- ID
- 100126
- Banca
- FCC
- Órgão
- DPE-SP
- Ano
- 2010
- Provas
- Disciplina
- Psicologia
- Assuntos
A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de
A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de
Por estar inserido no Sistema de Garantia de Direitos, o SINASE deve servir, também, como
Analise as seguintes afirmativas concernentes à relação entre a família, as crianças e adolescentes e o discurso jurídico.
I. Na literatura especializada sobre o tema das disputas familiares, pode-se encontrar, frequentemente, a ênfase na importância dos casais conseguirem diferenciar conjugalidade e parentalidade no processo de separação conjugal para diminuir o risco de que as crianças e adolescentes envolvidos sofram demasiadamente.
II. Mesmo nos casos de violência doméstica contra a criança e o adolescente, é importante adotar as medidas de proteção que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 e alterações posteriores) e como recomenda a literatura especializada, pois a família não deixa de ser o melhor ambiente para o desenvolvimento infantojuvenil.
III. Sabe-se que fatores como a estruturação familiar e a condição socioeconômica estão entre os determinantes dos comportamentos dos adolescentes autores de ato infracional. Contudo, os psicanalistas que abordam esses adolescentes defendem que é necessária também, a implicação de cada sujeito no ato cometido e nas suas consequências para que uma mudança de posição subjetiva possa abrir a possibilidade da não reincidência.
A partir dessa análise, pode-se concluir que estão CORRETAS
O adolescente N., de 13 anos de idade, é apreendido após tentativa de roubo a uma padaria. Na entrevista com o psicólogo, N. conta que lhe dá prazer tirar as coisas das outras pessoas e que muitas vezes só consegue ficar feliz roubando ou quebrando coisas (orelhões, bancos de praça, pontos de ônibus, por exemplo). Esse comportamento é recorrente, e N. já foi apreendido 9 vezes nos últimos 6 meses. Relatórios anteriores, feitos por psicólogos e por psiquiatras, apontam corretamente para o diagnóstico de transtorno de
Considerando que a violência é um problema estrutural das
sociedades humanas, julgue os itens que se seguem.
Dados experimentais mostram que há correlação entre nível socioeconômico, gênero e violência na adolescência.
Considerando que a violência é um problema estrutural das
sociedades humanas, julgue os itens que se seguem.
Para se obter a mitigação da violência social, é suficiente que haja articulação das instituições de Estado para a formulação de políticas públicas de combate à violência e inclusão social.
Considerando que a violência é um problema estrutural das
sociedades humanas, julgue os itens que se seguem.
O poder dos pais sobre os filhos tem sido abordado como uma das causas da violência na infância e adolescência.
Paulo, com 12 anos de idade, foi abandonado pela mãe
quando nasceu e seu avô foi a única pessoa que conheceu como
família. Até os oito anos de idade, Paulo dizia querer tornar-se
bombeiro quando adulto. Quando seu avô foi assassinado, ele,
vendo-se sozinho, começou a roubar para sobreviver, a apresentar
comportamento violento e a desrespeitar as leis sociais. Acusado
de roubo e tráfico de drogas, foi recolhido a um abrigo para
menores infratores. O sonho de ser bombeiro foi, então,
abandonado.
Acerca dessa situação hipotética e considerando a concepção da
psicanálise relativa à criança e ao adolescente que cometem atos
infracionais, julgue os itens de 72 a 76.
Constitui justificativa equivocada a de que Paulo, ao cometer atos infracionais, para além das motivações objetivas, como a necessidade de renda, esteja em busca de um lugar para a construção da sua própria identidade.
Paulo, com 12 anos de idade, foi abandonado pela mãe
quando nasceu e seu avô foi a única pessoa que conheceu como
família. Até os oito anos de idade, Paulo dizia querer tornar-se
bombeiro quando adulto. Quando seu avô foi assassinado, ele,
vendo-se sozinho, começou a roubar para sobreviver, a apresentar
comportamento violento e a desrespeitar as leis sociais. Acusado
de roubo e tráfico de drogas, foi recolhido a um abrigo para
menores infratores. O sonho de ser bombeiro foi, então,
abandonado.
Acerca dessa situação hipotética e considerando a concepção da
psicanálise relativa à criança e ao adolescente que cometem atos
infracionais, julgue os itens de 72 a 76.
Os atos infracionais cometidos por Paulo, que sofreu frustrações muito precocemente, podem revelar as dificuldades ocorridas em sua inclusão no mundo, que depende da renúncia ao gozo narcísico e da aceitação das satisfações substitutivas que a civilização oferece.
Paulo, com 12 anos de idade, foi abandonado pela mãe
quando nasceu e seu avô foi a única pessoa que conheceu como
família. Até os oito anos de idade, Paulo dizia querer tornar-se
bombeiro quando adulto. Quando seu avô foi assassinado, ele,
vendo-se sozinho, começou a roubar para sobreviver, a apresentar
comportamento violento e a desrespeitar as leis sociais. Acusado
de roubo e tráfico de drogas, foi recolhido a um abrigo para
menores infratores. O sonho de ser bombeiro foi, então,
abandonado.
Acerca dessa situação hipotética e considerando a concepção da
psicanálise relativa à criança e ao adolescente que cometem atos
infracionais, julgue os itens de 72 a 76.
Os comportamentos antissociais de Paulo, que geram violência e atos de delinquência, são formas de descarga de energia, das quais ele lança mão diante da existência de satisfações substitutivas às moções pulsionais recalcadas.
Paulo, com 12 anos de idade, foi abandonado pela mãe
quando nasceu e seu avô foi a única pessoa que conheceu como
família. Até os oito anos de idade, Paulo dizia querer tornar-se
bombeiro quando adulto. Quando seu avô foi assassinado, ele,
vendo-se sozinho, começou a roubar para sobreviver, a apresentar
comportamento violento e a desrespeitar as leis sociais. Acusado
de roubo e tráfico de drogas, foi recolhido a um abrigo para
menores infratores. O sonho de ser bombeiro foi, então,
abandonado.
Acerca dessa situação hipotética e considerando a concepção da
psicanálise relativa à criança e ao adolescente que cometem atos
infracionais, julgue os itens de 72 a 76.
É correto afirmar que, na origem dos atos infracionais cometidos por Paulo, estão os conflitos familiares, que entravaram seu complexo de Édipo e impediram que ele se situasse no simbólico. Não se pode, portanto, falar de patologia do social nesse caso, que não garantiria a continuidade do processo civilizatório.
Paulo, com 12 anos de idade, foi abandonado pela mãe
quando nasceu e seu avô foi a única pessoa que conheceu como
família. Até os oito anos de idade, Paulo dizia querer tornar-se
bombeiro quando adulto. Quando seu avô foi assassinado, ele,
vendo-se sozinho, começou a roubar para sobreviver, a apresentar
comportamento violento e a desrespeitar as leis sociais. Acusado
de roubo e tráfico de drogas, foi recolhido a um abrigo para
menores infratores. O sonho de ser bombeiro foi, então,
abandonado.
Acerca dessa situação hipotética e considerando a concepção da
psicanálise relativa à criança e ao adolescente que cometem atos
infracionais, julgue os itens de 72 a 76.
Em decorrência de uma estrutura psíquica fragilizada associada à patologia social, Paulo não experimenta um atentado ao narcisismo diante das sanções sociais — diferentemente do que ocorre nos casos em que os filhos vivem a crença imaginária de ser o objeto exclusivo de amor dos pais—, o que provoca a falta de limite ou a ilusão de um narcisismo ilimitado, que, por sua vez, resulta em atos antissociais.
Com relação ao papel do psicólogo nas instituições educacionais
ou socioeducativas, sob o enfoque sócio-histórico, julgue os
próximos itens.
O psicólogo busca compreender a escola e auxiliar o processo de inclusão de seus funcionários, alunos e professores no processo de aprendizado e crescimento social.
Com relação ao papel do psicólogo nas instituições educacionais
ou socioeducativas, sob o enfoque sócio-histórico, julgue os
próximos itens.
Grandes instituições favorecem o desenvolvimento de características negativas nos jovens, enquanto instituições pequenas, com características familiares, minimizam a ideia de instituição e favorecem um clima de aprendizado e acolhimento mais saudável para o desenvolvimento socioafetivo.
Com relação ao papel do psicólogo nas instituições educacionais
ou socioeducativas, sob o enfoque sócio-histórico, julgue os
próximos itens.
Para o psicólogo, é mais importante trabalhar o comportamento do jovem que o levou à institucionalização do que buscar entender a influência da estrutura violenta da sociedade moderna ou a violência familiar vivenciada por esses jovens.
A internação em instituições sócio-educativas, para um adolescente em conflito com a lei, é a alternativa típica na sociedade moderna. Acerca dessa realidade, assinale a opção correta.
O atendimento psicoterápico de adolescentes internados em instituições sociais implica a exposição de aspectos subjetivos da vivência de cada um, que pode motivar a esquiva do jovem por medo ou desconfiança. Acerca desse tema, assinale a opção incorreta.
Delinquência
Delinquência-
-desobediência a leis, regulamentos ou padrões morais; delito, infração.
Psicopata é a designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida.
Esse tipo de comportamento agonista é relacionado com a ocorrência de delinquência, crime, falta de remorso e dominância, mas também é associado com competência social e liderança.
A psicopatia, descrita como um padrão de alta ocorrência de comportamentos violentos e manipulatórios, é frequentemente considerada uma expressão patológica da agressão instrumental, além da falta de remorso e de empatia.
Delinquência
--> desobediência a leis, regulamentos ou padrões morais; delito, infração.
Psicopata
--> é a designação atribuída a um indivíduo com um padrão comportamental e/ou traço de personalidade, caracterizada em parte por um comportamento antissocial, diminuição da capacidade de empatia/remorso e baixo controle comportamental ou, por outro, pela presença de uma atitude de dominância desmedida.
--> esse tipo de comportamento agonista é relacionado com a ocorrência de delinquência, crime, falta de remorso e dominância, mas também é associado com competência social e liderança.
--> a psicopatia, descrita como um padrão de alta ocorrência de comportamentos violentos e manipulatórios, é frequentemente considerada uma expressão patológica da agressão instrumental, além da falta de remorso e de empatia.
"Delinquência não é sinônimo de psicopatia e nem todo psicopata é um criminoso, pois a presença de atos antissociais transgressivos é, antes de mais nada, um critério externo, ou seja, social e legal."
Delinquência
Na violência juvenil, estão entre os fatores de risco individuais para cometer a violência não sexual:
impulsividade, maior comportamento de exposição a riscos, hiperatividade e inteligência reduzida.
Letra E
Nada mobiliza tanto a mídia e a sociedade como crimes cometidos por jovens infratores. Uma das propostas que vêm sendo apresentadas como alternativa aos paradigmas da justiça criminal atual chama-se Justiça Restaurativa. Nesse modelo, tem-se
A Justiça Restaurativa é gênero da espécie Justiça Consensuada, juntamente a:
-J.Reparatória;
-J.Negociada; e
-J.Colaborativa.
Letra C.
O jovem infrator deve reconhecer que errou e ter vontade de restaurar o dano cometido. Envolve pessoas que agem diretamente e indiretamente, a exemplo de pais, integrantes da escola ou comunidade.
No tocante à delinquência juvenil sabe-se que originalmente os psicólogos faziam parte do processo de reabilitação do jovem. Atualmente, existe uma grande variedade de papéis para o psicólogo forense, incluindo tratamento, avaliação da receptividade do tratamento, avaliações de capacidade, inimputabilidade e situação mental. Além desses papéis, os psicólogos forenses estão sendo cada vez mais utilizados
Segundo Huss (2011), os psicólogos forenses tipicamente se envolvem em três atividades principais: avaliação, tratamento e consultoria. Um psicólogo forense pode avaliar a psicopatia em um indivíduo que poderia ser libertado da prisão como parte de uma avaliação de risco para determinar o seu potencial para violência futura (Huss, 2011).
Além desses papéis, os psicólogos forenses estão sendo cada vez mais utilizados
a) na avaliação de risco ou ameaça de violência.
Fonte: Huss, M. T. (2011). O que é Psicologia Forense? Uma introdução. Em Psicologia Forense (Cap. 1, pp. 21-40). Porto Alegre: Artmed.
Art. 79." São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente" (BRASIL, 2002)
.
São medidas socioeducativas aquelas que são aplicadas
As medidas socioeducativas, na perspectiva do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), fazem parte de um sistema de justiça especial aplicado aos adolescentes com prática do ato infracional e contemplam em sua finalidade dois aspectos fundamentais: a defesa social e a intervenção educativa (SOUZA;LIRA, 2008). Ou seja, as medidas socioeducativas se caracterizam pelo aspecto coercitivo (determinado pelo Poder Judiciário) e pelo aspecto educacional.
RESPOSTA: "E"
Medidas socioeducativas são medidas aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais e estão previstas no art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Apesar de configurarem resposta à prática de um delito, apresentam um caráter predominantemente educativo e não punitivo.
Quem recebe? Pessoas na faixa etária entre 12 e 18 anos, podendo-se, excepcionalmente, estender sua aplicação a jovens com até 21 anos incompletos, conforme previsto no art. 2º do ECA.
Quem aplica? O Juiz da Infância e da Juventude é o competente para proferir sentenças socioeducativas, após análise da capacidade do adolescente de cumprir a medida, das circunstâncias do fato e da gravidade da infração.
http://www.tjdft.jus.br/cidadaos/infancia-e-juventude/informacoes/medidas-socioeducativas-1
Funaseanos não podem errar essa, hein?! heheheheheeh
Estudos demonstram que os programas de intervenção para infratores juvenis graves podem reduzir os índices de reincidência, sendo que as intervenções mais eficazes, em relação as que usam uma única abordagem, são as
A Secretaria Estadual de Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Gestora do Sistema Socioeducativo deverão desenvolver um conjunto de procedimentos necessários para garantir o atendimento integral aos adolescentes em confiito com a lei, em regime de internação e internação provisória, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
(BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria Nº 647, de 11 de novembro de 2008.)
A alternativa que não representa uma ação de promoção e de proteção de saúde é:
O Plano Individual de Atendimento (PIA) é um instrumento que norteia as ações a serem realizadas para viabilizar a proteção integral, a reinserção familiar e comunitária e a autonomia de crianças, adolescentes afastados dos cuidados parentais e sob proteção de serviços de acolhimento. É uma estratégia de planejamento que, a partir do estudo aprofundado de cada caso, compreende a singularidade dos sujeitos e organiza as ações e atividades a serem desenvolvidas com a criança/adolescente e sua família durante o período de acolhimento.
A equipe técnica do serviço de acolhimento é responsável pela coordenação da elaboração do PIA. Ela considera e inclui as informações dos cuidadores/educadores do serviço de acolhimento e integra a criança, o adolescente e sua família em sua construção. Para além da família, também considera outras pessoas de referencia, da rede de apoio e da comunidade onde viviam. Na elaboração do PIA, a equipe do serviço de acolhimento deve sempre trabalhar em parceria com as equipes da rede socioassistencial e do sistema de justiça.
É importante salientar que o PIA prevê a participação da criança ou adolescente e da sua família em sua elaboração.
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/consulta_publica/MODELO_PIA_MDSA.pdf
-------------------
Gabarito: C
Em relação à incidência do uso de drogas na adolescência, podemos considerar que:
Resposta letra B
(a) os adolescentes estão particularmente confrontados com a questão da identidade, do corpo e da sexuação e a droga serve de anteparo face aos impasses do mal-estar do desejo e da angústia.
(b) O despertar da sexualidade na adolescência produz atração e temor diante do real de um gozo desconhecido que se manifesta à revelia do sujeito e que gera culpa pelas fantasias incestuosas que suscita.
(c) A adolescência é a última etapa da vida sexual infantil. É o momento onde a pulsão sexual se coloca a serviço da função reprodutiva, colocando o ato sexual à disposição do sujeito. Contudo, longe de tornar a relação sexual possível, suscita fantasias que o afastam dela, revelando aí um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que a maturação biológica torna possível a realização do ato sexual, faz com que o sujeito desperte para o impossível dessa relação. (Freud, 1905)
(d) Esse mal-estar decorrente da impossibilidade da relação entre os sexos é estruturante e isso aparece de uma maneira dramática para o adolescente. (Lacan, 1965. p. 131-133) Drama esse, que se manifesta através dos atos contestatórios e agressivos, que os levam a se refugiar nas drogas como forma de evitar o laço com o Outro ou como uma solução para a angústia, que é sempre de castração.
(e )Em “O Mal-estar na civilização”, Freud (1930), afirma que o recurso à droga torna-se um “amortecedor de preocupações”, que permite ao sujeito “livrar-se da pressão da realidade e encontrar refúgio num mundo para si próprio, que ofereça à sensibilidade melhores condições” (1930, p. 96-97).
Durante a internação provisória, a criança ou adolescente é atendido por uma equipe multiprofissional. A contribuição do psicólogo durante esse período é:
Gente, é sério que este gabarito está correto? Vejamos:
"Considerar que a atuação do psicólogo, independentemente de sua filiação teórica e do uso de técnicas específicas, se situa no contexto da intervenção institucional – portanto, não se restringe à elaboração de relatórios e pareceres técnicos e busca, por meio de sua atuação na dinâmica institucional, garantir o direito à dignidade, considerando as peculiaridades da adolescência e da privação de liberdade."
Fonte: https://crpsc.org.br/ckfinder/userfiles/files/10_%20Doc_Ref_MSE_UI.pdf
O plano individual de atendimento (PIA), elaborado pela equipe técnica responsável pelo programa de atendimento, levará em consideração a opinão da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais. Do plano individual deve fazer parte:
I- O atestado psicológico
II- O compromisso assumido pelos pais ou responsável
III- A previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou com o adolescente
Em relação aos documentos listados acima, a alternativa que indica o(s) documento(s) corretamente integrante(s) do PIA é:
Segundo o MDS (2017), "para que se possam planejar as intervenções necessárias a cada caso, é importante que, anteriormente ao planejamento das ações, conste do PIA uma avaliação técnica interprofissional criteriosa, que tenha apurado a realidade e as necessidades especificas da criança, adolescente e sua respectiva família. Tal diagnóstico inclui as questões referentes aos motivos que levaram ao acolhimento e os aspectos relevantes da história de vida da criança/adolescente e de sua família, contemplando, dentre outros, os seguintes aspectos:
Motivos que levaram ao acolhimento e se a criança/adolescente já esteve acolhido anteriormente;
Configuração e dinâmica familiar, relacionamento afetivo na família nuclear e extensa, período do ciclo de vida familiar, dificuldades e potencialidades da família no exercício de seu papel;
Condições socioeconômicas, acesso a recursos, informações e serviços das diversas políticas públicas;
Demanda específica da criança/adolescente e de sua família que requeiram encaminhamentos imediatos para a rede (sofrimento psíquico, abuso ou dependência de álcool e outras drogas, necessidade de capacitação profissional, etc.), bem como potencialidades que possam ser estimuladas e desenvolvidas;
Rede de relacionamento social e vínculos institucionais da criança/adolescente e da família, composta por pessoas com quem a criança/adolescente tem laços afetivos ou de confiança (colegas, grupos de pertencimento, atividades coletivas que frequenta na comunidade, escola, instituições religiosas, etc.);
Violência e outras formas de violação de direitos na família, seus significados e possível repetição a cada geração;
Significado do afastamento do convívio familiar e do serviço de acolhimento para a criança/adolescente e a família;
Resultados da avaliação interdisciplinar da equipe do serviço;
Compromissos assumidos pelos pais ou responsáveis;
Previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança/adolescente e sua família, com vistas à reintegração familiar, sempre que possível; e
Previsão das providências necessárias para colocação da criança/adolescente em família substituta se houver impedimento para reintegração familiar expresso e fundamentado pela autoridade judiciária." (p. 11-12)
Fonte: https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/assistencia_social/consulta_publica/MODELO_PIA_MDSA.pdf
-------------------
Gabarito: C
Leia os itens abaixo sobre a liberdade assistida:
I- Será fixada pelo prazo mínimo de seis meses.
II- A medida pode ser prorrogada a qualquer tempo.
III- A medida não poderá ser substituída por outra.
A alternativa que apresenta a indicação certa é:
Seção V
Da Liberdade Assistida
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida
mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual
poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo
a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida,
ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade
competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação
e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e
assistência social;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente,
promovendo, inclusive, sua matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção
no mercado de trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
ECA - Seção V:
Da Liberdade Assistida
Art. 118 A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses (I), podendo a qualquer tempo ser prorrogada (II), revogada ou substituída por outra medida (III), ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
-------------------
Gabarito: C
Na atualidade, as instituições totais recebem críticas no tocante ao abrigamento de adolescentes em conflito com a lei, pois
Marin (1999) ao estudar o lugar do outro nas relações institucionais no âmbito da FEBEM discute o desenvolvimento psicossocial da criança. Em seu texto, a autora adota, principalmente, o conceito de
e- identidade
De acordo com a Lei n.º 12.594, de 18 de janeiro de 2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), as medidas socioeducativas têm como um de seus objetivos a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio
§ 2º, do art. 1º, da lei do Sinase: "Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), as quais têm por objetivos:
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento."
Resposta: letra "B".
PIA:
Lei 12.594 - SINASE
Art. 54. Constarão do plano individual, no mínimo:
I - os resultados da avaliação interdisciplinar;
II - os objetivos declarados pelo adolescente;
III - a previsão de suas atividades de integração social e/ou capacitação profissional;
IV - atividades de integração e apoio à família;
V - formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; e
VI - as medidas específicas de atenção à sua saúde.
Letra B
Art. 1o ,
§ 2o, II - a integração social do
adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do
cumprimento de seu plano individual de atendimento;
LEI Nº 12.594/2012
Art. 1º – ...
§ 2º Entendem-se por medidas socioeducativas ... as quais têm por objetivos:
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e regulamenta a execução das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional.
§ 1º Entende-se por Sinase o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios que envolvem a execução de medidas socioeducativas, incluindo-se nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os planos, políticas e programas específicos de atendimento a adolescente em conflito com a lei.
§ 2º Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no as quais têm por objetivos:
I - a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação;
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento; e
III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei.
§ 2º Entendem-se por medidas socioeducativas as quais têm por objetivos: ( RE D I )
- a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação
II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento; e
III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei.
A Lei n.º 12.594, de 18 de janeiro de 2012, institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Este documento legal regulamenta, na Seção II do Capítulo IV, os programas de atendimento em meio aberto. De acordo com essa Lei, compete à direção do programa, entre outras atribuições,
Muito boa esta questão, pois todas as assertivas fazem parte dalei, deste modo, confundindo o candidato:
A)Capitulo II (DAS COMPETÊNCIAS), Art. 3º (Compete a União),
V - contribuir para a qualificação e ação em rede dos Sistemasde Atendimento Socioeducativo;
B) CapituloII (DAS COMPETÊNCIAS), Art. 5º (Compete aos Municípios),
III - criar e manter programas de atendimento para a execuçãodas medidas socioeducativas em meio aberto;
C) CapituloII (DAS COMPETÊNCIAS), Art.3º(Compete a União),
III - prestar assistênciatécnica e suplementaçãofinanceira aos Estados, aoDistrito Federal e aosMunicípios para o desenvolvimento de seus sistemas;
D)Capítulo IV - (DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTO) - Seção I, Disposições Gerais:Art. 11 - Além da especificação do regime, são requisitos obrigatórios para ainscrição de programa de atendimento:
III -regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual deveráconstar, no mínimo:
a) detalhamento das atribuições e responsabilidades dodirigente, de seus prepostos dos membros da equipe técnica e dos demaiseducadores;
E) CapítuloIV - (DOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTO) - Seção II. Dos Programas de Meio Aberto.Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade oude liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso acaso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;
Seção II - Dos Programas de Meio Aberto, art 13, I)
Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade ou de liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida
Gabarito - E
Corrigindo a colega Briza:
Alternativa C) está no art. 4o e não no 3o...é competência do ESTADO.
Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade ou de liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;
II - receber o adolescente e seus pais ou responsável e orientá-los sobre a finalidade da medida e a organização e funcionamento do programa;
III - encaminhar o adolescente para o orientador credenciado;
IV - supervisionar o desenvolvimento da medida; e
V - avaliar, com o orientador, a evolução do cumprimento da medida e, se necessário, propor à autoridade judiciária sua substituição, suspensão ou extinção.
ário...Vamos analisar cada afirmativa:
a) contribuir para a qualificação e
ação em rede dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo.
Análise: ERRADO! Capítulo II – Das
competências da União, art. 3º, V
b) criar e manter programas de
atendimento para a execução das medidas socioeducativas em meio aberto.
Análise: ERRADO! Capítulo II – Das
competências dos municípios, art. 5º, III
c) prestar assessoria técnica e
suplementação financeira aos Municípios para a oferta regular de programas de
meio aberto.
Análise: ERRADO! Capítulo II – Das
competências dos estados, art. 4º, VI
d) o detalhamento das atribuições e
responsabilidades do dirigente, de seus prepostos, dos membros da equipe
técnica e dos demais educadores.
Análise: ERRADO! Capítulo IV – Dos
programas de atendimento, art. 11, III, a
e) selecionar e credenciar
orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o
cumprimento da medida.
Análise: CORRETO! Capitulo IV – Dos
programas de meio aberto, art. 13, I
SINASE
Seção II
Dos Programas de Meio Aberto
Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade ou de liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;
SINASE
Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade ou de liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;
II - receber o adolescente e seus pais ou responsável e orientá-los sobre a finalidade da medida e a organização e funcionamento do programa;
III - encaminhar o adolescente para o orientador credenciado;
IV - supervisionar o desenvolvimento da medida; e
V - avaliar, com o orientador, a evolução do cumprimento da medida e, se necessário, propor à autoridade judiciária sua substituição, suspensão ou extinção.
Parágrafo único. O rol de orientadores credenciados deverá ser comunicado, semestralmente, à autoridade judiciária e ao Ministério Público.
Seção II
Dos Programas de Meio Aberto
Art. 13. Compete à direção do programa de prestação de serviços à comunidade ou de liberdade assistida:
I - selecionar e credenciar orientadores, designando-os, caso a caso, para acompanhar e avaliar o cumprimento da medida;
De acordo com o § 2.º, do Capítulo I da Lei n.º 12.594, de 18 de janeiro de 2012, um dos objetivos da medida socioeducativa é a desaprovação da conduta infracional. Segundo essa premissa, quando um jovem comete um ato infracional, ele deve ser
Mesmo assim, creio que esta questão daria para ser respondida:
Conforme o Cap. I - DISPOSIÇÕES GERAIS;
Art. 1º - Esta Lei institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e regulamenta a execução das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional:
Parágrafo 2º - Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (ECA), as quais têm por objetivos:
I - a responsabilidade do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando sua reparação - D) orientado a reparar o dano que cometeu.
O que acham? Na minha opinião incentivando sua reparação é sinônimo de orientado a reparar o dano que cometeu. é claro que nem todos os danos são reparáveis, sempre quando couber e for conveniente esta medida, é para isso que existem outros objetivos elencados abaixo deste dispositivo legal.
Em relação a outras medidas provisionais descritas na Seção XV, o Art. 888 do Código de Processo Civil determina que o juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura, o depósito de menores ou incapazes
"
Código de Processo Civil
Seção XV De Outras Medidas Provisionais
Art. 888.
O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura:
(...)
V - o depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais, tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei ou à moral; "
Costa (2012) afirma a importância do relatório psicossocial, não apenas para auxiliar o juiz, mas também porque deve devolver a humanidade aos sujeitos dependentes das decisões judiciais. Dessa forma, a Justiça se constituirá na criação de condições para
De acordo com Costa (2011): "a Justiça se constitui no contexto que vai criar as condições para que o adolescente recupere sua perspectiva de um ser em formação"
Referência:COSTA, L.F.; PENSO M.A; SUDBRACK, M.F.O; JACOBINA, O.M.P Adolescente em conflito com a lei: o relatório psicossocial como ferramenta para promoção do desenvolvimento. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v16n3/v16n3a05.pdf, acessado em 24.10.2016.
RESPOSTA: LETRA D
Segundo Costa et al (2011), "esse documento deve resgatar o sentido de que está sendo construída uma nova oportunidade para este sujeito ter seus direitos restabelecidos e de que sua passagem pelo judiciário pode ser o momento desse resgate. Nesse ponto, a Justiça se constitui no contexto que vai criar as condições para que o adolescente recupere sua perspectiva de um ser em formação" (p. 386).
-------------------
Gabarito: D
Segundo Costa (2012), o relatório psicossocial acerca do jovem que cometeu ato infracional deve servir a dois senhores, sendo peça de subsídio ao juiz e enriquecendo o modus operandi do judiciário. Isso ocorrerá à medida que
" O relatório precisa ser construído com uma formatação que sirva de peça de subsídio e informações ao juiz, mas deve também enriquecer o modus operandi do judiciário, trazendo a este contexto a realidade social desse sujeito, ampliando a compreensão sobre ele a partir do paradigma de sua inserção no meio social e contemplando as questões éticas implícitas no processo."
FONTE: COSTA, Liana Fortunato et al . Adolescente em conflito com a lei: o relatório psicossocial como ferramenta para promoção do desenvolvimento. Psicol. estud., Maringá , v. 16, n. 3, p. 379-387, Sept. 2011 . Available from
Segundo Costa et al (2011), "o relatório precisa ser construído com uma formatação que sirva de peça de subsídio e informações ao juiz, mas deve também enriquecer o modus operandi do judiciário, trazendo a este contexto a realidade social desse sujeito, ampliando a compreensão sobre ele a partir do paradigma de sua inserção no meio social e contemplando as questões éticas implícitas no processo" (p. 385).
-------------------
Gabarito: D
letra E
Qual o tempo máximo de internação para crianças e adolescentes garantido pelo ECA, não podendo ser extrapolado, mesmo quando a justificativa seja a presença de transtorno mental ou uso de álcool e outras drogas, e nem mesmo pela gravidade do ato infracional?
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
Esta questão esta errada pois criança não sofre internação apenas medida de proteção.
Acertei por exclusão, mas o enunciado tem um erro grave, pois criança não pode ser internada.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 121 – ...
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a 3 anos.
A questão é passível de anulação. Isso porque em se tratando de crianças, não são aplicadas medidas socioeducativas, dentre as quais está incluída a internação, mas apenas medidas protetivas. Portanto, apenas adolescentes podem ficar privados de liberdade e, nesse caso, por prazo não superior a 3 anos.
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
Criança internada? Erro gravíssimo do enunciado. Às crianças serão aplicadas apenas medidas protetivas. Medidas Socioeducativas somente para adolescentes (que no caso da internação não pode passar de 3 anos).
Nas ações voltadas para a promoção da saúde e prevenção de violências, uma das dimensões mais importantes do cuidado é o acolhimento. Também pode ser entendido como o momento singular, como um passo dado para a continuidade desse atendimento nas dimensões seguintes. Nessa etapa, é especialmente importante que:
Letra: B
"O acolhimento é uma das dimensões mais importantes do cuidado e, por ser o primeiro contato, deve ser feito por profissional do serviço capacitado para isso. Também pode ser entendido como o momento singular que antecede o atendimento e, ao mesmo tempo, um passo dado para a continuidade desse atendimento nas dimensões seguintes. Nesta etapa é especialmente importante que:
* o profissional valorize os diferentes espaços de convívio nos serviços de saúde;
* a estrutura física ofereça o mínimo de conforto na recepção de crianças, adolescentes e suas famílias;
* as atividades (lúdicas, informativas e educativas) sejam desenvolvidas no momento de espera do atendimento, adequadas a cada situação;
* haja o envolvimento da equipe e do público em atividades comuns, estimulando a rotina participativa;
* sejam elaborados e divulgados murais e cartazes que convidem à reflexão". (p. 59)
Fonte: Manual: Metodologia para o Cuidado de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência.
Ministério da Saúde, 2011.
A questão, ao que tudo indica, parece ter sido embasada na cartilha “Metodologias para o cuidado de crianças, adolescentes e famílias em situação de violências”, lançada pelo Ministério da Saúde, em 2011, com o intuito de orientar a prática dos profissionais de saúde nos diversos pontos de atenção desenvolvidos na rede de saúde, além de contribuir com o planejamento das ações de capacitação para a implementação da Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências, também lançada pelo Ministério da Saúde, em 2010.
Segundo a cartilha:
“O acolhimento é uma das dimensões mais importantes do cuidado e, por ser o primeiro contato, deve ser feito por profissional do serviço capacitado para isso. Também pode ser entendido como o momento singular que antecede o atendimento e, ao mesmo tempo, um passo dado para a continuidade desse atendimento nas dimensões seguintes. Nesta etapa é especialmente importante que:
• o profissional valorize os diferentes espaços de convívio nos serviços de saúde;
• a estrutura física ofereça o mínimo de conforto na recepção de crianças, adolescentes e suas famílias;
• as atividades (lúdicas, informativas e educativas) sejam desenvolvidas no momento de espera do atendimento, adequadas a cada situação;
• haja o envolvimento da equipe e do público em atividades comuns, estimulando a rotina participativa;
• sejam elaborados e divulgados murais e cartazes que convidem à reflexão.
São momentos preciosos que podem ser dinamizados com diversos fins, buscando sempre privilegiar a participação de todos para um maior conhecimento das demandas da comunidade, para fornecer informações sobre serviços, para avaliação de alguma ação e sensibilização quanto a algum tema.”
A cartilha pode ser acessada na íntegra em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/metodologias_cuidado_crianca_situacao_violencia.pdf
GABARITO: B
Considere a seguinte afirmação: Constata-se que 12,7% dos adolescentes em conflito com a Lei vieram de famílias que não possuíam nenhuma renda mensal – o que configura miséria. E também que 66% originam-se de famílias com renda mensal de até dois salários mínimos (Lamora, 2008). Analisando esse dado, a partir da função socializante da família e segundo o caráter multifatorial do ato infracional cometido pelo adolescente, analise as afirmações abaixo:
I. A condição de miserabilidade financeira é o fator determinante do conflito do adolescente com a Lei, assim, para toda família em condição de miséria, ou de baixa renda, temos o adolescente que efetiva um ato infracional, do mais simples ao mais complexo (dano ao patrimônio/homicídio).
II. A condição financeira não determina o conflito do adolescente com a Lei. Essa é uma visão restritiva e limitada de caráter econômico, a qual obscurece a verdadeira causa, ou seja, a fragilidade ou inexistência dos vínculos afetivos, especialmente pais/filhos, no âmbito do convívio familiar.
III. Considerando o amplo papel socializante da família, e a necessidade do arranjo nuclear para tal, enquanto aquele socialmente eficaz, diz-se que tanto a condição de pobreza da família como os vínculos afetivos entre seus membros são fatores determinantes do ato infracional adolescente. Um e outro são os fatores causais do conflito do adolescente com a Lei
Está INCORRETO o que se afirma em
Considero que a alternativa E é a correta pois todas estão incorretas: a altera a por afirmar que a miserabilidade é o fator determinante, a alternativa b por dizer que a verdadeira causa (como se existisse apenas uma ) é a fragilidade dos vínculos, culpabilizando as famílias e a alternativa c está incorreta pois considera a família aquela composta apenas por um arranjo nuclear sendo esta aquela que é capaz de produzir uma normalidade.
Como que um percentual de 12% é determinante? Achei essa questão totalmente falha e concordo com a colega (Ju Murad).
Não entendi por quê a afirmativa I) estaria correta. "condição de miserabilidade financeira é O FATOR determinante do conflito do adolescente com a Lei". Que visão mais simplista e determinista essa!? Baseada em que argumentos se pode afirmar isso? Nessa estatística de pouco mais 12% citada no enunciado?
Ao meu também ver as três estão incorretas. Gabarito letra e).
Se por um lado a afirmativa II) até esclarece porque a I) está falsa, por outro exagera afirmando que há uma "verdadeira causa", esqucendo-se de que não se deve restringir esses problemas a uma só causa "verdadadeira".
A questão está pedindo as que estão incorretas, muita atenção!
De acordo com os próprios dados apontados na questão, nem a pobreza nem o romprimeito de vínculos afetivos pode ser considerado, por si só, determinantes da prática do ato infracional. O ato infracional é complexo e multideterminado e não deve ser reduzido a afirmações simplistas que servem apenas para reforçar preconceitos e estigmas.
-------------------
Gabarito: E
Entre as medidas sócio-educativas, possíveis de serem aplicadas a João, especialmente se tiver cometido um ato violento e homicida, é a internação, a qual é privativa de liberdade. Em relação ao período de duração de sua aplicação, é CORRETO afirmar que compreenderá
LEI Nº 8.069/1990
Art. 121 – a internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento
§ 3º em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: D
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
§ 7 A determinação judicial mencionada no § 1 poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
Ainda considerando a suposta internação de João, assinale a alternativa CORRETA.
Letra: A
Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
(...)
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
Obs.:
- Porém, o juiz poderá restringir as visitas.
ECA:
Art. 124 São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
VII – receber visitas, ao menos semanalmente;
XIII – ter acesso aos meios de comunicação social;
§1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
§2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se existirem motivos sérios efundados de sua prejudicialidade aos interesses do adolescente
-------------------
Gabarito: A
Considerando a perspectiva teórico-filosófica que orienta a elaboração e aplicação das medidas socioeducativas presentes no ECA, assinale a alternativa INCORRETA sobre essas medidas.
O ato infracional do adolescente, enquanto ato violento, pode associar-se ao processo de exclusão, ou seja, ser uma consequência dela. Assim, sobre a exclusão, é INCORRETO afirmar que
Considere a seguinte definição conceitual: Refere-se às ações ou atividades realizadas por indivíduos que aumentam a probabilidade de consequências adversas para seu desenvolvimento ou funcionamento psicológico ou social ou, ainda, que favorecem o desencadeamento ou agravamento de doenças ou complicações externas (Hulltz, 2010). Esse conceito, utilizado para explicar o conflito do adolescente com a lei, denomina-se, teoricamente, de comportamento
Numa pesquisa, obteve-se o seguinte resultado: Mais da metade (60,2%) dos adolescentes em conflito com a lei não frequentava a escola, sendo que 43,2% alegaram ter saído por desinteresse, ou seja, as aulas e professores eram chatos e recebiam pouco estímulo para estudar. Para esse grupo, observou-se uma forte correlação com o uso de drogas e infrações relacionadas a atos de violência física. Segundo tais dados e considerando a compreensão da psicologia sobre o papel da escolarização para o desenvolvimento, assinale a alternativa INCORRETA.
Apesar de alguns adolescentes estarem submetidos a uma condição de grande vulnerabilidade, não realizam atos infratores, ou seja, conseguem ser resilientes, e, assim, evitar o conflito com a lei, embora tenham uma condição de sofrimento. Sobre isso, analise os itens abaixo:
I. Fatores individuais: genética, idade, fase do desenvolvimento, sexo, experiência de vida e histórico de vida.
II. Fatores contextuais: suporte social, classe social, cultura e ambiente.
III. Fatores relacionados à quantidade e qualidade do evento de vida: desejabilidade, magnitude, duração no tempo e efeitos de longo prazo.
Assinale a alternativa que identifica os fatores CORRETAMENTE relacionados à resiliência.
Sobre as obrigações das entidades que desenvolvem programas de internação, tal qual previstas no ECA, assinale a alternativa INCORRETA.
Sobre as obrigações das entidades ...
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintesobrigações, entre outras:
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes;
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição nadecisão de internação;
...
c
não limitar direitos, a não ser aqueles que tenham sido objeto de restrição na aplicação da medida.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 94 – As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
II – não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na decisão de internação
XVIII – manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de egressos (a)
XII – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças (b)
V – diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação dos vínculos familiares (d)
X – propiciar escolarização e profissionalização (e)
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: C
Sobre as medidas aplicáveis a entidades governamentais de atendimento à criança e ao adolescente que descumpram as obrigações previstas no ECA, particularmente para as entidades que desenvolvem programas de internação, assinale a alternativa INCORRETA.
essa eu marquei consciente... kkkkkk
Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendimento que descumprirem obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos:
I - às entidades governamentais:
a) advertência;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
d) fechamento de unidade ou interdição de programa.
II - às entidades não-governamentais:
a) advertência;
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas;
c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
d) cassação do registro.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 97 – São medidas aplicáveis às entidades de atendimento que descumprirem obrigação constante do art. 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos:
I – às entidades governamentais:
a) advertência; (e)
b) afastamento provisório de seus dirigentes; (a)
c) afastamento definitivo de seus dirigentes; (b)
d) fechamento de unidade ou interdição de programa; (c)
A cassação do registro é aplicável apenas às entidades não governamentais.
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: D
"Trata-se de estratégia que busca reverter a tendência crescente de internação dos adolescentes bem como confrontar a sua eficácia invertida, uma vez que se tem constatado que a elevação do rigor das medidas não tem melhorado substancialmente a inclusão social dos egressos do sistema socioeducativo" (SINASE). O trecho acima refere-se a:
A posição que o Conselho Federal de Psicologia defende acerca da proposta de redução da maioridade penal no Brasil é fundamentada por 10 razões, entre as quais encontra-se:
Com relação à psicoterapia individual e à clínica infantil e do adolescente, julgue os itens subsequentes.
As entrevistas diagnósticas são empregadas para diagnósticos psiquiátricos e nosográficos, fundamentais no acompanhamento de adolescentes vítimas de violência ou com dificuldades de aprendizagem.
Psicólogo não faz diagnóstico PSIQUIÁTRICO
Questão Errada
Relacionando a legislação vigente e as práticas de socioeducação, numere a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.
1. Advertência. ( ) Delito culposo.
2. Prevalência do conteúdo educativo sobre os sancionários e ( ) Princípios legislativos básicos de
aplicação das medidas socioeducativas.
meramente de contenção.
3. Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento ( ) Tarefa para os programas de abrigo.
oficial de ensino.
4. Imprudência, negligência e imperícia.  ( ) Medida socioeducativa.
5. Preservação dos vínculos familiares. ( ) Medidas de proteção.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.
1. Advertência. ( 4) Delito culposo.
2. Prevalência do conteúdo educativo sobre os sancionários e ( 2) Princípios legislativos básicos de
aplicação das medidas socioeducativas.
meramente de contenção.
3. Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento (5 ) Tarefa para os programas de abrigo.
oficial de ensino.
4. Imprudência, negligência e imperícia. ( 1) Medida socioeducativa.
5. Preservação dos vínculos familiares. (3 ) Medidas de proteção.
Letra A. Questão chata.
(4) Delito culposo (Imprudência, negligência e imperícia);
(2) Princípios legislativos básicos de aplicação das medidas socioeducativas (Prevalência do conteúdo educativo sobre os sancionários e meramente de contenção);
(5) Tarefa para os programas de abrigo (Preservação dos vínculos familiares);
(1) Medida socioeducativa (Advertência);
(3) Medidas de proteção (Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino)
-------------------
Gabarito: A
Relacione as medidas socioeducacionais às suas características, numerando a coluna da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.
1. Tem caráter eminentemente pedagógico e socializante. ( ) Diretrizes básicas do ECA.
2. Tem caráter punitivo. ( ) Sanção educativa.
3. Impedimento por meio da presença de estrutura física. ( ) Contenção externa.
4. Processo de transição entre internação e o meio aberto.   ( ) Semiliberdade.
5. Proteção integral dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. ( ) Pena de sanção.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta na coluna da direita, de cima para baixo.
1. Tem caráter eminentemente pedagógico e socializante. (5 ) Diretrizes básicas do ECA.
2. Tem caráter punitivo. (1 ) Sanção educativa.
3. Impedimento por meio da presença de estrutura física. (3 ) Contenção externa.
4. Processo de transição entre internação e o meio aberto. (4 ) Semiliberdade.
5. Proteção integral dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. (2) Pena de sanção.
(5) Diretrizes básicas do ECA (proteção integral dos direitos fundamentais da criança e do adolescente);
(1) Sanção educativa (tem caráter eminentemente pedagógico e socializante);
(3) Contenção externa (impedimento por meio da presença de estrutura física);
(4) Semiliberdade (processo de transição entre internação e o meio aberto);
(2) Pena de sanção (tem caráter punitivo);
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
Segundo Volpi (2001), a problemática dos adolescentes em conflito com a lei deve evitar visões extremistas. Assinale a alternativa que expressa uma posição não extremista:
Segundo Volpi (2001), temos de nos desviar de concepções extremistas, em que o adolescente ou é visto como vítima, produto do meio e, portanto, sem responsabilidade por seus atos; ou como aquele que tem excluída qualquer responsabilidade do ambiente, o que impõe ao jovem a responsabilidade exclusiva e definitiva.
a) responsabilidade apenas do sistema e do Estado
b) responsabildiade apenas do adolescente
d) responsabilidade apenas do adolescente
-------------------
Gabarito: C
Considere as seguintes variáveis intervenientes na execução de medidas socioeducativas de semiliberdade:
1. Privação da liberdade.
2. Dependência química.
3. Aspectos familiares.
4. Políticas públicas.
São variáveis que se destacam com o objetivo de identificar intervenções adequadas:
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no que se refere à medida de internação, é INCORRETO afirmar que
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
A questão apresenta o artigo 121 em sua totalidade, neste caso, é permitida a execução de tarefas externas mesmo em regime de internação, a não ser que o juiz não permita.
portanto, a letra B está incorreta, sendo a resposta.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Capítulo IV
Das Medidas Sócio-Educativas
Seção VII
Da Internação
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 121 – ...
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário;
a) fundamento no Art. 121, §§ 3º e 4º;
c) fundamento no Art. 121, §2º;
d) fundamento no Art. 121, §5º;
e) fundamento no Art. 121, §6º;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
Considerando os direitos do adolescente privado de liberdade, como estabelecidos no ECA, assinale a alternativa INCORRETA.
Em nenhum caso haverá incomunicabilidade
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
expresso em lei que em nenhum caso haverá incomunicabilidade art 124 § 1º
LEI Nº 8.069/1990
Art. 124 – São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
IV – ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada (a)
XII – realizar atividades culturais, esportivas e de lazer (b)
XI – receber escolarização e profissionalização (c)
XIII – ter acesso aos meios de comunicação social (d)
XIV – receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje (e)
§1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade (d)
-------------------
Gabarito: D
Com relação à Liberdade Assistida, prevista pelo Estatuto da Criança e Adolescente, assinale a afirmativa correta.
Letra D - A inserção escolar é dificultada pela relação com os professores que não são preparados para lidar com a problemática desses adolescentes.
"A avaliação dos técnicos que trabalham nesses programas é sempre muito positiva" há uma ambiguidade implicita:
avaliação dos técnicos é sempre muito positiva - de técnicos?
avaliação dos técnicos é sempre muito positiva - de adolescentes?
Qual a referência?
Então não é segundo o ECA.
Valdezia, onde a questão pede segundo o ECA? Mais atenção ao interpretar! A questão afirma que a liberdade assistida esta prevista no ECA, o que é verdade, mais especificamente no Art. 118. Em momento algum a questão pede que se responda de acordo com o ECA, mas que se responda acerca da medida de liberdade assistida e dá uma informação extra de que esta medida está prevista na referida Lei.
A referência para esta questão está no artigo: "O professor e o aluno em liberdade assistida: um estudo exploratório"
Segundo Martins et al (2005),
"Levando-se em consideração o objetivo desse trabalho, os resultados obtidos demonstram que os professores apresentam-se despreparados, de alguma forma, pela falta de orientação direcionada para o trabalho com Liberdade Assistida, sendo que todos apontaram a falta de conhecimento sobre o assunto como um aspecto negativo em seu trabalho." (p. 124)
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
Da Liberdade Assistida
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
§ 1º A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por entidade ou programa de atendimento.
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
Gab D
A inserção escolar é dificultada pela relação com os professores que não são preparados para lidar com a problemática desses adolescentes.
Em equipes interdisciplinares de atendimento a famílias de crianças infratoras, o psicólogo deve
Resolução CFP nº 010/2010, inciso III:
8. O psicólogo, na Escuta de Crianças e Adolescentes, atuará em equipe multiprofissional preservando sua especificidade e limite de intervenção, sem subordinação técnica a profissionais de outras áreas.
-------------------
Gabarito: B
No caso de transgressão à lei por criança ou adolescente,
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
A questão fala sobre ato infracional, o quê pode parecer estranho, quando aplicado a uma criança, contudo a questão está correta.Para o entendimento da questão é necessário fazer uma compilação dos artigos 105 e 101 do ECA.O art 105 diz que em caso de ato infracional cometido por criança as medidas adotadas são as medidas protetivas(art 98) elencadas no art 101.O entendimento é que crianças são inimputáveis, no sentido de prestar medidas socioeducativas por ato infracional(ato de criança ou adolescente definido nas leis como crime ou contravenção penal), pois a legislação entende que no caso de qualquer ato infração cometida por criança quem deve responder (ser responsabilizado) são os pais(encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade) ou as outras formas de orientção da criança para seguir o seu desenvolvimento normal.
Gabarito D
Na alternativa E quem faz a apuração é o MP.
.
Art. 98 As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III – em razão de sua conduta (no caso de transgressão à lei/ato infracional)
Art. 136 São atribuições do Conselho Tutelar:
I – atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII
-------------------
Gabarito: D
Pode-se dizer que a matéria jurídica relacionada à apuração do ato infracional e à imposição de medida socioeducativa é um sistema
de responsabilidade diferenciado daquele dos adultos e de administração do delito na adolescência.
No caso de ato infracional de adolescente, a privação da liberdade
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
§ 7o A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
ECA:
Art. 121 A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
-------------------
Gabarito: B
Considerando os objetivos gerais das medidas socioeducativas, tem-se observado maior eficiência de
É conhecido que, antes da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda sob a égide do último Código de Menores, os laudos psicológicos eram atravessados pela busca de patologias individuais que justificassem as medidas a serem aplicadas. Atualmente, entretanto, as intervenções psicológicas buscam se pautar na garantia dos direitos das crianças e adolescentes, tal como preconizado pelo ECA e pela própria Constituição vigente.
Com base nesses argumentos, as intervenções psicológicas que se buscam construir eticamente em Varas de Infância e Juventude nesse momento são:
De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), assinale a opção correta.
Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)
(...)
Seção V
Da Liberdade Assistida
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
Deus nos abençoe!
a) A medida socioeducativa de advertência consiste em um documento por escrito, lido para o adolescente em audiência e assinado posteriormente.
Obs: Acredito q o erro nessa assertiva está em dizer que a advertência consiste em um ''documento por escrito'' .
Art. 115 A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada.
b (✦) O orientador do adolescente em liberdade assistida deve controlar sua frequência à escola e seus resultados escolares.
Obs: supervisionar a freqüência ( controlar sua frequência )
aproveitamento escolar do adolescente ( seus resultados escolares )
Art. 119. II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
c) O prazo mínimo para o regime de liberdade assistida é de 1 ano.
Obs: Art. 118. $ 2° A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de 6 meses.
d) O prazo máximo para o regime de semiliberdade é de 2 anos
Obs: Art.120 $2° A medida não comporta prazo determinado, aplicando-se no que couber, as disposições relativas a internação.
e) As medidas socioeducativas não incluem a preocupação com a profissionalização do adolescente.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Capítulo IV
Das Medidas Sócio-Educativas
Seção V
Da Liberdade Assistida
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
LEI Nº 8.069/1990
Art. 119 – Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:
II – supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
a) a advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada (Art. 115);
c) a liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de 6 meses,Art. 118, §2º);
d) a medida não comporta prazo determinado, aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à internação (Art. 120, §2º), que determina que em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a 3 anos (Art. 121, §3º),
e) são obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade (Art. 120, §1º);
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
A delinquência juvenil é um sério problema que acontece frequentemente nos dias atuais. Acerca desse tema, assinale a opção correta.
Contextualizando...
A adolescência consiste no período do desenvolvimento humano de transição entre a infância e a vida adulta. Caracteriza-se por um processo de maturidade crescente, que envolve uma série de transformações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. É um período em que o jovem perde a confiança completa que possuia durante a infância, nos pais, quando estes eram os principais modelos a serem seguidos e, portanto, os seus grandes heróis. Passando agora para autoconfiança no manejo da vida, a partir de suas próprias ideias de experiencias sobre o mundo.
É nessa fase que tem início a puberdade com visíveis alterações físicas como o estirão do crescimento, o luto pela perda do corpo infantil e perda da identidade e papeis infantis, pelos pais da infância. Diante de tantas transformações e percepções, o jovem, parte para a construção de sua identidade, através da busca de valores e de objetos pessoais mais permanentes. Nesse sentido, aumenta-se a necessidades de vivências e atitudes de tendência grupais, a necessidade de fantasiar e intelectualizar, uma vez que o seu desenvolvimento cognitivo já permite criar hipóteses. Observa-se uma capacidade de senso crítico e, por isso, podem ocorrer crises religiosas, atitudes sociais revindicatórias e condutas contraditórias.
https://oficinadepsicologia.com/adolescencia-uma-fase-de-mudanca/
Gabarito: B.
“Há vinte e dois anos, com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esses ‘menores’ que encontramos nas ruas receberam um novo tratamento jurídico: passaram a ser legalmente reconhecidos como crianças (...) e adolescentes (...)” (GARCIA, Joana. Menores e crianças – o velho e atual debate. In CEDECA, Recolhimento e Internação Compulsória. Rio de Janeiro: CEDECA, 2013).
A Resolução nº 20 de 27/05/2011 implementou, na cidade do Rio de Janeiro, o recolhimento e a internação compulsória de crianças e adolescentes que supostamente façam uso de drogas, principalmente crack. De acordo com o entendimento público do CEDECA (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente), essa política se caracteriza como:
ana, com um pensamento simplista desse, fica difícil entender conceitos mais complexos, que podem ser objeto de avaliação nas provas que você prestar! (;
Internação é uma medida socioeducativa e não uma medida protetiva.
Apesar de citar o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Resolução SMAS Nº 20 de 27/05/2011, foi somente em cartilha lançada pelo próprio CEDECA em 2013, intitulada “Internação e Recolhimento Compulsório: Uma política violadora dos direitos humanos” que encontrei a referência para tal questão.
Segundo a publicação, há um grave retrocesso em conquistas importantes no âmbito da reforma em saúde mental antimanicomial e da luta pelos direitos humanos de crianças e adolescentes no marco da proteção integral preconizada pelo ECA, principalmente no que se refere ao enfrentamento à histórica institucionalização da infância e adolescência pobres. O recolhimento compulsório de crianças e adolescentes pobres das ruas do Rio de Janeiro não é nenhuma novidade na história da cidade. Zonas turísticas e consideradas nobres são alvo de ações que visam manter as ruas livres desses personagens em situação de rua há muito tempo. Presenças que tanto desagradam o olhar daqueles que querem ver e “melhor circular” num modelo de cidade “limpa”, “saudável”, “funcional”. Todo ano, é possível observar a intensificação dessas operações no período imediatamente anterior às comemorações de Ano Novo e Carnaval – para mencionar o mais óbvio. Mas a preocupação em retirar essa população das ruas e das vistas dos transeuntes é especialmente maior em momentos que antecedem grandes eventos que mobilizam interesses do empresariado e de governantes. Assim foi nos meses que precederam acontecimentos como a ECO 92, os Jogos PanAmericanos de 2007, os Jogos Militares de 2011, a Rio+20 em 2012 – e assim tem sido na época atual, tempos de preparação para a Copa das Confederações de 2013, Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Assistimos hoje a um reordenamento higienista da cidade segundo a lógica da “ordem pública”. Desta forma, o recolhimento e a internação compulsória devem ser situados numa articulação com várias outras medidas, como remoções de dezenas de favelas e instalação de Unidades de Polícia Pacificadora.
A publicação pode ser acessada em: https://cedecarj.files.wordpress.com/2017/08/recolhimento-e-internaccca7acc83o-compulsocc81ria-uma-policc81tica-violadora-de-direitos-humanos1.pdf
GABARITO: C
uma continuidade histórica das políticas de internação de crianças e adolescentes em situação de rua, respaldada por argumentos que enfatizam a segurança pública;
Gab C
uma continuidade histórica das políticas de internação de crianças e adolescentes em situação de rua, respaldada por argumentos que enfatizam a segurança pública;
Entre as medidas socioeducativas dispostas na Lei nº 8.069/90 (ECA), a internação só pode ser aplicada na hipótese de não haver outra medida adequada, devendo estar sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Nesse contexto, a medida de internação só poderá ser aplicada quando se tratar de ato infracional:
letra do ECA
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 122 – ...
I – tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II – por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III – por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
a) danos apenas à pessoa;
b) danos apenas à pessoa;
c) apenas grave ameaça ou violência à pessoa;
d) reiteração de infrações graves;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: E
Verifica-se hoje um clamor de grande parte da sociedade brasileira pela redução da maioridade penal, sendo o tema alvo de diversas propostas em tramitação no Congresso Nacional. Os argumentos contra a redução da maioridade penal defendem que:
https://18razoes.wordpress.com/quem-somos/
Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa.
A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Adolescentes são pessoas em desenvolvimento e devem ser protegidos
•Temos que atacar as causas da violência e não o indivíduo
•Os adolescentes são responsabilizados por seus atos
•O estado deve zelar pela proteção e a promoção de direitos
•Deve-se cuidar da reinserção do infrator na sociedade
•A redução da idade penal não reduz a criminalidade
•Estatísticas não correspondem ao“clamor social”
•A reversão de comportamento depende de ações educativas,profissionais e do envolvimento familiar
•O dever da família,estado e sociedade
Outros aspectos estruturais, como a responsabilidade do Estado brasileiro no fracasso da garantia dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes, devem ser considerados como entrave ao desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Já que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) propõe responsabilização do adolescente que tenha cometido ato infracional com aplicação de medidas socioeducativas, o CPF aponta leitura equivocada do ECA, que leva à confusão entre “inimputabilidade” e “impunidade”.
Fonte: https://site.cfp.org.br/cfp-e-contrario-reducao-da-maioridade-penal/
Ainda, conheça as 10 razões da Psicologia contra a redução da maioridade penal:
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2017/09/manifesto-contrario-a-pec-33-2012-2.pdf
-------------------
Gabarito: B
Tendo em vista o conceito de clínica ampliada como uma clínica da subjetividade em contextos mais abrangentes que busca ampliar as possibilidades de si, a fim de heterogeneizar as formas dominantes com as quais os sujeitos se veem ou são vistos, pode-se afirmar sobre a atuação do psicológico nas instituições prisionais e socioeducativas, que:
o objeto de trabalho é a produção de subjetividade em qualquer contexto, seja ele individual, grupal, institucional ou comunitário
Letra: D
Segundo Formiga (2008), uma das características que explicam as condutas antissociais e delitivas entre os jovens é a necessidade latente de viver experiências complexas e de novidades apenas pelo desejo de afrontar riscos físicos e sociais, com o objetivo de satisfazer necessidades pessoais, que é chamada, na literatura:
Busca de Sensação
Letra: B
A busca de sensações também foi revelada como sendo um construto relacionado às condutas antissociais e delitivas, existindo uma correlação positiva entre os dois. Quanto maior a pontuação na busca de sensação de intensidade e novidade, maior a frequência de condutas socialmente desviantes. Os jovens que pretendem viver experiências que envolvem riscos tendem a ter uma maior probabilidade de apresentar essas condutas antissociais e delitivas (Formiga, Aguiar & Omar, 2008; Formiga, Cavalcanti, Araújo, Lima & Santana, 2007).
Segundo Formiga (2009), os jovens encontram-se em um estado de busca de sensações e novidade tornando-se mais propensos a transgredir normas sociais, daí a correlação direta existente entre a busca de sensações e as condutas antissociais e delitivas. De acordo com Luengo, Otero-López, Romero, Gómez-Fraguela, Tavares-Filho (1999) essas condutas podem ser resultado de uma forte necessidade de vivenciar sensações. Então, quando o jovem não encontra meios aceitáveis para satisfazer essa necessidade, acabam por satisfazê-la de uma forma inaceitável, podendo resultar em alguma conduta antissocial e delitiva.
http://www.psicopedagogia.com.br/new1_artigo.asp?entrID=1515#.VwWrrZwrLIX
De acordo com Formiga (2008),
"O construto busca de sensação teve seu estudo iniciado por Zuckerman (1971) e Zuckerman, Eysenck e Eysenck (1978), que a definia como uma necessidade de viver experiências complexas e de novidades apenas pelo desejo de afrontar riscos físicos e sociais, com o objetivo de satisfazer necessidades pessoais. Esse construto não é tido apenas como necessidade individual de experimentar situações de risco em termos da proposta por Zuckerman (1971), mas estaria inserido na socialização, que vem sendo avaliada enfaticamente, nos últimos anos, como condição sine quo non da construção da realidade social" (p. 673).
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: B
O principal objetivo do relatório psicossocial que é enviado ao juiz sobre adolescentes em conflito coma lei é:
Resolução CFP nº 008/2010:
Art. 7º - Em seu relatório, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à sua investigação que possam diretamente subsidiar o Juiz na solicitação realizada, reconhecendo os limites legais de sua atuação profissional, sem adentrar nas decisões, que são exclusivas às atribuições dos magistrados.
Segundo Costa et al (2011) "Este relatório é elaborado para oferecer ao magistrado um maior conhecimento sobre estes sujeitos, subsidiar suas decisões com informações mais qualificadas e, possivelmente, servir como peça de intervenção. O documento é solicitado pelo juiz após a decretação de uma medida socioducativa, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (1990), e tramita na Vara de Infância. Os estudos são realizados por profissionais psicossociais (psicólogos, assistentes sociais, pedagogos integrantes do Judiciário), os quais oferecem suporte para aprofundar o conhecimento sobre o sujeito e sua realidade sociocomunitária e familiar" (p. 380).
-------------------
Gabarito: D
São consideradas medidas socioeducativas aplicáveis à criança e ao adolescente:
Essa questão merecia recurso, pois medidas socioeducativas sao aplicáveis somente aos adolescentes.
ADVERTÊNCIA (ART. 115 DO ECA)
O que é: uma repreensão judicial, com o objetivo de sensibilizar e esclarecer o adolescente sobre as consequências de uma reincidência infracional.
Responsável pela execução: Juiz da Infância e da Juventude ou servidor com delegação para tal.
OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO (ART. 116 DO ECA)
O que é: ressarcimento por parte do adolescente do dano ou prejuízo econômico causado à vítima.
Responsável pela execução: Juiz da Infância e da Juventude ou equipe interprofissional da Vara, por delegação.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE (ART. 117 DO ECA)
O que é: realização de tarefas gratuitas e de interesse comunitário por parte do adolescente em conflito com a lei, durante período máximo de seis meses e oito horas semanais.
Responsável pela execução: Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal, por meio do trabalho desenvolvido nas Unidades de Atendimento em Meio Aberto (UAMAs), com apoio das instituições parceiras.
LIBERDADE ASSISTIDA (ARTS. 118 E 119 DO ECA)
O que é: acompanhamento, auxílio e orientação do adolescente em conflito com a lei por equipes multidisciplinares, por período mínimo de seis meses, objetivando oferecer atendimento nas diversas áreas de políticas públicas, como saúde, educação, cultura, esporte, lazer e profissionalização, com vistas à sua promoção social e de sua família, bem como inserção no mercado de trabalho.
Responsável pela execução: Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal, por meio do trabalho desenvolvido nas Unidades de Atendimento em Meio Aberto (UAMAs).
SEMILIBERDADE (ART. 120 DO ECA)
O que é: vinculação do adolescente a unidades especializadas, com restrição da sua liberdade, possibilitada a realização de atividades externas, sendo obrigatórias a escolarização e a profissionalização. O jovem poderá permanecer com a família aos finais de semana, desde que autorizado pela coordenação da Unidade de Semiliberdade.
Responsável pela execução: Secretaria de Estado da Criança do Distrito Federal, por meio do atendimento realizado pelas Unidades de Atendimento em Semiliberdade.
INTERNAÇÃO (ARTS. 121 A 125 DO ECA)
O que é: medida socioeducativa privativa da liberdade, adotada pela autoridade judiciária quando o ato infracional praticado pelo adolescente se enquadrar nas situações previstas no art. 122, incisos I, II e III, do ECA. A internação está sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. A internação pode ocorrer em caráter provisório ou estrito.
A questão merecia ter sido anulada, medidas socioeducativas são apenas aplicáveis a adolescentes. À criança aplicam-se as medidas de proteção.
Medidas socioeducativas são aplicáveis apenas aos adolescentes, de modo que a questão deveria ter sido anulada. Mas supondo que a questão pedisse as medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes, temos:
Art. 112 Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar o dano;
III – prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semiliberdade;
VI – internação em estabelecimento educacional;
VII – qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
-------------------
Gabarito: B
Para construção do Plano Individual de Atendimento (PIA) é realizado um estudo de caso em que são sistematizadas principalmente as informações referentes:
A elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA) se inicia na acolhida do adolescente no programa de atendimento e é elaborado:
PIA
O objetivo é o de garantir a compreensão de cada adolescente enquanto pessoa, revestido de uma singularidade particular, que tem um plano construído com ele e para ele. Todas as esferas envolvidas no atendimento ao adolescente (judicial, administrativa, pedagógica, de saúde, segurança, família e comunidade) devem respeitar sempre a idéia de que cada um desses jovens é único, tal como será o desenvolvimento de seu processo socioeducativo. O Plano Individual de Atendimento , além de ser apropriado a cada um, deve ser personalizado. O PIA é definido como o plano de trabalho que dá instrumentalidade para o desenvolvimento pessoal e social do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa, respeitando a visão global e plena do ser humano e da educação.
http://www.degase.rj.gov.br/documentos/PIA_Orientacoes_Manual.pdf
GAB.C✔
ART.101 § 5 O plano individual será elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu (Ecl. 3:1-17)
É longa a tradição assistencial-repressiva no âmbito do atendimento à criança e ao adolescente, principalmente para aqueles em conflito com a lei. Dentre os desafios que se colocam para a mudança prática desse modelo, destaca-se:
a divulgação da realidade e incentivo à discussão com toda sociedade a fim de internalizar amplamente os princípios e práticas compatíveis coma doutrina da proteção integral.
ISSO É UM DESAFIO PARA A MUDANÇA DA VISÃO ASSISTENCIAL-REPRESSIVA????
QUESTÃO ESQUIZOFRÊNICA
Thaís, o próprio documento sobre o SINASE traz a palavra desafios. Acredito que tenha sido utilizado o termo como aquilo que precisa ser alcançado. Segundo o documento do CONANDA (2006):
"A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou desafios para o programa de reinserção do adolescente em conflito com a lei, que devem ser agregados na análise situacional do atendimento socioeducativo, bem como para a política de atendimento socioeducativa. Entre eles, destacam-se:
a divulgação da realidade e incentivo à discussão com toda sociedade a fim de internalizar amplamente os princípios e práticas compatíveis com a doutrina da proteção integral";
-------------------
Gabarito: A
O atendimento socioeducativo compreende 3 fases, a fase inicial de atendimento, a fase intermediária e a fase conclusiva.A fase intermediária é o período:
No caso das entidades e/ou programas de execução de medidas socioeducativas de internação, a organização do espaço físico deverá prever e possibilitar a mudança de fases do atendimento do adolescente mediante a mudança de ambientes (de espaços) de acordo com as metas estabelecidas e conquistadas no plano individual de atendimento (PIA), favorecendo maior concretude em relação aos seus avanços e/ou retrocessos do processo socioeducativo. Sendo assim, são três as fases do atendimento socioeducativo: a) fase inicial de atendimento: período de acolhimento, de reconhecimento e de elaboração por parte do adolescente do processo de convivência individual e grupal, tendo como base as metas estabelecidas no PIA; b) fase intermediária: período de compartilhamento em que o adolescente apresenta avanços relacionados nas metas consensuadas no PIA; e c) fase conclusiva: período em que o adolescente apresenta clareza e conscientização das metas conquistadas em seu processo socioeducativo. Independentemente da fase socioeducativa em que o adolescente se encontra, há necessidade de se ter espaço físico reservado para aqueles que se encontram ameaçados em sua integridade física e psicológica, denominada no SINASE de convivência protetora.
http://www.funac.ma.gov.br/files/2012/08/SINASE.pdf?x56848
D
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, o psicólogo , na execução das medidas socioeducativas de internação, semiliberdade e em regime de internação provisória, deve nortear sua atuação, conforme princípios e diretrizes, entre os quais destaca-se que o psicólogo:
As medidas socioeducativas aplicadas ao jovem infrator variamde acordo com:
Foi publicada no jornal O Globo, em 03/02/2015, a notícia de que, a cada hora, no Rio de Janeiro, uma criança ou um adolescente é levado ao Ministério Público ou ao Departamento Geral de Ações Socioeducativas após cometer algum tipo de delito no estado. O número de jovens apreendidos em 2014 foi o triplo de 2010.
Sobre as raízes desse problema, foi indicado que pontos importantes do Art. 88 do ECA (Lei nº 8069/90), que prevê diretrizes da política de atendimento, não foram até hoje levados a termo.
Sobre essas diretrizes, analise as afirmativas a seguir.
I. A criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis.
II. Integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional.
III. Integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista à sua rápida reintegração à família de origem.
Assinale:
art 70 II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e com as entidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
ART 88 II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e
do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis,
assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas,
segundo leis federal, estaduais e municipais;
VI - integração operacional de órgãos do
Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e
encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência
social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de
adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou
institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem
ou, se tal solução se mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28
desta Lei; (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de
2009)
São diretrizes da política de atendimento: Integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial ao adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional. O NAI é um trabalho em rede e como tal constitui-se num espaço para todos os parceiros que direta ou indiretamente devem atuar nas questões relativas ao Ato Infracional do adolescente, ou que podem colaborar para a acolhida, o acompanhamento e direcionamento dos que são conduzidos ao Núcleo.
O artigo 88, inciso V, do ECA não obriga, mas coloca como desejável que os vários parceiros que integram o NAI atuem em um mesmo local. Esta aproximação física, para além daquela ideológica e de princípios, se constitui como um elemento importante para a consecução de um dos relevantes objetivos do NAI que é imprimir agilidade aos seus procedimentos. Outras vantagens desta forma de atuação é o fato de se conseguir olhar para a pessoa do adolescente e não apenas para o ato infracional que ele praticou. O adolescente passa a ser o centro da atenção das várias áreas que de forma simultânea e efetiva poderão dar conta de atendê-lo, juntamente com sua família, em suas necessidades e direitos fundamentais.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 88 – ...
II – criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; (I)
V – integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; (II)
VI – integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei; (III)
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: E
Gab E
I. A criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis.
II. Integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional.
III. Integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execução das políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista à sua rápida reintegração à família de origem.
Creio que o "exclusivamente" trate apenas da denúncia, sem a busca da veracidade dela.
Letra A
QUESTÃO E - CORRETA.
Art. 35. A execução das medidas socioeducativas reger-se-á pelos seguintes princípios:
QUESTÃO A - IV - proporcionalidade em relação à ofensa cometida;
QUESTÃO B - VI - individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias pessoais do adolescente;
QUESTÃO C - I - legalidade, não podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do que o conferido ao adulto;
QUESTÃO D - VII - mínima intervenção, restrita ao necessário para a realização dos objetivos da medida;
QUESTÃO E - III - prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que possível, atendam às necessidades das vítimas;
Recurso minemônico: LEPPIBI MÍNIMO NÃO DISCRIMINA e FORTALECE.
DA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 35. A execução das medidas socioeducativas reger-se-á pelos seguintes princípios:
I - legalidade, não podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do que o conferido ao adulto;
II - excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas, favorecendo-se meios de autocomposição de conflitos;
III - prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que possível, atendam às necessidades das vítimas;
IV - proporcionalidade em relação à ofensa cometida;
V - brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em especial o respeito ao que dispõe o
VI - individualização, considerando-se a idade, capacidades e circunstâncias pessoais do adolescente;
VII - mínima intervenção, restrita ao necessário para a realização dos objetivos da medida;
VIII - não discriminação do adolescente, notadamente em razão de etnia, gênero, nacionalidade, classe social, orientação religiosa, política ou sexual, ou associação ou pertencimento a qualquer minoria ou status ; e
IX - fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários no processo socioeducativo.
Alguém poderia me explicar pq a letra B está incorreta?
Verdade, tb fiquei na dúvida. Acho que ele não avalia o cotidiano, as avaliações são destinadas aos adolescentes em si.
garantir o devido processo legal em relação à apuração do ato infracional ?????????????
Alguém explica???
(A) O psicólogo nas instituições em que atua não deve manter-se neutro; (B) O psicólogo sozinho não organiza, planeja e implementa e avalia o cotidiano da instituição! Existem outras autoridades, diretores, enfim, o psicólogo pode participar dessas etapas, mas não realiza-las sozinho. (C) Outra atribuição que não pode ser exclusiva do psicólogo (não esquecer que é uma instituição que tem outros profissionais); (D) O psicólogo não é subalterno à outros profissionais da instituição. (E) O trabalho do psicologo contribui para o devido processo legal sim. Correto!
Leia, com atenção, as seguintes assertivas:
I. A construção da noção de "periculosidade" associada
ao comportamento dos jovens serve como legitimação
do tratamento violento, a eles dirigido, pelos agentes
do Estado.
II. É necessária a atuação psiquiátrica/psicológica para
tratar dos problemas e conflitos que setores da
juventude vêm trazendo para o campo social.
III. É necessário desnaturalizar quaisquer noções totalizantes sobre a adolescência que se pretenda permanente e universal.
IV. Devemos, numa perspectiva discursiva, questionar a
visão instituída por um pensamento psicológico
desenvolvimentista que estabelece características
inerentes para cada uma das etapas da vida.
Pode-se afirmar que:
Tudo bem, mas "jovens infratores" é um termo extremamente pesado, carregado de diversos estereótipos. Seria mais adequado o termo Jovens em conflito com a lei. Tal como reafirmado no SINASE.
Pretensiosa a questão. Como se somente esse tipo de abordagem funcionasse.
art 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 103 – Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal;
a) são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos (Art. 104);
b) deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato (Art. 104, § único);
c) crianças cometem ato infracional, mas a elas não são aplicadas medidas socioeducativas, e sim protetivas (Art. 105);
e) nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade (Art. 2º, § único);
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
-------------------
Gabarito: D
Muito obrigada, seu comentário foi o único que me fez entender.
Gab D
considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal;
a)Jonas será privado de sua liberdade unicamente por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente;
ERRADO. Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
b)a apreensão de Jonas e o local onde ele poderá ser recolhido serão comunicados à autoridade judiciária competente e à sua família, num prazo de quarenta e oito horas;
ERRADO. Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada.
c)caso seja determinada a internação de Jonas antes da sentença, ela deve ter o prazo máximo de quinze dias;
ERRADO. Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias.
d)entre as garantias asseguradas ao Jonas, está a igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
CORRETO.
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente;
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III - defesa técnica por advogado;
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento
e)comparecendo qualquer dos pais ou responsável, Jonas será liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante da Defensoria Pública ou Conselho Tutelar.
ERRADO. Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.
LEI Nº 8.069/1990
Art. 111 – ...
II – igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
a) são duas hipóteses: ordem da autoridade judiciária e o flagrante (Art. 106);
b) incontinenti comunicados (imediatamente) (Art. 107);
c) prazo máximo de 45 dias (Art. 108);
e) sua apresentação ao representante do MP (Art. 174);
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: D
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as seguintes garantias:
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente;
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
III - defesa técnica por advogado;
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na forma da lei;
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente;
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento.
Gab D
entre as garantias asseguradas ao Jonas, está a igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua defesa;
Está correto o que se afirma em:
I- Correta: somente serão aplicadas medidas socioeducativas aos adolescentes.Art180 ECA
II- a concepção menorista, que vigorou no Brasil durante a vigência dos Códigos de Menores de 1927 e 1979, representou apenas a coisificação da infância sob a mira do controle repressivo estatal para todos aqueles meninos e meninas compreendidos na “situação irregular”. Este período na história jurídica da infância no país foi responsável pela reprodução das mais variadas violências. Os velhos modelos doutrinários baseados em concepções obsoletas não dispunham de uma proteção efetiva à infância brasileira, ao contrário, foram responsáveis por culpabilizar e punir principalmente à família e as crianças e adolescentes empobrecidos. (Fonte:http://www.boletimjuridico.com.br/m/texto.asp?id=2236)
III-É possível demonstrar que, embora o principal objetivo da Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 – que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – tivesse sido o de romper com a concepção tradicional do “menor”, para inaugurar o paradigma do sujeito de direitos, a sociedade atual ainda não conseguiu alcançar seu potencial transformador.(Fonte:http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=fec16d1d594dae3d)
Letra E
Gab E
I- Correta: somente serão aplicadas medidas socioeducativas aos adolescentes.Art180 ECA
II- a concepção menorista, que vigorou no Brasil durante a vigência dos Códigos de Menores de 1927 e 1979, representou apenas a coisificação da infância sob a mira do controle repressivo estatal para todos aqueles meninos e meninas compreendidos na “situação irregular”.
III-É possível demonstrar que, embora o principal objetivo da Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990 – que instituiu o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – tivesse sido o de romper com a concepção tradicional do “menor”, para inaugurar o paradigma do sujeito de direitos, a sociedade atual ainda não conseguiu alcançar seu potencial transformador.(Fonte:http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=fec16d1d594dae3d)
O antigo Código de Menores regeu a situação de crianças e adolescentes no Brasil do ano de 1980 a 1990. ... A intenção da doutrina da situação irregular era retirar a criança e adolescente da situação em que se encontrava (carência ou delinquência), restringindo seus direitos, uma vez que a retirava de sua família.
https://pedrosalgueiro.jusbrasil.com.br
Letra "a"
Seção VII
Da Internação
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
Alguém me responde pq a B está errada?
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
(A) § 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
(B) § 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
(C) § 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
§ 7 A determinação judicial mencionada no § 1 poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
Art. 124.
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
QUal erro da letra D ?
Gab A
será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário;
Comportamentos agressivos de cunho predominantemente físico tendem a aumentar com o passar do tempo, enquanto comportamentos delinquentes e de violação de regras tendem a diminuir à medida que os adolescentes ficam mais velhos.
Achei que essa questão tem um cunho extremamente preconceituoso pois considera a alternativa "c" correta: crianças que vivem em piores condições socioeconômicas apresentam maiores taxas de problemas de conduta em relação às crianças que vivem em ambiente sem vulnerabilidade social. De tal forma que liga a pobreza a problemas de conduta.
Juliana G, infelizmente, segundo várias pesquisas, a vulnerabilidade social é sim um fator de risco
Segundo Coie et al (2008) "à medida que as crianças vão desenvolvendo suas capacidades de regulação das suas emoções, os comportamentos agressivos tendem a diminuir, embora possam não desaparecer" (p. 3)
-------------------
Gabarito: A
e)
A elaboração de pareceres psicológicos é prevista apenas em relação aos adolescentes infratores que já se encontram no cumprimento de medidas socioeducativas.
As diretrizes propostas para a atuação do psicólogo pautam-se nos seguintes aspectos:
• Ter a disponibilidade para o trabalho em equipe multiprofissional e, portanto, dominar as habilidades pertinentes à interlocução com outras especialidades do conhecimento e das áreas profissionais; (d)
• Considerar que a atuação do psicólogo, independentemente de sua filiação teórica e do uso de técnicas específicas, se situa no contexto da intervenção institucional – portanto, não se restringe à elaboração de relatórios e pareceres técnicos e busca, por meio de sua atuação na dinâmica institucional, garantir o direito à dignidade, considerando as peculiaridades da adolescência e da privação de liberdade; (c)
Cabe ressaltar que o atendimento à família e o contato com outros programas e serviços constituem fontes de dados privilegiadas e importantes para a elaboração do parecer e encaminhamentos significativos para o presente e o futuro do adolescente; (a)
Nessa unidade, há dois objetivos, que se constituem focos para a atuação do psicólogo (e demais profissionais):
1. a contribuição para a organização do cotidiano institucional com suas rotinas; (b)
2. elaboração do parecer psicológico, que comporá, com os estudos dos demais profissionais, o relatório técnico a ser encaminhado ao Poder Judiciário; (b)
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: E
A Entrevista Cognitiva (EC) é um processo de entrevista que faz uso de um conjunto de técnicas para maximizar a quantidade e a qualidade de informações obtidas de uma testemunha.
Todos os itens estão corretos, exceto o V, pois a Entrevista Cognitiva está relacionada com colher informações de testemunhas, o que não é o caso da situação.
Gab D
I – entrevista de anamnese com os pais do adolescente;
II – visitas domiciliares;
III – contatos institucionais;
IV – testes psicológicos;
V – entrevista cognitiva com o adolescente. Errado
eu considero a alternativa c certa também
Segundo Donzelot (2001) "A delinqüência não é mais para eles o produto sempre possível e, nesse caso, "desculpável" de uma perda da razão, momentânea ou duradoura; ela é a manifestação de uma insuficiência originária, de uma anomalia constitutiva, portanto, diagnosticável, previsível. Deslocamento de interesse, que permite a passagem da perícia psiquiátrica restrita à perícia psiquiátrica generalizada" (p. 102).
em: "A Polícia das Famílias"
-------------------
Gabarito: A
Donzelot? o tipo de referencia que só peixe sabe.
Gab A
Segundo Donzelot (2001) "A delinqüência não é mais para eles o produto sempre possível e, nesse caso, "desculpável" de uma perda da razão, momentânea ou duradoura; ela é a manifestação de uma insuficiência originária, de uma anomalia constitutiva, portanto, diagnosticável, previsível. Deslocamento de interesse, que permite a passagem da perícia psiquiátrica restrita à perícia psiquiátrica generalizada"
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.
Letra D
LEI Nº 8.069/1990
Art. 185 – ...
§2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de 5 dias, sob pena de responsabilidade.
internação sanção: no máximo 3 meses;
internação privisória: no máximo 45 dias;
internação medida socioeducativa: no máximo 3 anos;
delegacia: no máximo 5 dias;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: D
Um adolescente de 16 anos confessou à polícia ter matado a tiros o radialista Laécio de Souza, 40 anos, no dia 03/01/2012, no município baiano de Simões Filho (22 km de Salvador). Souza, que apresentava um programa diário na Rádio Sucesso FM de Camaçari, foi assassinado enquanto andava num terreno que havia comprado para realizar ações sociais num bairro carente da cidade. O adolescente, que havia sido apreendido sob suspeita de envolvimento no caso, disse à polícia que matou Souza por vingança. O radialista, segundo o menor, havia feito uma reportagem sobre um crime que ele havia cometido.
(Fonte: Folha de São Paulo, 06/01/2012, com adaptações)
Acerca do adolescente em conflito com a lei e do Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa correta.
Alguém por favor poderia dizer qual o erro da d)?
Achei a e) mais correta e acabei marcando ela mesmo. Mas não vejo porque está errada a d)
Obrigado.
A letra D somente fala em medidas socio-educativas, mas ao adolescente que pratica ato infracional tb pode ser aplicado medida protetiva, cumulativamente ou não, a medida socio-educativa. Tb fiquei com essa dúvida, mas creio que seja esse o erro.
Conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, as medidas socioeducativas devem ser utilizadas em casos mais graves de prática de ato infracional por adolescentes, visando à sua punição. responsabilização
Tendo em vista que os adolescentes participam ativamente da sociedade e são também responsáveis por ela, caso um adolescente desrespeite as regras instituídas legalmente, a ele será aplicada uma medida socioeducativa, uma vez que a responsabilidade pelo ato infracional é somente dele. nao é somente dele, ele é parte de outroas contingencias que os levaram ao ato
Questão bem difícil! Detalhes.
Caso um adolescente cometa um ato infracional e a ele for aplicada a medida socioeducativa de internação, ele ficará sob tutela do Estado e deverá permanecer incomunicável por no mínimo um mês, a depender da gravidade do ato praticado. NUNCA Incomunicável
Aos adolescentes que praticaram ato infracional são aplicadas somente as medidas socioeducativas que consistem em: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, inserção em regime de semiliberdade e internação em estabelecimento educacional. Podem ser aplicadas medidas de proteção
Alan, o erro da alternativa "d" está em "são aplicadas somente as medidas socioeducativas", pois ao adolescente também são aplicadas medidas protetivas;
a) as medidas socioeducativas não são restritas ao cometimento de atos infracionais graves;
b) o Estado também é responsável na medida em que falha na garantia de direitos;
c) em nenhuma hipótese haverá incomunicabilidade (Art. 124, §1º do ECA);
d) ao adolescente são aplicadas medidas socioeducativas e medidas protetivas;
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: E
Alguém tem a referência?
Segundo Minayo & Souza (1997), "Outras teorias, igualmente fundamentadas na premissa de que a violência é natural e inevitável, substituem a idéia de processo social e histórico pelo conceito de "agressão", que provém da biologia, etologia, genética e medicina. Nestas disciplinas, a categoria agressividade é entendida como parte do instinto de sobrevivência e forma natural de reação dos animais em certas condições e situações, tendo, portanto, conotação de 'neutralidade' e 'naturalidade'." (p. 515)
Artigo: "Violência e saúde como um campo interdisciplinar e de ação coletiva"
Disponível em: http://www.mpgo.mp.br/portal/arquivos/2015/05/22/17_11_36_40_viol%C3%AAncia_e_sa%C3%BAde.pdf
-------------------
Gabarito: A
maconha pura essa questão. completamente fora do eixo, do contexto. Nao existe nem enunciado para contextualizar o tema.
GABARITO LETRA C
Cabe ao ambiente (famílias ou instituições sociais substitutivas) aceitar e acolher a imaturidade do adolescente, a sua oscilação dependência-independência, o seu sentimento de irrealidade, a sua necessidade de ser alguém em algum lugar, de confrontação, de procurar as próprias soluções e de não aceitar falsas soluções. Além disso, o adolescente precisa de um ambiente que esteja disponível para a comunicação verdadeira, que facilite a integração da sua instintualidade e exerça a lei sem retaliar e sem simplesmente punir.
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/wep/v3n1e2/v3n1e2a03.pdf
Portanto, diante de um adolescente que se identifique com pessoas associadas ao crime, é importante que o educador utilize uma forma de comunicação sincera para que o adolescente seja ouvido e sustentado em suas oscilações de imaturidade versus matura, mas sem que o educador perca a sua autoridade e, a exposição sinceras de pontos de vistas diferentes é uma excelente solução para o problema.
Gente, alguma referência, por favor?
Na base da tendência antissocial, há uma falha ambiental, ou melhor, uma falha da “mãe ambiente”. Winnicott caracteriza a tendência antissocial como um distúrbio, resultado de uma falha ambiental que acometeu a relação mãe-bebê no estágio da dependência relativa.
Na linha do amadurecimento, a tendência antissocial se localiza no estágio de dependência relativa, quando já há uma integração, um Eu Sou constituído, aproximadamente entre um e dois anos de idade. (WINNICOTT, 1979)
A falha da mãe, para se constituir em um trauma, precisa acontecer de forma sutil ao longo do tempo e se estabelecer como um padrão de comunicação na relação mãe-bebê. A falha se estabelece como trauma, quando interrompe a continuidade de ser do bebê. (WINNICOTT, cf., 1958c)
A mãe deve falhar em satisfazer as necessidades instintivas, mas pode ser perfeitamente bem sucedida em jamais deixar que o bebê se sinta desamparado, provendo as suas necessidades egoicas, até o momento em que ele já possua introjetada uma mãe que apoia o ego, e tenha idade suficiente para manter essa introjeção, apesar das falhas do ambiente a este respeito. (WINNICOTT, 1958c)
Todo bebê sofre deprivação instintual. A mãe boa falha necessariamente na sua adaptação em satisfazer as exigências instintuais do bebê. No entanto, a mãe que está em sintonia com o seu bebê, não o desampara; e, ao realizar que errou, oferece alguma reparação, e tudo retorna ao estado de tranquilidade anterior.
Quando ocorre a tendência antissocial, aconteceu uma deprivação propriamente dita (não uma simples privação), ou seja, deu-se a perda de algo bom, de caráter positivo na experiência da criança até um certo momento, no qual este elemento positivo foi retirado. (WINNICOTT, 1958c)
A mãe falha com o seu bebê quando retira o elemento positivo da relação por um período longo demais para que fosse capaz de manter viva a memória da experiência.
A tendência antissocial tem, na sua origem, uma deprivação. Diferentemente da privação que ocorre num momento anterior e mais primitivo do amadurecimento emocional, a criança que sofre uma deprivação já tem maturidade de ego suficiente para perceber que a falha é do ambiente. A criança entende que algo lhe foi tirado e que a falha é externa a ela – do ambiente.
Esse é o ponto de origem da tendência antissocial, e aí se inicia o que toma conta da criança, sempre que ela se sente esperançosa, e compele a uma atividade que é antissocial, até que alguém reconheça e tente corrigir a falha do ambiente. (WINNICOTT, 1979)
A tendência antissocial é, portanto, uma reação da criança à falha ambiental. O comportamento antissocial ocorre quando a criança se enche de esperança, na expectativa por uma reparação proveniente do ambiente pelo dano que lhe foi causado. A deprivação inclui tanto o trauma (quebra na continuidade de ser), como a situação traumática que se prolonga no tempo.
Gabarito: Letra D
Tendência Antissocial para Winnicott: Deprivação -------> Ambiente suficientemente bom na dependência absoluta --------> Perda na dependência relativa - Independência (Deixa de ter algo que antes tinha - Seu comportamento passa a ser a reivindicação de algo bom que chegou a ter e foi perdido).
Comportamento -------> Agressividade e Delinquência
e)
substituição da perspectiva de cura por medidas de redução de danos e provimento de condições de saúde adequadas.
GABARITO E
Substituição da perspectiva de cura por medidas de redução de danos e provimento de condições de saúde adequadas.GABARITO: sim, tem a ver com a promoção de um ambiente que dê suporte ao jovem para elaborar seus sentimentos agressão para depois poder repará-los, em uma perspectiva de redução de danos.