SóProvas


ID
3379477
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFOB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Dança envolve corpo e mente: atividade pode ajudar no

                                      tratamento de depressão


      A vida é cheia de obstáculos, por isso é preciso dar um passo de cada vez. Assumir essa atitude é uma excelente forma de ajudar quem está sofrendo de um mal bastante comum: a depressão. Para promover a conscientização sobre o tema, a Libbs Farmacêutica, em parceria com o Instituto Ivaldo Bertazzo, criou um projeto chamado Próximo Passo, que oferece aulas de dança gratuitas para pessoas com histórico de depressão.

      O objetivo dessa iniciativa é conciliar o tratamento feito no consultório médico com atividades físicas. “Dançar ajuda no reequilíbrio mental e no reconhecimento do próprio corpo, melhorando a autoestima. Além disso, a atividade promove a reintegração social, pois estimula a socialização”, comentou a psiquiatra Giuliana Cividanes, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que acompanhou todo o processo do projeto Próximo Passo.

      Após a divulgação do programa, mais de mil pessoas se inscreveram. Em seguida, a equipe realizou uma rigorosa seleção, onde foram escolhidos 40 participantes com histórias de vida diversas e com histórico de depressão em diferentes estágios. Mulheres, homens, jovens e idosos tiveram que encarar esse grande desafio que é lutar contra a depressão dançando.

      Foram quatro meses de ensaios, com aulas dadas pelo coreógrafo e educador Ivaldo Bertazzo, pelo menos três vezes por semana. Todos os participantes vivenciaram as dificuldades dessa performance, buscando dentro de si muita vontade e determinação.

      Segundo os criadores do “Próximo Passo”, a ideia é deixar claro para todos que, apesar de ser uma doença que deve ser levada com a maior seriedade, a depressão tem cura. E essa cura pode começar com um simples movimento, como a dança. “No dia da audição para o projeto, eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que não me sentia dessa forma. Fazer parte do projeto me trouxe cor à vida”, comentou Aranai Guarabyra.

      (...)

      Entendendo a depressão

      Ansiedade, angústia, desinteresse por coisas comuns do dia a dia, falta de motivação, medo e tristeza intensa são apenas alguns dos sintomas que a depressão pode trazer. Contudo, o diagnóstico para a doença não é tão fácil. Isso porque a maioria das pessoas que sofrem com o problema tendem a rejeitar esses sinais.

      Por esse motivo, a ajuda da família é essencial para o diagnóstico e também para o tratamento. Acusar uma pessoa com depressão de que ela tem uma vida boa, saúde e dinheiro, dizendo que essa tristeza não é “nada”, só fará com que ela se sinta mais triste e culpada, podendo piorar o quadro da doença.

      A primeira coisa que um familiar deve fazer por alguém depressivo é mostrar que está presente e que podem enfrentar isso juntos. Então, para que o paciente não se sinta sozinho, os parentes e amigos podem fazer companhia durante as primeiras consultas de terapia, apoiando esse momento tão novo e desconhecido.

      Como a depressão pode ter múltiplas causalidades, com aspectos genéticos, ambientais e biológicos, antes de se iniciar qualquer tratamento, é necessário que seja feita uma investigação etiológica rigorosa. Após essa avaliação, o especialista poderá escolher o melhor tratamento, complementando o acompanhamento médico com outras atividades físicas.

      “Segundo pesquisas, a atividade física prolonga os efeitos do tratamento medicamentoso em um período médio de quatro anos”, complementa a psiquiatra.

      De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a maior causa de incapacitação do mundo. Em 2015, o número de pessoas com depressão chegou a 322 milhões pelo mundo, sendo 11,5 milhões só no Brasil.


      Primeiros passos para começar a dançar


      O “Minha Vida” esteve presente no lançamento do projeto, junto com os criadores e participantes do “Próximo Passo”, que falaram um pouco sobre o processo criativo para a coreografia, as dificuldades e a superação que viveram ao longo desse período.

      Além disso, o coreógrafo Ivaldo Bertazzo realizou uma dinâmica com todos os presentes. Para atividade, recebemos dois bastões de madeira, um com aproximadamente 60 cm e outro com 1,30m. Então, ele ensinou alguns movimentos que poderiam se realizar com o objeto, controlando a respiração ao mesmo tempo.

      Essas ações com os bastões ajudam na melhora da coordenação motora, no relaxamento e alinhamento da postura em diversas situações. O manuseio do objeto amplia no cérebro a percepção do corpo, sendo importante para atividades cotidianas.

      Apesar de serem movimentos simples, esse foi o primeiro passo dado aos participantes do espetáculo, que em muitos casos nunca haviam se permitido soltar o corpo ao som da música.

Texto adaptado de: https://www.psicologiasdobrasil.com.br/danca-envolve-corpo-e-mente-atividade-pode-ajudar-no-tratamento-de-de-pressao/ 

Julgue o item a seguir.


Em “No dia da audição para o projeto, eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que não me sentia dessa forma.”, o termo em destaque é um pronome relativo, pois retoma o seu antecedente “tempo”.

Alternativas
Comentários
  • A questão é sobre a palavra "que" e quer que julguemos se na frase a seguir ela é um pronome relativo: “No dia da audição para o projeto, eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que não me sentia dessa forma”. Vejamos:

     .

    Aqui a palavra "que" não é pronome relativo, mas, sim, partícula expletiva ou de realce.

     .

    Partícula expletiva ou de realce: é aquela que pode ser retirada da frase sem prejuízo algum para o sentido. Nesse caso, a palavra não irá exercer nenhuma função sintática.

    Ex.: O que QUE ela falou pra você? (O que ela falou pra você?)

     .

    Note que, nesse caso, o "que" pode ser retirado sem problema algum para a frase: "Fazia muito tempo não me sentia dessa forma" (na ordem direta fica melhor ainda para perceber: "não me sentia dessa forma fazia muito tempo"). O "que", na frase, foi usado apenas para dar ênfase ao substantivo "tempo".

     .

    Gabarito: Errado

  • Alguém pode explicar ?? é C. integrante ou P. expletiva ?

  • Assertiva E

    Em “No dia da audição para o projeto, eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que não me sentia dessa forma.”, o termo em destaque é um pronome relativo, pois retoma o seu antecedente “tempo”.

  • Faz muito tempo ISSO.

    O que atua como conjunção integrante, dando início à oração subordinada substantiva completiva nominal, pois completa o sentido da oração principal "FAZIA muito tempo"...

  • O QUE é conjunção integrante e inicia uma oraçao subordinada substantiva subjetiva.

    o verbo estará sempre na 3 pessoa do singular.

  • BIZU: Em regra, repito EM REGRA, troque o que por: o qual, a qual, os quais, as quais, se mantiver a ideia, trata-se de pronome relativo. Ademais, essa questão induz totalmente ao erro, ela joga uma situação que não se refere a um pronome relativo, mas da o conceito perfeito do que é um pronome relativo para você cair na pegadinha.

  • Nesta questão, o termo em destaque (que) é conjunção integrante e não pronome relativo.

    A palavra "que" pode ser:

    Conjunção integrante: introduz oração subordinada substantiva. É mero conectivo oracional. A oração pode ser trocada por "isso, nisso, disso". Ex.: Necessito de que me ajude. (= Necessito disso) Fazia muito tempo que não me sentia dessa forma. (= Fazia muito tempo isso)

    Pronome relativo: introduz oração subordinada adjetiva. Exerce função sintática de sujeito, obj. direto, obj. indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito ou aposto. A palavra pode ser trocada por "o qual, a qual, os quais, as quais". Ex.: O livro que li era péssimo. (que = o qual)

    Gabarito: Errado

  • Fazia muito tempo ISSO ✓ Conjunção integrante! ✍️

  • Troca por 'o qual', não ficou bom? suspeite de conjunção integrante, troque por 'isso', 'isso' fazia muito tempo. fez sentido? sujeito oracional. função do 'que'? conjunção integrante

  • Sobre a dúvida do amigo a respeito de "Partícula Expletiva" achei esse site de excelente explicação: 

    Uma partícula/expressão expletiva (ou de realce) tem o papel de realçar ou enfatizar um vocábulo ou um segmento da frase. Ela nunca exerce função sintática. Pode ser retirada da frase sem prejuízo sintático ou semântico.

    Exemplos:

    – O que QUE ela faz aqui? (O que ela faz aqui?)

    – Nós NOS ríamos ERA de nervoso. (Nós ríamos de nervoso.) 

    https://materiais.portuguescompestana.com.br/o-que-e-particulaexpressao-expletiva/

  • Não poderia ser conjunção integrante, mesmo porque, se fosse, teríamos oração subordinada subs subjetiva, ou seja, exercendo função de sujeito. E sabemos que o verbo fazer no sentido de tempo decorrido é impessoal, isto é, não tem sujeito.

    Trata-se de partícula expletiva, o que se torna evidente ao se substituir o verbo FAZER por HAVER (outro verbo impessoal, sinônimo de FAZER para esse caso). Veja:

    "Há muito tempo [que] não me sentia dessa forma."

  • Nesta questão, o termo em destaque (que) é conjunção integrante e não pronome relativo.

    A palavra "que" pode ser:

    Conjunção integrante: introduz oração subordinada substantiva. É mero conectivo oracional. A oração pode ser trocada por "isso, nisso, disso". Ex.: Necessito de que me ajude. (= Necessito disso) Fazia muito tempo que não me sentia dessa forma. (= Fazia muito tempo isso)

    Pronome relativo: introduz oração subordinada adjetiva. Exerce função sintática de sujeito, obj. direto, obj. indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito ou aposto. A palavra pode ser trocada por "o qual, a qual, os quais, as quais". Ex.: O livro que li era péssimo. (que = o qual)

    Gabarito: Errado

  • Nesta questão, o termo em destaque (que) é conjunção integrante e não pronome relativo.

  • Em “No dia da audição para o projeto, eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que não me sentia dessa forma.”, o termo em destaque é um pronome relativo, pois retoma o seu antecedente “tempo”.

    ACREDITO QUE SEJA PRONOME RELATIVO. No dia da audição para o projeto, eu saí daqui cheia de luz, fazia muito tempo que (O QUAL) não me sentia dessa forma. MAS ERRA EM AFIRMAR QUE O ANTECEDENTE SEJA TEMPO, E SIM, CHEIA DE LUZ.

  • Nessa questão, o "que" é uma conjunção integrante

    fazia muito tempo DISSO!!!

    ESSA CONJUNÇÃO INTRODUZ UMA ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA NOMINAL.

  • Errado.

    Conjunção integrante

  • GAB.: E

    Trata-se de conjunção integrante. Reescrevendo a frase na seguinte ordem " Isso fazia muito tempo"

  • QUE

    . PRONOME RELATIVO --> inicia uma oração subordinada ADJETIVA (explicativa ou restritiva)

    . CONJUNÇÃO INTEGRANTE --> inicia uma oração subordinada SUBSTANTIVA.

    Aqui, é conjunção integrante e não pronome relativo.