko. Se tudo correr bem, no dia 11 de Novembro, Rosetta enviará a sonda Philae, que pesa apenas 100 kg, para pousar na superfície do cometa. Será o primeiro pouso de um objeto criado por humanos num cometa.

    O pouso em si será incrivelmente difícil, já que a gravidade do cometa, que tem apenas quatro quilômetros de diâmetro, é praticamente nula. Philae terá que usar uma combinação de arpões e garras capazes de se fixar no gelo para se agarrar ao cometa. Será mais como laçar um touro do que pousar na Lua.

    Antes disso, Rosetta acompanhará o cometa enquanto ele vai se aproximando do Sol. E aqui a coisa fica interessante, como os leitores que viram o filme Armageddon devem se lembrar: à medida que o cometa vai se aproximando do Sol, sua superfície vai esquentando e seu material começa a sublimar. Com isso, vemos daqui a cauda do cometa, que, como os cabelos de uma pessoa, sempre aponta na direção do vento. Neste caso, no da radiação proveniente do Sol.

     Cometas são bolas de gelo e poeira, restos do material que formou o Sol e os planetas, 4,6 bilhões de anos atrás. Encontram-se na periferia do Sistema Solar, com tamanhos variando de alguns metros a aproximadamente 10 km de diâmetro. Por estarem longe e isolados, guardam a memória da origem do Sistema Solar: estudá-los significa também estudar a nossa origem.

    A sonda Philae, armada de uma série de instrumentos científicos, mandará imagens da superfície do cometa e de sua vizinhança. Estudará, também, a composição química da superfície do cometa, buscando, em particular, por material orgânico. Usando uma broca, chegará 23 cm abaixo da superfície para coletar amostras do solo.

    Isso tudo será feito remotamente, quando a sonda estiver a centenas de milhões de quilômetros da Terra. Imagine pilotar um robô a essa distância...

    Existem dois mistérios profundamente interligados com cometas: a origem da água na Terra e a própria origem da vida. Segundo algumas teorias, uma fração significativa da água na Terra veio de cometas e protoplanetas que caíram aqui durante os primeiros 500 milhões de existência do Sistema Solar. Ninguém sabe de onde veio a água aqui, e esses estudos serão úteis para elucidar a questão.

    Também sabemos que cometas têm matéria orgânica, isso é, relacionada com a vida, incluindo vários aminoácidos. Será interessante verificar se o cometa 67P/ChuryamovGerasimenko tem aminoácidos e se suas propriedades são como as dos aminoácidos terrestres. Se cometas caíram aqui no passado remoto, é possível que tenham inseminado a Terra com os materiais que geraram a vida. Vivemos numa época em que uma sonda criada por nós pode pousar nesse objeto tão distante e inóspito. É nessas horas que a ciência supera a ficção.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/1402687- quando-a-ciencia-supera-a-ficcao.shtml o.

A expressão destacada que NÃO constitui locução verbal se encontra em

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

    "Imagine pilotar" não é uma locução verbal.

     Os verbos causativos (deixar, mandar, fazer e sinônimos) são chamados assim, porque naturalmente são a causa da outra ação verbal, já os sensitivos (ver, ouvir, olhar, sentir e sinônimos) que são aqueles que trabalham um dos aspectos sensitivos não formam locução Esses verbos têm estrutura parecida com a locução verbal, mas não são. Eles são verbos distintos.

    No caso,IMAGINE é um verbo sensitivo e por isso não forma locução.

  • A frase da letra D não tem verbo auxiliar.

  • “Imagine pilotar um robô a essa distância...”

     

    Imagine = VTD

    pilotar um robô a essa distância = OD

  • "Imagine pilotar um robô a essa distância..."

    COLOCANDO NA ORDEM:

    --> (Você) Imagine um robô pilotar a essa distância...

    OBS: Em uma questão como essa fique atento quando eles apresentarem uma "locução verbal", identifique se há algum ver no IMPERATIVO.

  • Pessoal, então verbo imperativo não constitui locução verbal? quem puder responder essa, agradeço!

  • locuções verbais são sequência de dois ou mais verbos que, juntos, exercem função morfológica de um só verbo. Ou seja, uma única semântica. São formadas por um ou mais verbos auxiliares e verbo principal.

     

    a) “Philae terá que usar uma combinação...” Alternativa incorreta. Observe que “terá que usar” traz semântica única: obrigação de usar.

    b) “...uma sonda criada por nós pode pousar...” Alternativa incorreta. Neste caso, há uma única semântica: possibilidade de usar.

    c) “...e seu material começa a sublimar.” Alternativa incorreta. Observe que “começar a sublimar” expressa único valor.

    d) “Imagine pilotar um robô a essa distância...” Alternativa correta. Aqui temos dois verbos e, não, locução verbal. Observe que há duas ações distintas: “imaginar” e “pilotar”. Então, não se trata de locução verbal.

    e) “...enquanto ele vai se aproximando do Sol.” Alternativa incorreta. “Ir se aproximando” expressa valor semântico de “aproximar”.

  • Macete para descobrir uma locução verbal: quando houver um grupo de verbos, tentem substituir o hipotético verbo principal pela hipotética locução verbal, se houver perda de sentido ou se ficar visível que há duas ações estarão diante de uma falsa locução verbal, ou seja, não haverá loc. verbal. Vejam exemplos a seguir para que fique mais claro: Philae terá que usar uma combinação > Philar usará uma combinação/ E seu material começa a sublimar > E seu material sublima

    Veja agora uma falsa locução verbal: Imagine pilotar um robô a essa distância > Pilotar um robô... Veja que houve perda de sentido, e fica visível que há duas ações.


ID
2009791
Banca
CS-UFG
Órgão
Prefeitura de Goiânia - GO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Verbo ser
Carlos Drummond de Andrade
Que vai ser quando crescer? vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. p. 573.

No segmento “vivem perguntando em redor”, o uso da locução verbal

Alternativas
Comentários
  • Quem pergunta?

    Pode ser qualquer pessoa. O o verbo do sujeito indeterminado é intencionamente colocado na 3° pessoa do plural para indicar desconhecimento do praticante da ação.

  • “vivem perguntando em redor”

     

    vivem = terceira pessoa do plural = interdeminação do sujeito

  • O sujeito indeterminado é aquele que embora exista não pode ser identificado explicitamente. Ou seja, a situação declara algo sobre um sujeito incerto, que não é conhecido.

    E em um dos casos que ele pode aparecer é a forma verbal na terceira pessoa do plural.

     

     

    Ex: Gritaram lá fora.

    Quem gritou lá fora?

    (Eles) Gritaram lá fora.

     

    Ex 2: Roubaram meu carro.

    Quem roubou?

    Roubaram meu carro.

     

     

  • vivem= terceira pessoa no plural, sujeito indeterminado.

  • Quem vive perguntando em redor ?   Sei lá =  indica a indeterminação do sujeito da ação. 

     

     

    1        SUJEITO DETERMINADO – IDENTIFICÁVEL

     

     

      

     

    -  Sujeito Simples – um só núcleo

     

                    Ex.                  Ana caiu

     

     

    -   Sujeito Composto -   dois ou mais núcleos

     

     

     

    -   Sujeito Oculto – IMPLÍCITO  (desinencial)      desinência do verbo

     

              Caíste ?      Tu

     

     

     

     

     

    32 %  do povo brasileiro  ( NÚCLEO SEMÁTICO, adjunto adnominal)  NÃO crê nos políticos

     

     

    2,5% de nós condenamos  (plural)  a aprovação da lei

     

     

     

     

     

     

    -   ELÍPTICO  (subentendido pelo CONTEXTO), omissão de uma palavra

     

            

               Caíram ontem a noite

     

     

    2-        SUJEITO INDETERMINADO  -      NÃO     IDENTIFICÁVEL

     

     

                  NÃO SABE O QUE O VERBO FALA

     

     

    -      verbo na terceira pessoa do plural

     

     

    -       VL  ,     VI   ,     VTI        +     “se”    (ISS)

     

     

     

    É   (VL)    -se        feliz (predicativo) aqui (aj. Adv. de LUGAR).   QUALQUER PESSOA É FELIZ

     

     

    Vive    ( VI)se       bem  (AJ ADV MODO aqui       (aj. Adv. de LUGAR).  

     

     

     

    Trata    (VTI)   -se de (preposição)   /   OI   assuntos polêmicos.  QUEM

     

     

     "SE"

      PA   (VTD e VTDI)     =    PLURAL 

     

    PIS/ ISS (VTI, VI e VL )    =    SINGULAR  

  • 3 do plural sem sujeito no contexto..

  • Gabarito D

     

     

     

    Uma das formas de indeterminação do sujeito é o uso da terceira pessoa do plural. Dessa forma, o agente daquele verbo fica oculto, indeterminado. Para você não esquecer, lembre da linguagem do fofoqueiro, sempre na terceira pessoa: — disseram que te viram... — falaram isso ou aquilo... ;)

     

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!


ID
2015365
Banca
FGV
Órgão
SEE-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que apresenta a frase em que as formas verbais sublinhadas formam mais de uma oração, ou seja, não compõem uma locução verbal.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra "E".

     

    DEIXAR é um verbo causativo e nunca forma locução verbal com infinitivo ou gerúndio. Portanto, são dois verbos (mais de uma oração).

  • * ALTERNATIVA A MARCAR: "e".

    ---

    * JUSTIFICATIVA: Vou explicar de maneira mais simples do que a feita pelo colega LEONARDO AZEVEDO. Pessoal, basta vocês reorganizarem a ordem das palavras na alternativa "e" para verem a função e localização adequadas de cada verbo.

    Cuidem só, já adaptado: "Deixe a vida entrar pela janela aberta que se abre para o quintal".

    Como vocês percebem, o deixe é verbo no imperativo afirmativo; logo, possui como sujeito o VOCÊ (está oculto).

    Já o entrar é verbo no infinitivo, tendo como sujeito a VIDA.

    Portanto, deixe e entrar não formam locução verbal.

    ---

    Bons estudos.

  • Existem as orações infinitivo latinas. São marcadas pela combinação de:

    Verbo causativo ou sensitivo + Verbo no infinitivo

    Verbos causativos: Mandar, Fazer, Deixar
    Verbos sensitivos: Ver, ouvir, sentir

    - Não formam locução verbal
    - Sempre possuem sujeitos diferentes
    - Sempre será Objeto Direto Oracional
    - O sujeito da oração infinitivo-latina será classificado como Sujeito acusativo
    - O sujeito acusativo não pode ser pronome reto (eu, tu,ele, nós, vós, eles) apenas pronomes átonos (me, te, se, o, a , lhe, nos, vos, se, os, as, lhes)

     

    Portanto, letra E é a resposta correta. 
    Professora Rose Vianna me ensinou ;)

  • E a letra D? Alguém sabe?

  • A resposta da Mariana esta perfeita. 

    Simplificando: Verbos causativos (mandar, deixar e fazer) e sensitivos (ver, ouvir e sentir) NUNCA formam locução verbal.

  • Eu achava que odiava o cespe.

  • Quem deixa?

    Você

    Quem entra?

    A vida

    Sujeitos diferentes

  • Verbos CAUSATIVOS (mandar, deixar, fazer) e SENSITIVOS (ver, ouvir, sentir) + INFINITIVO OU GERÚNDIO NUNCA FORMAM LOCUÇÃO VERBAL.

  • FORMAÇÃO DE LOCUÇÃO VERBAL -> THSE PD CIVCCC

    TER HAVER SER ESTAR

    PODER DEVER (para a FGV QUERER)

    CHEGAR IR VOLTAR COMEÇÃR E COSTUMAR

    E O QUE NUNCA FORMA LOCUÇÃO VERBAL (ou seja, é período composto) -> DEFAMAVOS + INFINITIVO

    DEIXAR

    FAZER

    MANDAR

    VER

    OUVIR

    SENTIR

     

     

  • NUNCA FORMAM LOCUÇÃO VERBAL:

    * Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir.

     

  • Deixe entrar a vida pela janela aberta que se abre para o quintal.”   => Deixe que entre a vida... (quando for possível desenvolver a oração dessa forma, será uma oração reduzida  e jamais uma locução verbal)

    Ex.: O aluno finge entender o assunto  => O aluno finge que entende o assunto

    Dica muito boa também: https://www.youtube.com/watch?v=8H9DgHN0MIY

  • Locução verbal nunca DE FA MA - V O S:

    Deixar

    Fazer

    Mandar

    Ver

    Ouvir

    Sentir

  • Força!

  • a FGV gosta de casos em que nunca há locução verbal, como com os verbos causativos (deixar, fazer, mandar) e sensitivos (ver, sentir e ouvir) e os verbos quem podem ou não constituir uma locução verbal (pode, deve, acostumar)

  • Gabarito E. 

    Verbos que não constroem locuções: MANDAR . DEIXAR .. FAZER.. SENTIR .. OUVIR.. VER.

    Força!

  • NÃO FORMAM LOCUÇÕES: M.D.F. + V.O.S.

     

     

    Os verbos causativos (Mandar, Deixar, Fazer) e sensitivos (Ver, Ouvir, Sentir) NUNCA formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio;são dois verbos, cada um com sua autonomia.

  • Aprendi em um comentário de outra questão:

    Coloca "ELE" no meio. Se combinar, então NÃO é locução verbal.

  • Polar, obrigada! 

    Depois que aprendi que DE-FA-MA-V-O-S....nunca mais errei uma questão assim!

  • DEIXAR

    FAZER

    MANDAR

    OUVIR

    VER

    SENTIR

    NUNCA FORMAM LOCUÇÕES VERBAIS COM INFINITIVO OU GERÚNDIO.

  • As locuções verbais possuem um mesmo sujeito:

    Diferentemente, na alternativa correta nós temos dois referentes:

    Deixe - sujeito oculto

    Entrar - a vida

  • Joga um " Ela " no meio da locução. Fez sentido? São 2 orações. Não fez sentido ? É locução. 

    Deixe ELA entrar pela janela... Fez sentido ? Fez. Logo, 2 orações

    ".. para quem sabe ELA viver. " Fez sentido? Não, então é locução

  • Se gravar o comando, já vai direto para a resposta.. o comando é "Qual é o verbo que não faz locução"

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

  • Mariana Cyncynates,

    A Professora Rose Vianna é excelente!!

  • DEIXE ENTRAR.

    DEIXE VOCÊ

    ENTRAR A VIDA

  • Verbos que não formam locução:

    Deixar

    Mandar

    Ver

    Ouvir

    Sentir

    Fazer

  • Basta analisarmos os sujeitos correspondentes

    Deixe (tu) [Implícito]

    (a vida) dizer [deslocado]

    Temos 2 sujeitos diferentes para cada verbo

    LETRA E

    APMBB

  • A alternativa (A) apresenta a locução verbal modal de obrigação “devem escrever”. 

    A alternativa (B) apresenta a locução verbal modal de possibilidade “posso dizer”. 

    A alternativa (C) apresenta a locução verbal modal de desejo “queriam ter lido”.

    A alternativa (D) apresenta a locução verbal modal de capacidade, habilidade: “sabe viver”. 

    Já a alternativa (E) apresenta o verbo causativo “Deixe”, o qual não forma locução verbal com o verbo posterior, pois esses fazem parte de orações distintas. Note que o sujeito do verbo “Deixe” é oculto e subentende “você”, e o sujeito do verbo “entrar” é determinado simples “a vida”. 

    LETRA E

  • Verbos que não formam locução verbal:

    ( mandar, deixar, fazer , ver, ouvir e sentir) MDFVOS

  • VOS MDF

    Ver, ouvir, sentir

    Mandar, Deixar, Fazer

  • DE FA MA V O S (deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir) NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL.

  • Mandar, deixar, fazer, ouvir, ver e sentir

    a FGV ama testar o conhecimento do candidato nesses verbos que não formam locução verbal

  • GAB: LETRA E

    Complementando!

    Fonte: Prof. Felipe Luccas

    Nas locuções verbais, temos um verbo auxiliar + verbo principal em forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). O verbo auxiliar e o principal têm o mesmo sujeito, por isso, o verbo auxiliar se flexiona para concordar com esse sujeito. Por essa razão, formam uma única oração.  

    Na letra E, temos dois verbos, mas eles não formam locução verbal, pois o sujeito não é o mesmo! Observe:  

    • ➥ (você) Deixe (a vida) entrar.  

    O sujeito de “entrar” é “a vida”, portanto, não é o mesmo sujeito de “deixe”. Nessa caso, temos duas orações independentes, não temos locução verbal. Nas outras, os dois verbos (principal e auxiliar) se referem ao mesmo sujeito.  

    Esse tipo de construção ocorre com os verbos causativos (mandar, deixar, fazer)  e sensitivos (ver, ouvir, sentir). O objeto direto desses verbos vai vir na forma de uma oração, com sujeito próprio. Atenção a esses verbos!!  

     

  • meu mnemônico "horrível" mas que ajuda: "MANDA FDP" para o "VOSO"

    (M)andar

    (F)azer

    (D)EIXAR

    (P)ermitir

    (V)er

    (O)uvir

    (S)entir

    (O)lhar

    Bons estudos.

  • Gabarito E

    LOCUÇÕES VERBAIS: verbo auxiliar (va) + verbo principal (vp) em forma nominal (infinitivo gerúndio ou particípio).

    --- > O verbo auxiliar e o principal têm o mesmo sujeito, por isso, o verbo auxiliar se flexiona para concordar com esse sujeito. Por essa razão, formam uma única oração.

     Na letra E, temos dois verbos, mas eles não formam locução verbal, pois o sujeito não é o mesmo! Observe:

    "(você) Deixe --- > (a vida) entrar "

    Deixe entrar a vida pela janela aberta que se abre para o quintal.”

    O sujeito de “entrar” é “a vida”, portanto, não é o mesmo sujeito de “deixe”. Nesse caso, temos duas orações independentes, não temos locução verbal.

     

    Verbos que não formam locução verbal: Verbos causativos e sensitivos

    Ø Verbos causativos (mandar, deixar, fazer);

    Ø Verbos sensitivos (ver, ouvir, sentir).

    O objeto direto desses verbos vai vir na forma de uma oração, com sujeito próprio.

    Atenção a esses verbos!! NÃO são LOCUÇÃO VERBAL.

    *******************************************

    Verbos sensitivos/ causativos: Não formam locução verbal ---- >possuem sujeitos diferentes --- > duas orações independentes.

    Locução verbal: o verbo auxiliar e o principal têm o mesmo sujeito --- > formam uma única oração.


ID
2054230
Banca
IESES
Órgão
PM-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“    A época em que vivemos tem uma característica que afeta profundamente as relações interpessoais e, portanto, a vida em sociedade: a desconfiança que criamos em relação ao outro.

    Precisamos dos outros. Sem eles não há vida social possível. Convivemos com os outros, como colegas e estranhos, boa parte de nossa vida: no trabalho, nos espaços públicos das cidades, no trânsito, nos transportes coletivos etc. E que tipo de vida é essa, se estamos sempre prontos a pensar que o outro aí está para nos prejudicar?

  Nós temos pouco a fazer para mudar este mundo. Os mais novos farão isso. Mas bem que eles poderiam contar com nossa pequena colaboração: a de mostrar a eles que o outro faz parte de nossa vida e que temos com ele uma relação de interdependência.

   Por isso, melhor ter apreço e respeito do que desconfiança e hostilidade. Só assim o clima social pode melhorar.”

 (Adapt de Eu desconfio, tu desconfias. Rosely Saião, Folha de São Paulo, 21 set. 2010: Equilíbrio, p. 12.)


Nas questões abaixo o número entre parênteses indica o parágrafo em que se encontra a expressão ou a palavra analisada

Em relação à frase “Só assim o clima social pode melhorar” (4º) é ERRADO afirmar que a expressão:

Alternativas
Comentários
  • b)

    pode melhorar exprime dúvida quanto ao que é mencionado. 

  • GAB. B 

    “Só assim o clima social pode melhorar”  dá a ideia de "única maneira" e não de "dúvida"

     

  • “pode melhorar” na minha opnião dá a ideia de "alternativa" e não de "dúvida"

  • por que a alternativa A é verdadeira?

  • Dúvida não, palpite, suposição, no caso, Verbo no Subjuntivo!


ID
2063161
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Desenvolver habilidades para o bem estar é tão importante quanto construir pontes

O especialista em educação emocional e social João Roberto de Araújo, criador da campanha Ribeirão Pela Paz, defende prioridade de um ensino cidadão: “É preciso ensinar para a vida”.

Para o Mestre em Psicologia Social e fundador da organização Inteligência Relacional, pode-se e deve-se aprender na escola, além de Matemática e Português, como ter tolerância, desenvolver diálogos e ter controle dos estados emocionais: “É preciso criar condições para que não se formem apenas pessoas que passem no vestibular e tenham sucesso socioprofissional, mas que sejam pessoas que possam aprender a conviver em sociedade”.
João Roberto teve esta clareza maior quando trabalhou pela ação Ribeirão Pela Paz, no começo dos anos 2000, e tentou encontrar outras formas de combater a violência por outro caminho, não o já sempre pensado da repressão.
Na cidade ideal do psicólogo, os filhos dos pobres e dos ricos seriam acolhidos da mesma forma para ter as mesmas oportunidades de desenvolvimento e de compreensão do sentido da vida.
O Ribeirão Pela Paz foi uma audaciosa ação para enfrentar a questão da violência urbana na cidade. Quais os caminhos hoje em dia?
João Roberto de Araújo: O fenômeno da violência sempre incomodou muito a todos, as famílias, as lideranças e, até hoje, é um tema central entre os grandes flagelos da sociedade. No entanto, sempre houve muita desinformação sobre as causas da violência e poucas reflexões consistentes sobre esse fenômeno. Nós vivemos, e vivíamos no passado, e ainda vivemos hoje, uma ênfase muito grande nas respostas de repressão: pena de morte, respostas fortes de armamentos, mecanismos de segurança pública, aperfeiçoamento penal, agilidade da justiça, questão da maioridade, entre outras. Enfim, esse eixo da repressão no passado sempre foi muito forte e ainda continua hoje. E é fácil em uma análise mais criteriosa verificar que a repressão é necessária desde que legítima, não é a violência pela violência, mas a legitimidade do estado de responder pela proteção da sociedade usando a força legalmente. A repressão legítima é absolutamente necessária, mas não é suficiente.
Nesse sentido, o Ribeirão Preto Pela Paz foi a primeira iniciativa que procurou despertar nas lideranças e na comunidade a consciência sobre o fenômeno da violência, trazendo as dimensões sociais, sociológicas, psicológicas do fenômeno da violência. Foi um marco que se revelou pioneiro para ação da própria mídia que, antes, diante de um fato criminoso da violência na sociedade procurava, unilateralmente, os depoimentos policiais. Após o Ribeirão Preto Pela Paz, passou a ouvir sociólogos, historiadores, psicólogos e antropólogos, que começaram a colocar o seu olhar maior sobre esse fenômeno. Nesse sentido, houve um grande avanço na compreensão do fenômeno da violência a partir do Ribeirão Pela Paz e uma melhoria também nos tipos de resposta oferecidas. Esta foi uma das contribuições do Ribeirão Pela Paz que, depois, naturalmente, em seu processo evolutivo, acabou por chegar a trabalhos mais profundos de desenvolvimento de Cultura de Paz e Não Violência, até culminar em uma metodologia de educação emocional e social que torna essa abordagem regular e permanente na escola e na sociedade.
Que tipos de políticas e ações precisariam, agora, ser implementadas numa cidade como Ribeirão?
Não só para uma cidade como Ribeirão Preto, mas para qualquer agrupamento humano, para as vilas, para as cidades pequenas, para as cidades grandes, enfim para todo aglomerado humano, é preciso transitar de ações de sensibilização para ações mais regulares e permanentes junto à sociedade. De forma muito especial, em dois segmentos fundamentais: na escola, na formação de nossas crianças e dos nossos jovens, e nas famílias. É preciso que as famílias compreendam o fenômeno da violência, as consequências de estilos parentais inadequados na relação com seus filhos, seus parentes, com seu grupo familiar. E é fundamental que nas escolas não fiquemos apenas nessa dimensão convencional, da lógica matemática, linguística, memória, mas que se recupere a importância do ensino, das humanidades. Ensinar para a vida, educar para as relações, criar as condições para que não se formem apenas pessoas que passem no vestibular e tenham sucesso socioprofissional, mas que sejam pessoas que possam aprender a conviver em sociedade, desenvolvendo diálogo, tolerância e, principalmente, desenvolvendo competência em relação aos seus estados emocionais. Por exemplo, ter autonomia emocional para ficar menos vulnerável ao estado emocional do entorno, desenvolver regulação emocional para aprender o que fazer com a sua raiva, com o seu ciúme, com sua ansiedade, desenvolver competências sociais e, principalmente, a competência do bem viver, a competência do bem-estar, a competência para além da dimensão material, do status, para as pessoas aprenderem a ser feliz. Isto é um desafio do futuro. Transitar de uma sensibilização prática e eventual para uma ação consistente regular e permanente na escola e na família.
O que você considera uma cidade justa e sustentável, solidária e humana?
Antes de tudo, é uma cidade que educa e a que educa em um sentido de que oferece oportunidade de desenvolvimento para todas as pessoas, das famílias ricas, das famílias da classe média e das famílias pobres. Há muitos pobres materiais profundamente evoluídos, como há ricos materiais e plenamente inferiores. Não é uma questão material, é uma questão de oportunidade de desenvolvimento mental. Uma cidade justa, sustentável, solidária e humana é uma cidade que acolhe os filhos dos pobres tanto quanto os filhos dos ricos, para que eles possam compreender melhor o sentido de viver, o sentido da vida, para que eles possam ter oportunidades iguais de desenvolvimento.
O que não pode faltar em um bom projeto de cidade?
As cidades já estão, convencionalmente, focadas em necessidades muito conhecidas: asfalto, ponte, saneamento básico, trânsito, enfim, toda essa dimensão da infraestrutura, que é, sem dúvida, importante. Mas tão importante quanto é também trabalhar num nível mental das pessoas. Tão importante quanto fazer pontes é desenvolver competências nas pessoas para as habilidades do bem-estar, para as habilidades das relações. Portanto, o que não pode faltar em uma liderança política ou em uma cidade é esse olhar da educação para a vida, educação que vai além dessa abordagem convencional, mas que também agrega competências para conviver com o outro, para a família funcionar melhor. Enfim, uma educação para ser cidadão, uma educação para a paz, uma educação para o aprendizado das emoções, uma educação para a vida.
Fonte: http://www.inteligenciarelacional.com.br/noticia/14-12-2015- desenvolver-habilidades-para-o-bem-estar-e-tao-importante-quantoconstruir-pontes

Em “Na cidade ideal do psicólogo, os filhos dos pobres e dos ricos seriam acolhidos da mesma forma para ter as mesmas oportunidades de desenvolvimento e de compreensão do sentido da vida”,

Alternativas
Comentários
  • Seriam acolhidos - hipótese.

    Letra: A

  • Máxel, de fato é estranho, visto que os verbo SER é utilizado como auxiliar..

  • Marquei o item "a" em razão do verbo se encontrar conjugado no futuro do pretérito, que serve para indicar um fato hipotético.

  • A letra A encontra-se correta, mas não consigo ver um erro na letra D.

    Sugiro um comentário do professor!

  • Ta, ok, A...MAS qual o erro da D? pq ninguem toca nesse assunto rsrs

  • D

    Ser é verbo de ligação. “acolhidos” deve ser predicativo do núcleo do sujeito "os filhos".

  • Essa questão teria que ser anulada mal elaborada.

  • Na língua portuguesa, uma locução verbal é formada por um verbo auxiliar (conjugado) e pelo verbo principal (no infinitivo, gerúndio ou particípio). A locução constitui um todo, os verbos auxiliares apenas indicam as conjugações, tal como em: estava indo e terá falado.

    A flexão do verbo auxiliar dá origem aos aspectos verbais, fazendo uma referência à duração da ação verbal e ao ponto de vista pelo qual a ação é perspectivada.

  • Não consigo ver erro na letra D) também. Questão mal elaborada com duas opções de respostas

  • A banca aqui está indo ao "pé da letra", ou seja a expressão seriam acolhidos não leva em consideração a frase e sim o sentido da expressão que a banca pediu. Banca louca mesmo...

  • Letra A correta, mas a Letra D está corretíssima! Errei a questão simplesmente porque nem o próprio elaborar soube dizer o que quer. 

    putz!

  • Indiquem comentário do professor!

  • O item A está correto, mas não há nenhum erro no item D! Explicações, por favor.
  • Indiquem comentário do professor.Questão onde dois itens certos (A) e (D)!

  • Não é a alternativa D porque a "expressão em destaque" nos traz "acolhidos" e não "acolher" conforme dito na alternativa. O.o Pode isso produção? ???????

    [...] tem como verbo principal o verbo “acolher”. (Se estivesse em sua forma no infinito)

    O que nos resta é entender a banca e não errar na prova. 

  • Acertei a questão porque li só a Letra A de cara e já fui respondendo.

    Mas assisti ao comentário do professor do QC. A justificativa da banca é horrível, dizendo que na alternativa

    o verbo auxiliar é "acolhidos" e não "acolher". Mas como disse o prof, só nos resta ENGOLIR.

     

    Triste isso!

     

  • Gabarito: A

     

    Mais uma questão pro caderno de questões fedorentas.

  • questão podre podre podre

  • Lydia Perazzo

    acolhIDOS --> particípio né ?

  • Após algumas dezenas de questoes respondidas acabei lendo hipérbole ao invés de hipótese na letra A kkkkkkk

    Acho que é hora de fazer uma pausinha

  • Seriam acolhidos indicam Hipotéses, uma das caracteristicas de verbos conjugados no subjuntivo.

  • Desculpem-me o desabafo, mas essa prova foi bem escrota.

    Ufa! Estou mais leve.

  • É DESESPERADOR !

  • AOCP pesada.

  • A letra D também está correta, uma vez que não existe o verbo "acolhidos" (como disse o prof. Arenildo) e sim acolher. Creio que o instituto AOCP deveria selecionar melhor a composição da sua banca.

  • Ótimo comentário do Professor  Arenildo Santos.

  • ...seriam acolhidos...

     

    a) a expressão em destaque indica uma hipótese (CORRETA)

    b) a expressão em destaque indica dúvida. (INDICA HIPÓTESE)

    c) o verbo destacado, pertencente ao verbo “ir”, se fosse conjugado no pretérito perfeito apresentaria a seguinte forma: “foram”. (VERBO SER - ÉRAM)

     

    e) os termos da expressão em destaque se encontram no plural para concordar com “pobres” e “ricos”. (PARA CONCORDAR COM "FILHOS")

     

    Bons estudos! :)

  • Não é verbo acolher é sacanagem mesmo!!!!!!!!!!!!

  • BANCA LIXO

  • Fui na D por ser a alternativa mais completa, mas infelizmente esses examinadores sempre usam artifícios que não mede grau de conhecimento algum.
  • Vamos engolir.

  • é facil ver erro depois que ver as respostas, na hora da prova ou vai ou racha.. complicado..

  • "seRIA(M)" é um verbo no futuro de pretérito do indicativo. Geralmente, expressam hipótese, possibilidade ou dúvida. Pelo contexto, percebe-se que se trata de uma hipótese.

    GABARITO: A

  • Que ódio dessa banca maldita.

  • Fiquei na dúvida cruel entre (A) e (D)...

    Pra mim ambas estão corretas! O pior foi eu ter marcado a letra A e mudado pra D e errar :(

    GABARITO: A

  • QUE BANCA PORCA.

  • Banquinha difícil, formula a questão errada e depois se justifica, com uma justificativa não tem nada haver.

    Quando vamos nos referir a um verbo sem está conjugado falamos no modo infinitivo. Verbo amar, verbo vender, verbo ir, verbo correr, verbo acolher.

  • Acredito ser uma pegadinha da banca, pq se fosse (ACOLHIDOS) a alternativa D estaria correta como verbo principal da locução.

  • Questão imunda.

    Com dois gabaritos A/D

  • Alternativa D também está correta!

  • D) a expressão em destaque é uma locução verbal que tem como verbo principal o verbo “acolher”. ERRADA!

    Não é uma locução verbal, mas um tempo composto.

    Vamos ver como diferenciar os tempos compostos das locuções verbais.

    • A formação dos tempos compostos

    Os tempos compostos são formados por voz ativa e voz passiva: na voz ativa, os verbos “ter” ou “haver” mais o verbo principal formam os tempos verbais; na voz passiva, os tempos verbais são formados pelos verbos “ter” ou “haver” mais o verbo “ser” mais o verbo principal no particípio.

    Exemplos: O meu amor por você só tem crescido com o nosso convívio. (Voz ativa).

    Temos sido abençoados em todos os aspectos de nossas vidas. (Voz passiva).

    • A formação da locução verbal

    A locução verbal, também chamada de locução perifrástica, é composta pela união de um verbo auxiliar mais um verbo principal no infinitivo ou no gerúndio.

    Exemplos: Estamos fazendo todo o possível para encerrar logo o serviço.

    Vou comprar todos os livros e alcançar o meu sonho de biblioteca pessoal.

    Observe que, em todas as conjugações dos exemplos, as flexões ocorreram apenas no verbo auxiliar.

  • Cabe recurso.


ID
2078779
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

    

Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte , tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.

    Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.

    Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.

    Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.


PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

Considere-se o seguinte período:


Mas, por outro lado, é na maneira como o delito FOI PRATICADO que SE ENCONTRAM características 100% seguras da mente de quem o praticou, A EVIDENCIAR fatos, tal qual a imagem fotográfica REVELA-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que FOI REGISTRADA.


Feitos eventuais ajustes indispensáveis, a substituição da forma verbal (em destaque) que altera fundamentalmente o sentido do enunciado está registrada em:

Alternativas
Comentários
  • O Gabarito é mesmo a letra E. 

     

    a) Errada.  "do momento em que SE REGISTROU" Quando passamos do passivo para o ativo, o pronome relativo "que" atrai o "se", logo, não há prejuízo no sentido.

     

    b) Errada. Não há nenhum prejuízo semântico, foi feita apenas a passagem da voz ativa para a passiva.

     

    c) Errada. Não há nenhum prejuízo semântico, foi feita apenas a passagem da voz ativa para a passiva.

     

    d) Errada. Aqui morou o perigo da questão. Eu errei porque não fiz o ajuste na frase, pensei "foi praticado POR ALGUÉM, é diferente de praticar-se" Mas, fazendo os devidos ajustes, não há prejuízos. Veja: "Mas, por outro lado, é na maneira como praticou-se o delito..."

     

    e) Gabarito. O erro dessa alternativa é bem sutil. Quando ele faz a passagem da voz ativa para a passiva, o pronome "nos" deveria estar entre "têm nos revelado" e não apenas "tem revelado". Assim, mesmo que façamos os ajustes necessários, o pronome fica "perdido" na oração, trazendo um prejuízo semântico. Após a troca, a frase tem um sentido de que a fotografia tem revelado algo a todos e não somente aos envolvidos.

     

    Pelo menos eu entendi dessa forma

     

  • Não há colocação proniminal após particípio. Assim, o pronome "nos," obrigatoriamente deveria está antes do verbo. Sua retirada alterou completamente a semântica, pois passa a revelar a todos, e não somente aos interlocutores.   

  • Letra E.

    TEM REVELADO - Verbo auxiliar no presente + verbo principal no participio é igual a PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO.

    Revela está no presente.

  • Entendi porr nenhuma.....

  • Em que pese a análise do Estéfena esteja correta, ela não se aplica a questão, vez que nessa é relatado: "feitos os eventuais ajustes indispensáveis...", o que exclui tal justificativa. A resposta plausível encontra-se no comentário do Anderson.

  • oxe...que questão é essa? ERREI fui na D

  • Concordo com o Dimas sobre essa restrição de sentido:  ...tem nos revelado... ( amplia a todos)     ...revela-nos...(restringe a um grupo a revelação)

  • O "revela" que está no presente, indica algo que sempre acontece... uma verdade.

    O "tem revelado" (pretérito perfeito composto) indicaria algo que tem ocorrido, e não que sempre acontecerá.

  • Vamos solicitar comentário do professor, questão mutio difícil!!!

     

  • Não consegi entender essa questão ainda. Indiquei para o professor comentar.

     

  • Revela-nos,   nos têm revelado= o erro está simplesmente na acentuação. Na voz passiva , o verbo auxiliar concorda em número e modo com o sujeito, no caso nos.         tem= singular            têm= plural

     

     

  • Em "a revelar" eu senti um tom de futuro - e a troca por "evidenciando" sugeria tempo presente no gerúndio.

    Mas a resposta é a letra E, acho que porque "REVELA" ocorre no momento em que se fala; e "TEM REVELADO" dá ideia de continuidade, algo que vem sendo revelado...

  • Não consegui entender o teor da questão.Indiquei para comentário de algum professor!!!!

  • Eu não consigo nem entender o que requer a questão aff..

  • a alternativa A tambem tem o sentido prejudicado ,pois gera ambiguidade . Foi registrada faz refencia a imagem , ja registrou pode fazer referencia tanto para algo como para a imagem .

  • Marquei a D porque achei que substituindo "foi praticado" por "praticou-se" deu um sentido de que o delito praticou por si mesmo.

    Alguma coisa desse tipo! 

    Blz. Proxima.

  • Tb fui na D =/ 

  • Letra D = sai da vol passiva analítica para sintética, não altera o sentido.

     

    Letra E = Revela é presente. Neste momento. / Tenho Revelado, esta ideia é passado. Ideia passada estando no presente. Mudou do presente para o passado.

     

    Gabarito E

    Fonte:QC

    Fonte:QC

  • Comentário do Professor ajudou muito.

  • Mais informações sobre a letra E)

     

    REVELA = presente do indicativo (algo rotineiro) - Ex.: A equipe revela as informações.

     

    TEM REVELADO = pretérito imperfeito do indicativo no tempo composto, que é formado pelo verbo auxiliar no presente (tem) + o verbo principal no particípio (revelado). Portanto, TEM REVELADO é o mesmo que REVELAVA que significa algo que se fazia no passado e não mais se faz no momento presente.

    Ex: A equipe revelava/tem revelado as informações. (provavelmente algo interrompeu a ação).

     

  • Indicativo

     

    Presente

    eu revelo
    tu revelas
    ele revela
    nós revelamos
    vós revelais
    eles revelam

     

     

    Pretérito perfeito simples

    eu revelei
    tu revelaste
    ele revelou
    nós revelámos
    vós revelastes
    eles revelaram

     

    Pretérito perfeito composto

    eu tenho revelado
    tu tens revelado
    ele tem revelado

    nós temos revelado
    vós tendes revelado
    eles têm revelado

     

     

    Pretérito imperfeito

    eu revelava
    tu revelavas
    ele revelava
    nós revelávamos
    vós reveláveis
    eles revelavam

     

     

     

    Futuro do presente simples

    eu revelarei
    tu revelarás
    ele revelará
    nós revelaremos
    vós revelareis
    eles revelarão

     

    Futuro do presente composto

    eu terei revelado
    tu terás revelado
    ele terá revelado
    nós teremos revelado
    vós tereis revelado
    eles terão revelado

     

     

    Pretérito mais-que-perfeito simples

    eu revelara
    tu revelaras
    ele revelara
    nós reveláramos
    vós reveláreis

     

     

    Pretérito mais-que-perfeito composto

    eu tinha revelado
    tu tinhas revelado
    ele tinha revelado
    nós tínhamos revelado
    vós tínheis revelado
    eles tinham revelado

     

     

    Condicional

    Futuro do pretérito simples

    eu revelaria
    tu revelarias
    ele revelaria
    nós revelaríamos
    vós revelaríeis
    eles revelariam

     

    Futuro do pretérito composto

    eu teria revelado
    tu terias revelado
    ele teria revelado
    nós teríamos revelado
    vós teríeis revelado
    eles teriam revelado

     

    Conjuntivo / Subjuntivo

    Presente

    que eu revele
    que tu reveles
    que ele revele
    que nós revelemos
    que vós reveleis
    que eles revelem

     

    Pretérito perfeito

    que eu tenha revelado
    que tu tenhas revelado
    que ele tenha revelado
    que nós tenhamos revelado
    que vós tenhais revelado
    que eles tenham revelado

     

    Pretérito imperfeito

    se eu revelasse
    se tu revelasses
    se ele revelasse
    se nós revelássemos
    se vós revelásseis
    se eles revelassem

     

    Pretérito mais-que-perfeito

    se eu tivesse revelado
    se tu tivesses revelado
    se ele tivesse revelado
    se nós tivéssemos revelado
    se vós tivésseis revelado
    se eles tivessem revelado

     

    Futuro simples

    quando eu revelar
    quando tu revelares
    quando ele revelar
    quando nós revelarmos
    quando vós revelardes
    quando eles revelarem

     

    Futuro composto

    quando eu tiver revelado
    quando tu tiveres revelado
    quando ele tiver revelado
    quando nós tivermos revelado
    quando vós tiverdes revelado
    quando eles tiverem revelado

     

     

    Infinitivo pessoal

    Presente

    eu revelar
    tu revelares
    ele revelar
    nós revelarmos
    vós revelardes
    eles revelarem

     

    Pretérito

    eu ter revelado
    tu teres revelado
    ele ter revelado
    nós termos revelado
    vós terdes revelado
    eles terem revelado

     

     

    Imperativo

    Afirmativo

    -
    revela
    revele
    revelemos
    revelai
    revelem

     

     

    Negativo

    -
    não reveles
    não revele
    não revelemos
    não reveleis
    não revelem

  • to quase desistindo de fazer essa prova dessa banca, não entendo nunca o que eles querem rs

  • letra E, há mudança de sentido, já que “revela” está no presente do
    indicativo e indica fato, verdade universal, evento que sempre ocorre. Já a
    expressão “tem revelado” está no pretérito perfeito composto, indicando ação
    que começou no passado e perdura até o presente. Observe que uma foto não
    poderia começar a revelar algo no passado e continuar revelando até o presente
    momento. No contexto, revelar é ação instantânea, sem caráter durativo.

  • Gabarito E

     

     

     

    Nas letras D, A e B há mera troca de voz passiva analítica (ser+particípio) por sintética (VTD+SE). As formas são equivalentes.
    Na letra C, temos duas expressões verbais que indicam continuidade “a evidenciar” e o gerúndio “evidenciando”. Ambas são equivalentes.
    Já na letra E, há mudança de sentido, já que “revela” está no presente do indicativo e indica fato, verdade universal, evento que sempre ocorre. Já a expressão “tem revelado” está no pretérito perfeito composto, indicando ação que começou no passado e perdura até o presente. Observe que uma foto não poderia começar a revelar algo no passado e continuar revelando até o presente momento. No contexto, revelar é ação instantânea, sem caráter durativo.

     

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!
     

  • as questões de português desta banca então em mandarim ??

  • tentando entender até agora

  • A) Voz Passiva Analítica -> Voz Passiva Sintética (sem alteração no sentido)

    B) Voz Passiva Sintética -> Voz Passiva Analítica (sem alteração no sentido)

    C) a evidenciar = Infinitivo = Presente/ evidenciando (Gerúndio)= Presente (sem alteração no sentido)

    D) Voz Passiva Analítica -> Voz Passiva Sintética (sem alteração no sentido)

    E) Revela = Presente do Indicativo/ Tem revelado (Particípio) = Pretérito Perfeito Composto (Ocorre alteração nos tempos verbais).

  • Fui por eliminação, pois a E era a única que eu não consegui explicar

    A, B, e D há simples troca de voz passiva, sintética para analítica, e vice-versa. Alternativa C as duas são formas nominais (gerúndio e infinitivo) que significam a mesma coisa. Sobrou a E

  • Esclareço a questão:

    (A)foi registrada / se registrou.

    Houve alteração na voz, passou-se da voz analítica para a sintética

    (B)se encontram / são encontradas.

    Houve alteração na voz, passou-se da voz sintética para a analítica

    (C)a evidenciar / evidenciando.

    Não houve alteração de sentido.

    Lembrem-se de que infinitivo seguido por preposição A possui a mesma semântica do gerúndio, a de continuidade.

    (D)foi praticado / praticou-se.

    Houve alteração na voz, passou-se da voz analítica para a sintética.

    Não há alteração de sentido; todavia, incorreção na colocação pronominal, visto que o verbo pertence a uma oração subordinada adjetiva

    (E)revela / tem revelado.

    A alternativa E é o gabarito, pois houve alteração de tempo ao trocar revela(presente do indicativo) pelo tempo composto tem revelado(pretérito perfeito composto do indicativo).

    • A estrutura preposição A + infinitivo e a forma nominal em gerúndio possuem a mesma semântica.
    • Pretérito perfeito composto do ind. não equivale ao presente do ind.

ID
2079028
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-PA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

    Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas a leituras diversas, a depender do observador e do observado. Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em outras palavras, mostra características comportamentais indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato, em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por conseguinte , tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.

    Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 100% objetivos. Basta juntar essas características comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o pensamento e determinou a conduta.

    Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do criminoso comum, que entendia o que fazia.

    Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro lado, é na maneira como o delito foi praticado que se encontram características 100% seguras da mente de quem o praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica revelanos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram feitas revela muito da pessoa que as fez.

PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.

Ao substituir-se “um fato” por “fatos”, em: “existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é 100% de certeza”, preserva-se a norma de concordância verbal com a seguinte construção modalizadora:

Alternativas
Comentários
  • Resposta: Letra e)

     

    O verbo haver, neste caso, é impessoal e transmite sua impessoalidade ao verbo auxiliar da locução verbal. O correto é "deve haver fatos".

  • Uma boa dica para essa questão é saber que o verbo principal sempre vem na forma nominal, que pode ser de três tipos: infinitivo, gerúndio e particípio.

  • O verbo existir, por sua vez, não segue a regra de impessoalidade do verbo haver. Seria também correta uma alternativa que contivesse "devem existir".
  • Qual o erro da letra D?

  • O erro da letra D é que o verbo "existir" não deve estar flexionado. Nas locuções verbais somente o verbo auxiliar deve flexionar.

    O correto seria: Devem      existir       fatos

                           v. aux    v. principal

     

    espero ter ajudado

  • Não se deve flexionar todos os verbos da locução verbal

  • O verbo haver quando tem o sentido de existir, é impessoal não varia nem sozinho nem acompanhando outro verbo. deve haver fatos, resposta E,  O verbo haver passa sua impessoalidade para os verbos que o acompanham na lucução verbal.

  • Não consegui entender o erro dá letra Branca.

  • a) devem haver fatos (Errado) - deve haver fatos (Certo) Verbo haver no sentido de existir/ocorrer é impessoal e contamina o auxiliar.

     b) deve existir fatos. (Errado) - devem existir fatos (Certo) Existir é verbo pessoal e seu auxiliar deveria ser flexionado no plural para concordar com fatos.

     c) deve haverem fatos. (Errado) - deve haver  fatos (Certo) Não se flexiona o verbo principal na locução (em regra).

     d) devem existirem fatos. (Errado) - devem existir fatos (Certo) Comentário nas outras alternativas.

     e) deve haver fatos. (Certo)

  • GABARITO LETRA E

     d) devem existirem fatos.

     

    O CORRETO SERIA> DEVEM EXISTIR FATOS, POIS O VERBO AUXILIAR QUE CONCORDA COM O SUJEITO. O VERBO PRINCIPAL CARREGA A REGÊNCIA.

  • DEVE HAVER FATOS

    HÁ DE HAVER SOLUÇÕES

    HÃO DE EXISTIR FATOS

    HÃO QUE EXISTIR FATOS

    HAVERÃO DE EXISTIR SOLUÇÕES

    NÃO HÁ FALAR EM NULIDADE

    NÃO QUE FALAR EM NILIDADE

    NÃO QUE SE FALAR EM NULIDADE

    HÁ NULIDADES

    EXISTEM NILIDADES

     

  • Poderia ser:

    1 Opção - Devem existir fatos.

    Como não houve essa assertiva. Poderia ser substituído pelo verbo haver, logo...

    2 Opção - Deve haver fatos

    O haver” no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural..

    GAB: E

  • Pra quem marcou a letra "A" e ficou na dúvida que nem eu, o verbo haver no sentido de existir passa sua impessoalidade para os verbos que o acompanham na locução verbal.

  • GABARITO LETRA "E"

    O verbo HAVER

    “ EXISTIR”, “ocorrer”, “acontecer”, “realizar” [...] existe um fato [...]


ID
2087467
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aumentar idade mínima para compra de cigarro evita vício em jovens
UOL, 03/04/2015
Aumentar a idade mínima permitida para comprar legalmente cigarros pode ter um efeito drástico no uso do tabaco por adolescentes, especialmente de 15 a 17 anos, segundo um estudo da Universidade de Michigan, divulgado pelo Institute of Medicine. O impacto na saúde pública também seria relevante.
O levantamento aponta que usuários mais jovens são, geralmente, mais suscetíveis a pegar carona nos hábitos dos amigos e conseguir cigarros com eles, sendo que poucos compram cigarros ilegalmente. Apenas quando atingem a idade adulta, por volta dos 25 anos, é que passam a fazer mais escolhas por conta própria.
“Embora o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas seja atingido aos 16 anos, as partes do cérebro mais responsáveis pela tomada de decisão, controle de impulsos e susceptibilidade dos colegas e conformidade continuam a desenvolver-se até os 25”, explicou o professor Richard Bonnie, responsável pela pesquisa.
Dos fumantes pesquisados, 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos. A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26, o que sugere que dificilmente uma pessoa se tornará fumante após os 25 anos.
Segundo simulações apresentadas no relatório, se o aumento na idade mínima ocorresse hoje nos Estados Unidos, haveria mudanças significativas na quantidade de jovens fumantes em 2100. Mais precisamente, se a idade mínima passasse para 19 anos, haveria uma diminuição de 3% no total de fumantes. Se passasse para 21, cairia 12%. E, caso fosse para 25 anos, o número de fumantes diminuiria 16%.
Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, a maioria dos Estados permite a compra do cigarro a partir dos 18 anos. Alguns (Alabama, Alasca, Nova Jersey e Utah) permitem a partir dos 19, e a cidade de Nova York aumentou a idade mínima para 21 anos.
Considerando, portanto, que o aumento da idade mínima diminui a taxa de iniciação no vício, os pesquisadores concluem que a medida resultaria em queda nas doenças e mortes relacionadas ao tabaco.
Se a idade mínima aumentasse para 21 anos nos Estados Unidos, haveria menos 249 mil mortes prematuras entre pessoas nascidas entre 2000 e 2019 e pelo menos 45 mil mortes a menos por câncer de pulmão no período, segundo o relatório.
“Ao avaliar as implicações na saúde pública pelo aumento da idade mínima para acessar os produtos do tabaco, este relatório tem como objetivo fornecer a orientação científica de que Estados e municípios precisam ao avaliar novas políticas para atingir o objetivo final, que é a redução e a eventual eliminação do uso de tabaco por crianças e pelos jovens “, disse Victor Dzau, presidente do Institute of Medicine.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/04/03/permitir-cigarro-depois-dos-21-anos-evita-vicio-em-adolescentes-diz-estudo.htm

Em “90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos”,

Alternativas
Comentários
  • "90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos”

     

    Não seria:

     

    Dizem [VTD] ter começado a fumar antes dos 19 anos [OD]
    ?

  • Acho que não, joao lima, a questão se referiu a uma loc. verbal com dois aux e um verbo principal de infinitivo.

    Ou seja, o verbo "começado", na frase, está como VTI, com isso o complemento é OI.

     

    Se estiver errado alguém corrige.

  • eu tbm pensei que nem o joão. pensei quem diz diz alguma coisa. dizem o que? "ter começado a fumar...   pior que faz todo sentido e fica bonito. rs

  • A banca fez m****. Segundo Fernando Pestana, o gabarito deveria ter sido A.

  • indiquem para comentário. 

  • dizem ter

    começado a fumar

  • 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos

     

    90% = sujeito simples

     

    Dizem ter começado = locução verbal = somente o auxiliar é conjugado (dizem). O verbo principal fica na forma nominal (começado = particípio) e de quebra define a regência, neste caso VTD.

     

    a fumar antes dos 19 anos = OD preposicionado galera, preposição "a" é para ajuste fonético apenas. Toda vez que o termo regido for outro verbo, este virá antecedido pela preposição "a".

     

     

  • Dúvida cruel entre A e B, porém fui na B porque realmente o termo “fumar antes dos 19 anos” complementa o sentido de “dizem ter começado”.

  • Eu vejo que , quem se aprofunda mais um pouco, deve ter tido problema nesta questão. Porque INFINITIVO PESSOAL (TER) é uma conjugação do modo imperativo

    Ex: Por ter eu / Por teres tu / Por ter ele

    Entretanto, só cabe se estiver exatamente nesses moldes, destarte, GABARITO B.

  • Justificativas

    A) Errada. A locução verbal é composta de ter/haver + particípio do verbo. Fumar faz parte do complemento verbal desta locução (objeto indireto)

    B) Correto. Quem começou, começou a fumar - complemento verbal, objeto indireto

    C) Errado. 90% é sujeito da oração. O numeral é uma classe que pode, também, funcionar como sujeito

    D) Errado. O verbo ter está no infinitivo e o começado, no particípio

    E) Dizem está conjugado no presente do indicativo

  • Discordei um pouco da maioria dos comentários, marquei para comentário. No momento, meu entendimento é o seguinte:

    a) 90% (Sujeito) dizem (verbo transitivo direto, que pede conjunção integrante, dizem o quê?) ter começado a fumar antes dos 19 anos (Oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo)

    Fonte: muitas questões da FGV com esse tipo de cobrança solicitando a transformação da forma reduzida para desenvolvida, sugiro as seguintes questões:

    b) dizem (o quê?) ter começado (locução verbal: verbo principal ter + auxiliar conjungado no particípio que exige complemento na forma de objeto direto) a fumar antes dos 19 anos

    A partir desse entendimento, não vejo nenhuma das alternativas como respostas gramaticalmente adequadas, contudo, analisemos mesmo assim:

    a)ERRADO, Como vimos, o verbo "fumar" não faz parte de uma locução verbal, ele complementa o sentido da locução verbal anterior.

    b)CORRETO, “fumar antes dos 19 anos” complementa o sentido de “dizem ter começado”. A assertiva não explicita que "dizem ter começado" compõe em conjunto uma locução verbal, portanto, nesse sentido, não há margem para erro. Contudo, faz entender que "fumar antes(...)" complemente todo esse exposto, quando na verdade complementar a locução verbal "ter começado". Porém, não é inteiramente incorreto analisar do ponto de vista analisado pela banca, se comparado as outras assertivas.

    c)ERRADO, é, na verdade, o próprio sujeito.

    d)ERRADO, Ter está na sua forma nominal do infinitivo.

    e)ERRADO, Está conjugado na terceira pessoa do plural.


ID
2097910
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CISSUL - MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÕES -A questão é relacionada ao texto abaixo. Leia-o com atenção antes de responder a elas.

Demagogia eleitoreira

A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade. De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior. De outro, o governo, que apresenta o programa como a salvação da pátria. No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS. Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.

Assistência médica sem médicos é possível, mas inevitavelmente precária. Localidades sem eles precisam tê-los, mesmo que não estejam bem preparados. É melhor um médico com formação medíocre, mas boa vontade, do que não ter nenhum ou contar com um daqueles que mal olha na cara dos pacientes.

Quando as associações que nos representam saem às ruas para exigir que os estrangeiros prestem exame de revalidação, cometem, a meu ver, um erro duplo. Primeiro: lógico que o ideal seria contratarmos apenas os melhores profissionais do mundo, como fazem americanos e europeus, mas quantos haveria dispostos a trabalhar isolados, sem infraestrutura técnica, nas comunidades mais excluídas do Brasil?

Segundo: quem disse que os brasileiros formados em tantas faculdades abertas por pressão política e interesses puramente comerciais são mais competentes? Até hoje não temos uma lei que os obrigue a prestar um exame que reprove os despreparados, como faz a OAB. O purismo de exigir para os estrangeiros uma prova que os nossos não fazem não tem sentido no caso de contratações para vagas que não interessam aos brasileiros.

Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis à chegada dos cubanos, no Ceará. Se dar emprego para médicos subcontratados por uma ditadura bizarra vai contra nossas leis, é problema da Justiça do Trabalho; armar corredor polonês para chamá-los de escravos é desrespeito ético e uma estupidez cavalar. O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.

Agora, vejamos o lado do governo acuado pelas manifestações de rua que clamavam por transporte público, educação e saúde. Talvez por falta do que propor nas duas primeiras áreas, decidiu atacar a da saúde. A população se queixa da falta de assistência médica?

Vamos contratar médicos estrangeiros, foi o melhor que conseguiram arquitetar. Não é de hoje que os médicos se concentram nas cidades com mais recursos. É antipatriótico? Por acaso, não agem assim engenheiros, advogados, professores e milhões de outros profissionais?

Se o problema é antigo, por que não foi encaminhado há mais tempo? Por uma razão simples: a área da saúde nunca foi prioritária nos últimos governos. Você, leitor, se lembra de alguma medida com impacto na saúde pública adotada nos últimos anos? Uma só, que seja?

Insisto que sou a favor da contratação de médicos estrangeiros para as áreas desassistidas, intervenção que chega com anos de atraso. Mas devo reconhecer que a implementação apressada do programa Mais Médicos em resposta ao clamor popular, acompanhada da esperteza de jogar o povo contra a classe médica, é demagogia eleitoreira, em sua expressão mais rasa.

Apresentar-nos como mercenários que se recusam a atender os mais necessitados, enquanto impedem que outros o façam, é vilipendiar os que recebem salários aviltantes em hospitais públicos e centros de atendimentos em que tudo falta, sucateados por interesses políticos e minados pela corrupção mais deslavada. 

A existência no serviço público de uma minoria de profissionais desinteressados e irresponsáveis não pode manchar a reputação de tanta gente dedicada. Não fosse o trabalho abnegado de médicos, enfermeiras, atendentes e outros profissionais da saúde que carregam nas costas a responsabilidade de atender os mais humildes, o SUS sequer teria saído do papel.

A saúde no Brasil é carente de financiamento e de métodos administrativos modernos que lhe assegurem eficiência e continuidade.

(Varela. D. , Folha de S. Paulo, 07/09/2013. Texto adaptado)

Assinale a alternativa que contém um comentário ERRADO sobre o trecho transcrito.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: B.

    Não se usa crase antes de pronome indefinido:

    “Esse radicalismo ficou bem documentado nas manifestações de grupos hostis a toda forma de ajuda externa”.

  • Porque há alteração de sentido na última alternativa? (Quando se coloca vírgula entre os vocábulos assosciação e representam)

  • Gabriela Santos vamos lá!?

    Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes:

    1ª: Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas.

    2ª: Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.


    Vamos a um exemplo:

    A escola tem 137 alunos, que trabalham durante o dia.

    Entende-se que a escola tem um total de 137 alunos e TODOS trabalham durante o dia.


    A escola tem 137 alunos que trabalham durante o dia.

    Entende-se que do total de alunos da escola, 137 trabalham durante o dia, ou seja, ela tem no mínimo 138 alunos.


    Só seguir este mesmo raciocínio para a letra D da questão.

    Espero ter contribuído!

  • Assinale a alternativa que contém um comentário errado sobre o trecho transcrito.

    acredito que o comentário errado possa ser o da Gabriela Santos. (:

  • Ricardo Tiago de Pádua @revisaosst

    Ela esta pedindo ajuda

  • comentário dela foi editado, agora ficou fofo mesmo!

  • Considerações sobre a letra "C":

    Quando da locução verbal: tanto o verbo haver quanto o verbo fazer exigem que o auxiliar fique na terceira pessoa do singular.

    Exemplos: Deve haver uma forma de amenizarmos esse problema.

    Vai fazer dez dias que não faço exercícios físicos.

    (https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/concordancia-verbalcasos-especiais-alguns-verbos.htm)

  • Alternativa B.

    O uso de crase é PROIBIDO antes de pronomes indefinidos. Portanto, substituir a palavra "chegada" pelo pronome "toda" no início do termo destacado faz com que não haja mais o uso da crase.


ID
2289550
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFFS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tomar remédio é fácil; difícil é tomar rumo

Remédios antidepressivos nem sempre funcionam. Sua eficácia pode depender de quão estressado você está.

Daniel Martins de Barros

    A depressão caminha para se tornar uma das principais doenças da humanidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde ela afeta 350 milhões de pessoas, e daqui quatro anos se tornará a principal causa de incapacidade no mundo. Parte desse aumento se deve ao melhor esclarecimento das pessoas e à maior taxa de diagnósticos, mas não é só isso. O suicídio também aumenta mundo afora, indicando que há crescimento real no número de casos. A pergunta principal é: por quê?

    Como todos os transtornos mentais, a depressão não tem uma causa só, bem definida. Sua origem é “multifatorial”, ou seja, múltiplos fatores contribuem para que ela surja. E um dos personagens mais cotados para vilão principal no aumento dos casos é o estresse. Ele não é um problema exclusivo do nosso tempo, sempre existiu, mas hoje em dia, onde quer que procuremos, vamos achar fontes de estresse. Seja vinda do trabalho onde se exige sempre mais; seja do meio cultural, com o fluxo de informação ininterrupto sobrecarregando nossos cérebros; do ambiente doméstico, com relações e papeis sendo redefinidos, gerando insegurança; ou mesmo do simples fato de o mundo passar por uma urbanização crescente, levando para mais gente o bônus, mas também o ônus de se viver em cidades. Uma das maneiras de o estresse levar à depressão é por estimular a resposta inflamatória geral do nosso organismo, desgastando-o lentamente.

    O pior é que esse estresse todo pode não só estar causando, mas também perpetuando a depressão. Um estudo acaba de ser publicado investigando porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo. Sabendo desse papel da resposta inflamatória na origem da depressão os cientistas estressaram um grupo de ratos, levando-os a ter alterações comportamentais semelhantes às que ocorrem nos deprimidos. Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo. Resultado? Não só o comportamento desses últimos melhorou mais do que nos outros, como também os parâmetros biológicos de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos pobres ratos estressados a inflamação aumentou.

    Os pesquisadores concluíram algo difícil de discordar: não adianta muito tomar remédio se nós não atuarmos também no ambiente. O que faz todo sentido: se a origem da depressão não é só química, apenas medicamentos dificilmente bastarão para curá-la.

    E como se combate o estresse se ele vem de todos os lados? Pode ser difícil, mas não é impossível. Cuidando bem do sono, por exemplo: a maioria das pessoas que dorme menos do que gostaria tem falta de sono por sua própria culpa, por ficar na TV ou celular por mais tempo do que deveria. E o sedentarismo, então? Não é preciso ter dinheiro para personal trainer: meia hora de caminhada na rua, dia sim, dia não, já combate os sintomas do estresse. Isso para não falar de alimentação – dietas ricas em carboidratos simples (açúcar e farinha) contribuem para também ativar o estado inflamatório do organismo, enquanto dietas saudáveis fazem o oposto.

    Talvez você não possa mudar de chefe, de cidade ou de família. Mas com certeza poderia mudar de vida. Só que, como sempre digo, tomar remédio é fácil. O difícil é tomar rumo.

Texto adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/tomar-remedio-e-facil-dificil-e-tomar-rumo/

Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • O quê no texto é um pronome relativo e refere-se ao termo antecedente. Um estudoque acaba de ser publicado, o que se refere a "um estudo".

  • Resposta - C

    Que: refere-se a um estudo.

    Na frase "um estudo acaba de ser publicado""um estudo" é sujeito, sendo assim o que na frase exerce função de sujeito.

  • Resposta C

    Q QUE é pronome relativo , " um estudo o qual acaba de ser publicado "  

    "Acaba de ser"  o verbo "ser" no infinitivo , portanto locução verbal 

  • Vamos ao que segue...

     

    A - ERRADO - A palavra "estressante" só possui um radical a qual foi adicionada um sufixo.

     

    B - ERRADO - O pronome "los" refere-se a "ratos" e não "cientistas"

     

    C - CORRETA. "que" é pronoem relativo que retoma "estudo", agindo como sujeito na oração...A preposição no meio da locuação verbal não influencia.

     

    D - ERRADO - São diferentes.... O sujeito de "melhorou" é "comportamento. O sujeito de "aumentou" é "inflamação".

     

    E - ERRADO - "que" é pronome relativo que retoma "estudo".  Não é Conjunção  integrante....

     

    Espero ter ajudado....

     

    Abraço

     

    D - 

  • Covardia não indica a posição dos trechos no texto.

  • pessoal, na alternativa C o de é preposição acidental ??

     

    OBRIGADO

  • ( ERRADO) No excerto “Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo”, o termo destacado se constitui de um verbo e um pronome em posição enclítica, sendo que o pronome tem função referencial anafórica e retoma a palavra “cientistas”, expressa anteriormente no texto.  los= RATOS

  • Concordo, Damiao Wellington. hahahah

     

    Fiquei entre a B e C. No entanto, aredito que de propósito, o examinador não se prestou nem para colocar o número da linha. Queria nos cansar e perder tempo achando. Foda, né? rs

     

  • temos uma oração adjetiva explicativa , o "que" funciona como pronome relativo , retomando o termo "Um estudo",  se comportando como sujeito da oração. 

  • Quanto à A, as duas palavras são formadas por derivação e não composição, pois apresentam apenas um radical. 

  • Peço licensa pra fazer só uma ressalva quanto ao gabarito que é C)
    A locução verbal não é só ACABA DE SER, mas sim ACABA DE SER PUBLICADO

  • Gab. C

    Um estudo, que acaba de ser publicado, investigou porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo.

    O “que” não funciona como conjunção integrante, mas sim como pronome relativo, introduzindo uma oração subordinada adjetiva explicativa, pois está separada por virgulas.

    Conjunções integrante são, geralmente, introduzidas pelos pronomes que e se, e podem ser substituídas, sem problemas, por isto ou isso.

  • Ótimo texto!

  • COMENTÁRIOS:

    A) No excerto “Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo”, as palavras em destaque são formadas a partir de um processo de composição, por meio do qual se anexam dois radicais distintos para formar uma nova palavra. (ERRADO - as palavras são formadas pelo processo de derivação. A primeira é derivação prefixal (prefixo 'anti' = contra) e a segunda é derivação sufixal - sufixo 'ante', que atribui qualidade e característica, formando adjetivos)

    B) No excerto “Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo”, o termo destacado se constitui de um verbo e um pronome em posição enclítica, sendo que o pronome tem função referencial anafórica e retoma a palavra “cientistas”, expressa anteriormente no texto. (ERRADO - o pronome realmente está em posição enclítica, ou seja, depois do verbo, e tem função anafórica, mas não retoma o termo 'cientistas', e sim, o termo 'grupo de ratos'. Uma leitura apressada faria o candidato errar a questão)

    C) No excerto “Um estudo, que acaba de ser publicado, investigou porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo”, o “que” desempenha a função de sujeito e a expressão “acaba de ser” trata-se de uma locução verbal. (CORRETO - esse que refere-se à palavra 'estudo'. O que acaba de ser publicado? R.: o estudo. Portanto, estudo é sujeito. Como o que - pronome relativo - refere-se a estudo, estudo é sujeito, e acaba de ser é locução verbal)

    D) No excerto “Não só o comportamento desses últimos melhorou mais do que o dos outros, como também os parâmetros biológicos de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos pobres ratos estressados a inflamação a inflamação aumentou”, ambos os verbos destacados possuem o mesmo sujeito. (ERRADO - as orações possuem sujeitos diferentes. O sujeito de 'melhorou' é o comportamento desses últimos  e o sujeito de 'aumentou' é inflamação - "A inflamação aumentou nos pobres ratos estressados)

    E) No excerto “Um estudo, que acaba de ser publicado, investigou porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo”, o “que” funciona como conjunção integrante ligando os termos da oração, o verbo “acaba” funciona como verbo de ligação e a expressão “de ser publicado” funciona como predicativo do sujeito. (ERRADO - esse que é pronome relativo e tem 'estudo' como referente)

  • seria só o meu que não tem nenhuma palavra destacada ?
  • No excerto “Um estudo, que acaba de ser publicado, investigou porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo”, o “que” desempenha a função de sujeito e a expressão “acaba de sertrata-se de uma locução verbal.

    Na primeira parte eu entendi, certo, o pronome que retoma ao sujeito.

    a segunda parte não entendi, alguém por favor poderia me ajudar?

    fiquei na duvida porque entendo que ser é um verbo de ligação.

  • fiquei orgulhoso de ter acertado esta questão

  • Sobre a alternativa A

    A palavra estresse é um substantivo masculino que se derivou da palavra da língua inglesa stress, portanto estresse é um estrangeirismo da língua portuguesa. O estrangeirismo ocorre quando palavras de outra língua começam a fazer parte do vocabulário, por exemplo, shopping, delivery, hot dog etc

    https://www.todamateria.com.br/estrangeirismo/


ID
2300605
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

    Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

    Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.

    Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato. Noivo...

    - Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

    Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

    - Bom rapaz. Bom rapaz.

    Como se isso estivesse me interessando...

    Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre). [...]

    Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

    - Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.

(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:

Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto, constrói um sentido de ação:

Alternativas
Comentários
  • (D)

    “venho afinando”  Claramente passa a idéia de continuidade.

  • Afinando Verbo no gerúndio indica uma noção de continuidade da ação. Portanto congruente com a Afirmativa (D)

  • Normalmente quem indica uma ação que está acontecendo ou ação em gradação é o uso do GERUNDIO.

    Quem é o Gerundio? Normalmente verbo terminados em NDO. 

     

    D- com ideia de continuidade.

  • ideia de continuidade . letra d

  • ATENÇÃO AO CONTEXTO DA ORAÇÃO:

     

     

     

    Q797760

     

                                    TEMPO COMPOSTOS

     

     

     

    VERBO:   TER    e   HAVER          +    particípio  (INVARIÁVEL)

     

     

     

                                TENHO CANTADO OU  HEI CANTADO, vendido, partido

     

     

                                TINHA ou HAVIA cantado, vendido, partido

     

     

                                TERIA ou HAVERIA cantado, vendido, partido.

     

     

     

    SUBJUNTIVO:    PRETÉRIO PERFEITO COMPOSTO

     

    TENHA ou HAJA cantado, vendido, partido

     

    FOI BENTO (particípio irregular)

     

     

    FOI ENXUTO   (particípio irregular)

     

     

     

     

    ACURATIVAS:     transmitem maior precisão temporal.

     

    Ex.   estar a escrever, andar escrevendo

         

            continuar a escrever

     

             começar a escrever

     

             ir escrevendo

     

             acabar de escrever

     

             cessar de escrever

     

     

                                             MODAIS:  modo da ação que ocorreu

     

    Necessidade, Obrigação

     

    Ex        haver de escrever,  ter de escrever       TEM DE = QUE (preposição) MANTER ISSO

     

     

     

     

     

    Possibilidade Ou Capacidade

     

     

    Ex.  Pode escrever

     

     

    VONTADE ou DESEJO (VOLITIVO):   querer escrever, desejar escrever

     

    TENTATIVA ou ESFORÇO

     

     

     

    CONSECUÇÃO:  conseguir escrever, lograr escrever

     

    APARÊNCIA ou DÚVIDA:  parece escrever

     

     

     

     

     

     

                                ATENÇÃO:  NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS

     

     

    VERBOS CAUSATIVOS:  É UMA CAUSA   (DEIXAR, MANDAR, FAZER e sinônimos)

     

     

     

    Mandei assinarem

     

     

     

    Fizeram-me retornar

     

     

    Ele deixou seu filho sair à noite

     

     

     

     

    Q800896

     

     

    Locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial:começou a viver

     

    Q773128

     

    Desenvolve gradualmente:  vem ganhando.

     

     

     

  • terminado em ndo(gerundío) : algo está em processo

  • VEM PM SERGIPE!!!

  • GAB D 

    Gerúndio -NDO continuidade

    Avante camaradas! PMSE

     

  • Tamos juntos na PMSE

  • Gabarito D

     

     

    A locução “venho estudando”, composta de presente+gerúndio, indica ação continuada, durativa. 
    a) O pretérito perfeito indica ação passada e concluída.
    b) O futuro do presente indica ação que ainda será realizada.
    c) O presente do indicativo expressa ação pontual e ocorrida no presente.
    e) O futuro do pretérito composto (teria feito) indica passado que não mais se realiza.

     

     

    Fonte: Estratégia Concursos

     

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • GABARITO: LETRA D

    O Gerúndio

    Além de atuar como verbo nas locuções verbais, em tempos compostos e nas orações reduzidas, o gerúndio (verbo terminado em -ndo) pode desempenhar as funções de advérbio e de adjetivo.

    Como verbo, indica normalmente um processo incompleto, prolongado, durativo:

    Estava lendo o livro que você me emprestou. (locução verbal)

    Ando lutando para mudar minha vida financeira. (locução verbal)

    Tendo feito várias reclamações por escrito que não foram atendidas, resolvi vir pessoalmente aqui. (locução verbal de tempo composto)

    Obtendo a nota exigida na prova, resignou-se. (oração reduzida)

    FONTE: A Gramática Para Concursos Públicos – Pestana,Fernando. 

  • Afinando = gerúndio:indica ação continuada .


ID
2301055
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]

   Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.

    Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato. Noivo...

     - Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]

   Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.

    - Bom rapaz. Bom rapaz.

    Como se isso estivesse me interessando...

Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...

- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino.


(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996) 


Vocabulário: Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.

Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução. 

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto, constrói um sentido de ação:

Alternativas
Comentários
  • D   ideia de continuidade 

     

  •  

     

    Q797760

     

                                    TEMPO COMPOSTOS

     

     

     

    VERBO:   TER    e   HAVER          +    particípio  (INVARIÁVEL)

     

     

     

                                TENHO CANTADO OU  HEI CANTADO, vendido, partido

     

     

                                TINHA ou HAVIA cantado, vendido, partido

     

     

                                TERIA ou HAVERIA cantado, vendido, partido.

     

     

     

    SUBJUNTIVO:    PRETÉRIO PERFEITO COMPOSTO

     

    TENHA ou HAJA cantado, vendido, partido

     

    FOI BENTO (particípio irregular)

     

     

    FOI ENXUTO   (particípio irregular)

     

     

     

     

    ACURATIVAS:     transmitem maior precisão temporal.

     

    Ex.   estar a escrever, andar escrevendo

         

            continuar a escrever

     

             começar a escrever

     

             ir escrevendo

     

             acabar de escrever

     

             cessar de escrever

     

     

                                             MODAIS:  modo da ação que ocorreu

     

    Necessidade, Obrigação

     

    Ex        haver de escrever,  ter de escrever       TEM DE = QUE (preposição) MANTER ISSO

     

     

     

     

     

    Possibilidade Ou Capacidade

     

     

    Ex.  Pode escrever

     

     

    VONTADE ou DESEJO (VOLITIVO):   querer escrever, desejar escrever

     

    TENTATIVA ou ESFORÇO

     

     

     

    CONSECUÇÃO:  conseguir escrever, lograr escrever

     

    APARÊNCIA ou DÚVIDA:  parece escrever

     

     

     

     

     

     

                                ATENÇÃO:  NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS

     

     

    VERBOS CAUSATIVOS:  É UMA CAUSA   (DEIXAR, MANDAR, FAZER e sinônimos)

     

     

     

    Mandei assinarem

     

     

     

    Fizeram-me retornar

     

     

    Ele deixou seu filho sair à noite

     

     

     

     

    Q800896

     

     

    Locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial:começou a viver

     

    Q773128

     

    Desenvolve gradualmente:  vem ganhando.

     

     

     

  • Ex: VENHO AFINANDO meu muay thai..

    Dá ideia de continuidade, de que o indivíduo ESTÁ SE APERFEIÇOANDO EM ALGO, não há interrupção!

    GABA> D

  • O gerúndio dá ideia de continuidade.


ID
2301355
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

   Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
  Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.
  Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato. Noivo...
  - Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
  Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.
  - Bom rapaz. Bom rapaz.
  Como se isso estivesse me interessando...
Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre). [...] Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fino. 
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996) 
Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução. 

A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto, constrói um sentido de ação:

Alternativas
Comentários
  • Para quem não tem acesso a resposta da questão, gaba: 

     

     d) com ideia de continuidade.

     

    ...a ideia passada é de continuidade: venho afinando, melhorando... etc.

     

  • O gerúndio expressa a ideia de um processo, uma continuidade.

  • FÉÉÉÉÉ

  • ATENÇÃO AO CONTEXTO DA ORAÇÃO:

     

     

     

    Q797760

     

                                    TEMPO COMPOSTOS

     

     

     

    VERBO:   TER    e   HAVER          +    particípio  (INVARIÁVEL)

     

     

     

                                TENHO CANTADO OU  HEI CANTADO, vendido, partido

     

     

                                TINHA ou HAVIA cantado, vendido, partido

     

     

                                TERIA ou HAVERIA cantado, vendido, partido.

     

     

     

    SUBJUNTIVO:    PRETÉRIO PERFEITO COMPOSTO

     

    TENHA ou HAJA cantado, vendido, partido

     

    FOI BENTO (particípio irregular)

     

     

    FOI ENXUTO   (particípio irregular)

     

     

     

     

    ACURATIVAS:     transmitem maior precisão temporal.

     

    Ex.   estar a escrever, andar escrevendo

         

            continuar a escrever

     

             começar a escrever

     

             ir escrevendo

     

             acabar de escrever

     

             cessar de escrever

     

     

                                             MODAIS:  modo da ação que ocorreu

     

    Necessidade, Obrigação

     

    Ex        haver de escrever,  ter de escrever       TEM DE = QUE (preposição) MANTER ISSO

     

     

     

     

     

    Possibilidade Ou Capacidade

     

     

    Ex.  Pode escrever

     

     

    VONTADE ou DESEJO (VOLITIVO):   querer escrever, desejar escrever

     

    TENTATIVA ou ESFORÇO

     

     

     

    CONSECUÇÃO:  conseguir escrever, lograr escrever

     

    APARÊNCIA ou DÚVIDA:  parece escrever

     

     

  • Ex: VENHO AFINANDO meu muay thai..

    Dá ideia de continuidade, de que o indivíduo ESTÁ SE APERFEIÇOANDO EM ALGO, não há interrupção!

    GABA> D

  • 3 questões da mesma, 1 atras da outra, aff

  • GABARITO: LETRA D

     A locução verbal venho afinando da primeira linha do texto da ideia de continuidade.

  • A locução verbal constituída de “vir” + gerúndio exprime processos que se repetem ou prolongam do passado até o presente (“venho afinando”). Assim, transmite uma ideia de continuidade e a alternativa (D) é a correta. 


ID
2305642
Banca
Aprender - SC
Órgão
Prefeitura de Luzerna - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as proposições, quanto à analise dos termos em destaque do período abaixo e assinale a incorreta:
“Esta é a lista de pessoas às quais serão enviadas notificações de trânsito.”

Alternativas
Comentários
  • Esta é a lista DE PESSOAS... 

      (preposição) + (substantivo)= loucão adjetiva que qualifica a LISTA

  • Lista de pessoas. - não seria Adjunto Adnominal?

  • Fiquei em dúvida em relação à alternativa c). O termo "de trânsito" também seria incluído como objeto direto?

  • A dúvida que fica em relação à alternativa C é que ' As notificações de trânsito" serão enviadas, sendo neste caso sujeito da oração, e não objeto direto.


    Pelo menos foi o que entendi, logo, esta assertiva também estaria errada.

  • Letra A

    "de pessoas" acompanha substantivo concreto, portanto é adjunto adnominal.

  • Adjunto Adnominal: Acompanha o núcleo sintático. Ex.: Comprou um novo apartamento. Sujeito: Ele; Núcleo: Apartamento. Adjunto Adnominal: Um novo. *Trata-se de um praticante da ação ou sua função principal é caracterizar um substantivo, concreto ou abstrato, o termo preposicionado é o agente a ser determinado. 

    Complemento Nominal: Em teoria seria o objeto indireto dos nomes. Não é o alvo da ação e não tem sentido de posse. Pode vir ligado a um substantivo, mas refere-se a algo abstrato, completa também adjetivos e advérbios. SEMPRE LIGADO POR PREPOSIÇÃO. Ex.: Cecilia tem orgulho da filha. Substantivo, adjetivo ou adverbio; abstrato e paciente. 

  • Cara lista é um substantivo concreto nunca pode ser conplemento nominal ...........

  • Caso seja possível trocar o termo o qual se quer saber se é complemento nominal ou adjunto adnominal por um adjetivo ou oração adjetivo, este termo corresponderá a um adjunto adnominal.

    Na frase:

    lista de pessoas

    "de pessoas" poderá ser substituído por "pessoal" (gerando uma característica da lista ou seja um adjetivo). Neste caso "de pessoas" será adjunto adnominal, ou seja, letra (A) está errada.

  • Em uma análise sucinta não poderíamos dizer que a assertiva A) encontra-se correta. Explico!

    1) Adjunto adnominais relacionam-se com substantivos concretos e abstratos e isso não pode ser feito por complementos nominais tendo em vista que somente se relacionam com substantivos abstratos (ações, estados, sentimentos..)

    ex: cadeira de ferro, carro de plástico, cama de madeira.= adjuntos adnominais (sbst. concretos)

    Quando citamos > lista de pessoas.

    Lista classifica-se como substantivo concreto e não abstrato, além do que o termo de pessoas classifica lista.

    B) serão enviadas - Na singela opinião do Nobre amigo que vos transcreve a mais preferível.. Locução verbal é a junção de dois ou mais verbos que exercem a função morfológica de um verbo

    Locução Verbal: estou lendo

    Verbo auxiliar: estou

    Verbo principal: lendo

    C) notificações de trânsito -

    O primeiro termo a ser identificado dentro de análise sintática é o sujeito!

    e somente depois os complemento..

    no caso temos um sujeito!

    Fonte: P&SPADOTO, Brasil Escola.

    Equívocos? Mande Msg.


ID
2368453
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“OS DESAFIOS DA VIDA EM SOCIEDADE”.
Crônica do Major Irlando.
O instinto gregário naturalmente nos impulsiona a viver em grupo. Ninguém há que consiga viver tal qual um ermitão, um eremita, insulado de tudo e de todos. Afinal, precisamos uns dos outros! Mas… como viver em grupo sem conflitos?
A vida em sociedade impõe condutas que vão desde o respeito ao próximo, até o cumprimento de todas as regras e normas que nos são apresentadas, como forma de fruirmos uma convivência pacífica e harmoniosa. Desta forma, não cabem atitudes individualistas, egoísticas, as quais apenas atendem aos anseios próprios. Assim, a vontade individual jamais poderá se sobrepujar à coletiva. Infelizmente, nem todos são dotados desse nível de entendimento e consciência, e disso resultam os problemas, as intrigas, os conflitos, enfim.
A grande maioria de nós ainda precisa de polícia, a fim de fiscalizar as nossas atitudes. A sós, tendemos a infringir, a violar! Obviamente, não podemos generalizar, mas o nosso nível evolutivo ainda não está suficientemente avançado de modo a possibilitar-nos condutas retas, probas e dignas, em todos os aspectos.
Como o nosso orbe está sempre apresentando uma densidade demográfica exorbitante, pois atualmente já somamos mais de sete bilhões de seres humanos, urge a necessidade de uma mudança de atitude comportamental, de todos nós, a qual nos levará a uma convivência agradável, minimizando os inúmeros conflitos sociais.
Sócrates (370 a. C.), o eminente filósofo grego, já nos convidava à viagem interior, através da qual analisaríamos não os fatores externos que permeiam nossas vidas, mas a nossa essência espiritual, possibilitando o descobrimento das nossas mazelas morais para as trabalharmos, num eterno processo de burilamento do nosso caráter, da nossa personalidade. Diante do Oráculo de Delfos, o referido filósofo se deparou com uma frase inquietadora: “Homem, conhece-te a ti mesmo!” Isso nos levaria a essa autoanálise, ao autodescobrimento para, a partir daí, buscarmos seguir o valioso ensinamento de Santo Agostinho: sermos hoje melhores do que fomos ontem, e amanhã melhores do que estamos sendo hoje!
Sabemos que qualquer mudança no campo social se dá a longo prazo, porque envolve hábitos e costumes, os quais, via de regra, necessitam de tempo para serem alterados. Contudo, que possamos encetar os primeiros passos, buscando fazer a nossa parte, acreditando que estaremos semeando não para nós, mas, quiçá, para nossos descendentes, a fim de contribuirmos para um mundo melhor.
Texto adaptado. Fonte: http://macaubasonoff.com.br/os-desafios-davida-em-sociedade-cronica-do-major-irlando/

Em relação ao excerto “Contudo, que possamos encetar os primeiros passos, buscando fazer a nossa parte, acreditando que estaremos semeando não para nós, mas, quiçá, para nossos descendentes, a fim de contribuirmos para um mundo melhor.”, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Onde está o erro da alternativa C?

    É por causa do "buscando fazer"?

  • ERRO DA   C)  buscando   não esta conjugado. 

    buscando fazer  
     

  • C. Todo o excerto indica uma situação hipotética. Isso é possível verificar tendo em vista as formas verbais que, em alguns casos, apesar de estarem conjugadas no tempo presente, indicam futuro.

     

    Onde?

  • Quem está buscando, semeando (presente que remete ao futuro)? Nós.

  • a)  Todo o excerto indica hipótese, pois todos os verbos se encontram conjugados no modo subjuntivo. [verbos no infinitivo também]

     

    b) Todo o excerto indica uma situação hipotética. Isso é possível verificar tendo em vista as formas verbais que, em alguns casos, apesar de estarem conjugadas no tempo presente, indicam futuro. [possamos - presente do subjuntivo] CORRETA

     

    c) “Possamos encetar”; “buscando fazer” e “estaremos semeando” são locuções verbais em que um dos verbos é o auxiliar conjugado, e o outro verbo está em sua forma nominal. [“buscando fazer" estão nas formas nominais - gerúndio e infinitivo]

     

    d) O verbo “contribuirmos” é um infinitivo conjugado, portanto, denominado infinitivo impessoal[verbos no infinitivo pessoal - flexionados]

     

    e)   Como a maioria dos verbos encontram-se em sua forma nominal impessoal, é impossível identificar um sujeito nesse excerto [verbos no infinitivo pessoal - flexionados]

  • Como muita gente "temos" marcado a letra C:  

    ):

    Conjunção Verbal: conjunto formado por um verbo auxiliar + um verbo principal

    buscando (verbo auxiliar está no gerúndio) e não pode, segundo a tal da gramática !!!

    O verbo principal ("fazer"): vem sempre em uma forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio).

    O verbo auxiliar ("buscar"): vem normalmente conjugado em um dos modos (indicativo, subjuntivo ou imperativo)

    etc..

    etc..

     

  • Essa banca tem muitas falhas no meu humilde ponto de vista, mas trabalha bem as questões de morfologia. Gostei.

  • B- TEMPO : futuro do presente. 

     

  • Não entendi a letra C. alguém explica? vejamos:

    formas nominais do verbo são : o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO.

    Aí a letra C diz: “Possamos encetar”; “buscando fazer” e “estaremos semeando” são locuções verbais em que um dos verbos é o auxiliar conjugado, e o outro verbo está em sua forma nominal.

    então buscando, estaremos e possamos não é auxiliar conjugado? e encetar, fazer e semeando não é verbo nominal?

    não estou vendo o erro.

  • Ana Carolina,

    Entendi na letra "C": “buscando fazer”  as dois verbos estão nas formas nominais. Ao contrário do que afirma na questão que um deles é "auxiliar conjugado".

    Buscando = Gerúndio

    Fazer = Infinitivo.

  • Encardido Dias  mas gerúndio não é conjugado??? buscando o verbo não está conjugado? não entendi.

  • Ana Carolina, boa noite! Eu acho que o erro é que o verbo fazer não forma locução, sendo assim ficam dois verbos independentes!  

    Ainda estou aprendendo essas regrinhas mas é por aí... corrijam-me se estiver errado

     

    Bons estudos

  • Também marquei letra "C" mas acho que agora consegui entender o erro da questão.

    --> As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio.

    --> As formas nominais NÃO apresentam flexão de tempo e modo.

    --> Logo:

    possamos encertar: conjugado + infinitivo (nominal)

    buscando fazer: gerúndio (NOMINAL) + infinitivo (NOMINAL)

    estaremos semeando: conjugado + gerúndio (nominal)

    Acho que é isso.

     

     

     

  • A) todos os verbos não estão conjugados no modo subjuntivo. Temos gerúndio, infinitivo, etc.

    C) os verbos auxiliares não estão conjugados pois são infinitivos impessoais compondo uma locução verbal (não flexiona).

    D) infinitivo impessoal não conjuga.

    E) não há maioria de verbos na forma nominal (infinitivo) impessoal.

  • É como já foi dito: na letra "C": “buscando fazer” as dois verbos estão nas formas nominais. Ao contrário do que afirma na questão que um deles é "auxiliar conjugado".

    Buscando = Gerúndio

    Fazer = Infinitivo

  • Para quem ficou entre a A e a B, cuidado com as entrelinhas. a letra A falava que TODOS os verbos estavam conjugados em uma forma só

    Bons estudos!

  • Na alternativa E eu li "é possível identificar um sujeito" ... Droga


ID
2393287
Banca
NUCEPE
Órgão
SEJUS-PI
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       Terra em transe

      Fevereiro mal havia começado quando a cúpula da segurança do Espírito Santo captou os primeiros rumores de que policiais militares do estado estavam armando paralisação. O movimento não chegou a preocupar. Embora a PM estivesse claramente insatisfeita com seu salário, apostava-se no máximo em atos isolados, aqui e ali, sem grande repercussão. Num erro dramático, ninguém se mexeu para marcar uma reunião, iniciar uma negociação, ouvir e apresentar propostas. Na sexta-feira 3, a tropa começou a evaporar das ruas. No dia seguinte, Vitória era uma cidade à mercê de bandidos, saqueadores assaltantes e gangues em guerra – e cidadãos de bem estavam subitamente sendo transformados em feras do crime. (...). Os policiais continuavam nos quartéis. Poucas vezes na história do país tamanho pandemônio tomou conta de uma região metropolitana.        

      (...)

      (Revista Veja. Editora Abril. Edição 2517 – ano 50 – nº 7, 15 de fevereiro de 2017. Por Luisa Bustamante, Maria Clara Vieira e Thiago Prado, p. 62). 

Assinalar a opção que apresenta uma perífrase verbal ou locução verbal que, de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa, também pode ser considerado um tempo composto.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    Os tempos compostos são formados pelos verbos TER ou HAVER, chamados auxiliares, seguidos de um particípio, chamado de verbo principal.

  • GABARITO C

     

    Ao nos referirmos acerca dos tempos compostos, torna-se indispensável compreendermos que se trata da junção de dois verbos: um representando o verbo auxiliar e outro ocupando a função de verbo principal. Desta forma, temos que os verbos “ter” e “haver” integram a classe dos auxiliares, conjuntamente a um determinado verbo, expresso no particípio, ora denominado de principal.

     

    Ex.: tenho viajado muito, ultimamente. / nós havíamos feito o convite.

     

    Fonte: http://m.portugues.uol.com.br/gramatica/formacao-dos-tempos-modos-compostos.html

     

     

    Bons estudos!

  • Nas locuções verbais, o último verbo (o principal) aparece sempre em uma de suas  formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio); já os verbos auxiliares são flexionados em tempo, modo, número e pessoa.

    Dentre os verbos auxiliares de uso mais frequentes estão: estar, haver, ser, ter e ir.

    Quando a locução verbal é formada pelos verbos auxiliares “ter” ou “haver” mais o particípio do verbo principal tem-se um tempo composto.

    Exemplo: Ele já tinha saído para a escola quando você me ligou.

    Os verbos “poder” e “dever” são auxiliares que expressa o potencial ou a necessidade de determinado processo se realizar.

    Outros auxiliares bastante utilizados são os seguintes: voltar a, pôr-se, começar a, deixar de, ir, vir, estar, dentre outros.


    fonte: http://www.estudopratico.com.br/locucao-verbal/

  • REGULARES ;ADO  E IDO PRECEDIDO DO VER HAVER OU TER.

    BONS ESTUDOS

    SO PASSA QUEM ESTUDA!!

  • Só passa quem estuda? Achei que era só marcar as questões e comemorar 

  •                 TEMPO COMPOSTOS

     

     

     

    VERBO:   TER    e   HAVER          +    particípio  (INVARIÁVEL)

     

     

     

                                TENHO CANTADO OU  HEI CANTADO, vendido, partido

     

     

                                TINHA ou HAVIA cantado, vendido, partido

     

     

                                TERIA ou HAVERIA cantado, vendido, partido.

     

     

     

    SUBJUNTIVO:    PRETÉRIO PERFEITO COMPOSTO

     

    TENHA ou HAJA cantado, vendido, partido

     

    FOI BENTO (particípio irregular)

     

     

    FOI ENXUTO   (particípio irregular)

     

     

     

     

    ACURATIVAS:     transmitem maior precisão temporal.

     

    Ex.   estar a escrever, andar escrevendo

         

            continuar a escrever

     

             começar a escrever

     

             ir escrevendo

     

             acabar de escrever

     

             cessar de escrever

     

     

                                             MODAIS:  modo da ação que ocorreu

     

    Necessidade, Obrigação

     

    Ex        haver de escrever,  ter de escrever       TEM DE = QUE (preposição) MANTER ISSO

     

     

     

     

     

    Possibilidade Ou Capacidade

     

     

    Ex.  Pode escrever

     

     

    VONTADE ou DESEJO (VOLITIVO):   querer escrever, desejar escrever

     

    TENTATIVA ou ESFORÇO

     

     

     

    CONSECUÇÃO:  conseguir escrever, lograr escrever

     

    APARÊNCIA ou DÚVIDA:  parece escrever

     

     

     

     

     

     

                                ATENÇÃO:  NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS

     

     

    VERBOS CAUSATIVOS:  É UMA CAUSA   (DEIXAR, MANDAR, FAZER e sinônimos)

     

     

     

    Mandei assinarem

     

     

     

    Fizeram-me retornar

     

     

    Ele deixou seu filho sair à noite

     

     

     

     

    Q800896

     

     

    locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial

  • Prezado Marcelo Mendes, sugiro que me bloqueie; dessa forma, os comentários impertinentes não serão mais vistos; ou, então no canto da sua tela "reporte ao abuso".

     

    Utilizo o método do estudo reservo, ou seja, disseca item por item da assertiva como maneira de fundamentar e fixar as questões.

     

    Desculpe-me pelo inconveniente e excelentes estudos descomplicados...

  • Por que não o item A?

    "sendo transformados" não satisfaz as regras para ser uma locação verbal?

  • Os tempos compostos são formados pelos verbos TER ou HAVER, chamados auxiliares, seguidos de um Verbo no particípio, chamado de verbo principal.

    EX:

    Fevereiro mal havia (VERBO HAVER) começado (ADO- PARTICIPIO) quando a cúpula da segurança ... São dois verbos, assim forma a locução verbal, com o verbo haver + participio = tempo composto.

  • c-

    Os tempos compostos são formados por voz ativa pelos verbos "ter" ou "haver" como auxiliares mais o verbo principal; na voz passiva, possuem verbos ter ou haver mais o verbo ser mais o verbo principal no particípio. e.g.: Ele tem sido considerado um bom empregado. 

  • letra c  o verbo auxiliar é o haver e o principal éo começado partícipio reegular

  • C) Ter/haver + particípio.

  • THIAGO QUEIROZ, eu acho que é porque o verbo auxiliar vem normalmente no indicativo, subjuntivo ou imperativo. "Sendo" é gerúndio. O verbo principal é que vem no particípio, gerúndio ou infinitivo.

  • Formação dos tempos compostos

    Na voz ativa, os tempos verbais são compostos pelos verbos auxiliares ter ou haver + o verbo principal.

    Já na voz passiva, os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver + ser + verbo principal no particípio.

    Temos sido beneficiados com o trabalho deste delegado.

    As vendas têm aumentado bastante no último mês

     

    Formação da Locução verbal

    A locução perifrástica, por sua vez, é formada pela junção de um verbo auxiliar + um verbo no infinitivo ou no gerúndio.

    Estamos fazendo o possível para terminar logo.

    Vou vender todas as mercadorias e atingir a minha meta.

    Fonte:
    CEREJA, William Roberto. Português: Linguagens: volume 2: ensino médio / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 5. ed. – São Paulo: Atual, 2005.
    http://recantodasletras.uol.com.br/gramatica

  • Gente, a questão pede que a alternativa seja locução verbal e que sirva tb de tempo composto, correto? 

    * Tempo composto:

    ATIVO: TER / HAVER + PARTICÍPIO ( -do ) 

    PASSIVO: TER / HAVER + SER + PARTICÍPIO ( -do ).

     

    * Locução Verbal

    verbos auxiliares + verbo principal no INFINITIVO ( -r ) OU GERÚNDIO ( -ndo )

     

    A alternativa C  

    havia começado... ( Haver + Particípio ). - na minha opinião seria somente TEMPOS COMPOSTOS.

     

    Loc. Verbal e Tempos compostos não possuem verbos principais com formas nominais em comuns. 

    ME AJUDEM?  

  • Todo tempo composto é formado por locução verbal, mas nem toda locução verbal corresponde a um tempo composto. Para que uma locução verbal seja também um tempo composto é necessário que os verbos auxiliares sejam o "ter" ou o "haver"mais um verbo (o principal) no particípio. Já nas locuções  verbais que não correspondem a um tempo composto, pode haver os verbos auxiliares em questão, porém os verbos principais estarão no gerundio ou no infinitivo.

  • Locução verbal. Na língua portuguesa, uma locução verbal é formada por um verbo auxiliar (conjugado) e pelo verbo principal (no infinitivo, gerúndio ou particípio). A locução constitui um todo, os verbos auxiliares apenas indicam as conjugações, tal como em estava indo e terá falado.

  • LETRA C

    Tempo composto: São locuções verbais formada pelos verbos TER e HAVER, + o verbo principal no PARTICÍPIO.

    Ex.: Carmem ja tinha voltado da cozinha;

    João havia falado com Júlia;

  • O gabarito é a letra c. Tempo composto é a locução construída com ter/haver + particípio do verbo principal. No caso da questão, esse tempo representa o pretérito mais que perfeito do indicativo e indica um fato ocorrido antes de outro fato no passado.

  • GABARITO LETRA C

    TER/ HAVER+ PARTCIPIO= TEMPO COMPOSTO

  • As locuções verbais que expressam tempos compostos são duas: ter/haver + particípio nos tempos pretérito perfeito e mais que perfeito. Deste modo, o gabarito é a letra c. As outras locuções representam, respectivamente:

    A) locução auxiliar de voz passiva, composta pelos verbos ser, estar, ficar, viver, andar, ir, vir + particípio;

    B) locução auxiliar de aspecto;

    D) locução auxiliar de aspecto ( continuidade de ação);

    E) locução auxiliar de modo.

  • OTAVIO PMMINAS

    @PMMINAS

    O cara é sensa

    Parabéns! Você acertou!

  • De forma simplista a questão pode ser resolvida avaliando qual frase não muda ao se alterar o tempo verbal...DE FORMA SIMPLISTA!

ID
2402695
Banca
COSEAC
Órgão
UFF
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                     A IMAGEM NO ESPELHO

      Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver. Justificava-se:

      – Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou esquecer muita coisa e mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão mais fiéis e terão a graça das coisas verdes.

      O que viveu depois disto não foi propriamente o que constava do livro, embora ele se esforçasse por viver o contado, não recuando nem diante de coisas desabonadoras. Mas os fatos nem sempre correspondiam ao texto e, para ser franco, direi que muitas vezes o contradiziam.

      Querendo ser honesto, pensou em retificar as memórias à proporção que a vida as contrariava. Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera (ou imaginara) devesse ser a sua vida. Ele não tinha fantasiado coisa alguma. Pusera no papel o que lhe parecia próprio de acontecer. Se não tinha acontecido, era certamente traição da vida, não dele.

      Em paz com a consciência, ignorou a versão do real, oposta ao real prefigurado. Seu livro foi adotado nos colégios, e todos reconheceram que aquele era o único livro de memórias totalmente verdadeiro. Os espelhos não mentem.

                             (ANDRADE, C. D. de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1981, p. 23.) 

A locução verbal sublinhada exprime um processo em sua fase inicial em:

Alternativas
Comentários
  • gab: letra B

     

  • Não entendi o objetivo dessa questão!!!

  • Questão péssima. Tantas coisas para abordar, mas os caras fazem um enunciado porco desses. Vai entender...

  • os verbos tem que apresentar uma unica ação verbal..seguido com o verbo auxiliar.

  • Acetei, porém achei difícil, interpretei da seguinte forma, que a locção verbal teria que retomar uma idéia que estaria no início da frase.

  • locução verbal de início exprime o momento em que a ação verbal se realiza =  começou a viver.  

  •  

     

    ACURATIVAS:  transmitem maior precisão temporal.

     

    Ex.   estar a escrever, andar escrevendo

         

            continuar a escrever

     

             começar a escrever

     

             ir escrevendo

     

             acabar de escrever

     

             cessar de escrever

     

     

                                             MODAIS:  modo da ação que ocorreu

     

    Necessidade, Obrigação

     

    Ex        haver de escrever,  ter de escrever       TEM DE = QUE (preposição) MANTER ISSO

     

     

     

     

     

    Possibilidade Ou Capacidade

     

     

    Ex.  Pode escrever

     

     

    VONTADE ou DESEJO (VOLITIVO):   querer escrever, desejar escrever

     

    TENTATIVA ou ESFORÇO

     

     

     

    CONSECUÇÃO:  conseguir escrever, lograr escrever

     

    APARÊNCIA ou DÚVIDA:  parece escrever

     

     

     

     

     

     

                                ATENÇÃO:  NÃO SÃO LOCUÇÕES VERBAIS

     

     

    VERBOS CAUSATIVOS:  É UMA CAUSA   (DEIXAR, MANDAR, FAZER e sinônimos)

     

     

     

    Mandei assinarem

     

     

     

    Fizeram-me retornar

     

     

    Ele deixou seu filho sair à noite

     

     

     

     

     

  • Precisa de tanta teoria? acertei pelo significado do texto...

  • Não, Isabel, porque as locuções verbais podem vir ligadas por preposições.

  • Pessoal, a questão é sobre Aspecto Verbal

    O aspecto verbal tem a ver com o tempo gasto na duração do processo verbal
    (início, meio e/ou fim). Conseguimos perceber o aspecto verbal pela semântica do
    verbo e pelo contexto, normalmente.

    1) Aspecto pontual ou momentâneo: não é apresentada a duração, pois o fato é instantâneo;
    o fato ocorre no momento da declaração.
    – Eu estou vendo TV agora, depois a gente se fala.
    – O cachorro pegou o osso no ar.

    2) Aspecto inceptivo, incoativo: o processo verbal indica que algo está sendo apresentado
    em seu início.
    – Meu filho começou a andar... passou a falar... daqui a pouco só vai fazer arte.
    – Amanhece em Copacabana um sol lindo, vivo.

    3) Aspecto cursivo, durativo: o processo verbal já teve um início e continuou ou
    continua, sem conclusão, num movimento progressivo.
    – Eu estava falando ao telefone, e me interromperam.
    – Temos exercitado muito a Língua Portuguesa.

    A gramátivca - Fernando Pestana 

  • Questão meio ruim, o que entendi é que eles pedem o verbo que esteja no indicativo.

  • Para resolver esta questão, vc tem que saber a estrura de uma locução verbal. Sabendo que uma locução verbal té formada por:

    Verbo auxiliar (sofre todas as flexões) + verbo principal ( pode está no: Gerúndio, Infinitivo ou participio )

    com essa estrutura a alternativa que se encaixa é a letra (B)

    Fé em Deus e bons  estudos !!

  • Aspecto incoativo ou inceptivo: O aspecto incoativo, também chamado de inceptivo, indica que o foco da ação está no seu início:

    Ex.: Começou a nevar agora mesmo!

    Ex.:  Os diretores iniciaram as negociações.

  • A questão na verdade é sobre interpretação, no caso: desvende os mistérios do enunciado...

  • Com diz o professor alexandre soares, tem que estar em conectividade com Deus pra entender o que a COSEAC pede!

  • Não entendi nada. kkkkkkkk

  • Achei muito estranha, não consegui enxergar o conteúdo na aplicação da pergunta.

  • Resumindo, a única que passa ideia de progressão é "começou". é sacar o verbo..e a ideia do que eu seja progressão

  • Fernando Pestana explica em seu livro alguns Auxiliares de aspecto (acurativos): precisam o momento em que a ação verbal se realiza.

    passou/começou/pôs-se => início

  • GABARITO B

  • O que essa banca perguntou????

  • acertei, porém, não consegui entender o que o questão pediu.

  • A questão pede que sejam identificados os tipos de verbos auxiliares presentes numa locução verbal. De acordo com Pestana, são eles:

    1 - auxiliares de voz: formam a voz passiva e são compostos pelos verbos ser, estar, ficar, viver andar, ir e vir;

    2 - auxiliares de modo: informam o jeito como a ação verbal se realiza. Verbos ter, poder, haver, querer e desejar;

    3 - auxiliares de aspecto: informam o momento em que a ação verbal se realiza. Verbos passar, começar, andar, estar, voltar, tornar, acabar, deixar , cessar, continuar, permanecer;

    4 - auxiliares de tempo composto: formam os tempos pretérito perfeito composto e o mais-que-perfeito composto

  • Gab. B - “Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver”.


ID
2414485
Banca
CRO - SC
Órgão
CRO - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo. 

   MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO

   Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de mergulhos nos anéis do planeta

                      Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em:

                    http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nos-

                                                                aneis-de-saturno/ Acesso em 03 dez 2016. 

      Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão.

    Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno, mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua Enceladus.

      Para o que a Nasa está chamando de “Grand finale”, a sonda vai realizar diversos rasantes entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno, como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os campos gravitacional e magnético.

      Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida.

      Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré-bióticas. Para evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o descarte seguro da espaçonave em Saturno”, afirma a Nasa no site da missão.

Analise as proposições a seguir sobre o terceiro parágrafo do texto.

I. As aspas em “Grand finale” indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o sentido literal das palavras.

II. Da mesma forma que o plural da palavra “anel” é “anéis”, tal como empregada nesse parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel.

III. A palavra “essa”, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e refere-se, no parágrafo, ao termo “observação mais próxima e detalhada dessa região”.

IV. A forma verbal “vai realizar”, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica tempo futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por “realizará”.

Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A (III e IV corretas)

     

    I. As aspas em “Grand finale” indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o sentido literal das palavras. Errado porque se utiliza para assinalar estrangeirismos além de utilizar sim o sentido literal das palavras do termo.

     

    II. Da mesma forma que o plural da palavra “anel” é “anéis”, tal como empregada nesse parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel. Errado, plural de tonel = tonéis / plural de chapéu = chepéus

     

    III. A palavra “essa”, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e refere-se, no parágrafo, ao termo “observação mais próxima e detalhada dessa região”. Correto

     

    IV. A forma verbal “vai realizar”, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica tempo futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por “realizará”. Correto

  • 'Troféu' faz plural  "troféus"              chapéu = chepéus. 

       E já repassamos, então, alguns plurais que trazem dúvida:
       nau    >>>>>> naus
       mau  >>>>>> maus
       sarau >>>>>> saraus
       degrau >>>>> degraus
       mel    >>>>>> méis  (ou 'meles', menos usado)
       anel   >>>>>> anéis
       carretel >>>>> carretéis
       tonel  >>>>>> tonéis
       rol      >>>>>> róis
       sol     >>>>>> sóis
       
       solidéu (cobertura na tonsura dos religiosos) >>>>> solidéus
       chapéu >>>>> chapéus
       céu    >>>>>> céus
       sutil >>>> sutis (por ser oxítona) -  lê-se 'sutís'
       funil >>>> funis (por ser oxítona) -  lê-se 'funís'
       anil  >>>> anis  (por ser oxítona) -  lê-se 'anís'
       útil  >>>> úteis  (por ser paroxítona)
       difícil>>>> difíceis (por ser paroxítona)
       túnel>>>> túneis  (por ser paroxítona)

  • Que questão estranha. Essa é um pronome demonstrativo que retoma algo que já foi dito. Tendo isso em vista, para mim, nenhuma das alternativas está correta, visto que em todas elas o ítem III é considerado correto. 

  • Eu querendo eliminar a III e la estava em todas, é bem provável que a questão esteja errada pois ''Esses'' retoma os razantes que a sonda fez/fará em Saturno , 

  • Pronomes Demonstrativos

     Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

    No espaço:

    Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.

    Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.

    Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

     

    Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.


    Exemplos:

    Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária).

    Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem).
     

    No tempo:

    Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.

    Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.

    Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

     


ID
2439670
Banca
CRO - SC
Órgão
CRO - SC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

MISSÃO CASSINI INICIA MERGULHO NOS ANÉIS DE SATURNO
Sonda vai terminar missão de duas décadas em setembro de 2017, com uma série de mergulhos nos anéis do planeta

Por: Da redação. Atualizado em 30 nov 2016, 17h22 Disponível em: http://veja.abril.com.br/ciencia/missao-cassini-inicia-mergulho-nosaneis-de-saturno/ Acesso em 03 dez 2016. 

Depois de duas décadas ao redor de Saturno, a missão Cassini, da Nasa, começa nesta quarta-feira uma série de mergulhos nos anéis do planeta, que encerrará a jornada da sonda que trouxe incríveis descobertas sobre o gigante gasoso. Até 2017, Cassini utilizará o que resta de seu combustível para orbitar ao redor dos polos do planeta e explorar as regiões ainda desconhecidas dos anéis. Com essa experiência, os astrônomos da agência espacial americana esperam captar ainda mais informações sobre Saturno, antes que a sonda realize uma colisão final no planeta, em 15 de setembro, e encerre a missão. 
Lançada em 1997 com o objetivo de buscar informações sobre Saturno, seus anéis e campo magnético, a missão Cassini chegou ao planeta em 2004 e, desde então, registrou mais de 300.000 imagens. Seus instrumentos revelaram as sete luas de Saturno, mostraram grandes tempestades no planeta e trouxeram evidências para a existência de lagos de metano em Titã, uma das luas de Saturno, e de um oceano (e talvez, vida), na lua Enceladus. 
Para o que a Nasa está chamando de “Grand finale”, a sonda vai realizar diversos rasantes entre os anéis e os polos e, em seguida, a partir de abril de 2017, nos anéis mais internos do planeta. Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região e pretende sondar a composição dos anéis, que podem revelar como se formaram e qual sua idade. As manobras também devem oferecer mais informações sobre as menores luas de Saturno, como Atlas e Pandora. Pouco antes de colidir com o planeta e encerrar a missão, Cassini será a sonda que mais chegou perto de Saturno – estará a 1.628 quilômetros das nuvens que o formam o gigante gasoso. A pequena distância dará a oportunidade de estudar os campos gravitacional e magnético. 
Segundo a Nasa, a decisão de encerrar a missão dessa forma aconteceu para evitar o impacto e a contaminação em algumas das luas que podem abrigar vida. 
Enceladus e Titã ganharam as primeiras páginas do noticiário na última década porque Cassini revelou o potencial de que essas luas sejam habitáveis – ou pré- bióticas. Para evitar a improvável possibilidade de que Cassini colida, algum dia, com essas luas e as contamine com algum micróbio terrestre que sobreviveu na sonda, a Nasa escolheu fazer o descarte seguro da espaçonave em Saturno”, afirma a Nasa no site da missão. 

Analise as proposições a seguir sobre o terceiro parágrafo do texto.

I. As aspas em “Grand finale” indicam o emprego de um termo em que não se utiliza o sentido literal das palavras.
II. Da mesma forma que o plural da palavra “anel” é “anéis”, tal como empregada nesse parágrafo, também se dá da mesma forma o plural das palavras: chapéu e tonel.
III. A palavra “essa”, destacada no texto, pertence à classe dos pronomes demonstrativos e refere-se, no parágrafo, ao termo “observação mais próxima e detalhada dessa região”.
IV. A forma verbal “vai realizar”, destacada no parágrafo, é uma locução verbal que indica tempo futuro. Dessa forma, poderia ser substituída, sem prejuízo à correção, por “realizará”.

Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições. 

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

     

    “Grand finale”   = estrangerismo.

     

    'Troféu' faz plural  "troféus"              chapéu = chepéus. 

       E já repassamos, então, alguns plurais que trazem dúvida:
       nau    >>>>>> naus
       mau  >>>>>> maus
       sarau >>>>>> saraus
       degrau >>>>> degraus
       mel    >>>>>> méis  (ou 'meles', menos usado)
       anel   >>>>>> anéis
       carretel >>>>> carretéis
       tonel  >>>>>> tonéis
       rol      >>>>>> róis
       sol     >>>>>> sóis
       
       solidéu (cobertura na tonsura dos religiosos) >>>>> solidéus
       chapéu >>>>> chapéus
       céu    >>>>>> céus
       sutil >>>> sutis (por ser oxítona) -  lê-se 'sutís'
       funil >>>> funis (por ser oxítona) -  lê-se 'funís'
       anil  >>>> anis  (por ser oxítona) -  lê-se 'anís'
       útil  >>>> úteis  (por ser paroxítona)
       difícil>>>> difíceis (por ser paroxítona)
       túnel>>>> túneis  (por ser paroxítona)

  • Acredito que a III também está errada visto que o pronome correto, caso haja referência posterior, é ESTA, e não ESSA. Esta é para iniciar o que será dito; já essa é utilizado para retomar aquilo que foi dito.
    De qualquer maneira, não altera o gabarito da questão.

    Comentário meramente opinativo. Qualquer erro, favor notificar.
    Lucas Barros
     

  • b-

    I.  o enunciado esta sugerindo ironia, o que não é op caso.

    II. errado, terminação com L e vogal implicam regras dinstintas p/ plural

    III. correto

    IV. corrto

  • Concordo com o colega Lucas  Barros. No meu entender, "essa" deve se referir a algo já dito. 

    No caso da questão, eu entendi  que o "essa" se refere à realização pela NASA de diversos rasantes entre os anéis e polos...

    Eu acertei a questão por não ter uma opção constando apenas a alternativa IV como correta.

    Se o meu entender da questão for equivocado, alguém me explique, por favor.

    Obrigado.

  • De acordo com o que aprendi com a prof.ª Adriana Figueiredo, o pronome demonstrativo "essa" no texto é usado para referenciar um trecho já citado antes. Não seria uma questão passível de anulação ?

  • pra mim a IV era a única certa.

    Esse item III como correto está meio torto.

  • Está questão esta bem errada. Deve ser indicada para comentário de algum professor do QC. 

  • Só não entendo como a maioria acertou essa questão. Pelos que percebi, todos, além de mim, que comentaram nesta questão acharam a opção III incorreta. #Pracabá.

  • Antes de ler as alternativas pensei: o item III é o único errado, certamente. Pelas alternativas percebi que era a única correta. Pior ainda é o índice realtivamente alto de acertos para uma questão que, para mim, mero mortal, seria passiva de anulação. Acho que o 'essa' retoma a ideia do Grand Finale, ou seja, o parágrafo todo.

  • "Essa" algo que já foi dito! Está errada essa questão! Item 3 tb tirei logo como errado. Aff!

     

  • Essa não retoma esse caralho aí! Vá tomar no cú CRO!

  •  "essa" nao retoma termo anteriormente dito ? ja marquei como errada e depois, vi que por eliminação, ela estava menos errada kkkkkkkkkkk

  • Indiquei para comentário dos Profe do QC.

     

    Eu  também não concordo que esta alternativa esteja correta. Uma vez que "essa" reporta ao que já foi dito anteriormente.

  • BANCA ESCROTA! INDIQUEI PRA COMENTÁRIO... "ESSA" (NO TEXTO) RETOMA......E NÃO INTRODUZ

  • Creio que no item III aquilo que a banca sugeriu foi:

     

    Essa será a observação mais próxima e detalhada dessa região ==> A observação mais próxima e detalhada dessa região será essa [...]

     

  • O termo "essa" é ANAFÓRICO ou CATAFÓRICO?


ID
2504383
Banca
Marinha
Órgão
EFOMM
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           O homem deve reencontrar o Paraíso...

                                                                                                              Rubem Alves


      Era uma família grande, todos amigos. Viviam como todos nós: moscas presas na enorme teia de aranha que é a vida da cidade. Todos os dias a aranha lhes arrancava um pedaço. Ficaram cansados. Resolveram mudar de vida: um sonho louco: navegar! Um barco, o mar, o céu, as estrelas, os horizontes sem fim: liberdade. Venderam o que tinham, compraram um barco capaz de atravessar mares e sobreviver tempestades.

      Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco, instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os mastros, o leme, os parafusos, o motor, o radar, o rádio, as ligações elétricas, os mares, os mapas... Disse certo o poeta: Navegar é preciso, a ciência da navegação é saber preciso, exige aparelhos, números e medições. Barcos se fazem com precisão, astronomia se aprende com o rigor da geometria, velas se fazem com saberes exatos sobre tecidos, cordas e ventos, instrumentos de navegação não informam mais ou menos. Assim, eles se tomaram cientistas, especialistas, cada um na sua - juntos para navegar.

      Chegou então o momento da grande decisão - para onde navegar. Um sugeria as geleiras do sul do Chile, outro os canais dos fiordes da Nomega, um outro queria conhecer os exóticos mares e praias das ilhas do Pacífico, e houve mesmo quem quisesse navegar nas rotas de Colombo. E foi então que compreenderam que, quando o assunto era a escolha do destino, as ciências que conheciam para nada serviam.

      De nada valiam números, tabelas, gráficos, estatísticas. Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio. Os computadores não têm preferências - falta-lhes essa sutil capacidade de gostar, que é a essência da vida humana. Perguntados sobre o porto de sua escolha, disseram que não entendiam a pergunta, que não lhes importava para onde se estava indo.

      Se os barcos se fazem com ciência, a navegação faz-se com os sonhos. Infelizmente a ciência, utilíssima, especialista em saber como as coisas funcionam, tudo ignora sobre o coração humano. E preciso sonhar para se decidir sobre o destino da navegação. Mas o coração humano, lugar dos sonhos, ao contrário da ciência, é coisa imprecisa. Disse certo o poeta: Viver não é preciso. Primeiro vem o impreciso desejo. Primeiro vem o impreciso desejo de navegar. Só depois vem a precisa ciência de navegar.

      Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas. Ezra Pound inicia seus Cânticos dizendo: E pois com a nau no mcir/assestamos a quilha contra as vagas... Cecília Meireles: Foi, desde sempre, o mar! A solidez da terra, monótona/parece-nos fraca ilusão! Queremos a ilusão do grande mar/ multiplicada em suas malhas de perigo. E Nietzsche: Amareis a terra de vossos filhos, terra não descoberta, no mar mais distante. Que as vossas velas não se cansem de procurar esta terra! O nosso leme nos conduz para a terra dos nossos filhos... Viver é navegar no grande mar!

      Não só os poetas: C. Wright Mills, um sociólogo sábio, comparou a nossa civilização a uma galera que navega pelos mares. Nos porões estão os remadores. Remam com precisão cada vez maior. A cada novo dia recebem remos novos, mais perfeitos. O ritmo das remadas acelera. Sabem tudo sobre a ciência do remar. A galera navega cada vez mais rápido. Mas, perguntados sobre o porto do destino, respondem os remadores: O porto não nos importa. O que importa é a velocidade com que navegamos.

      C. Wright Mills usou esta metáfora para descrever a nossa civilização por meio duma imagem plástica: multiplicam-se os meios técnicos e científicos ao nosso dispor, que fazem com que as mudanças sejam cada vez mais rápidas; mas não temos ideia alguma de para onde navegamos. Para onde? Somente um navegador louco ou perdido navegaria sem ter ideia do para onde. Em relação à vida da sociedade, ela contém a busca de uma utopia. Utopia, na linguagem comum, é usada como sonho impossível de ser realizado. Mas não é isso. Utopia é um ponto inatingível que indica uma direção.

      Mário Quintana explicou a utopia com um verso: Se as coisas são inatingíveis... ora!/Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas! Karl Mannheim, outro sociólogo sábio que poucos leem, já na década de 1920 diagnosticava a doença da nossa civilização: Não temos consciência de direções, não escolhemos direções. Faltam-nos estrelas que nos indiquem o destino.

      Hoje, ele dizia, as únicas perguntas que são feitas, determinadas pelo pragmatismo da tecnologia (o importante é produzir o objeto) e pelo objetivismo da ciência (o importante é saber como funciona), são: Como posso fazer tal coisa? Como posso resolver este problema concreto particular? E conclui: E em todas essas perguntas sentimos o eco otimista: não preciso de me preocupar com o todo, ele tomará conta de si mesmo.

      Em nossas escolas é isso que se ensina: a precisa ciência da navegação, sem que os estudantes sejam levados a sonhar com as estrelas. A nau navega veloz e sem rumo. Nas universidades, essa doença assume a forma de peste epidêmica: cada especialista se dedica, com paixão e competência, a fazer pesquisas sobre o seu parafuso, sua polia, sua vela, seu mastro.

      Dizem que seu dever é produzir conhecimento. Se forem bem-sucedidas, suas pesquisas serão publicadas em revistas internacionais. Quando se lhes pergunta: Para onde seu barco está navegando?, eles respondem: Isso não é científico. Os sonhos não são objetos de conhecimento científico...

      E assim ficam os homens comuns abandonados por aqueles que, por conhecerem mares e estrelas, lhes poderíam mostrar o rumo. Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os cientistas, como outra que não a da realização do dito do poeta: Navegar é preciso. Viver não é preciso.

      E necessário ensinar os precisos saberes da navegação enquanto ciência. Mas é necessário apontar com imprecisos sinais para os destinos da navegação: A terra dos filhos dos meus filhos, no mar distante... Na verdade, a ordem verdadeira é a inversa. Primeiro, os homens sonham com navegar. Depois aprendem a ciência da navegação. E inútil ensinar a ciência da navegação a quem mora nas montanhas...

      O meu sonho para a educação foi dito por Bachelard: O universo tem um destino de felicidade. O homem deve reencontrar o Paraíso. O paraíso é jardim, lugar de felicidade, prazeres e alegrias para os homens e mulheres. Mas há um pesadelo que me atormenta: o deserto. Houve um momento em que se viu, por entre as estrelas, um brilho chamado progresso. Está na bandeira nacional... E, quilha contra as vagas, a galera navega em direção ao progresso, a uma velocidade cada vez maior, e ninguém questiona a direção. E é assim que as florestas são destruídas, os rios se transformam em esgotos de fezes e veneno, o ar se enche de gases, os campos se cobrem de lixo - e tudo ficou feio e triste.

      Sugiro aos educadores que pensem menos nas tecnologias do ensino - psicologias e quinquilharias - e tratem de sonhar, com os seus alunos, sonhos de um Paraíso. 


OBS.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico. 

A falta de certa precisão quanto aos tempos, utilizam-se algumas locuções verbais que traduzem mais adequadamente o aspecto verbal. Assim, a construção que expressa melhor a noção de início de uma ação aparece no fragmento da alternativa

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

  • A-Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se navegar. POW, AQUI E A UMA EXPLICAÇAO, NAO TEM NENHUM TIPO DE INICIO DE AÇAO

    C-Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio. ESSA TA PIOR QUE A LETRA A, TA NA CARA QUE E UMA EXPLICAÇAO E QUE NAO COMEÇA NENHUM TIPO DE AÇAO, COMO TBM NA LETRA D e E

    JA A LETRA B QUANDO ELES FALAM QUE VAO COMEÇAR A ESTUDAR, CONCORDA COMIGO QUE ELES VAO COMEÇAR A FAZER UMA AÇAO?? ENTAO...

    GAB. B

  • A-> Não temos locuções verbais

    B-> Puseram-se a estudar. Essa está correta,pois expressa um início de ação

    C-> Nem tem locução verbal

    D-> Têm sido pode pegar muita gente, porém pense assim: os aviões têm sido uteis. Eles são uteis a partir de agora? ou já tem sido desde um tempinho atrás?

    Desde um tempinho né?Então não inicia uma ação!

    E-> Não tem locução verbal


ID
2539024
Banca
FEPESE
Órgão
SES-SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fundamental é chegar ao essencial


“Por que eu preciso morar em grandes cidades, viver desesperado dentro de um carro para lá e para cá, restringir imensamente meu tempo de convivência com as pessoas de que eu gosto, reduzir o meu ócio criativo para ficar num lugar onde vão me oferecer apenas e tão somente dinheiro?”Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou muitas pessoas no trajeto de ida ou de volta do trabalho.

Para alguns, a resposta a esse questionamento poderia vir de pronto: “Porque sem dinheiro não se vive”. Sim, sem dinheiro não se vive, mas só com dinheiro não se vive. Há uma mudança em curso no mundo do trabalho. As pessoas estão começando a fazer uma distinção necessária entre o que é essencial e o que é fundamental.

Essencial é tudo aquilo que você não pode deixar de ter: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade. Fundamental é tudo aquilo que o ajuda a chegar ao essencial. Fundamental é o que lhe permite conquistar algo. Por exemplo, trabalho não é essencial, é fundamental. Você não trabalha para trabalhar, você trabalha porque o trabalho lhe permite atingir a amizade, a felicidade, a solidariedade. Dinheiro não é essencial, é fundamental. Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial. O que eu quero no meu trabalho é ter a minha obra reconhecida, me sentir importante no conjunto daquela obra. Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas pessoas a questionar o que, de fato, estão fazendo ali.

Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral. Nós estamos substituindo paulatinamente a preocupação com os “comos” por uma grande demanda em relação aos “porquês”. O nosso modo de vida no Ocidente está em crise e algumas questões relevantes vêm à tona: a compreensão sobre a nossa importância, o nosso lugar na vida, o que vale e o que não vale, qual é o próprio sentido da existência. Afinal de contas, a ciência nos prometera há cem anos que, quanto mais tecnologia, mais tempo livre haveria para a família, para o lazer, para a amorosidade.

Ora, durante os últimos cinquenta anos se trabalhou em busca de um lugar no mundo do fundamental: a propriedade, o consumo. Isso não satisfaz a nossa necessidade de reconhecimento, de valorização. Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental, que leva as pessoas a ficarem absolutamente incomodadas: “Por que eu estou fazendo isso?” E a nossa lista dos “porquês” foi sendo substituída pela lista dos “apesar de”: “Apesar do salário...”, “Apesar das pessoas...”, “Apesar desse ambiente, eu faço”. É muito diferente de se ter razões para fazer. Quando há a razão de um lado, o senão de outro, e a balança começa a pesar para a senão, indagamos: “Qual a qualidade da minha vida?”

CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 11 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010, p. 63-65. [Adaptado]

Leia as afirmativas abaixo, considerando-as em relação ao texto.


1. A palavra sublinhada em “Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou...” (primeiro parágrafo) e “Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental, que leva as pessoas... (5°parágrafo) está funcionando como pronome relativo nos dois casos.

2. Em “Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial.” (3° parágrafo) e “Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral.” (4° parágrafo), a conjunção “mas” é usada, em ambos os casos, para invalidar o conteúdo exposto na oração que precede o referido conector e introduzir um argumento contrário.

3. A locução verbal sublinhada em “Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas pessoas...” (terceiro parágrafo) poderia ser substituída por tem levado, sem prejuízo no significado e sem ferir a norma culta da língua escrita.

4. Em “a ciência nos prometera” (4° parágrafo), a forma verbal sublinhada poderia ser substituída por “tinha prometido” sem prejuízo no significado temporal e sem ferir a norma culta da língua escrita.

5. Em “ uma mudança em curso” (2° parágrafo) e “ cem anos” (4° parágrafo), o verbo haver é impessoal e tem significado existencial.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • 2. Em “Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial.” (3° parágrafo) e “Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral.” (4° parágrafo), a conjunção “mas” é usada, em ambos os casos, para invalidar o conteúdo exposto na oração que precede o referido conector e introduzir um argumento contrário. (Errado) As conjunções adversativas, como o mas, porém, contudo, todavia, entretanto, introduzem uma oposição, no entando está errado  afirmar que invalidam o conteúdo exposto nas orações que as precedem!

     

    5. Em “Há uma mudança em curso” (2° parágrafo) e “há cem anos” (4° parágrafo), o verbo haver é impessoal e tem significado existencial.(Errado) No 2º parágrafo o verbo haver realmente tem sentido existencial e é impessoal, já no 4º parágrafo não tem sentido existencial e sim de tempo decorrido: "Faz cem anos" .

     

  • Vem levando por tem levado? 

  • Complementando:

    O segundo "Mas" tem sentido aditivo e não adversativo.

  • estranho esse gabarito

  • ????????????????????????

     

    ele tinha prometido > Pretérito mais-que-perfeito composto

    prometera >>> retérito mais-que-perfeito simples

     

    (que) Vem levando por tem levado (Pretérito perfeito composto)? Muda o sentido, muda o tempo.... 

     

  • o segundo mas é adversativo sim, ele vai de frente com o verbo "exclusivo". é questão de interpretação, pois adcionando algo também esta indo contra.... mas acredito ser errada devido ao fato do "invalidar".

     

  • Notifiquem o erro ao QC referente a falta do termo SUBLINHADO nas questões 

  • Com o verbo "EXCLUSIVO"??

  • “Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial.” (3° parágrafo) e “Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral.” (4° parágrafo), a conjunção “mas” é usada, em ambos os casos, para invalidar o conteúdo exposto na oração que precede o referido conector e introduzir um argumento contrário.

    Na verdade, a expressão MAS, só invalida o conteúdo precedente na primeira oração.

  • esse "Tinha Prometido" ae me pegou bonito, excluí de cara.. e me lasquei :/

  • Resposta: Letra D. 

  • Alguém pode explicar porque a 3 e a 4 estão corretas. 

  • A 5 dá de matar logo de cara, o que torna mais facil a resolução da questão . Tem que buscar os atalhos

  • Questão muito confusa. Indiquei para comentário.

  • cem anos, -> tem sentido de  tempo decorrido.

     

  • 1. A palavra sublinhada em �Essa é uma dúvida que provavelmente atravessou...� (primeiro parágrafo) e �Hoje temos um fosso entre o essencial e o fundamental, que leva as pessoas... (5°parágrafo) está funcionando como pronome relativo nos dois casos.

    CERTO: O PRIMEIRO QUE É RELATIVO LIGANDO DUAS IDEIAS E O SEGUNDO REMETENDO A ALGO PRECEDITO

    2. Em �Sem ele, você passa dificuldade, mas ele, em si, não é essencial.� (3° parágrafo) e �Isso não é exclusivo do mundo do trabalho, mas vale para a vida em geral.� (4° parágrafo), a conjunção �mas� é usada, em ambos os casos, para invalidar o conteúdo exposto na oração que precede o referido conector e introduzir um argumento contrário.

    ERRADO: O MAS E ADVERSATIVO E NAO "INVALIDADOR"

    3. A locução verbal sublinhada em �Essa visão do conjunto da obra vem levando muitas pessoas...� (terceiro parágrafo) poderia ser substituída por tem levado, sem prejuízo no significado e sem ferir a norma culta da língua escrita.

    CERTO: ESSA SUBSTITUIÇÃO PODE SER FEITA D� A MESMA IDEIA TEMPORAL 

    4. Em �a ciência nos prometera� (4° parágrafo), a forma verbal sublinhada poderia ser substituída por �tinha prometido� sem prejuízo no significado temporal e sem ferir a norma culta da língua escrita.

    CERTO: ESSA SUBSTITUIÇÃO PODE SER FEITA D� A MESMA IDEIA TEMPORAL 

    5. Em �Há uma mudança em curso� (2° parágrafo) e �há cem anos� (4° parágrafo), o verbo haver é impessoal e tem significado existencial.

    ERRADO:O PRIMEIRO H� TEM SENTIDO DE EXISTIR O OUTRO É DE TEMPO DECORRIDO

  • Pra quem assim como eu se confundiu se o que da afirmativa 1 era conjunção integrante ou pronome relativo, seguem alguns exemplos

     

    É necessário que você venha ao meu encontro. ->
    que não funciona substituindo um substantivo (não é pronome relativo) e liga duas orações, sendo conjunção integrante

    é necessário -> oração principal
    você venha ao meu encontro -> oração subordinada

    As palavras que foram rispidamente proferidas causaram aborrecimentos. (que = as quais -> pronome relativo)

  • Boa noite!

     

    1) CERTO - "a qual" retomando dúvida, e "o qual" retomando fosso.

    2) ERRADO - (...) mas vale para vida em geral. Ideia de adição = e também.

    3) CERTO - Vem levando (locução verbal) sentido de continuidade próprio do gerúndio. Tem levado (pretérito perfeito composto - TER + PARTICÍPIO), denota ação iniciada no passado com continuidade no presente.

    4) CERTO - prometera (pret. mais-que-perfeito), tinha prometido ( pret. mais-que-perfeito composto -TER + PARTICÍPIO).

    5) ERRADO - há sentido de existir, e há sentido de fazer.

    Gabarito - D

  • essa questão do tem levado por vem levando já foi apresentada em outra questão dessa banca e ela mesma considerou errada. pqp msm

ID
2577226
Banca
IESES
Órgão
IFC-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


A arte pós-moderna vai se diferenciar dos movimentos do alto modernismo, por preferir formas lúdicas, disjuntivas, ecléticas e fragmentadas. A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário da pós-modernidade, não se estruturando mais na paródia (o escárnio do passado), mas no pastiche (a apropriação do passado). A única possibilidade, já que tudo já foi feito, é combinar, mesclar, re-apropriar [sic]. [...]

A arte eletrônica vai constituir-se numa nova "forma simbólica", através da qual os artistas utilizam as novas tecnologias numa postura ao mesmo tempo crítica e lúdica, com o intuito de multiplicar suas possibilidades estéticas. Essa nova forma simbólica vai explorar a numerização (trabalhando indiferentemente texto, sons, imagens fixas e em movimento), a spectralidade (a imagem é auto-referente [sic], não dependendo de um objeto real, e sim de um modelo), o ciberespaço (o espaço eletrônico), a instantaneidade (o tempo real) e a interatividade [...].

(LEMOS, André. Fragmento extraído de: Arte eletrônica e cibercultura. Disponível em: http://www.blogacesso.com.br/?p=102 Acesso em 15 abr 2015). André Lemos é professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Para saber mais sobre o objeto de estudo de André Lemos, acesse o site www.andrelemos.info


Sobre os recursos de construção do texto I, leia com atenção as assertivas a seguir. Em seguida assinale a alternativa que contenha a análise correta das mesmas.


I. “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia.” Nesse período, podemos afirmar corretamente que uma palavra foi acentuada por apresentar hiato, uma foi acentuada por ser proparoxítona e duas receberam acentos por serem paroxítonas terminadas em ditongo.

II. Ainda em: “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia”, o pronome “se” aí empregado também poderia aparecer na forma enclítica, sem que com isso se alterasse a correção do período, pois o verbo no gerúndio permite a ênclise.

III. O verbo “ir” é utilizado em mais de uma ocorrência no texto como verbo auxiliar, constituindo perífrase de futuro do presente. Esse tempo verbal é adequado à proposição do autor do texto, que faz referência a eventos vindouros.

IV. “A arte eletrônica vai se constituir numa nova forma simbólica.” A locução verbal presente nesse período poderia ser substituída pelo verbo na forma sintética, resultando, corretamente, na reescrita a seguir: A arte eletrônica constituirá-se numa nova forma simbólica.

Alternativas
Comentários
  • Aí - hiato;

    parâmetro - proparoxítona;

    imaginário e paródia - paroxítonas terminadas em ditongo.

  • acho que o IV está errado pq não é correto a expressão "constituirá-se", e sim "constituir-se-á"

  • II. Ainda em: “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não se estruturando mais na paródia”, o pronome “se” aí empregado também poderia aparecer na forma enclítica, sem que com isso se alterasse a correção do período, pois o verbo no gerúndio permite a ênclise. ERRADO ( Fator de próclise ).

    IV. “A arte eletrônica vai se constituir numa nova forma simbólica.” A locução verbal presente nesse período poderia ser substituída pelo verbo na forma sintética, resultando, corretamente, na reescrita a seguir: A arte eletrônica constituirá-se numa nova forma simbólica. ERRADO ( Verbo no futuro do presente do indicativo sem palavra atrativa é caso de mesóclise: constituir-se-á) .

    Gabarito, letra C.

  • I. “A arte vai servir aí (regra dos hiátos) como parâmetro (proparoxítona), exprimindo o imaginário (paroxítona terminada ditongo oral), não se estruturando mais na paródia (paroxítona terminada ditongo oral).”

    II. “A arte vai servir aí como parâmetro, exprimindo o imaginário, não (partícula atrativa obrigando próclise) se estruturando mais na paródia”.

    III. O verbo “ir” é utilizado em mais de uma ocorrência no texto como verbo auxiliar, constituindo perífrase de futuro do presente. Esse tempo verbal é adequado à proposição do autor do texto, que faz referência a eventos vindouros.

    IV. “A arte eletrônica vai se constituir numa nova forma simbólica.” A locução verbal presente nesse período poderia ser substituída pelo verbo na forma sintética, resultando, corretamente, na reescrita a seguir: A arte eletrônica constituir-se-á (futuro do presente: mesóclise) numa nova forma simbólica.

  • a e c dizem a mesma coisa


ID
2580343
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Câmara de Maringá- PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Oh! Minas Gerais

                        O irresistível sotaque dos mineiros me encanta.


      Sei que deveria ir mais a Minas Gerais do que vou, umas duas, três vezes ao ano. Pra rever meus parentes, meus amigos, pra não perder o sotaque.

      Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos, desde aquele 1973, quando abandonei Belo Horizonte pra ir morar a mais de dez mil quilômetros de lá.

      Senti isso quando, outro dia, pousei no aeroporto de Uberlândia e fui direto na lanchonete comer um pão de queijo que, fora de brincadeira, é mesmo o mais gostoso do mundo.

      - Cê qué qui eu isquento um tiquinho procê?

      Foi assim que a mocinha me recebeu, quase de braços abertos, como se fosse uma amiga íntima de longo tempo.

      Sei não, mas eu acho que o sotaque mineiro aumentou – e muito – desde que parti. Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade. O trólebus subia a Rua da Bahia, as pessoas tomavam Guarapan, andavam de Opala, ouviam Fagner cantando Manera Fru Fru, Manera, chamavam acidente de trombada e a polícia de Radio Patrulha.

      Como pode, meu filho mais velho, que nasceu tão longe de Beagá, e, que hoje mora lá, me ligar e perguntar:

      - E ai pai, tudo jóia, tudo massa?

      A repórter Helena de Grammont, quando ainda trabalhava no Show da Vida, voltou encantada de lá e veio logo me perguntar se o sotaque mineiro era mesmo assim ou se estavam brincando com ela. Helena estava no carro da Globo, procurando um endereço perto de Belo Horizonte, quando perguntou para um guarda de trânsito se ele poderia ajudá-la. A resposta veio de imediato.

      - Cê ségui essa istrada toda vida e quando acabá o piche, cê quebra pra lá e continua siguino toda vida!

      Já virou folclore esse negócio de mineiro engolir parte das palavras. Debaixo da cama é badacama, conforme for é confórfô, quilo de carne é kidicarne, muito magro é magrilin, atrás da porta é trádaporta, ponto de ônibus é pôndions, litro de leite é lidileiti, massa de tomate é mastumati e tira isso daí é tirisdaí.

      Isso é verdade. Um garoto que mora em São Paulo foi a Minas Gerais e voltou com essa: Lá deve ser muito mais fácil aprender o português porque as palavras são muito mais curtas.

      Mineiro quando para num sinal de trânsito, se está vermelho, ele pensa: Péra. Se pisca o amarelo: Prestenção. Quando vem o verde: Podií.

      Mas não é só esse sotaque delicioso que o mineiro carrega dentro dele. Carrega também um jeitinho de ser.

      A Gabi, amiga nossa mineira, que mora em São Paulo há anos, toda vez que vem, aqui em casa, chega com um balaio de casos de Minas Gerais.

      Da última vez que foi a Minas, ela viu na mesa de café da tia Teresa uma capinha de crochê, cobrindo a embalagem do adoçante. Achou aquilo uma graça e comentou com a tia prendada. Pra quê? Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto. Chega a ligar interurbano pra São Paulo:

      - Num isquéci de mi falá a marca do seu adoçante não, preu fazê a capinha de crocrê procê...

      Coisa de mineiro.

      Bastou ela contar essa história que a Catia, outra amiga mineira – e praticante – que estava aqui em casa também, contar a história de um doce de banana divino que comeu na casa da mãe, dona Ita, a última vez que foi lá. Depois de todos elogiarem aquele doce que merecia ser comido de joelhos, ela revelou o segredo:

      - Cês criditam que eu vi um cacho de banana madurin, bonzin ainda, no lixo do vizinho, e pensei: Genti, num podêmo dispidiçá não!

      Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, o jeito mineiro de ser me encanta e cada vez mais.

      Quer saber o que é ser mineiro? No final dos anos 80, quando o meu primeiro casamento se acabou, minha mãe, que era uma mineira cem por cento, queria saber se eu já “tinha outra”, como se diz lá em Minas Gerais. Um dia, cedo ainda, ela me telefonou e, ao invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor, usou seu modo bem mineiro de ser:

      - Eu tava pensâno em comprá um jogo de cama procê, mas tô aqui sem sabê. Sua cama nova é di casal ou di soltero?


ADAPTADO. VILLAS, Alberto. Oh! Minas Gerais. In: Carta Capital. Publicado em 10 fev. 2017. Disponível em https://www.cartacapital.com. br/cultura/oh-minas-gerais.  

Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).


I. No excerto “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade [...]”, a oração destacada possui sujeito indeterminado.

II. No fragmento “Quando vem o verde: Podií”, o termo destacado é equivalente à locução verbal “Pode ir”.

III. Em “Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto.”, a palavra destacada exerce a função de adjunto adverbial.

Alternativas
Comentários
  • Analisando as alternativas:

     

    I. No excerto “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade [...]”, a oração destacada possui sujeito indeterminado.

    Errada. Quem é que chamavam o centro [...]  R: Todos (SUJEITO)

     

     

     

    II. No fragmento “Quando vem o verde: Podií, o termo destacado é equivalente à locução verbal “Pode ir”.

    Correta. Vale destacar que o termo destacada está na linguagem coloquial, entretanto na norma culta poderia ser substituida por PODE IR.

     

     

    III. Em “Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto.”, a palavra destacada exerce a função de adjunto adverbial. 

    Correta. Tanto - Adjunto adverbial de intensidade.

  • Precisava somente saber que a I esta errada!

  • so acertei pq sabia que a I estava errada.. Essa II me deu vontade de rir .. kkkkk 

  • Na assertiva I a banca tentou confundir o candidato, usando um pronome indefinido (todos) como sujeito da oração destacada.

  • Gabarito Letra D

     

    Sabendo que a assertiva I está errada não precisa nem verificar as outras.

     

    I. No excerto “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade [...]”, a oração destacada possui sujeito indeterminado.

    Quando Eu peguei.... Logo o sujeito do peguei é "Eu"

    Todos chamavam.... quem é que chamavam ? Todos logo o sujeito de chamavam é "Todos"

  • Que texto lindo! Muito bom de ler! Como mineira preciso concordar com o autor! Aqui, é sim, o melhor lugar pra se viver.

  • "..Oh, Minas Gerais!
    Quem te conhece não esquece jamais
    Oh, Minas Gerais!.."

     

    Melhor região do país!

  • Matando a primeira assertiva já consegue saber o gabarito da questão.

    PMTO

  • GABARITO: D

     

     

    I. No excerto “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos ELES chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade[...]”, a oração destacada possui sujeito indeterminado.

    SUJ. OCUL

     

     

    R:  indeterminado = existe um sujeito mas não se consegue identificar. 

    OBS:1° Verbo na terceira pessoa do plural sem referência ao sujeito no cont...

    2°com pronome se como índice de indeterminção do sujeito.

  • Não vi destaque nenhum nas palavras.

  • Rapaziada que estiver fazendo questões dessa banca pelo App ddo QC não vai conseguir visualizar nenhum destaque nas palavras. Tem que entrar pelo computador mesmo.

  • Victor Chagas, até no computador está assim. Não consigo ver o que deveria estar destacado. ;/

  • Respondi por eliminaçao porque sabia que a PRIMEIRA estava errada, mas a SEGUNDA nao entendi nada, se a banca tivesse colocado somente a opçao TRES teria errado ;(

  • DOUGLAS ,SEU COMENTÁRIO ESTÁ EQUIVOCADO.

  • Obrigada por postarem o gabarito, pessoas de alma gentil!

  • Quem não consegue ver o destacado, acesse por outro navegador que resolve!

  • eliminou a I e "pá e bufff" letra D de corpo e alma.

  • I. No excerto “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade[...]”, a oração destacada possui sujeito indeterminado.POSSUI SUJEITO DETERMINADO, DESTARTE QUESTÃO ERRADA

    II. No fragmento “Quando vem o verde: Podií”, o termo destacado é equivalente à locução verbal “Pode ir”. CORRETO

    III. Em “Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto.”, a palavra destacada exerce a função de adjunto adverbial. CORRETO

  • Só de saber que a primeira seria um sujeito oculto já elimina as restantes.

  • No item 1 não é sujeito oculto, é SUJEITO DETERMINADO. O Sujeito da frase é "Todos"

  •  

    i = sujeito determinado = TODOS!!

    ii = podii em linguagem coloquial
    A linguagem coloquial, informal ou popular é uma linguagem utilizada no cotidiano em que não exige a atenção total da gramática, de modo que haja mais fluidez na comunicação oral. Na linguagem informal usam-se muitas gírias e palavras que na linguagem formal não estão registradas ou tem outro significado = porem pode se substituir tem o mesmo valor!!

    iii = adjunto adverbial de intensidade !!  gostou (*verbo) e tanto (adverbio de intensidade) concordando com o verbo!!

     

  • Matou que a I tem sujeito determinado... Matou a questão. O elaborador foi um amigo e tanto.

  • Essa questão é muito fácil,

    Analisei o item l, vi que osujeito não é indeterminado, pois sujeito é TODOS. Certo? Então, o item I está errado, a questão pede o item certo.

    Vou nas questões analisar: qual delas tem o item I está presente? A,B,C e E,

    Logo, a resposta correta é a: D.

    Estudar é muito bom, mas também precisamos de lógica para se dar bem na prova, não posso perder tempo em analisar todos os itens, se já achei a resposta.


    Boa sorte






  • O termo "todos" é um pronome substantivo, que possui função sintática de sujeito da oração.

  • GABARITO: D

  • Sim, mas quem são ''todos''? pra mim não foi nada determinado ai kk

  • Sim, mas quem são ''todos''? pra mim não foi nada determinado ai kk

  • pela primeira assertiva matava a questão gab d

  • sabendo que I tava errada, já matava a questão

  • Tomara que essa caia na minha prova!

  • “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade [...]”

    Quem chamavam? Todos

    Todos é o sujeito da oração

  • “Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade [...]”

    Quem chamavam? Todos

    Todos é o sujeito da oração

  • só precisei observar a primeira!!!

  • Creio que o erro que cometi e alguns cometem é misturar a analise Morfológica com sintática. Na hora da prova é saber respirar fundo e haja inteligencia emocional.

  • Que poha é essa de podil?

  • "todos" não é o sujeito da oração?

  • O sujeito é indeterminado quando SINTATICAMENTE não existe nome na frase q possa preencher a função de sujeito.

    A função sintática de TODOS é sujeito. Cuidado pra não confundirem sentido com função. São coisas diferentes.

  • Eu sou soteropolitana, mas vou confessar que o sotaque mineiro é maravilhoso, apaixonante!

  • Alguem poderia me dizer o que é DOPIL?

  • Questão mal feita, se vc já tem certeza de que a um está errado, só resta uma opção pra marcar.

  • Responde só por eliminação.

  • Olá, Amanda Carvalho. Cuidado para não perder tempo com o texto. Essa, eu resolvi apenas lendo a questão. Às vezes, isso acontece comigo também, fico encantando com alguns textos, me emociono.

    No entanto, na hora da prova, o nome disso é 'casca de banana' para levar você a perder tempo.

  • sujeito indeterminado é um tipo de sujeito que não pode ser identificado na oração. Ele acontece quando não conseguimos perceber o ser que praticou a ação, nem pelo contexto, nem pelo verbo.

    Exemplo:

    Estão cantando na praça desde ontem.

    A partir do exemplo acima, não conseguimos identificar o sujeito da ação verbal, ou seja, não sabemos se eram “eles” ou “elas” que estavam cantando.

  • complemento nominal é sempre preposicionado.

  • Pessoal, é Podií (dos is). Não é Podil (com éle).

  • "TODOS" Sujeito DETERMINADO .

    Quem chamava o centro de Belo Horizonte de cidade ? "TODOS"

    Só matando essa já acertaria a questão .

  • A alternativa I é falsa. Note que o sujeito da forma verbal “chamavam” está representado pelo pronome indefinido “todos”.

    A alternativa II é verdadeira. Trata-se de uma brincadeira com o sotaque mineiro.

    A alternativa III é verdadeira. A palavra “tanto” expressa intensidade, ideia de natureza adverbial. Trata-se de um adjunto adverbial de intensidade.

    Resposta: D

  • Adjunto adverbial e advérbio é a mesma coisa?

  • Adjunto adverbial e advérbio é a mesma coisa?

  • Sim, adj. adverbial e adverbio são a mesma coisa.

  • Gab. Letra D

    Sujeitos:

    Determinados: Pode ser Simples (1 Núcleo), Composto (2 ou mais núcleos) ou OCULTO/ELÍPTICO/DESINENCIAL (Não está explícito, mas pode ser identificado pelo contexto).

    Exemplo de Sujeito Oculto: “Caminhamos durante 40 minutos”. Nós caminhamos.

    “Fui ao mercado”. Eu fui ao mercado.

    Indeterminado: Quando não é possível identificar o sujeito.

    - Geralmente verbos na 3ª pessoa do plural: “Pediram apoio financeiro para ajudar crianças”. Não se sabe quem pediu.

    - Índice de indeterminação: VI, VL e VTI (Verbos na 3ª pessoa do singular) + Partícula SE.

    Ex: Precisa-se de ajuda.

    Gasta-se muito dinheiro nas festas.

    - Verbos no infinitivo pessoal: “É essencial diminuir a desigualdade social”.

    Inexistente: Não existe sujeito, verbos impessoais, sempre na 3ª pessoa do singular.

    - Verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, nevar...): “Todos os dias chove no fim da tarde”.

    - Verbo “FAZER” indicando tempo decorrido: “Vai fazer 2 anos que fui ao Canadá”.

    Faz 3 dias que não a vejo”.

    - Verbo “HAVER” com sentido de existir, ocorrer ou indicando tempo decorrido: “ vagas neste local”.

    “Ela frequenta o clube 5 anos”.

    - Verbos SER, IR (para) e ESTAR quando indicam TEMPO:

    “Já são 9 horas”.

    “Está indo para 1h de prova”.

    “Lá está anoitecendo”.

  • Sujeito indeterminado. É aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. No caso da assertiva, podemos dizer que todos, equivale a eles, os mineiros, logo não será sujeito indeterminado.

  • O item III me deixou indeciso, mas fui na eliminação e deu certo.

  • Mas "todos" é um pronome indefinido, todos podiam ser qualquer pessoa

  • Instituto AOCP foi uma mãe nesta questão.


ID
2580349
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Câmara de Maringá- PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             Oh! Minas Gerais

                        O irresistível sotaque dos mineiros me encanta.


      Sei que deveria ir mais a Minas Gerais do que vou, umas duas, três vezes ao ano. Pra rever meus parentes, meus amigos, pra não perder o sotaque.

      Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos, desde aquele 1973, quando abandonei Belo Horizonte pra ir morar a mais de dez mil quilômetros de lá.

      Senti isso quando, outro dia, pousei no aeroporto de Uberlândia e fui direto na lanchonete comer um pão de queijo que, fora de brincadeira, é mesmo o mais gostoso do mundo.

      - Cê qué qui eu isquento um tiquinho procê?

      Foi assim que a mocinha me recebeu, quase de braços abertos, como se fosse uma amiga íntima de longo tempo.

      Sei não, mas eu acho que o sotaque mineiro aumentou – e muito – desde que parti. Quando peguei o primeiro avião com destino à felicidade, todos chamavam o centro de Belo Horizonte de cidade. O trólebus subia a Rua da Bahia, as pessoas tomavam Guarapan, andavam de Opala, ouviam Fagner cantando Manera Fru Fru, Manera, chamavam acidente de trombada e a polícia de Radio Patrulha.

      Como pode, meu filho mais velho, que nasceu tão longe de Beagá, e, que hoje mora lá, me ligar e perguntar:

      - E ai pai, tudo jóia, tudo massa?

      A repórter Helena de Grammont, quando ainda trabalhava no Show da Vida, voltou encantada de lá e veio logo me perguntar se o sotaque mineiro era mesmo assim ou se estavam brincando com ela. Helena estava no carro da Globo, procurando um endereço perto de Belo Horizonte, quando perguntou para um guarda de trânsito se ele poderia ajudá-la. A resposta veio de imediato.

      - Cê ségui essa istrada toda vida e quando acabá o piche, cê quebra pra lá e continua siguino toda vida!

      Já virou folclore esse negócio de mineiro engolir parte das palavras. Debaixo da cama é badacama, conforme for é confórfô, quilo de carne é kidicarne, muito magro é magrilin, atrás da porta é trádaporta, ponto de ônibus é pôndions, litro de leite é lidileiti, massa de tomate é mastumati e tira isso daí é tirisdaí.

      Isso é verdade. Um garoto que mora em São Paulo foi a Minas Gerais e voltou com essa: Lá deve ser muito mais fácil aprender o português porque as palavras são muito mais curtas.

      Mineiro quando para num sinal de trânsito, se está vermelho, ele pensa: Péra. Se pisca o amarelo: Prestenção. Quando vem o verde: Podií.

      Mas não é só esse sotaque delicioso que o mineiro carrega dentro dele. Carrega também um jeitinho de ser.

      A Gabi, amiga nossa mineira, que mora em São Paulo há anos, toda vez que vem, aqui em casa, chega com um balaio de casos de Minas Gerais.

      Da última vez que foi a Minas, ela viu na mesa de café da tia Teresa uma capinha de crochê, cobrindo a embalagem do adoçante. Achou aquilo uma graça e comentou com a tia prendada. Pra quê? Tem dias que Teresa não dorme, preocupada querendo saber qual é a marca do adoçante que a Gabi usa, pra ela fazer uma capinha igual, já que ela gostou tanto. Chega a ligar interurbano pra São Paulo:

      - Num isquéci de mi falá a marca do seu adoçante não, preu fazê a capinha de crocrê procê...

      Coisa de mineiro.

      Bastou ela contar essa história que a Catia, outra amiga mineira – e praticante – que estava aqui em casa também, contar a história de um doce de banana divino que comeu na casa da mãe, dona Ita, a última vez que foi lá. Depois de todos elogiarem aquele doce que merecia ser comido de joelhos, ela revelou o segredo:

      - Cês criditam que eu vi um cacho de banana madurin, bonzin ainda, no lixo do vizinho, e pensei: Genti, num podêmo dispidiçá não!

      Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, o jeito mineiro de ser me encanta e cada vez mais.

      Quer saber o que é ser mineiro? No final dos anos 80, quando o meu primeiro casamento se acabou, minha mãe, que era uma mineira cem por cento, queria saber se eu já “tinha outra”, como se diz lá em Minas Gerais. Um dia, cedo ainda, ela me telefonou e, ao invés de perguntar assim, na lata, se eu já tinha um novo amor, usou seu modo bem mineiro de ser:

      - Eu tava pensâno em comprá um jogo de cama procê, mas tô aqui sem sabê. Sua cama nova é di casal ou di soltero?


ADAPTADO. VILLAS, Alberto. Oh! Minas Gerais. In: Carta Capital. Publicado em 10 fev. 2017. Disponível em https://www.cartacapital.com. br/cultura/oh-minas-gerais.  

Assinale a alternativa na qual o verbo dentro dos parênteses substitui a locução verbal destacada, preservando-se o sentido e a norma gramatical.

Alternativas
Comentários
  • Referente à locução verbal , o verbo que irá substituí-lo deverá está no mesmo tempo e modo que ele.

     

     

    c) “Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, [...]” (deixar).

    ter - verbo principal está no INFINITIVO assim como DEIXAR(INFINITIVO)

    deixado - verbo auxiliar

     

    Correta.

  • Rodrigo,

    "Referente à locução verbal , o verbo que irá substituí-lo deverá está (estar) no mesmo tempo e modo que ele."

  • CALMA AI...

     

    TER DEIXADO - LOCUÇÃO VERBAL

     

    1º VERBO AUXILIAR

    2º VERBO PRINCIPAL NA FORMA NOMINAL "GERÚNDIO, PARTICÍPIO OU INFINITIVO" 

     

    TER - AUXILIAR

    DEIXADO - PRINCIPAL

  • Gabarito Letra C

     

    Cuidado com as curtidas, Pois o comentário que está em Primeiro a justificativa dele está totalmente incorreta dizendo que o verbo principal é o ter, na verdade ele é um verbo auxilia o principal e deixado.

     

    Conceito:  O verbo principal estará sempre em alguma forma nominal ou estará no infinitivo, gerúndio ou particípio“IR”, “NDO”, ”IDO”.

        

    verbos auxiliares:  I) poderá, estão, terá, ser, ter e haver..

     

    Quando a assertiva pede para fazer à troca a primeira coisa é analisar a tempo verbal, pois a troca tem que está de acordo com o que está sendo pedido.

  • O verbo principal no não se flexiona

     

  • Alguém para responder a questão alternativa por alternativa? Mostrando o motivo de cada uma estar errada. Alguém?

  • Vamos indicar para comentários do professor!!!

  • LETRA C - Os verbos devem ficar no mesmo tempo e modo dos auxiliares:

    a - “Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos [...]” (perderia). PERDIA  (PRET. PERF. IND)

    b- ‘[...] ele poderia ajudá-la.” (ajudasse). AJUDARIA  (FUT. DO PRET. IND)

    c- “Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, [...]” (deixar). CORRETO: AMBOS ESTÃO NO INFINITIVO

    d- “[...] o sotaque mineiro era mesmo assim ou se estavam brincando com ela [...]” (brincaram). BRINCAVAM (PRET. IMPERFEITO IND.)

    e- “Lá deve ser muito mais fácil aprender o português [...]” (seria).ERA ( PRET. IMPERFEITO IND.)

  • Essa e um tipo de questão que a banca ajuda o aluno para não zerar . hahaha

    Pará estou chegando.

  • Placar:

    Portguês 1000 X Concursando 0

     

    "Sáporra" não entra na cabeça de forma alguma

  • O pior é quando você fica com dúvida, entre a certa e a errada, ai você marca a errada. :/

  • GABA C, FUI PELO SENTIDO.

  • finalmente vou entendendo esse troço chamado verbo, pensa em uma coisa que foi o calo durante muito tempo na minha vida´o segredo é jamais desistir, pq verbo sempre foi o mesmo ontem, é o mesmo hoje e será o mesmo amanhã o segredo é perseverar, pq uma hora entra na cabeça nem que seja por teimosia

  • Fórmula do sucesso:

    Tinha/Havia + particípio = RA

    Tinha estudado = estudara

    Tinha feito = fizera

  • Acredito que deveria ser a alternativa D, isso porque o verbo auxiliar está no pret imperfeito e nesse caso o tempo do verbo deve ficar no mais que perfeito que no caso é (Brincaram). O que pode causar confusão é que também pode ser 3 pessoa do plural do pret perfeito. Questionável

  • Letra A – ERRADA – A locução “fui perdendo” equivale a uma ação do passado que teve uma continuidade, o que a aproxima do pretérito imperfeito do indicativo “perdia”.

    Letra B – ERRADA – Poderíamos substituir essa locução pela forma “ele a ajudaria”, mantendo a correção e o sentido originais.

    Letra C – CERTA

    Letra D – ERRADA - A forma “estavam brincando” diz respeito a uma ação do passado que teve uma continuidade, o que a aproxima do pretérito imperfeito do indicativo “brincavam”.

    Letra E – ERRADA – A expressão “deve ser” transmite uma probabilidade de concretização maior do que “seria”.

    Resposta: C

  • a)  “Sotaque que, acho eu, fui perdendo ao longo dos anos [...]” (perderia).

    Incorreta. A locução traz verbo "ir" no pretérito perfeito do indicativo (fui) + verbo "perder" no gerúndio. Essa locução traz uma ideia de processo gradual: o sujeito perdeu aos poucos.

    A forma verbal "perderia" está no futuro do pretérito do modo indicativo, que expressa ideia de hipótese. A substituição modificaria o sentido original da frase.

    b)  ‘[...] ele poderia ajudá-la.” (ajudasse).

    Incorreta. A forma verbal "poderia" está no futuro do pretérito do indicativo. Nesse caso, esse tempo verbal foi empregado para expressar um fato futuro em relação a outro fato passado. A pergunta da moça foi feita no passado. A ajuda também ocorreria no passado, mas depois da pergunta da moça.

    A forma verbal "ajudasse" está no pretérito imperfeito do subjuntivo, expressando possibilidade, hipótese. A substituição não preservaria o sentido original. 

    c)  “Mais de quarenta anos depois de ter deixado minha terra querida, [...]” (deixar).

    Correta. A locução "ter deixado" está no infinitivo passado, sendo uma forma composta do verbo "deixar". A substituição pelo infinitivo puro "deixar" não prejudicaria a correção gramatical nem o sentido original. 

    d)  “[...] o sotaque mineiro era mesmo assim ou se estavam brincando com ela [...]” (brincaram).

    Incorreta. A locução verbal em negrito traz uma ideia de ação contínua, formada por verbo "estar" no pretérito imperfeito do indicativo (estavam) + verbo "brincar" no gerúndio.

    A forma verbal "brincaram" está no pretérito perfeito do indicativo, expressando uma ação pontual no passado. Não há ideia de continuidade

    e)  “Lá deve ser muito mais fácil aprender o português [...]” (seria).

    Incorreta. A locução "deve ser" expressa ideia de possibilidade, probabilidade, mas no tempo presente. A forma verbal "seria" está no futuro do pretérito, que pode ser empregado para indicar hipótese, mas o uso dessa forma verbal não preservaria a ideia de presente, de momento atual.


ID
2602582
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período “O mundo digital e as redes sociais ganharam tanta relevância no processo de ensino a ponto de educadores passarem a atuar como mediadores, gerenciando conteúdos [...].”, os verbos “passaram a atuar” formam uma locução verbal.


Considerando os períodos abaixo apresentados, marque a alternativa CORRETA em que os termos grifados formam também uma locução verbal:

Alternativas
Comentários
  • D) estar + Gerúndio

     

  • Ótima dica do @Sr. Shelking, por mais concurseiros prestativos assim no QC.

  • TEMPO COMPOSTO

    ter / haver + ado, ido 

    LOCUÇÃO VERBAL

    ser / estar + infinitivo, gerúndio, particípio

  • Locução verbal: ser / estar + verbo em uma das três formas nominais (infinitivo, gerúndio, particípio). 

    Gabarito, letra d)

     

    "Quem é incapaz de trabalhar está condenado ao fracasso. Apenas com o talento nada se consegue" -Mikhail Botvinnik, ex campeão mundial de xadrez.

  • Ateção, galera: 

    As locuções verbais são compostas de: verbo auxiliar + gerúndio ou infinitivo do verbo princial. 

    Ex.: Estava lendo o jornal. 

    Ex.: Você finge ler o jornal. 

  • Perfeita explicação do Sr. Shelkin: As alternativas erradas tratam de tempo composto (verbo auxiliar ter ou haver seguido do verbo nominal no particípio)
  • simples ter /haver = tempo composto

    ser ou estar = loc.verbal

     

  • TEMPO COMPOSTO

     

    Ter / Haver / Ser + Particípio (...ado/...ido) 

     

    OBS: 

    Voz Ativa = 2 verbos (Havíamos - verbo auxiliar / estudado - verbo principal) LETRA C

    Voz Passiva = 3 verbos (Têm sido - verbo auxiliar / influenciados - verbo principal) LETRA A

     

    ===============================================================================

     

    LOCUÇÃO VERBAL(Conjugação Perifrástica)

     

    Ser / Estar / Ir / Fazer ... + Infinitivo (...ar/...er/...ir) - Gerúndio (...ando/...endo/...indo/..ondo) 

     

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    OBS: Estão explicando errado nos comentários. Se eu estiver errado, mandem-me mensagem.

    O problema não é o verbo auxiliar empregado, e sim se é Particípio, Infinitivo ou Gerúndio.

     

    Macete:

    Se eu Particípio, então é Composto.

  • TEMPO COMPOSTO

    ter / haver + ado, ido 

    LOCUÇÃO VERBAL

    Ser / Estar / Ir / Fazer ... + Infinitivo (...ar/...er/...ir) - Gerúndio (...ando/...endo/...indo/..ondo) 

  • NUNCA VI TANTO COMENTÁRIO ERRADO!

    TEMPO COMPOSTO TAMBÉM É LOCUÇÃO VERBAL!!!

  • Negativo Ravin Pin. Existe diferença como explicado nos outros comentários.
  • ITEM D! "O professor está atuando como mediador nas redes sociais."

  • Locução verbal, verbo ser/estar + verbo no gerúndio/particípio ou infinitivo.

  • ter ou haver+ particípio= tempo composto

  • A única pessoa que acertou essa questão de primeira foi a que chutou kkkkkk Quem realmente sabe do assunto, ficou sem saber o que fazer kkkkk

  • GABARITO - D

    De acordo com o CEGALLA, pág 200, as locuções Verbais são constituídas de uma verbo auxiliar seguido de gerúndio ou infinitivo do verbo principal.

    Tenho de ir hoje. Hei de ir amanhã.

    Estava lendo o jornal. Não podia atender.

    Que vais fazer? Ficas esperando o quê?

    Ela começou a rir, não queria comprometer-se.

    >>> TER e HAVER + PARTICÍPIO (DO-TO) SÃO TEMPOS COMPOSTOS

    têm sido influenciados = Tempo Composto

    Havíamos estudado = Tempo Composto

    Temos aprendido = Tempo Composto

    está atuando = Locução Verbal (verbo auxiliar + geroninho)

    Parabéns! Você acertou!

  • São raras as locuções verbais que se iniciam por outros verbos (que não o ser) para indicar a voz passiva. Quase sempre, portanto, uma locução verbal de voz passiva vem construída assim: ser + particípio (O problema será resolvido logo.). É bom dizer que o verbo principal no particípio concorda em gênero e número com o sujeito. Atente para isso!

  • Para que você reconheça uma locução verbal, note que os verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. Por exemplo, em “Vou estudar”, quem vai? Eu. Quem estudará? Eu.

    Fonte: Fernando Pestana

  • Enunciado muito fraco !!

  • As 4 alternativas são loc. verbal.

    Porém, as alternativas A,B,C, são loc. verbal de tempo composto.

    E a alternativa D, é a única que é apenas loc. verbal, que não é loc. verbal de tempo composto. (foi a diferente)

    Se todas são iguais qual é a única que é diferente ? Letra D

    Referência: Vídeo de explicação da professora Isabel.

  • os verbos passaram a atuar

    resposta

    atuando hahahhahahahhaah

  • locuções verbais- constituídas de um verbo auxiliar seguido de gerúndio ou infinitivo do verbo principal:

    Tenho de ir hoje. Hei de ir amanhã.

    Estava lendo o jornal. Não podia atender. 

    GAB D

  • "Está" auxiliar, "Estudando" Verbo principal no infinitivo!


ID
2634832
Banca
FGV
Órgão
TJ-AL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - Ressentimento e Covardia


Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação indébita.

No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.

Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao contraditório.

Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado) 

“... que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso”.


Nesse segmento do texto, a locução “podem ser” forma uma só oração por tratar-se de uma locução não verbal; a forma abaixo que constitui duas orações por NÃO se tratar de locução verbal é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Verbos que não formam locução verbal: mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir. 

    Quanto ao enunciado, a FGV cometeu erro de digitação ao dizer que podem ser é locução "não" verbal. 

  • "Gostam de ser" também não é uma locução verbal.

    GOSTAR - de - VTI 

    DE SER - OI 

    DE SER... - oração subordinada substantiva objetiva indireta. 

     

     

  • APESAR DE TER ACERTADO, VOU PEDIR COMENTÁRIO. VERBOS SENSITIVOS NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL

  • Gabarito: Letra C.

     

     

    De acordo com A Gramática Para Concursos Públicos.Fernando Pestana

     

     

    Capítulo 12_Verbos

    Cuidado com as falsas locuções verbais !

     

     

    Os verbos causativos ( mandar, deixar,fazer) e sensitivos (ver,ouvir,sentir) NUNCA formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio;são dois verbos, cada um com sua autonomia.

     

    - Já te mandei ficar quieto.(Leia-se: Eu já mandei que tu ficasses quieto.)

    - Eu a vejo passando todos os dias por aqui.(Leia-se: Eu vejo que ela passa todos os dias por aqui.)

     

    Quando o infinitivo da locução verbal pode ser transformado em uma oração desenvolvida,iniciada por conectivo,em tese, não há locução verbal.

     

    Em "Não nos compete realizar (que realizemos) tarefas desagradáveis.", o sujeito do verbo competir é o infinitivo realizar,ou seja," Realizar tarefas desagradáveis (sujeito) não nos compete (verbo)."

  • Pensei a mesma coisa que a Any.

     

    Gostam de ser para mim também não se enquadraria em locução verbal e sim um VTI com seu OI oracional.

  • Eu li os comentários e não compreendi o gabarito...

  • mas e o podem pq ta falando que é uma locução nao verbal?

  • Sempre que estiver : Mandar, Deixar, Fazer, Ver,  Ouvir, Sentir + INFINITIVO (R) / GERUNDIO (NDO) NÃO HAVERÁ LOCUÇÃO VERBAL.

    EX:   Fazem ser

    fazem = verbo fazer 

    ser = terminado em infinitivo (r) 

    logo, nao será locução verbal.

    espero ter ajudado!

  • Letra a E O verbo fazer não forma locução Verbal.
  •  a locução “podem ser” forma uma só oração

    Se forma uma só oração ELA É UMA LOCUÇÃO VERBAL!!!!

    O próprio examinador falou que forma uma só oração, portanto tem que ser uma locução verbal e ele diz"por tratar-se de uma locução não verbal"

    O cara ta doido!!!!

  • OS VERBOS MANDAR, DEIXAR E FAZER( causativos) E VER, OUVIR E SENTIR (sensitivos) NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL

  • Tendi foi nada

  • NÃO FORMAM LOCUÇÕES: M.D.F. + V.O.S.

     

    Os verbos causativos (Mandar, Deixar, Fazer) e sensitivos (Ver, Ouvir, Sentir) NUNCA formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio;são dois verbos, cada um com sua autonomia.

     

    Att,

  • NÃO OCORRERÁ LOCUÇÃO VERBAL :

    MANDAR / FAZER / SENTIR / OUVIR / VER / DEIXAR INFINITIVO(R) OU GERÚNDIO(NDO)

  • Não formam LOCUÇÕES VERBAIS os verbos DEFAMAVOS + INFINITIVO  (EX: SER,ESTAR) OU GERUNDIO (EX: SENDO, ESTANDO)

     

    DE- DEIXAR

    FA- FAZER

    MA- MANDAR

    V - VER

    O- OUVIR

    S- SENTIR

  • GABARITO "E"

     

    - Não formam locução verbal porque "V.O.S DE.FA.MA."

     

    - ver, ouvir, sentir, deixar, mandar, fazer.

  • Apesar de não entender direito, cheguei ao gabarito ao trocar todas as alternativas pelo "podem ser" da frase principal, e a única que não se "encaixou", soando estranho, foi a letra E.

    Ex.: “... que circulam por aí e que não querem ser/devem ser/gostam de ser/vão ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso”.

    "Fazem ser" ficou estranho.

    Bons estudos!

  • A expressão "fazem" não pode ser utilizada, ou seja, o usado e correto é o "faz".  "Fazem ser" também não ficou coerente com o texto ao fazer a substituição.

     

  • Mais um assunto aprendido com a ajuda de vocês. Obrigada!

  • quem gosta, gosta DE ALGO... e aí?

  • Os verbos causativos - MANDAR, DEIXAR, FAZER -  e sensitivos - VER, OUVIR, SENTIR -  nunca formam locuções verbais com o infinitivo ou gerundio; são dois verbos, cada um com sua autonomia. 

     

    Gabarito E

  • O comentário dos alunos é melhor do que o da professora...

     

  • Verbos causativos e sensitivos, portugues e igual ao universo...infinito. Quando se acha que sabe algo....nao e nem o começo da jornada!

  • Quando houver dúvida é só colocar o pronome "ELE" entre os verbos da locução. Se não fizer sentido será uma locução, se fizer, não será. Podem usar esse macete nessa questão inclusive.

  • mandar

    deixar

    fazer

    ver

    ouvir

    sentir

    NÃO FORMAM LOCUÇÕES VERBAIS-COM INFINITIVO E GERUNDIO

  • Dica PROF. FLÁVIA RITA:

     

    Os verbos DEFAMAVOS nunca formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio.

     

    DE - DEIXAR

    FA - FAZER

    MA - MANDAR

    V - VER

    O - OUVIR

    S- SENTIR

  • Complementando o que a Flavia comentou, geralmente os verbos Sensitivos(Ver/ Sentir/ Ouvir) e Causativos(Deixar/ Mandar/ Fazer) Não formam Locuções Verbais.

  • Questão recorrente mesmo!

    bizu:

    Verbos que não formam locução verbal: Vos de fama:

    Ver, sentir, deixar, fazer mandar.

    Verbos causativos e sensitivos.

  • Verbos que não formam locução verbal: mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir. 

  • Pega essa dica que eu vi aqui no QC: Encaixa " ele " entre as formas verbais. Aquela que ficar mais " falável " não é locução, são verbos independentes.

  • Se você não entendeu a questão, fique tranquilo, você estava certo.

    Ou a banca errou no enunciado ou a qconcursos copiou a questão errada aqui para a plataforma.

  • Gabarito E

    ·      Deixa eu mandar fazer(causativos): ver, ouvir, sentir(sensitivo)

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

    Faça o teste nessa questão e observará que o gabarito será a Letra E.

    No caso, a questão nos pede o que NÃO é locução.

  • Esquematicamente guardamos: DEFAMAVOS

    DEixar,

    FAzer,

    MAndar,

    Ver,

    Ouvir,

    Sentir,

    = não formam locução verbal

  • Não formam locução verbal porque "V.O.S DE.FA.MA." 

    - ver, ouvir, sentir, deixar, mandar, fazer.

  • Verbos que não formam locução verbal: mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir. 

  • Acrescente-se "Eles" antes de cada locação verbal. A letra "E" é a única que não faz sentido.

  • NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL:

    Mnemônico: DE FA MA - VOS

    DEIXAR, FAZER, MANDAR, VER, OUVIR, SENTIR + INFINITIVO (SER/ESTAR) + GERUNDIO (SENDO/ESTANDO)

  • vou mandar uma cantiga que vai ajudar neste tipo de questão.

    deixar faze mandar........ ver ouvir sentir.... eu sabia que um dia ia ter que usar kkkkkk agora deu bom

  • A questão trata dos verbos consecutivos, quais sejam, mandar, deixar e fazer. Esses verbos, quando empregados com outros no infinitivo, formam mais de uma oração e não uma locução verbal. Lembrando ainda que existem os verbos sensitivos, ver, ouvir e sentir, que também formam mais de uma oração.
  • FAZ SENTIDO MANDAR DEIXAR?

  • Acrescente-se "Eles" antes de cada locação verbal. A letra "E" é a única que não faz sentido.

    Verbos que não formam locução verbal: mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir. 

  • Quase acertei, li novamente e errei. Putz!

  • Conforme comentado em questão anterior, se houver a presença de um verbo sensitivo ou causativo ou se o infinitivo ou gerúndio puderem ser desenvolvidos com o aparecimento de um conector, NÃO teremos locução verbal.

              Na letra E, temos o verbo causativo “fazer”. Logo, a construção “fazem ser” NÃO forma locução verbal!

    Resposta: E

  • Pelo jeito quase ninguém sacou que a banca errou no enunciado quando disse que "NÃO" é verbal.

  • MANDAR,FAZER,VER,OUVIR e SENTIR não formam locuções

  • Bizu para a questão de locução verbal:

    M.D.F. -> Mandar, Deixar, Fazer

    Verbos sensitivos -> Ver, ouvir, cheirar...

    NÃO podem aparecer em locução verbal. Todos os outros podem.

  • Fa ma de v o s

  • Dica do: MARCELO CARVALHO SIQUEIRA, aluno do QC.

    "Macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV"

    --> Tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

    Faça o teste nessa questão e observará que o gabarito será a Letra E.

    No caso, a questão nos pede o que NÃO é locução.

  • MDF VOS ( mandar, deixar, fazer , ver, ouvir e sentir) Não formam locução verbal.

    E

    APMBB

  • José Maria | Direção Concursos

    06/11/2019 às 16:30

    Conforme comentado em questão anterior, se houver a presença de um verbo sensitivo ou causativo ou se o infinitivo ou gerúndio puderem ser desenvolvidos com o aparecimento de um conector, NÃO teremos locução verbal.

              Na letra E, temos o verbo causativo “fazer”. Logo, a construção “fazem ser” NÃO forma locução verbal!

    Resposta: E

  • é mole !!! acertei não sei como bizu então é V.O.S. DE. FA.MA.
  • DE FA MA VOS DEIXAR FAZER MANDAR VER OUVIR SENTIR VERBOS CAUSATIVOS (DE FA MA) VERBOS SENSITIVOS (VOS) NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL
  • Mete ELE no meio.

  • Eu não gravo de jeito nenhum esse verbos causativos: MANDAR, DEIXAR E FAZER. MANDAR, DEIXAR E FAZER. MANDAR, DEIXAR E FAZER. MANDAR, DEIXAR E FAZER. Minha mãe manda e minha esposa deixa eu fazer algo.
  • Você é aquilo que você insisti .

  • Coloquei o "eles" no início da frase o que fez menos sentindo eu marquei.

    É a segunda questão que vejo e faço isso.

  • Verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal.


ID
2635252
Banca
FGV
Órgão
TJ-AL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO – Sem tolerância com o preconceito
Átila Alexandre Nunes, O Globo, 23/01/2018 (adaptado)
Diante do número de casos de preconceito explícito e agressões, somos levados ao questionamento se nossa sociedade corre o risco de estar tornando-se irracionalmente intolerante. Ou, quem sabe, intolerantemente irracional. Intolerância é a palavra do momento. Da religião à orientação sexual, da cor da pele às convicções políticas.
O tamanho desse problema rompeu fronteiras e torna-se uma praga mundial. Líderes políticos, em conluio com líderes religiosos, ignoram os conceitos de moral, ética, direitos, deveres e justiça. As redes sociais assumiram um papel cruel nesse sistema. Se deveriam servir para mostrar indignação, mostram, muitas vezes, um preconceito medieval.
No campo da religiosidade, o fanatismo se mostra cada dia mais presente no Rio de Janeiro. No último ano, foram registradas dezenas de casos de intolerância religiosa por meio da Secretaria de Estado de Direitos Humanos. Um número ainda subnotificado, pois, muitas ocorrências que deveriam ser registradas como “intolerância religiosa” são consideradas brigas de vizinhos.
A subnotificação desses casos é um dos maiores entraves na luta contra a intolerância religiosa. O registro incorreto e a descrença de grande parte da população na punição a esse tipo de crime colaboram para maquiar o retrato dos ataques promovidos pelo fanatismo religioso em nossa sociedade. A perseguição às minorias religiosas está cada vez mais organizada com braços políticos e até de milícias armadas como o tráfico de drogas.
No último ano recebemos denúncias de ataques contra religiões de matriz africana praticados pelo tráfico de drogas, que não só destruíam terreiros, como também proibiam a realização de cultos em determinada região, segundo o desejo do chefe da facção local.
Não podemos regredir a um estado confessional. A luta de agora pela liberdade religiosa é um dever de todos para garantir o cumprimento da Constituição Federal. Quando uma pessoa de fé é humilhada, agredida ou discriminada devido à sua crença, ela tem seus direitos humanos e constitucionais violados. Hoje, falase muito sobre intolerância religiosa, mas, muito mais do que sermos tolerantes, precisamos aprender a respeitar a individualidade e as crenças de cada um.
Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes com aquilo que não deveríamos ser. Numa sociedade onde o preconceito se mostra cada dia mais presente, a única saída é a incorporação da cultura do respeito. Preconceito não se tolera, se combate.

“Até porque, nessa toada, a intolerância irracional ganha terreno, e nós vamos ficando cada vez mais irracionalmente intolerantes com aquilo que não deveríamos ser”.
A forma verbal “deveríamos ser” forma uma locução verbal como os vocábulos abaixo:

Alternativas
Comentários
  • ALGUÉM PODE EXPLICAR, POR FAVOR?

     

  • verbos causativos ou sensitivos: mandar e deixar, ver e ouvir.

  • NUNCA FORMAM LOCUÇÃO VERBAL: DE FA MA - V O S:

    Deixar

    Fazer

    Mandar

    Ver

    Ouvir

    Sentir

  • Gabarito: A

    Copiei um pouco do que fala Fernando Pestana sobre o tema:

    Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir) nunca formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio; são dois verbos, cada um com sua autonomia.
    – Já te mandei ficar quieto. (Leia-se: Eu já mandei que tu ficasses quieto.)
    – Eu a vejo passando todos os dias por aqui. (Leia-se: Eu vejo que ela passa todos os dias por aqui.)

    Quando o infinitivo da locução verbal pode ser transformado em uma oração desenvolvida, iniciada por conectivo, em tese, não há locução verbal.
    Em “Não nos compete realizar (que realizemos) tarefas desagradáveis.”, o sujeito do verbo competir é o infinitivo realizar, ou seja, “Realizar tarefas desagradáveis (sujeito) não nos compete (verbo).”.
    Outro exemplo: “Sempre falta explicar um assunto.”, em que explicar é o sujeito de faltar, ou seja, “Explicar um assunto (sujeito) sempre falta (verbo).”. Nestes casos, NÃO há locução verbal!

  • "Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentirnunca formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio; são dois verbos, cada um com sua autonomia." Está aí uma coisa que eu não sabia!

  • Boa tarde,

     

    Direto ao ponto, verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal. Lembre-se de quem manda em casa kkkkkkkkkk a mulher... e pergunte-se FAZ SENTIDO (sentir, ver, ouvi) DEIXAR MANDAR ? SIM kkkkkkkkkkkkkk 

     

    Fazer

    Sentir

    Deixar

    Mandar

    Ver

    Ouvir

     

    Outra curiosidade sobre esses verbos é que eles têm o poder de transformar o pronome oblíquo átono em SUJEITO.

     

    Exemplo: Deixe-o ir embora (deixe ele ir embora)

     

    BOns estudos

  • macetim bobo pra resolver essas questões, típicas da FGV

    tasca um ELE no meio dos verbos, o que não fizer sentido é pq é uma locução verbal

    queremos ELE ser;

    mandamos ELE ser;

    deixemos ELE ser;

    vimos ELE ser;

    ouvimos ELE ser.

     

  • vai um macete legal!

    verbos causativos:mdf:mandar,deixar,fazer

    verbos sensitivos:vos:ver,ouvir,sentir

    obs:Estes verbos(causativos e sensitivos)juntos com um verbo conjugado no infinitivo ou no gerundio não formam locução verbal!

  • A questão quer o item em que se verifique uma locução verbal. Para saber se há locução verbal, seguir o macete deixado pelo colega Marcelo Siqueira. 

  • Uso os mesmos mnemônicos do wesley nascimento. Vale a pena ^^'

  • Verbos que não formam locução verbal;  

    Mandar , deixar , fazer , ver , ouvir e sentir.  

     

    Gab; a

    # Avante. 

     

  • NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL:

    V.O.S. DE. FA.MA.

    VER

    OUVIR

    SENTIR

    DEIXAR

    FAZER

    MANDAR

    +

    INFINITIVO (SER/ESTAR)

    +

    GERUNDIO (SENDO/ESTANDO)

  • Questão bem recorrente da banca FGV, não dá pra errar (deixa pra errar as polêmicas de interpretação)! Verbos que NÃO formam LOCUÇÃO VERBAL:

    VERBOS CAUSATIVOS (FMD) - Fazer, mandar e deixar

    Ex.: Os professores mandaram sair o aluno.

    Obs.: percebe-se a inversão da ordem lógica da frase que dá falsa aparência de locução verbal. Caso coloquemos a frase na ordem norma os verbos não estariam juntos (os professores mandaram o aluno sair), não há conexão lógica entre eles, já que o verbo mandar refere-se a professores e o verbo sair ao aluno.

     

    VERBOS SENSITIVOS (VOS) - Ver (=olhar), ouvir, sentir

    Ex.: Luís viu chegar o carro.

    Obs.: novamente há ideslocamento da ordem lógica da frase que engana. A ordem normal é "Luís viu o carro chegar". Assim, "viu" se refere a Luís e "chegar" a carro. Não há conexão de ideias entre os verbos a ponto de formar locução verbal.

     

  • Verbos que não formam locução verbal: ver, ouvir, sentir, mandar, deixar e fazer. (sensitivos e causativos)

  • Prova de que língua??? isso não é português.. kkkkk

  • Gente, eu resolvi essa questão de um jeito COMPLETAMENTE diferente, rs.

     

    Pensei assim: "deveríamos", em sua forma infinitiva, é "DEVER", não é mesmo? Então vou procurar o verbo terminado em -ER cuja conjugação seja parecida com DEVER:

    a) queremos ser; -> verbo QUERER, único que termina em -ER e tem a conjugação parecida com DEVER

    b) mandamos ser; -> verbo MANDAR, não serve

    c) deixemos ser; -: verbo DEIXAR, não serve

    d) vimos ser; -> verbo VER, termina em -ER porém a conjugação não é parecida com DEVER

    e) ouvimos ser. -> verbo OUVIR, não serve

     

    Me corrijam se esse raciocínio estiver errado, mas funcionou, rs.

  • Numa locução verbal, os dois verbos se referem ao mesmo sujeito:

    A) "nós" QUEREMOS "nós" SER(mos) - Certa

    B) "nós" MANDAMOS "ele" SER - Errado

    C) "nós" DEIXAMOS "ele" SER - Errado

    D) "nós" VIMOS "ele" SER - Errado

    E) "nós" OUVIMOS "ele SER - Errado



  • Verbos causativos


    Categoria curiosa é a dos verbos chamados “causativos”. E o que vem a ser verbo causativo? Também chamado “factitivo”, é o verbo transitivo direto (o que se liga ao complemento sem auxílio de preposição) cujo objeto se constitui de um ser que age por força do sujeito. Em outras palavras, o sujeito faz com que o objeto faça ou torne-se alguma coisa. Exemplos: "João afugentou os cães" (pela ação de João, os cães fugiram), "Roma civilizou a Pensínsula Ibérica" (pela ação de Roma, a Península tornou-se civilizada), "Os portugueses cristianizaram a Terra de Santa Cruz" (pela ação dos portugueses, a Terra de Santa Cruz tornou-se cristã), "Notifiquei-o do atraso" (pela minha ação, ele tomou conhecimento do atraso).


    O caráter causativo desses verbos é expresso:


    • 

    • 

    •pelo sufixo -entar: acalentar, afugentar, apascentar;

    pelo sufixo -izar: amenizar, galvanizar, robotizar;

    pelo sufixo -ficar: codificar, mumificar, retificar;

    por verbos auxiliares: deixar, fazer, mandar, tornar, como em "Fiz Leo estudar" (por minha ação, Leo estudou), “Tornei-o interessado em Português” (por minha causa, ele ficou interessado pelo estudo da língua portuguesa), “Mandei os alunos ficarem” (por minha ordem, os alunos ficaram), “Deixei o copo cair” (por minha ação, o copo caiu).

    Repare que os auxiliares causativos não formam locução verbal com o infinitivo. Assim, cada verbo tem seu sujeito, e o verbo no infinitivo pode ser substituído por forma modal: “Fiz com que Leo estudasse”, “Mandei que os alunos ficassem” e “Deixei que o copo caísse”.


    http://www.paulohernandes.pro.br/dicas/001/dica105.html

  • Ia morrer sem saber!

  • NÃO FORMA LOCUÇÃO VERBAL COM VERBOS NO INFINITIVO E GERÚNDIO.

    DEIXAR

    MANDAR

    FAZER

    VER

    OUVIR

    SENTIR

  • NUNCA FORMAM LOCUÇÃO VERBAL: DE FA MA - V O S:

    Deixar

    Fazer

    Mandar

    Ver

    Ouvir

    Sentir

  • exemplo de locução verbal: Ainda estou lendo aquele livro que você me emprestou.

    Observe que os efeitos de sentido gerados pela locução verbal são possíveis se considerarmos as duas ações praticadas (estar + ler) como sendo apenas uma. Não é possível pensarmos os efeitos de sentido de cada um dos verbos separadamente: primeiro a ação de “estar” e, depois, a ação de “ler”. As duas ações ocorrem ao mesmo tempo e, por isso, é necessário um verbo auxiliar – que indica as flexões de pessoa (1ª pessoa do singular – eu) e tempo () – e um verbo principal – que indica a ideia central da ação praticada/ocorrida e sua forma nominal ()

  • O macete do "ele ser" (comentário mais curtido) sempre salva! kkkkkkkk

  • Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir) nunca formam locução verbal com o infinitivo ou gerúndio;

  • Essa foi para relembrar o famoso DEFAMAVOS: deixar, fazer, mandar, ver, ouvir e sentir.

    Não formam locução verbal com verbos no infinitivo e no gerúndio, ou seja, apenas com essas formas nominais do verbo.

  • Resumindo em dois macetes para esse tipo de questão:

    1) "DEFAMA-VOS": De Fa Ma V O S: Deixar, Fazer, Mandar, Ver, Ouvir, Sentir = verbos que NÃO formam locução verbal

    2) "ELE SER": colocar um "ele" no meio dos verbos e ver se faz sentido: queremos ele ser não faz sentido; mandamos ele ser, deixemos ele ser, vimos ele ser, ouvimos ele ser: fazem sentido, são verbos que não formam locução verbal.

  • Vamos relembrar como identificar uma locução verbal!

    ...

    A locução verbal, apesar de ser formada por mais de um verbo, constitui apenas uma unidade de sentido, formando apenas uma oração.

    Mas, professor, como eu saberei se aqueles dois verbos juntinhos formam uma unidade de sentido? Em outras palavras, como saber se aquela união de verbos forma uma locução? Essa pergunta é importantíssima e sua resposta precisa ser bem elaborada, de modo a não ficar dúvida alguma.

    A primeira e mais importante evidência da presença de uma locução verbal é que tanto o verbo auxiliar como o verbo principal devem se referir ao mesmo sujeito. Na frase “O professor vai resolver muitos exercícios na aula.”, tanto o verbo auxiliar “vai” como o principal “resolver” compartilham do mesmo sujeito. Se perguntarmos “Quem vai?” ou “Quem resolverá?”, a resposta será a mesma: o professor!

    Esse primeiro filtro já nos leva a importante conclusão: verbos causativos e sensitivos acompanhados de infinitivos ou gerúndios nunca irão formar locuções verbais, pois os sujeitos são diferentes.

    Veja a frase:

    Eu me vejo trabalhando neste Tribunal.

    Note que o verbo sensitivo “vejo” tem como sujeito “eu”. Já a forma de gerúndio “trabalhando” tem como sujeito acusativo (Lembra a definição de sujeito acusativo na aula passada?) o pronome oblíquo “me”. Portanto, não ocorre uma locução verbal, pois os sujeitos são diferentes!

    Mais um exemplo:

    Eu te mandei fazer as malas.

    Note que o verbo causativo “mandar” tem como sujeito “eu”. Já a forma de infinitivo “fazer” tem como sujeito acusativo o oblíquo “te”. Portanto, não ocorre uma locução verbal, pois os sujeitos são diferentes!

    No entanto, mesmo constatando que os dois verbos que estão juntinhos possuem o mesmo sujeito, podem restar algumas dúvidas! Ora, se formos capazes de desenvolver a oração introduzida pelo infinitivo ou gerúndio, fazendo aparecer algum conector, provamos que não ocorre uma locução verbal. Veja:

    Maria finge ser sincera. (= Maria finge que é sincera)

    Paulo julga estar bem. ( = Paulo julga que está bem)

    Não nos cabe julgar a preferência alheia. (= Não nos cabe que julguemos a preferência alheia).

              Portanto, para efeito de prova, teremos uma locução verbal quando os dois verbos – auxiliar e principal - compartilharem do mesmo sujeito. No entanto, se houver a presença de um verbo sensitivo ou causativo ou se o infinitivo ou gerúndio puderem ser desenvolvidos com o aparecimento de um conector, NÃO teremos locução verbal.

    ...

       Isso posto, já eliminamos as letras B e C, haja vista que temos a presença de verbos causativos – mandar e deixar. Também eliminamos as letras D e E, haja vista que temos a presença de verbos sensitivos – ver e ouvir.

       Resta-nos a letra A, o nosso gabarito.

       Vale mencionar que existe divergência entre os gramáticos acerca de construções com o verbo “querer”. Muitos consideram construções como “queremos ser” uma locução verbal, pois se trata uma única expressão verbal. Outros atestam que se trata de duas formas verbais independentes, alegando que “queremos ser” equivale a “queremos que seja”.

       A FGV, tomando um histórico de questões, leva em consideração a primeira interpretação. Isso significa que construções com verbo QUERER flexionado acompanhado de verbos no infinitivo são consideradas locuções pela FGV.

    Resposta: A

  • Verbos que não formam locução verbal:

    Na posição de auxiliares

    Verbos Causativos

    Fazer

    Mandar

    Deixar

    Verbos Sensitivos

    Ver

    Ouvir

    Sentir

  • Vós passastes um "macetin", porém passo a regra: os verbos causativo e sensitivo não formam locução verbal com infinitivo nem com gerúndio. }

  • Devereimos ser esta associado no futuro.

  • Verbos que não formam locução verbal:

    mandar , deixar, fazer, ouvir, ver e sentir

    Gab: A

  • boa pegada


ID
2731684
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto, para responder a questão.


Frei Caneca e a Virgem Maria


    No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.
    Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
    Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:
    – Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
    E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.
**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Observe a relação temporal entre as situações expressas pelos verbos destacados nos seguintes trechos: (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

É correto concluir que

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

     

    a) a situação expressa no trecho II é anterior à expressa no trecho I. (O fato de ele ter participado da revolta da Confederação do Equador fez com que ele fosse condenado, e por isso ele caminhou com passos firmes em direção da forca)

  • E só para complementar uma possível dúvida, vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus é uma ação concomitante a do número I (caminhava...)

    Dessa forma não seria anterior como é a expressa no trecho II.

  • Fiquei com a mesma dúvida Fabio Silva.

  • Essa cabe recurso?

  • Respondi e acertei essa questão utilizando "raciocinio lógico"

    Nas frases I e III temos o Pretérito imperfeito, ação no passado que parece que não terminou;

    Na frase II temos Pretérito mais-que-perfeito composto, um "passado do passado", uma ação no passado que ocorreu antes de outra tb no passado

    Seguindo essas regras a frase II aconteceu antes das outras, nisso só busquei a alternativa que se enquadrava a esse contexto, sendo a letra A

     

  • A Vunesp mudou mesmo... alguém tem ideia a que banca seguir, já que faz tão pouco tempo essa nova cara de cobrança?

  • "tinha participado"

     

    Havia/Tinha + Particípio

    Mais-que-Perfeito Composto.

  • Lembra da aula de história a revolta da Confederação do Equador, foi em 1824, logo o Frei foi condenado em 1825.

  • Interessante essa questão! Ela pode ser resolvida de várias maneiras.

  • Se não me engano esse tipo de questão é a cara da FGV...credo!

  • Pessoal, complementando que Havia Participado pode ser corretamente substituído por Participara.

  • Boníssima questão!

  • Não aparece os verbos em destaque!!!!!! Bora corrigir essa falha QCONCURSOS!!
  • Resposta: A a situação expressa no trecho II é anterior à expressa no trecho I. 

    (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

    ------

    Conjugação:

    Vestia e Caminhava = Pretérito Imperfeito (mesmo tempo)

    Participado: Particípio passado (a diferença)

  • respondi, errei, mas depois entendi. Não é a ordem em que foram expressos os fatos no texto, e sim a ordem em que os fatos realmente aconteceram. Quando tudo aconteceu, ele já estava vestido, ou seja, vestir o hábito foi o primeiro de todos os fatos narrados, afinal, ele não chegou lá pelado.

  • As formas “caminhava” e “vestia” são flexões do pretérito imperfeito do indicativo. Correspondem a ações do passado que tiveram continuidade, repetição. Guardam entre si uma ideia de concomitância.

    Já a forma “tinha participado” corresponde à forma composta do pretérito mais-que-perfeito. Trata-se de uma ação anterior a outra já concluída.

    Dessa forma, a participação na Confederação do Equador (II) é anterior à caminhada em direção à forca (I).

    Resposta: Letra A

  • Respondir utilizando raciocínio lógico. kkkk

  • tinha participado = participara (preterito mais que perfeito do indicativo) indica o preterito do preterito.

  • OBS: A locução verbal (SER + PARTICÍPIO), presente em "Tinha Participado" equivale ao Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo. Com isso daria pra eliminar ao menos duas hipóteses...

  • Fiquei só o meme da Nazaré Tedesco.

  • A forma composta do pretérito mais-que-perfeito é muito explorada em prova.

    Jogara = tinha/havia jogado

    Fizera = tinha/havia feito

    Propusera = tinha/havia proposto

    Lembrando que o pretérito perfeito remete a uma ação concluída no passado.

  • Oh minha gente pq não é C ?

  • tenho a leve sensação que não fui alfabetizada ...

  • Pretérito mais que perfeito = passado ANTES do passado

  • Gabarito: A

    "tinha participado" = "participara". Ambos estão no pretérito mais-que-perfeito do indicativo (sendo o primeiro em sua forma composta)

    o PMQPI Indica um evento perfeitamente acabado antes de outro no passado, ou seja, uma ação passada antes de outra da qual se fala (situação do trecho, o cara participou depois foi enforcado).

    Bons estudos.


ID
2739595
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013.

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • GAB - D 
    verbo de ligação = ser + particípio= ados !

  • Locução verbal: 2 ou mais verbos que se referem a um mesmo sujeito. O primeiro verbo é o auxiliar e permanece flexionado (número, pessoa, modo e tempo), o último verbo é o principal que permanece no infinitivo, gerúndio ou particípio e é o responsável por dar sentido à frase.

     

    d) "Ambos devem ser enfrentados[...]"

                      V.aux            V.princ.

                        1º                   2º

                     3ª p.p          particípio   

               presente ind.  

                

  • GABARITO: LETRA D

    COMPLEMENTANDO:

    Uma locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal, desempenhando o papel de um único verbo.

    Exemplos de locuções verbais:

    -estive pensando

    -quero sair

    -pode ocorrer

    -tem investigado

    -tinha decidido

    FONTE: WWW.CONJUGAÇÃO.COM.BR


ID
2740375
Banca
FGV
Órgão
MPE-AL
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1.


                             NÃO FALTOU SÓ ESPINAFRE


A crise não trouxe apenas danos sociais e econômicos. Mostrou também danos morais.

Aconteceu num mercadinho de bairro em São Paulo. A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à clientela. Formaram-se uma pequena fila e uma grande discussão. Uma senhora havia arrematado todos os dez maços de espinafre. No caixa, outras freguesas perguntaram se ela tinha restaurante. Não tinha. Observaram que a verdura acabaria estragada. Ela explicou que ia cozinhar e congelar. Então, foram ao ponto: caramba, havia outras pessoas na fila, ela não poderia levar só o que consumiria de imediato?

Não, estou pagando e cheguei primeiro”, foi a resposta.

Compras exageradas nos supermercados, estoques domésticos, filas nervosas nos postos de combustível – teve muito comportamento na base de cada um por si.

Cabem nessa categoria as greves e manifestações oportunistas. Governo, cedendo, também vou buscar o meu – tal foi o comportamento de muita gente.

                                                 Carlos A. Sardenberg, in O Globo, 31/05/2018. 

“A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras.”


A forma verbal sublinhada poderia ser adequadamente substituída por duas outras formas, que são

Alternativas
Comentários
  • A locução verbal "havia conseguido" pode ser substituida pelo verbo "conseguir" no pretérito-mais-que-perfeito do modo indicativo "conseguira" (isso mesmo, sem acento) ou, simplesmente trocando-se o "havia" por "tinha", que possuem o mesmo sentido.

  • Porque não poderia ser conseguiu?

     

  • Gabarito: A

    1. O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo:

    A forma composta é preferência nacional! É muito raro usarmos as formas simples desse pretérito. Pois bem, a forma composta é formada de verbo auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito do indicativo + particípio, exprimindo o mesmo que o pretérito mais-queperfeito do indicativo simples.
    – Eu já havia estudado (= estudara) em PDFs, quando conheci o seu livro.
    – Havíamos pensado (= Pensáramos) que ela não voltaria.

    Fonte: Pestana

  • Por que não pode ser conseguiu?

  • Dirimindo a dúvida do Anderson Pinheiro e da Maria Ventura: a flexão verbal não pode ser "conseguiu" porque, se regredirem ao texto, poderão ver que a ação ocorre antes de outra, o que demanda o uso do pretérito mais-que-perfeito (conseguira). Veja o trecho:

     

    "A dona, diligente, havia conseguido algumas verduras e avisou à clientela."

     

    Perceba que a dona consegue as verduras e depois avisa à clientela, ou seja, a ação que indica a obtenção das verduras ocorre anteriormente ao aviso que ela deu. Portanto: "conseguira."

  • Havia conseguido algumas verduras - pretérito mais-que-perfeito (indica uma ação anterior a outra ação passada).

    Conseguiu algumas verduras - Pretérito perfeito (indica uma ação totalmente concluída no passado). 

    Conseguia algumas verduras - Pretérito imperfeito (indica uma ação inacabada). 

     

     

  • Maravilha de explicação, Sr. Shelking! Suscinta, porém esclarecedora!

    Gratidão!

  • fórmula mágica dos verbos:

    TER/HAVER + particípio = RA

     

    outros exemplos

    tinha jogado = jogara

    havia comido = comera

     

    #Flávia Rita

  • Pretérito Mais Que-Perfeito do Tempo Composto ( TER/HAVER + PARTICÍPIO) é constituido por:

    Pretérito Imperfeito do Indicativo + Particípio

    Havia Conseguido é equivalente a Tinha Conseguido. 

    Para colocarmos o verbo principal(conseguido) na sua forma simples temos que colocá-lo no PRETÉRITO MAIS QUE-PERFEITO

    Conseguido ---- > (Ela) Conseguira 

    GAB: A

    FONTE: A Gramática para Concursos Públicos , pág 384.

  • Um esqueminha para os verbos no pretérito mais que perfeito: 

    tinha estudado, ou havia estudado = estudara 

    TER/HAVER + participio (verbo terminado em "do") = final com "ra" 

    Exemplos: estudara, executara / tinha estudado, tinha executado

    Detalhe importante! Na segunda pessoa do plural, o "ra" vira "re" 

    Nós amáramos / Vós amáreis

  • Essa questão serviu para alegrar-me. Pensei que, hoje, não ia resolver nada corretamente.

  • Havia conseguido / Conseguira - tinha conseguido.

  • tinha conseguido é a forma composta do mais que perfeito conseguira

  • Questão corriqueira da FGV. Basta pegar a dica: Esses verbos do mais que perfeito ( batera, conseguira, brotara.. ) podem ser tranquilamente trocado por uma expressão composta " TINHA batido/conseguido/brotado ou HAVIA batido/conseguido/brotado. " Então são 3 coisas exatamente idênticas que podem ser trocadas uma pela outra de boa. As questão vai vir em cima dessas trocas.

  • "havia conseguido" - tempo composto (verbo aux. no imperfeito (haver/ter + verbo participio)

    "tinha conseguido"

    "conseguira" - tempo simples (verbo no pretérito mais-que-perfeito)

    Posso substituir a vontade essas formas nas frases sem perda do sentido

  • Gabarito A

    Para quem gostaria de ver a explicação de um professor, segue abaixo um vídeo.

    Esta questão começa em 9:16

    https://www.youtube.com/watch?v=gN09b7YNRQo&t=512s

    Fonte: Loja do Concurseiro - Prof. Yara Coeli

  • Essa questão não vai cair para vc.

  • Questão corriqueira da banca FGV.

  • Um esqueminha para os verbos no pretérito mais que perfeito: 

    tinha estudado, ou havia estudado = estudara 

    TER/HAVER + participio (verbo terminado em "do") = final com "ra" 

    Exemplos: estudara, executara / tinha estudado, tinha executado

    Detalhe importante! Na segunda pessoa do plural, o "ra" vira "re" 

    Nós amáramos / Vós amáreis

  • Como disseram os Cavaleiros do Zodíaco: O mesmo golpe não funciona duas vezes no mesmo cavaleiro! Em outra questão errei e aprendi, nesta acertei de primeira sem nem olhar as outras opções! hahahah

  • GABARITO A

    Forma simples do PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO:

    FINAL DO VERBO EM "RA" Ex: comeRA, correRA, pisaRA, etc.

    Forma composta do PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO:

    TINHA/HAVIA + PARTICÍPIO

  • pretérito mais-que-perfeito composto ( verbo ''tinha+ particípio) ou a conjugação com desinência ''-ra''

    LETRA A

    APMBB

  •  A locução verbal havia conseguido está no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, podendo ser adequadamente substituída por conseguira (pretérito mais-que-perfeito simples) ou por tinha conseguido (simples troca de havia por tinha). 

    Gabarito: A 

  • Verbo TER/HAVER(no imperfeito do indicativo)PARTICÍPIO de um verbo = pretérito + que perfeito composto, equivalente à forma simples do  mesmo.

    conseguira / tinha conseguido/ havia conseguido.

    É igual trocar 6 por meia dúzia.

    Gab.A

    Aproveitando o embalo, vejamos esta outra:

    Q1218819 (Cespe/Cebraspe)

    A substituição da forma verbal “apanhara” (l.5) pela locução tinha apanhado acarretaria incorreção gramatical ao texto.

    Gab.E.

    tinha apanhado = apanhara.

    #segueobaile.

  • Sintetizando

    - Forma COMPOSTA Pretérito Perfeito do Indicativo = Presente do indicativo ou Subjuntivo + Particípio 

    • Eu tenho andado feliz esse mês.
    • Espero que ele tenha conseguido ser aprovado

    - Forma COMPOSTA Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo = Pretérito Imperfeito do Indicativo ou Subjuntivo + Particípio 

    • Eu já tinha dito isso antes
    • Eu já tivesse dito isso antes. 

    Verbo ter vs haver + particípio: (junto com particípio regular terminado em -ido ou -ado e fazem voz ativa)

    Os verbos TER e HAVER, em LOCUÇÕES VERBAIS com o principal no particípio, podem ser trocados uns pelos outro, PORÉM, quando não estão em locuções verbais, essa substituição traz alteração de sentido!  Exemplos.: 

    • Tinha botado - Havia botado 
    • Tinha posto - havia posto

    Sem alterações gramaticais ou de sentido.  Agora em:

    • Uma vez que tinha características semelhantes
    • Uma vez que havia características semelhantes

    Tem mudança de sentido

  • REGRA: o "pretérito mais que perfeito" pode ser reescrito com o verbo TER/HAVER no pretérito imperfeito + verbo no particípio................. como na questão termos HAVIA CONSEGUIDO é só fazer as voltas.............. TINHA CONSEGUIDO e CONSEGUIRA
  • eu havia

    tu havias

    ele havia

    nós havíamos

    vós havíeis

    eles haviam

  • Pretérito mais que perfeito. Valeu professora Grasi ;)

  • "havia conseguido"

    1. ideia que já está consolidada (já conseguiu);
    2. É uma locução verbal (havia+conseguido).
    3. Haver está no sentido de "TER" e não existir (havia/tinha)

    A única opção com as mesmas características é a letra A

    conseguira / tinha conseguido.


ID
2744518
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • letra a

    Locução verbal

    Uma locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal, desempenhando o papel de um único verbo.

    Exemplos de locuções verbais

    estive pensando

    quero sair

    pode ocorrer

    tem investigado

    tinha decidido

     

    fonte: https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/

  • Gabarito A

     Apenas para agregar conhecimento aos amigos, em sua obra, Pestana versa sobre verbos que juntos não compõem locução verbal, são eles : mandar, deixar, fazer, sentir, ouvir ,ver, dentre outros..

    Força!

  • TABELA DE LOCUÇÕES VERBAIS

    PRINCIPAIS AUXILIARES

    TseH

    ter, haver, ser, estar

    PD

    poder, dever

    CIVCCC

    chegar, ir, voltar, começar, continuar, costumar

     

     

    #Flávia Rita

  • Os verbos PODER, DEVER E COSTUMAR + "SE" (P.A) podem ser vistos como LOCUÇÃO VERBAL ou como 1 VERBO + SUJ. ORACIONAL. Logo, a alternativa C) também seria uma possível resposta!

    Mas, como ninguém vai brigar com a banca, corramos pra mais correta entre as alternativas. GAB: A

  • Tão dada que dá até medo de marcar a alternativa.

  • Eu até acertei, mas alguém poderia me explicar por que a alternativa C "Pode-se pedir" não é locução verbal?

  • A alternativa C está errada por se tratar de sujeito oracional.

    Ex.: Pode-se pedir às gerações (...)

           O que se pode? pedir às gerações (...)


ID
2744818
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013.

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • Seduc repetiu a mesma questao no mesmo ano para seis cargos diferentes...fica a dica

  • GABARITO E

    Perceber a locução verbal pode ser bem abstrato, pois n há uma regra definitiva, mas lembrar que verbos como: Ter (tinha chegado), haver (havia feito), poder (pode fazer), dever (deve fazer), ser (ser feito) e outros são indicadores de loc. verbal já ajuda.

  • Na locução, a retirada de um verbo deixa a oração sem sentido.

    Se não for locução, pelo menos, uma oração mantém o sentido.


ID
2747674
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.


                                                    Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • Verbo de ligação = ser + particípio= ados !

  • Devem ser pode ser reescrito da forma: -deverão, sem perder a sua semântica, pois os indicam futuro do presente.

  • Gabarito Letra C

    Antes de escrever qualquer coisa coloquem o gabarito

  • alguém sabe explicar porque não é a letra E?


ID
2749768
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Justiça Social - Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões". Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013. 

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta: B.


    Locução verbal é verbo auxiliar + verbo no infinitivo/gerúndio/particípio (ou seja, 2 ou mais verbos), via de regra. Pode-se resolver a questão buscando essa característica nas alternativas:


    a) ERRADA: só tem o verbo "ter";

    b) CORRETA: ser + enfrentados (auxiliar + verbo principal);

    c) ERRADA: acho que o erro dessa é ter o "se" no meio;

    d) ERRADA: só tem o verbo "criaram";

    e) ERRADA: só tem o verbo "citar".


ID
2754304
Banca
FGV
Órgão
COMPESA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


Uma carta e o Natal


Este será o primeiro Natal que enfrentaremos, pródigos e lúcidos. Até o ano passado conseguimos manter o mistério — e eu amava o brilho de teus olhos quando, manhã ainda, vinhas cambaleando de sono em busca da árvore que durante a noite brotara embrulhos e coisas. Havia um rito complicado e que começava na véspera, quando eu te mostrava a estrela de onde Papai Noel viria, com seu trenó e suas renas, abarrotado de brinquedos e presentes.

Tu ias dormir e eu velava para que dormisses bem e profundamente. Tua irmã, embora menor, creio que ela me embromava: na realidade, ela já devia pressentir que Papai Noel era um mito que nós fazíamos força para manter em nós mesmos. Ela não fazia força para isso, e desde que a árvore amanhecesse florida de pacotes e coisas, tudo dava na mesma. Contigo era diferente. Tu realmente acreditavas em mim e em Papai Noel.

Na escola te corromperam. Disseram que Papai Noel era eu — e eu nem posso repelir a infâmia e o falso testemunho. De qualquer forma, pediste um acordeão e uma caneta — e fomos juntos, de mãos dadas, escolher o acordeão.

O acordeão veio logo, e hoje, quando o encontrar na árvore, já vai saber o preço, o prazo da garantia, o fabricante. Não será o mágico brinquedo de outros Natais.

Quanto à caneta, também a compramos juntos. Escolheste a cor e o modelo, e abasteceste de tinta, para "já estar pronta" no dia de Natal. Sim, a caneta estava pronta. Arrumamos juntos os presentes em volta da árvore. Foste dormir, eu quedei sozinho e desesperado.

E apanhei a caneta. Escrevi isto. Não sei, ainda, se deixarei esta carta junto com os demais brinquedos. Porque nisso tudo o mais roubado fui eu. Meu Natal acabou e é triste a gente não poder mais dar água a um velhinho cansado das chaminés e tetos do mundo.

Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 31/12/2017.

“... que durante a noite brotara embrulhos e coisas”.

A forma verbal “brotara” pode ser adequadamente substituída por

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    Na assertiva o verbo está no tempo pretério-mais-que-perfeito o que significa que a ação foi completamente concluída, a única alternativa que transmite a mesma ideia é a locução verbal "havia brotado".

     

  • (A árvore) Brotara : 3º pessoa do singular no PRETÉRITO MAIS QUE-PERFEITO do indicativo
    ter/haver + particípio (tempo composto)
    Pretérito Mais Que-Perfeito do tempo composto : Pretérito imperfeito do indicativo + particípio
    Brotara = (A árvore) Havia brotado

    GAB: D

  • PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO COMPOSTO

  • Gabrielli, na verdade a forma correta de se resolver a questão é transformar o VERBO MAIS Q PERF. por uma forma composta!

  • Pretérito mais que perfeito: Algo que aconteceu no passado, decorrente de outro passado. Pode ser substituido por "havia"e "tinha" + participio.

     

    GAB D

     

  • Alguém me explica porque não pode ser "Brotou" ? ...vinhas cambaleando de sono em busca da árvore que durante a noite brotou embrulhos e coisas.

  • Porque Brotou Marta é Pretérito Perfeito, não está em correlação temporal com o verbo que a banca pediu, que é Brotara, Brotara é pretérito mais que perfeito e para substituí-lo terá que ser um Pretérito mais que perfeito composto do indicativo, que é o verbo Ter ou Haver(Pretérito Imperfeito)+Particípio(Brotado), conforme indica a letra D: Havia Brotado.

    Fonte: A gramática para concurso, pág: 384. Pestana.

    Espero ter ajudado e caso eu esteja errada, corrijam-me

  • Pretérito Mais-que-perfeito composto: Verbos ter e haver no pretérito imperfeito do indicativo + particípio.

  • GABARITO LETRA D

    Havia brotado - tempo decorrido - ação concluida.

  • O tempo composto formado por ter/haver + particípio possui como equivalente o pretérito + que perfeito.


    Havia (pret imp) brotado (participio) = brotara (pret + que perfeito)


    Bons estudos

  • procurem pelos verbor auxiliares ´´ter´`` e ´´haver``

  • Questão clássica da FGV. Procurem pelos verbos TER e HAVER

    Gabarito: D

  • Tempo composto somente com "ter" e "haver" + particípio.

    Flexiona o primeiro o segunda dá a regência.

    Onde tem presente = vira pretérito perfeito;

    Onde tem pretérito imperfeito = vira pretérito MQP;

    Onde tem futuro = continua no futuro.

  • Questão clássica da FGV

    GABARITO D

  • DICA:

    Pretérito imperfeito do indicativo + Particípio combina com Pretérito mais-que-perfeito

    "que durante a noite brotara embrulhos e coisas"

    Era só procurar uma alternativa onde tínhamos Pretérito imperfeito (Indicativo) + Particípio

    Havia + Brotado

    Letra D

  • Tempo Simples = Brotara - Tempo Simples; Indicativo (Indica certeza); Pretérito (Indica passado); Mais-que-perfeito

    Transformando em Tempo Composto (TER/HAVER + PARTICÍPIO)

    Tempo Composto; Indicativo; Pretérito Mais-que-perfeito (composto)

    HAVIA BROTADO

  • posso rescrever uma frase com o -mais que perfeito simples-, substituindo pelo -mais que perfeito composto-, sem perder o sentido.

    O mais que perfeito composto é um dos casos que o verbo auxiliar não vem igual ao tempo verbal. Ele é formado por uma verbo auxiliar no imperfeito (ter/haver) + participio do verbo.

    Chamamos essa expressão de "tempo composto", que é uma locução verbal

  • Cuidado com o comentário do Otto Rocha que está quase totalmente certo, porém são APENAS os verbos HAVER ou TER que formam o Tempo Composto.

  • Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos ter/haver + particípio, para indicar, normalmente, um fato acabado, repetido ou contínuo.

    Pretérito mais-que-perfeito composto: Tu tinhas/havias decorado a tabela.

    Obs.: O pretérito mais-que-perfeito composto é formado por pretérito imperfeito do indicativo + particípio.

    Fonte: A Gramática para Concursos Públicos | Fernando Pestana

  • Gabarito D.

    O verbo está no modo pretérito mais-que-perfeito do indicativo, podendo ser substituído por "havia/tinha brotado".

  • A forma “brotara” corresponde ao pretérito mais-que-perfeito do indicativo na sua forma simples. Isso fica bem evidente com a presença da desinência modo-temporal característica RA. A forma composta, mais empregada no dia a dia, é formada pelo verbo auxiliar TER ou HAVER, acompanhado do verbo principal no particípio, tal como se apresenta na letra D: havia brotado.

    Resposta: D

  • Brotara Pretérito mais que perfeito simples

    Tinha brotado/ Havia brotado Pretérito mais que perfeito composto

  • O verbo “brotara”, flexionado no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo, pode ser substituído por pretérito mais-que-perfeito composto (“tinha” ou “havia” no pretérito imperfeito do indicativo + particípio, “brotado”).

    Portanto, a forma verbal “brotara” pode ser adequadamente substituída por “havia brotado”, e a alternativa correta é a (D).

  • José Maria | Direção Concursos

    06/11/2019 às 16:23

    A forma “brotara” corresponde ao pretérito mais-que-perfeito do indicativo na sua forma simples. Isso fica bem evidente com a presença da desinência modo-temporal característica RA. A forma composta, mais empregada no dia a dia, é formada pelo verbo auxiliar TER ou HAVER, acompanhado do verbo principal no particípio, tal como se apresenta na letra D: havia brotado.

    Resposta: D

  • Tempos Compostos

    Ter/haver +particípio

    MODO INDICATIVO

    Presente +particípio ➡ Pretérito Perfeito

    Exemplo:Eu tenho estudado muito esses dias

    Pretérito imperfeito +particípio ➡ Pretérito Mais Que Perfeito

    Eu já havia estudado em PDFs

    Futuro do presente+ particípio ➡ Futuro do Presente

    Daqui a dois meses, terei absorvido informações valiosas

    Futuro do pretério+ particípio ➡ Futuro do pretérito

    Teria feito diferente se tivesse tempo.

    MODO SUBJUNTIVO

    Presente do Subjuntivo +particípio ➡Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo

    Espero que você tenha estudado essas classes gramaticais.

    particípio pretérito imperfeito do subjuntivo + o principal no particípio ➡ Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo

    Teríamos ficado aqui, se você não tivesse arrumado problemas.

    Futuro do subjuntivo +particípio ➡ Futuro composto do subjuntivo

    Assim que você tiver terminado sua leitura, descanse um pouco.

  • "Tinha brotado= brotara"

    Verbo TER/HAVER(no imperfeito do indicativo)+ PARTICÍPIO de um verbo = pretérito + que perfeito composto, equivalente à forma simples do mesmo.

    Gab.D

    Aproveitando o embalo, vejamos esta outra:

    Q1218819 (Cespe/Cebraspe)

    A substituição da forma verbal “apanhara” (l.5) pela locução tinha apanhado acarretaria incorreção gramatical ao texto.

    Gab.E.

    tinha apanhado = apanhara.

    #segueobaile.

  • TEMPOS COMPOSTOS 

    O pretérito perfeito e o pretérito mais-que-perfeito possuem formas compostas no modo indicativo e subjuntivo.

    Como é formado o pretérito perfeito composto do Indicativo e do Subjuntivo?

    Indicativo: o pretérito perfeito composto do indicativo é usado para mostrar uma ação repetida que aconteceu no passado e se estende até o presente. Ele é constituído pelo verbo auxiliar "ter" conjugado no PRESENTE do indicativo e um verbo principal no particípio (-ado, -edo, -ido): Exemplo.: 

    • Eu tenho andado feliz esse mês.

    Subjuntivo: o pretérito perfeito composto do subjuntivo é formado pelo verbo auxiliar “ter” conjugado no PRESENTE do subjuntivo mais o particípio (-ado, -edo, -ido) do verbo principal. Exemplo.: 

    • Espero que ele tenha conseguido ser aprovado

    Como é formado o pretérito mais-que-perfeito composto do Indicativo e do Subjuntivo?

    ■ O pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo aponta um acontecimento anterior a outro acontecimento do passado. Pode fazer referência a fatos irreais do passado.

    Indicativo: o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo é constituído pelo PRETÉRITO IMPERFEITO do indicativo do verbo "ter" mais o particípio do verbo principal.

    • Eu já tinha dito isso antes

    Subjuntivo: o pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo é constituído pela junção do PRETERITO IMPERFEITO do subjuntivo do verbo "ter" mais o particípio do verbo principal.

    • Eu já tivesse dito isso antes
  • o pretérito-mais-que-perfeito simples EX.: BEIJARA, FICARA...

    pode ser substituído pelo pretérito-mais-que-perfeito composto. TER/HAVER+PARTICÍPO

    EX.: tinha ficado, havia ficado.

  • Brotara está no pretérito mais-que-perfeito e, no contexto acima, pode ser substituído por um tempo composto com o auxilar no pretérito imperfeito.

    A alternativa E estaria correta se houvesse uma pequena alteração no período: a substituição do pronome relativo e o acréscimo de preposição(a oração, com a mudança, passaria da voz ativa para a da passiva): "em busca da árvore pela qual durante a noite eram brotados embrulhos e coisas."

  • Usamos o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo para indicar um fato que aconteceu antes de outra ação passada. Além disso, ele pode indicar um acontecimento situado de forma incerta no passado.

  • Gab: D.

    O pretérito mais-que-perfeito simples " brotara", pode ser substituído pelo pretérito mais-que-perfeito COMPOSTO ( junção de haver+ verbo no particípio) " havia brotado".


ID
2772697
Banca
AOCP
Órgão
FUNPAPA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

DESAFIOS E SOLUÇÕES PARA A SAÚDE NO FUTURO

Ganha força a ideia de investir em inovação e tecnologia para atender a exigência por qualidade


<04/10/2016 - 13H10/ ATUALIZADO 12H11 / POR AMARÍLIS LAGE>


    Do micro ao macro – assim precisa ser o olhar de quem está à frente de um grande projeto. Ao mesmo tempo em que é crucial monitorar e prever as falhas de um equipamento, não se pode perder de vista os futuros riscos que rondam um setor. E tudo depende, claro, de que esses diagnósticos sejam acompanhados por soluções efetivas.

    É com esse foco que a GE Healthcare acaba de promover, no Rio, o Innovation Summit, um evento que reuniu cerca de 50 instituições para debater os desafios do atual modelo de negócios na área de saúde. O diagnóstico é de aumento de custos no setor, devido a alguns fatores. Um deles, a transformação demográfica da sociedade. Estima-se que, em 2030, 20% da população brasileira terá mais de 60 anos. Com o envelhecimento, há uma maior incidência de doenças crônicas, cujo tratamento é até sete vezes mais caro que o de doenças infecciosas.

    Esse e outros fatores, como a maior exigência por qualidade, prometem pressionar ainda mais o setor, que já está apreensivo. Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as despesas do sistema vêm subindo, em média, 16% ao ano, desde 2010, enquanto as receitas de contraprestações aumentam cerca de 14%. Além disso, a Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) tem sido superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    Nesse cenário, e com tais perspectivas, como reagir? Entre os participantes do Innovation Summit, ganha força a ideia de investir em inovação e tecnologia. Plataformas digitais, assim como análises de dados, podem suprir o setor com novas estratégias de negócios que levem tanto a um ganho de produtividade como de qualidade. “É preciso que haja uma mudança de foco. Ainda que os produtos e os resultados sejam importantes, os processos e o valor agregado são ainda mais”, disse Jörgen Nordenström, professor do Instituto Karolinska, uma das maiores faculdades de medicina da Europa.

    Um bom exemplo dessa estratégia vem de Baltimore (EUA). O Hospital Johns Hopkins conseguiu diminuir o tempo de espera por atendimento ao instituir o primeiro centro de análise preditiva com foco na experiência dos pacientes. As mudanças, feitas em parceria com a GE, facilitaram tanto a visualização e compartilhamento de dados como a comunicação entre os funcionários, o que permitiu gerenciar melhor o fluxo de pessoas. A espera por um leito para internação, por exemplo, era de 6h e caiu para menos de 4h.

    Daurio Speranzini Jr., Presidente e CEO da GE Healthcare para América Latina, destacou que o papel da companhia vai muito além da oferta de equipamentos – o foco está na conexão entre as máquinas e das máquinas com as pessoas, para obter dados que façam a diferença.

    “Estamos atuando como uma consultora na área da saúde. Com soluções customizadas é possível acompanhar o crescimento dos negócios, ajudar na tomada de decisões com base em dados e estatísticas, além de auxiliar na escolha de melhores estratégias para obter um alto índice de produtividade”, destacou Speranzini Jr. “O sucesso desse processo depende muito de uma mudança cultural em todas as nossas organizações. Não se trata de um processo simples ou fácil, mas que garantirá o nosso sucesso no futuro que começa ser desenhado agora.”


Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Saude/ noticia/2016/10/desafios-e-solucoes-para-o-futuro-da-saude.html

Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito das palavras em destaque em “Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as despesas do sistema vêm subindo, em média, 16% ao ano, desde 2010 [...]”.

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

     

     a) Em “vêm”, o acento gráfico é opcional. - Obrigatório, pois está concordando com "despesas".

     b) O verbo “vêm” expressa sentido de deslocamento no espaço. - No tempo.

     d) “Subindo” é o particípio do verbo “subir”. - Gerúndio.

     e) “Vêm” está flexionado na terceira pessoa do singular. - Do plural, concordando com "despesas".

  • 2 verbos juntos........locuçao verbal

  • 2 VERBOS

    LOCUÇÃO VERBAL

  • Letra C Locução verbal (Locução perifrástica ou Expressão perifrástica) Fique atento, as bancas estão adotando esses novos termos em suas provas.
  • A forma VEM (sem acento) é a 3ª pessoa do singular do verbo VIR (presente do indicativo). Veja o exemplo: “Ela já confirmou que VEM de metrô e vai chegar mais tarde.” Já a forma VÊM, com acento circunflexo, também é do verbo VIR, só que da 3ª pessoa do plural.

  • Letra E é uma baita pegadinha

  • A: Em “vêm”, o acento gráfico é opcional.  - Acento obrigatório, pois concoda com despesas.

    B: O verbo “vêm” expressa sentido de deslocamento no espaço.  - deslocamento no tempo.

    C: “Vêm subindo” é uma locução verbal. - Gabarito

    D: “Subindo” é o particípio do verbo “subir”. - Gerundio

    E: “Vêm” está flexionado na terceira pessoa do singular. - Plural.


    Acrescentando:

    Gerundio: verbos terminados em ANDO, ENDO, INDO.

    Infinitivo: verbos terminados em AR, ER, IR

    Particípio: verbos terminados em ADO, EDO, IDO, ATO, ETO, ITO.


  • Locução verbal: União de 2 verbos.



  • Locução verbal = dois verbos que atuam como 1

    Formação: verbo auxiliar (conjugado) + preposição (facultativa) + verbo principal (em uma das formas nominais).

    Quem manda na conjunção é o verbo principal.

  • Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a respeito das palavras em destaque em “Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as despesas do sistema vêm subindo, em média, 16% ao ano, desde 2010 [...]”.

    Além de concordar que " VÊM SUBINDO " é uma locução verbal, no texto descrito, a banca pede para assinalar a palavra em "DESTAQUE"

    A palvra em destaque é: " VÊM SUBINDO" somente a letra ( C ) que destacou os dois verbos juntos.

    Letra (A) só destacou "VÊM"

    Letra (B) só destacou "VÊM"

    Letra (D) só destacou "SUBINDO"

    Letra (E) só destacou "VÊM"

    É importante observar o que o texto nos pede também, percebi uma pequena " pegadinha" rss. Me corrijam, se eu tiver errado.

    Bom estudo galera...

  • Locução verbal - 2 ou mais verbos - 1 ação

    Ex: Vai chover amanhã. ( única ação praticada chover)

    Ex: A matéria tem sido negligenciada pelo legislativo.

    (única ação praticada negligenciar)

  • Locução verbal - 2 ou mais verbos - 1 ação

    Ex: Vai chover amanhã. ( única ação praticada chover)

    Ex: A matéria tem sido negligenciada pelo legislativo.

    (única ação praticada negligenciar)

  • “Vêm subindo” é uma locução verbal

  • FALSAS LOCUÇÕES VERBAIS

    VERBOS (MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR, SENTIR) + INFINITIVO ou GERÚNDIO ----> NUNCA FORMAM LOCUÇÕES VERBAIS!!!

    NA QUESTÃO EM TELA, TRATA-SE DO VERBO "VIR" CONJUGADO NA TERCEIRA PESSOA DO PLURAL DO PRESENTE DO INDICATIVO!

    FÁCIL É DESISTIR!!!

  • Locução verbal é a junção de dois ou mais verbos que exercem a função morfológica de um . De maneira geral, as locuções verbais são constituídas por um  e um verbo principal.

    Observe o exemplo:

    → Ainda estou lendo aquele livro que você me emprestou.

  • Gabarito C

    VERBOS QUE NÃO FORMAM LOCUÇÃO VERBAL:

    ·       Deixa eu mandar fazer(causativos): ver, ouvir, sentir(sensitivo)

  • Letra C.

    Comentário da nossa amiga Mari Vieira. Obrigado, Mari!

     

     a) Em “vêm”, o acento gráfico é opcional. - Obrigatório, pois está concordando com "despesas".

     b) O verbo “vêm” expressa sentido de deslocamento no espaço. - No tempo.

     

    d) “Subindo” é o particípio do verbo “subir”. - Gerúndio.

     e) “Vêm” está flexionado na terceira pessoa do singular. - Do plural, concordando com "despesas".

  • Excelente dica do Ralph Brito e da Mari Vieira.

  • a) O Acento é Obrigatório!

    b) Expressa sentido de Espaço/Tempo!

    c) Gabarito

    d) Subindo - é Gerúndio!

    e) Está na 3°pessoa do plural.


ID
2777770
Banca
Instituto Acesso
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Justiça social-Justiça ecológica


Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa antirrealidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica, está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos países mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões".

Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas, poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Fonte: BOFF, Leonardo. Correio Popular, 2013 Disponível em:<http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/blogs/leonardo_boff/117011-justica-social-justicaecologica.html> Acesso em: 16 maio 18. 

Há uma locução verbal em:

Alternativas
Comentários
  • verbo auxiliar + verbo principal = uma ação verbal, desempenhando o papel de um único verbo.


    Neste caso, locução verbal com verbo principal no particípio.

  • Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o verbo principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

    Os verbos auxiliares de uso mais frequente são ter, haver, ser, estar e ir.

    Ser = Verbo auxiliar conjugado no infinitivo

    Enfrentados = Verbo principal no particípio

    Caso queiram saber mais: https://www.infoescola.com/portugues/locucao-verbal/

    Gabarito: ( D )

    Obs: Quando meus comentários estiverem desatualizados ou errados, mandem-me msgns no privado, por favor, porque irei corrigi-los.

  • Eu sabia que pra ser locução verbal, tem que ter um verbo auxiliar qualquer mais um verbo principal no gerúndio ou no infinitivo.

  • Registre-se que a locução verbal "devem ser enfrentados"é composta por mais de dois verbos, dois auxiliares e um principal no particípio.

  • Principais verbos auxiliares: ser/ estar/ ter/ haver/ ir/ dever/ poder Formas nominais do verbo principal: infinitivo (-ar/-er/-ir) gerúndio (-ndo) particípio (-ado/-ido)
  • Assertiva D

    “Ambos devem ser enfrentados[...]”

  • LOCUÇÃO VERBAL: Voz passiva - Ser (verbo aux.)+Particípio ( verbo principal)

    gabarito letra D

  • Por que a letra A não é locução?

  • O que eu entendi sobre a Letra (A):

    "Pode-se pedir". (pode o que? = isso). Logo, o verbo "Pedir" funciona como complemento verbal do verbo "Pode", desta forma, não configura uma locução verbal.

    Me corrijam, por gentileza. Obrigado.

  • Fiquei com dúvida na letra A. Mas pensando melhor, eu identifiquei que os dois verbos formam 2 orações subordinadas substantivas: pode-se isso

    Quando há uma locução verbal, os verbos contabilizam como sendo apenas uma oração.


ID
2824267
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Atenção: Leia a fábula “O leão, a raposa e a corça”, do escritor grego Esopo, .

  Um leão, que jazia doente em uma caverna, disse à estimada raposa, com quem mantinha convívio: “Se você me quer vivo e saudável, ludibrie com palavras a maior corça que vive na floresta, faça com que ela venha às minhas mãos, pois ela tem um coração e entranhas que despertam o meu apetite”. A raposa se foi e, ao encontrar a corça a saltitar na floresta, saudou-a efusivamente e, em seguida, lhe disse: “Vim trazer boas novas! Você sabe que o leão, nosso rei, é meu vizinho. Ele está doente, moribundo, e se pôs a considerar sobre qual dos animais iria sucedê-lo. O javali é sem juízo”, afirmava ele, “o urso, balofo, a pantera, ranzinza, o tigre, fanfarrão. A corça é a mais digna da realeza, porque tem porte altivo, vida longa e um chifre que intimida as serpentes. Bom, mais delongas para quê? Por decisão dele, você assumirá o reinado! E eu, que recompensa vou ganhar por ter-lhe dado essa notícia em primeira mão? Vamos, prometa-me alguma coisa. Estou com pressa, não vá ele sentir a minha falta! Ele me tem como conselheira para tudo. Se você quer ouvir a mim, sou velha, meu conselho é que você venha também e aguarde junto do moribundo”. Assim disse a raposa. Com essas palavras, a corça ficou toda cheia de si e foi à caverna, ignorando o que ia acontecer.
  O leão, então, lançou impetuoso suas garras sobre ela, dilacerando-lhe somente as orelhas, pois a corça tratou de fugir rapidamente para a floresta. Enquanto a raposa dava murros porque havia feito esforços em vão, o leão gemia, entre fortes rugidos, pois a fome e o desgosto o dominavam. Então ele suplicou à raposa que fizesse uma segunda tentativa para trazer a corça novamente, por meio de um ardil. “A tarefa que você me atribuiu é difícil e penosa. Contudo, vou lhe dar esse apoio”, disse a raposa. Assim, como um cão farejador, saiu à procura da corça e foi tramando trapaças rumo à floresta, seguindo a indicação de uns pastores, a quem ela perguntou se tinham visto uma corça sangrando.
  A raposa a encontrou esbaforida e parou diante dela com a maior cara de pau. Indignada, a corça arrepiou o pelo e disse: “Nunca mais você me pega, sua peste! E se chegar perto de mim, não sairá viva! Vá raposinhar com outros, inexperientes, estimulando-os a se tornarem reis!” A raposa rebateu: “Você é tão frágil e covarde assim, que desconfia de nós, seus amigos? O leão, quando agarrou sua orelha, ia dar conselhos e recomendações a respeito desse cargo tão importante, porque ele está morrendo! E você não tolerou nem mesmo um arranhão da pata de um enfermo! Agora a indignação dele é muito maior que a sua, e ele pretende tornar rei o lobo. Ai de mim, um senhor malvado! Mas venha, não se deixe sugestionar por nada, comporte-se como um cordeiro. Juro por todas as folhas e fontes que não sofrerá nenhum mal da parte do leão. Quanto a mim, quero apenas o seu bem”.
  Com tais ludíbrios, a raposa convenceu a medrosa a acompanhá-la uma segunda vez. E quando a corça adentrou a caverna, o leão agarrou a sua janta e se pôs a comer os ossos todos, o tutano e as entranhas. A raposa ficou parada, observando. Nisso cai o coração da corça e a raposa sorrateiramente o apanha e devora, como prêmio de seu empenho. E quando percebeu que o leão farejava todas as partes mas não achava o coração, ela, postada à distância, lhe disse: “A bem da verdade, essa fulana aí não tinha coração. Não adianta procurar! Que espécie de coração teria ela, que veio ter por duas vezes à morada e às mãos de um leão?”
(Esopo. Fábulas completas. Tradução de Maria Celeste Dezotti. São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 309-311.)

Ao se transpor para o discurso direto o trecho ela perguntou se tinham visto uma corça sangrando, a locução verbal “tinha visto” assume a seguinte forma:

Alternativas
Comentários
  • TINHAM VISTO - preterito perfeito.

    Pretérito Perfeito - VIRAM (GABARITO A)

    Pretérito Imperfeito  - VIAM

  • Cuidado para não confundir o pretérito perfeito composto ("tenho visto") com o pretérito mais-que-perfeito composto ("tinha visto).

    O discurso indireto caracteriza-se por dar "um passo para trás" nos verbos. Se o discurso direito está, por exemplo, no presente do indicativo, usamos o pretérito imperfeito para transformá-lo em discurso indireto. Ex: Eu pego um ônibus todos os dias (Fulano disse que ele pegava um ônibus todos os dias).

    Quando o verbo se encontrar no pretérito perfeito, é necessário usar um "passado mais atrás", que seria o pretérito mais-que-perfeito. Ex: Eu vi um ladrão. (Fulano disse que ele vira um ladrão). Vi = tenho visto (forma composta) / Vira = tinha visto (forma composta)


    No entanto, o exemplo pede o inverso: transformar o discurso indireto em direto. Logo, passamos do pretérito mais-que-perfeito para o perfeito.

  • Um resumo que encontrei aqui no QConcurso sobre tipos de discurso:
     

    DISCURSO DIRETO

    Ocorre quando o autor reproduz fielmente a fala do personagem. Aparecem, geralmente, os dois-pontos e o travessão. Outra característica é o emprego de um verbo de elocução (dizer, perguntar, indagar, afirmar, responder etc.).

    Ex: Pedro disse ao irmão: – Pretendo viajar logo.

         Animado, o jovem afirmou: – Irei à festa com ela.

         Sua mãe lhe pediu: – Volte cedo.

         Carlos indagou: – Onde está o caderno?

     

     

    DISCURSO INDIRETO

    Ocorre quando o autor diz com as suas próprias palavras o que teria dito o personagem. Nesse caso, desaparecem os dois pontos e o travessão, bem como o verbo de elocução, sendo a oração que indica a fala introduzida por uma conjunção integrante.

    Ex: Pedro disse ao irmão que pretendia viajar logo.

         Animado, o jovem afirmou que iria à festa com ela.

         Sua mãe lhe pediu que voltasse cedo.

         Carlos indagou onde estava o caderno.

     

    DISCURSO INDIRETO LIVRE

    Ocorre quando o autor mistura o discurso direto com o indireto. Não se usam dois-pontos, travessão, verbo de elocução, nem conjunção integrante. É como se o próprio autor estivesse falando. Trata-se de uma estruturação frasal moderna, que confere um certo dinamismo à narrativa.

    Ex: O mensageiro apresentou-se adoentado para o trabalho. Meu Deus, pode ser que eu não aguente! Todos, no entanto, esperavam que aguentasse. 

    Sigamos! 
    Bons estudos.

  • Nessas questões, atentem-se para a substituição do verbo. Em " se tinham visto uma corça " a locução "tinham visto"  está no pretérito mais que perfeito composto e no discurso indireto, para se transformar em discurso direto, esse verbo deve ir para o pretérito perfeito, ficando "viram".

     

     

    DISCURSO DIRETO

     

     

    →  Fala de personagens.

     

    →  Utiliza o tempo em que a ação ocorre.

     

    →  Marcas gráficas ( "Aspas" -Travessões-).

     

    →  Confere ao texto vivacidade.

     

    →  Pode explorar discursos entonacionais (? / ! / ...).

     

     

     

    DISCURSO INDIRETO

     

     

    →  Narrador é responsável pelo enunciado.

     

    →  As frases são declarativas.

     

    →  Apresenta verbo dicente (Verbo de dizer: falou, disse ...).

     

    →  Apresenta conector (que/se).

     

     

     

     

    DISCURSO DIRETO  ------------------------------>  DISCURSO INDIRETO

     

     

    Ele disse: sou feliz.                                                    Ele disse que era feliz.

    Presente do Indicativo  ------------------------------>  Pretérito Imperfeito do Indicativo

     

    Ele disse: fui um jovem feliz.                                              Ele disse que fora um jovem feliz.

    Pretérito Perfeito do Indicativo  ------------------------------>  Pretérito Mais que Perfeito do Indicativo

     

    Ele disse: serei aprovado.                                                        Ele disse que seria aprovado.

    Futuro do Presente do Indicativo   ------------------------------>  Futuro do Pretérito do Indicativo 

     

    Ele disse: talvez haja aula.                                   Ele disse que talvez houvesse aula.

    Presente do Subjuntivo  ------------------------------>  Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

     

    Ele disse: faça escolhas corretas.                               Ele disse para fazer escolhas corretas.

    Imperativo  ----------------------------------------------------------------->  Infinitivo 

     

     

     

    Questão com o mesmo tipo de cobrança  -->  Q941414

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    Confira o meu material gratuito --> https://drive.google.com/drive/folders/1sSk7DGBaen4Bgo-p8cwh_hhINxeKL_UV?usp=sharing

  • Eu ainda não estudei os tipos de discurso, então analisei pelo tempo composto.

     

    Período composto é a locução formada pelos verbos TER/ HAVER + PARTICÍPIO.  

     

    A dica é:

    1) PRESENTE (do indicativo ou subjuntivo) + PARTICÍPIO -----------------> vira PRETÉRITO PERFEITO (do indicativo ou subjuntivo)

     

           " Eu tenho estudado"    -------> "Eu estudei"

     

    2) PRETÉRITO IMPERFEITO + PARTICÍPIO  -----------------------> vira PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO

     

            " Eu tinha estudado"      ------->  "Eu estudara"

     

    3) FUTURO  ----------------------> vira FUTURO         

      

            " Eu teria estudado" ------>   "Eu estudaria"

     

    ----------------------------------------------------------------------

    Na questão temos :    " TINHAM VISTO"  ;

    Se trata do verbo no pretérito imperfeito do indicativo + particípio.  No tempo composto é  = ao Pretérito Mais Q Perfeito, terminação RA, portanto, " VIRAM"

     

  • PARA SIMPLIFICAR    -> UMA ONÇA SANGRANDO, ELA PERGUNTOU SE VIRAM. 

  • Só para complementar aí, viram está no pretérito-mais-que-perfeito, porque "tinha visto" tinha está no pretérito imperfeito + visto particípio irregular, segundo Prof. Flavia Rita, ter+haver (no pretérito imperfeito + particípio) equivale ao pret.+q perf.

  • DIRETO

    >FALA DE PERSONAGENS

    >TEMPO QUE OCORRE A AÇÃO

    >MARCAS GRÁFICAS >EX: ASPAS, TRAVESSÃO, DOIS PONTOS...

    INDIRETO

    >NARRADOR RESPONSÁVEL PELO ENUNCIADO

    >FRASES DECLARATIVAS

    >VERBOS DISCENTES >EX:FALOU/DISSE/DIZ

    >CONECTORES (QUE/SE)

  • Gabarito:A

    DICA DE OURO:

    Passiva com 3 verbos terá 2 na ativa

    Passiva com 2 verbos terá 1 na ativa

    ==> Lembrar de manter no mesmo modo e tempo verbal.

    Rumo a #PMTO

  • Discurso direto " vocês viram uma corça sangrando? "

  • DISCURSO DIRETO  ------------------------------>  DISCURSO INDIRETO

     

     

    Ele disse: sou feliz.                           Ele disse que era feliz.

    Presente do Indicativo ------------------------------> Pretérito Imperfeito do Indicativo

     

    Ele disse: fui um jovem feliz.                                   Ele disse que fora um jovem feliz.

    Pretérito Perfeito do Indicativo ------------------------------> Pretérito Mais que Perfeito do Indicativo

     

    Ele disse: serei aprovado.                              Ele disse que seria aprovado.

    Futuro do Presente do Indicativo ------------------------------> Futuro do Pretérito do Indicativo 

     

    Ele disse: talvez haja aula.                    Ele disse que talvez houvesse aula.

    Presente do Subjuntivo ------------------------------> Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

     

    Ele disse: faça escolhas corretas.                              Ele disse para fazer escolhas corretas.

    Imperativo -----------------------------------------------------------------> Infinitivo 

     

     

     

    Questão com o mesmo tipo de cobrança --> Q941414

  • DISCURSO DIRETO

     → Fala de personagens.

    → Utiliza o tempo em que a ação ocorre.

    → Marcas gráficas ( "Aspas" -Travessões-).

    → Confere ao texto vivacidade.

    → Pode explorar discursos entonacionais (? / ! / ...).

     

     DISCURSO INDIRETO

    → Narrador é responsável pelo enunciado.

    → As frases são declarativas.

    → Apresenta verbo dicente (Verbo de dizer: falou, disse ...).

    → Apresenta conector (que/se).

     

     DISCURSO DIRETO  ------------------------------>  DISCURSO INDIRETO

     Ele disse: sou feliz.                           Ele disse que era feliz.

    Presente do Indicativo ------------------------------> Pretérito Imperfeito do Indicativo

     

    Ele disse: fui um jovem feliz.                                   Ele disse que fora um jovem feliz.

    Pretérito Perfeito do Indicativo ------------------------------> Pretérito Mais que Perfeito do Indicativo

     

    Ele disse: serei aprovado.                              Ele disse que seria aprovado.

    Futuro do Presente do Indicativo ------------------------------> Futuro do Pretérito do Indicativo 

     

    Ele disse: talvez haja aula.                    Ele disse que talvez houvesse aula.

    Presente do Subjuntivo ------------------------------> Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

     

    Ele disse: faça escolhas corretas.                              Ele disse para fazer escolhas corretas.

    Imperativo -----------------------------------------------------------------> Infinitivo 

     

    Questão com o mesmo tipo de cobrança --> Q941414

  • comentário da professora está muito bom.


ID
2840824
Banca
CONSULPAM
Órgão
Câmara de Juiz de Fora - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática. Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização. 

    Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. 

    Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dados à luz no “Itaoquense”, com bastante sucesso.

    Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.

    Triburtino não era homem de brincadeira. Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara e desd’aí se transformou no tutu da terra. Toda gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados nem tufos de cabelos no nariz.

    Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, pois que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores – o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na rua d’Ela, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o

    Acorda, donzela...

    Sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.

    Aqui se estrepou...

    Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:

Anjo adorado!

Amo-lhe! 

    Para abrir o jogo bastava esse movimento de peão. Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto – para umas certidõesinhas, explicou.

    Apesar disso, o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mas o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse: 

    - A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca – nunca, ouviu? – que contra ela se cometa o menor deslize.

    Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor-de-rosa, desdobrou-o.

    - É sua esta peça de flagrante delito?

    O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação.

    - Muito bem! Continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora…

    O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.

    - ... é casar! Concluiu de improviso o vingativo pai.

    O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos disse, gaguejante:

    - Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!…

    Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.

    - Nada de frases, moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!

    E voltando-se para dentro, gritou:

    - Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!

    O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.

    - Laurinha, quer o coronel dizer…

    O velho fechou de novo a carranca.

    - Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama- “lhe”. Se amasse a ela deveria dizer amo-“te”. Dizendo “amo-lhe” declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher (…).


(LOBATO, Monteiro. O Colocador de Pronomes. In: PINTO, Edith Pimentel (org.). O Português do Brasil: textos críticos e teóricos II - 1920-1945 – Fontes para a teoria e a história. São Paulo: Edusp, [1924] 1981, p. 51-79.) 

Assinale a opção que corresponde à descrição temporal do verbo sublinhado em “Esguelara um vereador oposicionista em plena sessão da câmara...”.

Alternativas
Comentários
  • pretérito mais-que-perfeito do indicativo é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado.

    Além disso, ele é usado para falar de uma ação incerta do passado. Geralmente utiliza a desinência –ra


    Exemplos:

    Marcos falara de seus pais.

    Cidinha bebera uma bebida muito forte.




  • Quando encontrar questões que envolvam pretérito mais-que-perfeito e tiver "comprara, vendera..."

    FAÇA A SEGUINTE TROCA:


    COMPRARA-----------> TINHA COMPRADO

    VENDERA--------------> TINHA VENDIDO


    BONS ESTUDOS!!!

    É NA SUBIDA QUE A CANELA ENGROSSA.

  • Sei que a alternativa B está certa, mas alguém sabe o erro da D?

  • Paulo junio martins machado


    O erro da alternativa D é que ela não descreve o pretérito mais que perfeito simples. Apenas mostra como é feito o mesmo tempo na forma composta.

  • passado do passado: indica um fato anterior a outro fato também passado.

  • LETRA C

    Pretérito mais que perfeito:

    1. (estudara) -> havia estudado;

    2.(pensara) -> havia pensado;

  • Gabarito B

    É um desserviço dar o gabarito errado - prestem atenção, por favor.

  • Pretérito mais-que-perfeito: é o pretérito do pretério, o passado do passado.

  • Terminação " ra" pretérito mais-que-perfeito = Passado anterior a outro passado.

    OU " passado do passado".

  • Foco na Missão Guerreiros, que aprovação é certa!

  •  A alternativa (A) está errada, pois, o verbo “Esguelara” está flexionado no pretérito mais-queperfeito simples do indicativo e expressa uma ação concluída. 

    A alternativa (B) é a correta, pois, de fato, o tempo verbal manifesta ação pretérita concluída antes de outra ação do passado ter se iniciado.

    A alternativa (C) está errada, pois, “Esguelara” não é uma locução verbal. 

    A alternativa (D) está errada, pois, não há distinção, quanto ao uso na linguagem formal ou culta, entre os verbos ter e haver. 

    Gabarito: B

  • Gabarito B) pretérito mais-que-perfeito.

    #vousernomeado

  • Tanto ter como haver como auxiliar no tempo composto são formais.


ID
2930029
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
PC-ES
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dicas de Segurança: Em casa

• Em sua residência, ao atender um chamado, certifique-se de quem se trata, antes mesmo de atendê-lo. Em caso de suspeita, chame a Polícia.
• À noite, ao chegar em casa, observe se há pessoas suspeitas próximas à residência. Caso haja suspeita, não estacione; ligue para a polícia e aguarde a sua chegada.
• Não mantenha muito dinheiro em casa e nem armas e joias de muito valor.
• Quando for tirar cópias de suas chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua casa. Dê preferência a profissionais estabelecidos e que tenham seus telefones no catálogo telefônico.
• Evite deixar seus filhos em casa de colegas e amigos sem a presença de um adulto responsável.
• Cuidado com pessoas estranhas que podem usar crianças e empregadas para obter informações sobre sua rotina diária.
• Cheque sempre as referências de empregados domésticos (saiba o endereço de sua residência).
• Utilize trancas e fechaduras de qualidade para evitar acesso inoportuno. O uso de fechaduras auxiliares dificulta o trabalho dos ladrões.
• Não deixe luzes acesas durante o dia. Isso significa que não há ninguém em casa.
• Quando possível, deixe alguma pessoa de sua confiança vigiando sua casa. Utilize, se necessário, seu vizinho, solicitando-lhe que recolha suas correspondências e receba seus jornais quando inevitável.
• Ao viajar, suspenda a entrega de jornais e revistas. 
• Não coloque cadeados do lado de fora do portão. Isso costuma ser um sinal de que o morador está viajando.
• Cheque a identidade de entregadores, técnicos de telefone ou de aparelhos elétricos.
• Insista com seus filhos: eles devem informar sempre onde estarão, se vão se atrasar ou se forem para a casa de algum amigo. É muito importante dispor de todos os telefones onde é possível localizá-los.
• Verifique se as portas e janelas estão devidamente trancadas e jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.

Adaptado de https:<//sesp.es.gov.br/em-casa>. Acesso em: 30/jan./2019.



Assinale a alternativa em que a locução verbal em destaque pode ser substituída pelo verbo principal conjugado no mesmo tempo e modo verbal da locução, sem modificar o sentido da oração.

Alternativas
Comentários
  •  b)“[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar (Estará) em casa.”.

  • O erro da alternativa A.

    ... podem usar ... (usam)

    Modo subjuntivo. .... Modo indicativo

    Acho que é isso..

  • Bem, na verdade VAI é o verbo IR conjugado na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. A substituição correta seria "jamais avise a estranhos eque você não ESTÁ em casa", o que provocaria mudança de sentido. Passível de anulação a meu ver, corrijam-me por favor se eu estiver errado

  • Essa eu viajei legal!

  • ACHEI O COMANDO DA QUESTÃO CONFUSO...

  • ----> A questão quer: mesmo tempo, mesmo modo e além disso, que não mude o sentido.

     

    b)“[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar (Estará) ou (está) em casa.”.

    --> Ele vai = Presente

    --> Ele estará= Futuro do presente

    O TEMPO VERBAL MUDA APESAR DE AMBOS OS MODOS ESTAREM NO INDICATIVO.

    --> Ele não vai estar em casa = Vai está no presente

    --> Ele não está em casa.= Está também no presente

    PORÉM MUDA O SENTIDO. NÃO VOU ESTAR NÃO É IGUAL NÃO ESTOU

    --> Não concordo com gabarito ser letra B.

  • Realmente não ficou claro como se faria essa tal substituição.

  •  b)“[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.”.

    ............jamais avise a estranhos que você não estará em casa.

    Está ai a substituição pelo verbo principal conjugado no mesmo tempo e modo verbal da locução, sem modificar o sentido da oração!

  • Meme da Nazaré Tedesco Calculando

    P.S.: O comentário do Professor está fantástico.

  • Gabarito B

    Futuro do presente composto ---> presente do verbo ir + verbo no infinitivo

    expressão “Presente do verbo IR + INFINITIVO” é uma forma equivalente do futuro do presente simples: vai estar = estará

  • Jaqueline, eu fui pesquisar no google e no meu material sobre tempo composto e só apareceu Tempos Compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter haver e como principal, qualquer verbo no particípio. [...] Por favor, diz a fonte, eu to tentando entender aqui e não consigo. Obrigadão

  • Questão confusa kkk

  • O erro da A está em que o enunciado diz que a alteraçao deve ser feita (sem modificar o sentido da oração.) e quando trocamos "podem usar" por "usam" apesar de ser uma troca gramaticalmente correta o sentido muda claramente.

     

    Podem usar (hipótese)

    Usam (certeza)

     

    Esse foi o meu entendimento, erros me enviem no privado.

  • A banca fala em mesmo tempo e modo...

    Tempo = presente, passado e futuro

    modo = indicativo, subjuntivo e imperativo

    Como é que vcs dizem que "vai seria estará"?

    Se ela dissesse que o modo fosse o mesmo e que o tempo fosse equivalente, eu acreditaria no gabarito.

  • questão boa. da pra entender sim o objetivo da pergunta.

  • Mano de boa sabia nem por onde começar .. Pergunta muito mal formulada.

  • A locução verbal "vai estar" pode ser substituída por "estará" , cujo verbo está conjugado no futuro do presente do modo indicativo.

  • Gab. b

  • É o que sempre digo, LEITURA, INTERPRETAÇÃO E MUUUUUUUUUUUITA REDAÇÃO.

  • Depois de muito analisar gabaritei.

  • O comentário é um pouco confuso, mas vamos lá:

    Ele pede pra substituirmos a locução destacada (formada por dois verbos) pelo verbo principal (que é a parte que está no infinitivo) no mesmo tempo verbal da oração. Então fica assim:

    a) “Cuidado com pessoas estranhas que podem usar (está no presente do indicativo) crianças […] para obter informações sobre sua rotina diária.”.

    Usam (presente do indicativo). Note que o sentido muda. No primeiro podem usar não significa que sempre usam.

    ____________________________________________________________________________________________________

    b) “[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar (locução que indica futuro) em casa.”.

    Estará (futuro do indicativo). Permanece o mesmo sentido. Gabarito

    ____________________________________________________________________________________________________

    c) “[…] eles devem informar (está no presente do indicativo) sempre onde estarão [...]”. É o mesmo raciocínio da primeira questão.

    Informam (presente do indicativo). Houve mudança de sentido.

    ____________________________________________________________________________________________________

    d) “Antes de sair, você precisa verificar (precisa está no presente do indicativo) se as portas e janelas estão devidamente trancadas [...]”.

    Ao substituir ficaria: “Antes de sair, verifique..." presente do subjuntivo.

    ____________________________________________________________________________________________________

    e) “Isso costuma ser (presente do indicativo) um sinal de que o morador está viajando.”.

    Isso é (presente do indicativo) um sinal.... O sentido muda.

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • "Vai"" é presente do indicativo..."Estará" é futuro do presente do indicativo. ... conjugado no mesmo tempo ... Péssima questão.

  • Não entendi o comando da questão.

  • entendi, era para pegar o sentido da locução toda, e pegar o ver principal e colocar no tempo e modo que ela representa, eu fiz errado, peguei o tempo do verbo auxiliar e passei para o verbo, principal....

  • Concordo com os comentários. Em relação no item b, não existe composto no tempo presente ...

  • CONJUGAÇÃO DO VERBO "IR"

    Na locução verbal prevalece a conjugação do verbo auxiliar.

    Presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão

    Futuro de presente: irei, irás, irá, iremos, ireis, iram

    "VOU ESTAR", VAI ESTAR" e VÃO ESTAR" são todos presentes do indicativo, e não futuro.

    GAB. B

  • Minhoca querendo ser cobra.Se a B está correta a D também está!

  • Eu entendi o comando da questão mas não consegui aplicar nas alternativas. Tenso!

  • Letra B) vai estar ----> estará

    Dificuldade estar em entender a questão

  • questao errada, o auxiliar esta no presente ....pior que tem uma galera falando que é tempo composto no futuro e recebendo likes...... gente cuidadooooooooooooooooooooooooooo

  • Acredito que o grande segredo desse tipo de questão é conseguir diferenciar o sentido de dúvida e certeza de que acontecerá a ação do verbo principal.

  • vai estar= ESTARÁ.

  • Numa locução verbal, o verbo principal sempre será o último. O que se pede na questão é a alternativa em que a substituição da locução verbal (palavras sublinhadas) possa se dar pelo seu verbo principal.

  • Gabarito B)

    A sentença: Jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.

    É a mesma coisa que:

    Jamais avise a estranhos que você não estará em casa.

    Ou seja a locução verbal VAI ESTAR, pode ser substituída pela conjugação do verbo principal ESTAR mantendo tempo e modo.

    Bons estudos.

  • Verbo Auxiliar no Presente, o Verbo Principal ficará no Pretérito Perfeito

    Verbo Auxiliar no Pretérito, o Verbo Principal ficará no Pretérito Mais-Que-Perfeito

    Verbo Auxiliar no Futuro, o Verbo Principal ficará no Futuro do Presente

    Verbo Auxiliar no Futuro do Pretérito, o Verbo Principal ficará no Futuro do Pretérito

    A) Podem usar > Usou

    B) Vai estar > Estará

    C) Devem informar > Informou

    D) Precisa verificar > Verificou

    E) Costuma ser > Foi

    GAB: B

  • Gente, vamos todos pedir comentário do professor. Acho que o pessoal está falando coisa errada.

  • Comentário do Professor por gentileza !

  • https://www.youtube.com/watch?v=SqQ-uw9lDmE

    correção da questão em 10:00

  • GABARITO "B"

  • JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta ao recurso interposto, temos a esclarecer que a questão será mantida, tendo em vista que a única alternativa em que a locução verbal não é formada por verbos modalizadores é a B, as demais, por estarem modalizadas, acarretam mudanças semânticas significativas.

    Como se verifica pelas explanações a seguir:

    A alternativa A: incorreta, pois “podem usar crianças” é diferente da afirmação em ‘usam crianças’.

    Alternativa B: CORRETA, pois “você não vai estar em casa” equivale, sintática e semanticamente, a ‘você não estará em casa’, visto que, além de a locução verbal não estar modalizada, o sentido que carrega é de futuro, assim, ao flexionar o verbo principal ‘está’ no futuro, a oração ficará ‘você não estará em casa’ que expressa o mesmo sentido da frase original utilizada no texto de apoio. É importante ressaltar que o exercício solicitava que o verbo principal expressasse o mesmo sentido da oração dada, situação que ocorre na presente alternativa.

    Alternativa C: Incorreta, pois “[…] eles devem informar sempre onde estarão [...]” difere semanticamente da afirmação exposta em ‘eles informam’.

    Alternativa D: Incorreta, pois “você precisa verificar” difere semanticamente da afirmação exposta em ‘você verifica’.

    Alternativa E: Incorreta, pois “Isso costuma ser um sinal” é semanticamente diferente de ‘isso é um sinal’. 

  • A) Podem usar não é certeza que usam;

    B) Vai estar então você estará; GABARITO

    C) Devem Informar não significa que informam;

    D) Precisa verficar não significa que Verifica;

    E) Costuma ser não significa que é.;

    Resolvi assim =)

  • VAMOS TRANSFORMAR O VERBO PRINCIPAL NO MESMO TEMPO E MODO VERBAL DO VERBO AUXILIAR:

    a) Podem (Presente do indicativo) -------> Então, o verbo USAR no mesmo tempo e modo verbal é= USAM

    b) Vai (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo ESTAR no mesmo tempo e modo verbal é= ESTÁ

    c) Devem (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo INFORMAR no mesmo tempo e modo verbal é= INFORMAM

    d) Precisa (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo VERIFICAR no mesmo tempo e modo verbal é= VERIFICA

    e) Costuma (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo SER no mesmo tempo e modo verbal é= É

    Sendo assim, agora precisamos substituir as locuções das alternativas e vê qual verbo mantém o sentido original. Fica mais fácil de perceber que a resposta certa é a LETRA B

  • Tinha ficado em dúvida também com a opção D. Entendi que o verbo "precisa" está no imperativo e, dessa forma, classificando o verbo principal da mesma forma, não teríamos uma mudança de sentido.

  • A única alternativa que consegui fazer a troca foi a letra B. Marquei e pronto. Não sei como acertei, mas foi assim...

  • não entendi nada
  • APENAS as Loc. Verbais no futuro podem ser substituídas pelo mesmo tempo correspondente no futuro.

  • VAMOS TRANSFORMAR O VERBO PRINCIPAL NO MESMO TEMPO E MODO VERBAL DO VERBO AUXILIAR:

    a) Podem (Presente do indicativo) -------> Então, o verbo USAR no mesmo tempo e modo verbal é= USAM

    b) Vai (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo ESTAR no mesmo tempo e modo verbal é= ESTÁ

    c) Devem (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo INFORMAR no mesmo tempo e modo verbal é= INFORMAM

    d) Precisa (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo VERIFICAR no mesmo tempo e modo verbal é= VERIFICA

    e) Costuma (Presente do indicativo) -----> Então, o verbo SER no mesmo tempo e modo verbal é= É

    Sendo assim, agora precisamos substituir as locuções das alternativas e vê qual verbo mantém o sentido original. Fica mais fácil de perceber que a resposta certa é a LETRA B

  • cespe mnddo inderect p/ ABIN \ 0 >

  • questão meio forçada, fui pela lógica da mais acertada:

     jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.”.

     jamais avise a estranhos que você não estará em casa.”.

    Vai estar -> futuro do indicativo = estará

  • Essa questão TINHA QUER SER ANULADA! Se você fizer EXATAMENTE o que o enunciado pede, NENHUMA questão é a correta. Colegas do QC responderam falando que o tempo verbal da Locução "vai estar" é futuro, aí eu pergunto: onde e em qual gramática vocês aprenderam isso? Porque eu queria muito essa referência, em nenhuma que eu li ensina esse tipo de coisa. Quem indica o tempo e o modo verbal de uma locução é o verbo auxiliar, no caso é presente do indicativo, o verbo principal ficaria nesse tempo, ou seja, "está". Traduzindo: mudaria totalmente o sentido. É difícil dms estudar para concurso tendo que se guiar pela subjetividade e criação gramatical do avaliador.

  • Questão super forçada.

  • Os comentário de Xandão são sempre os melhores

  • ESTAR e um verbo de ligação vou passar bizu

    CAFES P2

    Continuar

    Andar

    Fazer

    Estar

    Ser

    Permanecer

    Parecer

  • Professor Alexandre Soares explicou pra não se prender a essa questão.

    É preciso ter disciplina pois haverá dias que não estaremos motivados.

  • Essa banca é horrível.

    Povo reclama do CESPE mas as questões deles são muito bem elaboradas, embora algumas vezes os gabaritos polêmicos, mas como nada é perfeito...

  • (...) não vai estar em casa. >>> não estará em casa.

    gab. B

  • banca do caralh##

  • Luciana Moraes

    melhor comentário!

  • b)“[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar (= Estará) em casa.”.

  • Eu não consegui nem entender a questão queria! Sinceramente!

  • Pessoal, o futuro do presente tem duas formas:

    SIMPLES:

    EU COMEREI O JANTAR QUANDO QUISER.

    COMPOSTA

    VERBO IR/VAI + VERBO NO INFINITIVO

    AMANHÃ EU VOU TREINAR ÀS 6 HORAS DA MANHÃ.

  • Se não entendeu ou está em dúvida dá para chutar na única alternativa diferente. Notem que a alternativa correta (B) é a única que não está com a locução verbal no presente, mas sim no futuro do presente!

  • 25 de Abril de 2019 às 15:10O , por Luciana Moraes.

    comentário é um pouco confuso, mas vamos lá:

    Ele pede pra substituirmos a locução destacada (formada por dois verbos) pelo verbo principal (que é a parte que está no infinitivo) no mesmo tempo verbal da oração. Então fica assim:

    a) “Cuidado com pessoas estranhas que podem usar (está no presente do indicativo) crianças […] para obter informações sobre sua rotina diária.”.

    Usam (presente do indicativo). Note que o sentido muda. No primeiro podem usar não significa que sempre usam.

    ____________________________________________________________________________________________________

    b) “[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar (locução que indica futuro) em casa.”.

    Estará (futuro do indicativo). Permanece o mesmo sentido. Gabarito

    ____________________________________________________________________________________________________

    c) “[…] eles devem informar (está no presente do indicativo) sempre onde estarão [...]”. É o mesmo raciocínio da primeira questão.

    Informam (presente do indicativo). Houve mudança de sentido.

    ____________________________________________________________________________________________________

    d) “Antes de sair, você precisa verificar (precisa está no presente do indicativo) se as portas e janelas estão devidamente trancadas [...]”.

    Ao substituir ficaria: “Antes de sair, verifique..." presente do subjuntivo.

    ____________________________________________________________________________________________________

    e) “Isso costuma ser (presente do indicativo) um sinal de que o morador está viajando.”.

    Isso é (presente do indicativo) um sinal.... O sentido muda.

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • Gabarito: B

    “[…] jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.”. Estará

  • Jamais avise a estanhos que voce não vai em casa

  • o vídeo que o professor fez me salvou , Aaaaalexandre Soares kkkk

  • Comentários da Luciana Moraes e Ananda estão sendo condizentes com o gabarito mas estão "fechando os olhos" para o fato que o enunciado está pedindo "substituída pelo verbo principal conjugado no mesmo tempo e modo verbal da locução". Em seus comentários usaram a expressão "oração", mas não é a oração e sim locução que foi pedido, portanto não tem gabarito nessa questão.


ID
2988499
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO: Ecologia integral


      A ecologia integral parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles veem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.

      Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui. Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem de que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.

      Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese: (1) a complexidade/diferenciação, (2) a auto-organização/consciência e (3) a religação/ relação de tudo com tudo. A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegarem à consciência reflexa no ser humano. O universo, pois, como um todo possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.

      As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos. A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões. Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem rica de novas potencialidades.

Leonardo Boff - adaptado http://leonardoboff.com/site/lboff.htm - acesso em 09/04/2013

“ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando” – 2º parágrafo. Nesse segmento, os verbos destacados integram uma locução verbal. Os três estão flexionados na forma nominal gerúndio, porém NÃO é isso o que ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ===> a questão quer uma alternativa que não esteja no gerúndio:

    “Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular...” (2º parágrafo)

    ===> temos o verbo no particípio, indicando um acontecimento passado.

    Força, guerreiros(As)!!

  • Gabarito: D

    “Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular...” - Vindos = particípio.

  • Olá, amigos.

    Não entendi, vindos não seria um verbo no gerúndio?

  • Wanderson, o verbo vir tem como particípio vindo, assim como o seu gerúndio. Essa banca cobrou algo que é bem raro ver em outras questões.

  • Gabarito: D

     No gerúndio e no particípio, o verbo “vir” apresenta a mesma forma: “vindo”. Para fazer a diferenciação, substituam o verbo “vir” pelo 

    verbo “ir”: se, como resultado, aparecer “-ido”, a forma verbal estará no particípio; por outro lado, se aparecer “-indo”, o verbo estará no gerúndio.

    Exemplos:

    a) Assim que o professor chegou, a diretora já tinha vindo.

    No exemplo acima, notem que cabe apenas a substituição da forma "vindo” 

    por "ido”: 

    "Assim que o professor chegou, a diretora já tinha ido. Logo, "vindo” está 

    no particípio."

    b) A diretora já está vindo.

    Em "A diretora já está vindo ”, a forma verbal em destaque pode ser 

    substituída apenas por "indo”: A diretora já está indo. Logo, "vindo” está no 

    gerúndio.

    Fonte: Estratégia Concursos

  • O verbo vir é o único que possui gerúndio e particípio idênticos.

    Para verificar em qual forma ele se encontra, pode ser substituído pelo verbo chegar.

    Ex.: Eu estou vindo para casa = Eu estou chegando (gerúndio)

    Eu tenho vindo muito a este lugar = Eu tenho chegado (particípio)

  • Vindos pode ser gerúndio também uê, ou estou equivocado ?

  • Criando também caberia particípio uê, criado

    Passando - Passado


ID
3042757
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Cujubim - RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Minimalismo


      Tenho uma amiga que mora na Europa há anos. Vive com a filha num apartamento de frente para um parque, tem um carro, um emprego e um namorado. Em tese, ela não tem do que se queixar, mas conversávamos outro dia sobre o que significa estar “tudo bem”. Para ela, “tudo bem” é experimentar novas formas de existir. A gente assina um contrato de locação de um imóvel, se acostuma com a mercearia da esquina e quando vê está enraizado num estilo de vida que se repete dia após dia, sem testar nosso espanto, nossa coragem, nossa adaptação ao novo. Humm. O que você está inventando? Perguntei a ela.

      - Vou morar num barco.

      Ainda bem que eu estava sentada. Pensei: “Essa garota é maluca”. E logo: “Que inveja”.

      Tenho zero vontade de morar num barco. Minha inveja foi do desapego e da facilidade com que ela escreve capítulos surpreendentes da sua biografia. “Tenho coisas demais, Martha. Livros demais, roupas demais, móveis demais. Está na hora de viver com menos para poder redefinir o significado de espaço, tempo, silêncio”. O gatilho da nossa conversa foi o documentário Minimalism (disponível no Netflix), que escancara a estupidez do consumo compulsivo, como se ele pudesse preencher nosso vazio. Vazio se preenche com arte, amor, amigos e uma cabeça boa. Consumir feito loucos só produz dívidas e ansiedade.

      Temos perdido tempo, nas redes sociais, criticando o bandido dos outros e defendendo o nosso, sem refletir que o caos político e social tem a mesma fonte: nossa relação doentia com o dinheiro. A ideia de “poder” deveria estar associada à gestão do ócio, às relações afetivas, ao contato com a natureza e à eficiência em manter um cotidiano íntegro, produtivo e confortável (nada contra o conforto), no entanto, “poder” hoje é sinônimo de hierarquia, acúmulo de bens, ostentação e lucratividade non-stop. É por isso que, para tantas pessoas, é natural incorporar benefícios imorais ao salário, ganhar agrados de empreiteiras e fazer alianças com pessoas sem afinidades, mas que um dia poderão vir a ser úteis.

      A sociedade não se dá conta do grau de frustração que ela mesma produz e continua cedendo a impulsos. Uma vez, eu estava na National Portrait Gallery, em Londres, quando, na saída, passei pela loja do museu e percebi, ao lado do caixa, um aquário cheio de latinhas de metal à venda, pouco maiores que uma moeda. Era manteiga de cacau no sabor “chocolate & mint”. Sem hesitar, comprei uma latinha e trouxe-a comigo para o Brasil: hoje ela reside na bancada do banheiro, intocada, para me lembrar de como se pode ser idiota - eu estava dentro de um dos maiores museus do mundo e mesmo assim fiquei tentada a comprar a primeira besteira que vi. O exemplo é bobo, mas ilustrativo de como certos gritos ecoam dentro de nós 24 horas: Compre! Leve! Aproveite! Você nunca mais será o mesmo depois de usar a triunfante manteiga de cacau da National Gallery!

      O único excesso que preciso é de consciência para não me deixar abduzir por essa forma equivocada de dar sentido à vida.

Martha Medeiros. Disponível em:< https://goo.gl/gEgFSi >. Acesso em 10 ago. 2018

O trecho destacado em: “mas que um dia PODERÃO VIR A SER úteis.” pode ser substituído, sem prejuízo de sentido ao texto, por:

Alternativas
Comentários
  • "PODERÃO VIR A SER"

    Expressa ideia de possibilidade e ideia de futuro;

    Letra B e E estão no passado do indicativo

    Letra C no passado do subjuntivo

    Letra A não expressa possibilidade (embora esteja no futuro, acredito que essa alternativa possa a causar confusão).

    A Letra D expressa possibilidade e tem o presente do indicativo, Letra D

  • GABARITO: LETRA D

    → “mas que um dia PODERÃO VIR A SER úteis.” 

    → há uma possibilidade, a qual será marcada pelo advérbio de dúvida "talvez", expressando o futuro do presente do subjuntivo → que eles/elas SEJAM úteis (reforçando a ideia de possibilidade).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! AVANTE NA LUTA!

  • eita falta de atenção :/

  • Pretérito Mais-que-perfeito

    eu pudera

    tu puderas

    ele pudera

    nós pudéramos

    vós pudéreis

    eles puderam

  • Gabarito: letra D

    Temos uma questão sobre CORRELAÇÃO VERBAL!

    ==> "talvez SEJAM" ==> verbo no futuro do subjuntivo (ou conjuntivo), que exprime dúvida, incerteza, possibilidade.

    ==> "mas que um dia PODERÃO VIR A SER úteis." ==> O futuro do presente do indicativo TAMBÉM PODE SER EMPREGADO EM CONTRUÇÕES QUE DÃO A IDEIA DE DÚVIDA OU INCERTEZA.

    Ex.: "Onde estarão os meus familiares nessas turbulências?"


ID
3079045
Banca
VUNESP
Órgão
UFABC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Redes pessoais e vulnerabilidade social


      Redes sociais têm sido cada vez mais consideradas como elementos importantes na construção de uma grande variedade de processos, desde a mobilização política em movimentos sociais ou partidos políticos, até as ações e a estrutura de relações formais e informais entre as elites políticas e econômicas ou na estruturação de áreas de políticas públicas, entre muitos outros temas. Número significativo de estudos tem examinado as redes pessoais, aquelas que cercam os indivíduos em particular. Essas análises visam a estudar os efeitos da sociabilidade de diversos grupos sociais, para compreender como os laços sociais são construídos e transformados e suas consequências para fenômenos como integração social, imigração e apoio social.

     No caso específico da pobreza, a literatura tem estabelecido de forma cada vez mais eloquente como tais redes medeiam o acesso a recursos materiais e imateriais e, ao fazê-lo, contribuem de forma destacada para a reprodução das condições de privação e das desigualdades sociais. A integração das redes ao estudo da pobreza pode permitir a construção de análises que escapem dos polos analíticos da responsabilização individual dos pobres por sua pobreza (e seus atributos), assim como de análises sistêmicas que foquem apenas os macroprocessos e constrangimentos estruturais que cercam o fenômeno.

     A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, embora os últimos anos tenham assistido a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais para a explicação da pobreza. Parece-nos evidente que tanto constrangimentos e processos supraindividuais (incluindo os econômicos) quanto estratégias e credenciais dos indivíduos importam para a constituição e a reprodução de situações de pobreza. Entretanto, essas devem ser analisadas no cotidiano dos indivíduos, de maneira que compreendamos de que forma medeiam o seu acesso a mercados, ao Estado e às trocas sociais que provêm bem-estar.

(Eduardo Marques, Gabriela Castello e Renata M. Bichir. Revista USP, n° 92, 2011-2012. Adaptado)

Para responder a questão, considere esta passagem do texto:

(I) A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, (II) embora os últimos anos tenham assistido (III) a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais (IV) para a explicação da pobreza.

A expressão verbal “tem sido marcada” exprime a noção de ação

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → (I) A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, (II) embora os últimos anos tenham assistido (III) a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais (IV) para a explicação da pobreza.

    >>> temos um tempo composto que marca uma ação inconclusa, que começou no passado e se estende até o tempo atual, ELES assistiam e continuam fazendo isso.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • 1º como descobrir se o tempo é composto?

    Ter ou haver + Verbo

    2º Perceba que ação não foi algo restrito ao passado, mas iniciou nele e ainda continua.

    é a mesma lógica do período:

    Tenho estudado todos os dias.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Na forma composta o pretérito perfeito indica um processo passado, com prolongamento até o presenteinconcluso no tempo. Formado pelo presente do indicativo do verbo ter mais o particípio (regular) do verbo principal.

    Tenho estudado muito nesse anos.

    A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada...

  • "Tem sido marcada" não dá uma ideia de contínua em passado recente? Não entendi essa questão.

  • COMEÇOU NO PASSADO E PERDURA ATÉ OS DIAS ATUAIS.

  • No caso, temos o pretérito perfeito composto > verbo ter/haver + particípio. Esse tempo marca uma ação inconclusa que se prolonga do passado até o presente. Isto é, conforme o tempo (que não se sabe se é distante ou recente) vai passando, a ação não tem de fato uma conclusão. Ex: a humanidade tem caminhado a procura da paz. Temos a plena paz? Não. Mas conforme se passa o tempo, procuramos alcançar ela

  • Presente do Indicativo: atualmente

    Pretérito Perfeito do Indicativo: ontem

    Pretérito Imperfeito do Indicativo: antigamente

    Futuro do Presente do Indicativo: amanhã e infinitivo + ei

    Futuro do Pretérito do Indicativo: infinitivo + ria

    -

    Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: se / -sse

    Futuro do Subjuntivo: quando

    Presente do Subjuntivo: tomara que

  • GABARITO: LETRA C

    → (I) A literatura brasileira sobre o tema tem sido marcada por uma oposição entre enfoques centrados nesses dois campos, (II) embora os últimos anos tenham assistido (III) a uma clara hegemonia dos estudos baseados em atributos e ações individuais (IV) para a explicação da pobreza.

    >>> temos um tempo composto que marca uma ação inconclusa, que começou no passado e se estende até o tempo atual, ELES assistiam e continuam fazendo isso.


ID
3084511
Banca
NUCEPE
Órgão
FMS
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 01


                       Imigração: o brilho eterno da grama do vizinho

             Um em cada seis adultos do planeta deseja mudar de país. E isso é uma boa notícia.

                         (Por Edison Veiga e Alexandre Versignassi)


É provável que você já tenha pensado em sair do Brasil. É muito provável que você conheça pelo menos alguém que tenha saído do Brasil. Não estamos falando sobre política aqui: trata-se de uma tendência que já vem de um bom tempo. Dados da Receita Federal mostram que o número de brasileiros que deram baixa, ou seja, fizeram o informe de saída definitiva do País da última declaração de imposto de renda, no início de 2018, foi de 21,2 mil. Em 2013, quando o número já era considerado alto, foram 9,8 mil.

(...)

A explicação, (...) não está só na busca por mais qualidade de vida. Está nos nossos instintos. A ilusão de que a grama do vizinho é mais verde, de que a felicidade está “lá fora”, foi impressa em nosso DNA ao longo da evolução. A espécie de hominídeo mais bem-sucedida entre todas foi o Homo erectus, nosso antepassado direto. Trata-se da única que durou mais de 1 milhão de anos. Nós, Homo sapiens, mal chegamos aos 300 mil e já estamos a perigo. Bom, o erectus, que não detinha muito mais tecnologia que um chimpanzé, saiu de sua terra natal, a África, e colonizou a Europa e a Ásia bem antes de o primeiro Homo sapiens ter nascido (a partir de descendentes do erectus que tinham ficado na África). Somos uma espécie migratória.

(https://super.abril.com.br/sociedade/imigracao-o-brilho-eterno-da-grama-do-vizinho/-Publicado em 25 mar 2019. Acesso em 29 de junho de 2019). 

A opção que apresenta uma sequência frasal que contém uma locução verbal é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    → Não estamos falando sobre política aqui: ...

    >>> locução verbal (dois verbos, equivalem a somente um); verbo "estar" + gerúndio -ndo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Caso tenha dificuldades:

    Locução equivale a um conjunto de palavras que formam uma só.

    Procure na assertiva qual delas têm dois verbos.

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • GABARITO: C

    Locução verbal é formada por um ou mais verbos auxiliares e um principal na forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). Ex.: Vou querer/ Pode ter ocorrido/ Deve ter sido feito/ Estou estudando.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • Verbo ESTAR + Forma nominal do verbo FALAR no Gerúndio.

    GAB C

  • estamos + falando (verbo auxiliar + gerúndio)

  • Locução verbal é formada por um ou mais verbos auxiliares e um principal na forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio). Ex.: Vou querer/ Pode ter ocorrido/ Deve ter sido feito/ Estou estudando.

  • nada a ver desses examinadores usar as alternativas para expressar um fato irreal, surreal ou falso e LOGICAMENTE errado só pra induzir o psicológico do candidato.

    Babaquice a parte,

    ESTAMOS + FALANDO = locução verbal, na qual o verbo está é de ligação e falar é o verbo principal

  • Estamos falando = Tb pode ser chamada de perífrase verbal de aspecto cursivo, dado que está no gerúndio

  • LOCUÇÃO VERBAL é formada por dois 2ou+ verbos juntos = V. AUXILIAR + V.PRINCIPAL terminados em: R= INFINITIVO, NDO= GERÚNDIO, DO= PARTICÍPIO