O problema internacional em pauta é a invasão do Iraque pelos EUA em 2003. Este era o foco principal do presidente George Bush, por conta do petróleo do país invadido ou, por conta da necessidade de desarmamento do Iraque.
De qualquer forma a guerra causou uma ruptura dentro da OTAN. Mas não entre Moscou e EUA. Na verdade, a Rússia só entrou para a OTAN em 2002 mas, sem direito a voto - A Otan deu as boas-vindas formais à Rússia, aceitando-a como participante, mas não membro votante da organização criada 53 anos atrás para conter o poder e a expansão soviéticos. Até a queda da URSS a Rússia era a líder do Pacto de Varsóvia.
A ruptura aconteceu entre EUA de um lado e França e Alemanha do outro. Aliás, a aproximação de franceses e alemães em uma proposta comum após a 2ª Guerra não é fato comum.
Esta associação foi chamada o “eixo da paz" ou o “eixo da inveja", conforme o ângulo em que se vê –, fazendo um contraponto europeu ao unilateralismo de Washington.
A maioria dos países europeus foi contra a invasão do Iraque à revelia das recomendações da ONU : defenderam que não deveria haver ação militar até que fossem esgotadas todas as formas de solução pacífica e negociada da questão - em tese – em pauta: desarmamento do Iraque.
De acordo com este posicionamento, Alemanha, França e Bélgica bloquearam, na OTAN, o planejamento militar que esta colocaria à disposição da Turquia, em caso de uma guerra contra o Iraque, conforme pretendiam os americanos. A Turquia é o único país muçulmano a integrar a OTAN e também o único da aliança ocidental que faz fronteira com o Iraque.
Em que pese tudo que foi acima relatado, fica claro que a afirmativa está incorreta. Aliás, após o 11 de setembro, Moscou, embora por relativamente pouco tempo, apoiou, por interesses próprios, a “luta contra o terrorismo" promovida pelos EUA. Em tese a invasão do Iraque faria parte desta luta, mesmo que não diretamente.
Por conseguinte, mesmo que tivesse direito de voto na OTAN, a Rússia, neste momento, não se colocaria frontalmente contra a política externa dos EUA.
Já França e Alemanha eram, à época, os dois Estados mais poderosos da União Europeia e, contra ações militares unilaterais sem o aval da ONU.
RESPOSTA: ERRADO