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Alguém sabe por que (com fonte) é 117°C em vez de 177°C, que é a temperatura máxima a que o ligante pode chegar?
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Segundo a norma do DNIT, a temperatura para verificar a formação de espuma é 175ºC
(não achei em lugar nenhum o valor de 117ºC)
Fonte
NORMA DNIT 095/2006 - EM Cimentos asfálticos de petróleo - Especificação de material
5 Condições gerais
Os cimentos asfálticos, a que se referem esta Especificação, devem ser homogêneos, não conter água nem espumar quando aquecidos a 175 ºC
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examinador puxou de onde isso? Cespe forçou a amizade com 117°C, nessa temperatura o cap ainda está "frio".
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Parece que vai ficar por isso mesmo.
É o gabarito oficial.
O estranho é que na prova essa questão é a de número 117.
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Algumas bancas respondem todos os recursos de forma pública.
Já a CESPE responde apenas aqueles em que houve mudança.
Teria que ter mais reclamações pra banca mudar a prática atual.
Se ninguém reclama, ninguém muda.
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Nem o professor (Gabarito comentado do QC) concordou com o "gabarito".
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Para solucionar essa questão precisamos colocar em
prática nossos conhecimentos sobre pavimentação, especificamente sobre ligantes
asfálticos.
A denominação CAP (cimento asfáltico de
petróleo) é utilizada para o ligante betuminoso que é líquido em
altas temperaturas, semissólido em baixas temperaturas e sólido
(viscoelástico) em temperatura ambiente. É impermeável, evitando a
infiltração de água, viscoelástico e pouco reativo quimicamente,
muito utilizado para construção e manutenção de pavimentos asfálticos em
serviços a quente. Seu aquecimento deve ser até a temperatura que
promova a consistência adequada para aplicação.
O CAP não deve ser composto de água e não
deve ser utilizado em dias de chuva, com baixa temperatura ambiente ou local
molhado, pois se aquecido com água pode formar espumas e causar explosões.
Assim, um dos ensaios de controle é o de espuma, onde o CAP é
aquecido até determinada temperatura para verificar se há a presença de espumas
no material. Segundo a Resolução ANP nº 19/2005, que atualiza as especificações brasileiras do CAP:
“Art. 4º. Os produtores, importadores e distribuidores de cimento asfáltico de
petróleo (CAP) devem assegurar que:
a) a temperatura do produto não ultrapasse 177º
C, durante o manuseio e o transporte;
b) a temperatura do produto não deverá ser inferior
a 140º C durante o carregamento e,
c) o produto não apresente espuma quando
aquecido até 177º C, durante o carregamento e o recebimento, para
avaliação de contaminação pela presença de água."
Apesar da banca ter mantido o gabarito da questão
como certo, verifica-se pelo item c) do artigo 4° da Resolução ANP nº
19/2005 que o ensaio para formação de espuma é feito com o CAP aquecido a 177
°C e não a 117 °C como diz a afirmativa. Portanto, a conclusão do professor
é que a afirmativa está errada.
Gabarito da banca: CERTO.
Gabarito do professor: ERRADO.
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Cimento Asfáltico
Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: um ensaio determinação de formação de espuma, quando aquecido a 177º C.
Cimento Asfáltico Não Modificado por Polímero
Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: um ensaio determinação de formação de espuma, quando aquecido a 177º C.
Cimento Asfáltico Modificado por Polímero
Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: um ensaio determinação de formação de espuma, quando aquecido a 175º C.
"A especificação brasileira de CAP vigente até julho de 2005 tem uma observação de que o ligante não pode espumar quando aquecido até 175ºC" (BERNUCCI et al., 2006, p. 53)
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Fontes: DER, São Paulo
Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros
ET-DE-P00/027: encurtador.com.br/mqsK4
ET-DE-P00/032: http://www.der.sp.gov.br/WebSite/Arquivos/normas/ET-DE-P00-032_A.pdf
Livro Bernucci: https://www.ufjf.br/pavimentacao/files/2018/03/Cap-2-Ligantes-asf%c3%a1lticos.pdf
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A questão Central: Não houve recurso para assertiva em específico!
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A literatura diz que o CAP não deve espumar quando aquecido até 175°C.
Então, para qualquer valor de temperatura do ligante abaixo disso, ele não pode espumar.
Talvez seja essa a justificativa para a questão estar certa.
Acrescentando:
Eu acho que a questão pode estar certa porque as literaturas dizem o seguinte: "A especificação brasileira de CAP, vigente até julho de 2005, tem uma observação de que o ligante não pode espumar quando aquecido até 175ºC" (BERNUCCI et al., 2006, p. 53). Percebam a preposição "ATÉ" na citação.
Então, em qualquer temperatura, abaixo de 175ºC, deve ser feito ensaio para verificação de formação de espuma. Como a questão colocou uma temperatura aleatória abaixo dos 175ºC, o examinador considerou como correta.
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A questão se trata do controle tecnológico do cimento asfáltico e de acordo com a normalização deve-se executar os seguintes ensaios:
– 01 ensaio de viscosidade absoluta a 60°C
(NBR 5847) quando o asfalto for
classificado por viscosidade ou 1 ensaio de
penetração a 25ºC (DNER-ME 003) quando
o asfalto for especificado por penetração,
para todo carregamento que chegar à obra;
– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo
carregamento que chegar à obra (DNER-
ME 148);
– 01 índice de susceptibilidade térmica para
cada 100t, determinado pelos ensaios
DNER-ME 003 e NBR 6560;
– 01 ensaio de espuma, para todo
carregamento que chegar à obra;
– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol”
(DNER-ME 004), para todo carregamento
que chegar à obra;
– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol”
(DNER-ME 004) a diferentes temperaturas,
para o estabelecimento da curva
viscosidade x temperatura, para cada 100t.
Lembrando, o ligante deve ser usado a temperaturas superiores a 107° e inferiores a 177°. Ou seja na temperatura dada na questão, deve ser executado todos esses ensaios citados acima, inclusive o de espuma.