"A construção do PIA junto com o adolescente implica conhecê-lo (sua história de vida, suas habilidades, seus interesses, suas dificuldades e a prática do ato infracional situada no contexto de sua biografia) e, sempre que possível, conhecer sua família ou seus responsáveis, no sentido de garantir a viabilidade do plano e os incentivos necessários ao adolescente, durante e após o cumprimento da medida de internação. O auxílio ofertado ao grupo de pertencimento do adolescente na construção de uma rede de apoio a ele é fundamental na construção e viabilidade do PIA. O bom Plano Individual de Atendimento se inscreve no presente (o que o adolescente fará ao longo do período de internação), mas não perde de vista o futuro do adolescente – o término do cumprimento da medida de privação de liberdade e o retorno produtivo à convivência coletiva –, finalidade última do programa de execução da medida socioeducativa."
Fonte: Referências técnicas para atuação de psicólogos no âmbito das medidas socioeducativas em unidades de internação, CFP 2010.