SóProvas


ID
3399820
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Araçatuba - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho do conto Uma forma de herança, de Cíntia Moscovich, para responder à questão.


    Aos domingos, o último ponto do passeio de carro era ali, na casa da rua Marquês de Abranches, e o pai se referia ao imóvel fazendo um obséquio exagerado: a Casa da Marquês.

    O pai costumava repetir que, quando tivesse dinheiro suficiente, iria construir: edifícios, lojas, garagens, armazéns, apartamentos, vagas de estacionamento. Como a demonstrar o valor de ser dono de um pedaço da superfície do globo, e mesmo que a gente já estivesse careca de saber, ele batia repetidas vezes o pé no chão e sentenciava:

    – Terra não se vende, terra só se compra.

    No solo que era nosso, ele construiria e, no futuro, a gente teria bens para alugar por um bom preço, imóveis que garantissem teto, sustento e tempo – e que a gente nunca dependesse de ninguém para o que fosse ou deixasse de ser.

    Embora a Casa da Marquês tivesse um belo telhado de duas águas e janelas com vidros hexagonais, seu valor se devia mesmo ao tamanho do terreno. No meio do terreno, o pai faria erguer um edifício baixo, mas “com bons apartamentos”: quartos amplos e amplas salas, com uma varanda que ele pudesse sentar quando viesse da fábrica e onde, no inverno, batesse o sol da tarde. Haveria várias vagas de garagem, e ele teria um boxe de estacionamento no qual fosse fácil manobrar.

    Formaríamos um condomínio em família, cada qual com sua propriedade – e, com isso, o pai queria dizer que morar em imóvel alugado, como ele e a mãe tiveram de fazer por muitos e muitos anos, era uma das piores coisas do universo.

    Para ele, não se ocupava tempo, paciência ou imóveis de terceiros.

(Essa coisa brilhante que é a chuva. Editora Record, 2012. Adaptado)

Considere os trechos do texto:


•  O pai costumava repetir que, quando tivesse dinheiro suficiente... (2° parágrafo)

•  Embora a Casa da Marquês tivesse um belo telhado de duas águas... (5° parágrafo)

•  ... o pai queria dizer que morar em imóvel alugado, como ele e a mãe tiveram de fazer por muitos e muitos anos... (6° parágrafo)


A fim de preservar o sentido original do texto, as expressões destacadas podem ser substituídas, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    ? O pai costumava repetir que, quando tivesse dinheiro suficiente... (2° parágrafo) ? temos uma conjunção subordinativa temporal (=expressa valor de tempo); equivale perfeitamente a "depois que".

    Embora a Casa da Marquês tivesse um belo telhado de duas águas... (5° parágrafo) ? temos uma conjunção subordinativa concessiva, corretamente substituída por "ainda que".

    ? ... o pai queria dizer que morar em imóvel alugado, como ele e a mãe tiveram de fazer por muitos e muitos anos... (6° parágrafo) ? temos uma conjunção subordinativa comparativa, compara algo, "tal qual" tem esse mesmo valor.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva D

    depois que; ainda que; tal qual

  • a não ser que = condição.

  • A temporais = quando , enquanto, assim que, agora que , todas as vezes que , ao mesmo tempo que, cada vez que , (depois que) , antes que , logo que, desde que

    B concessivas = embora ,se bem que ,mesmo que , apesar de que, conquanto, malgrado, posto que , nem que ,( ainda que/) quando

    C comparativas = tão como , qual como ,asim como , como se , (tal qual , ) tal e qual tanto como , tão como/quanto

  • Artur quando eu tivesse?

    Futuro subjuntivo Quando eu tiver

    Se eu tivesse preterito imperfeito subjuntivo.