SóProvas


ID
3461530
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

No que diz respeito ao controle no recebimento de materiais a serem empregados em um canteiro de obra rodoviária, julgue o item que se segue.


No caso do CAP, deve ser aplicado o ensaio para verificar a formação de espuma, quando ele for aquecido a 117 ºC.

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe por que (com fonte) é 117°C em vez de 177°C, que é a temperatura máxima a que o ligante pode chegar?

  • Segundo a norma do DNIT, a temperatura para verificar a formação de espuma é 175ºC

    (não achei em lugar nenhum o valor de 117ºC)

    Fonte

    NORMA DNIT 095/2006 - EM Cimentos asfálticos de petróleo - Especificação de material 

    5 Condições gerais

    Os cimentos asfálticos, a que se referem esta Especificação, devem ser homogêneos, não conter água nem espumar quando aquecidos a 175 ºC

  • examinador puxou de onde isso? Cespe forçou a amizade com 117°C, nessa temperatura o cap ainda está "frio".

  • Parece que vai ficar por isso mesmo.

    É o gabarito oficial.

    O estranho é que na prova essa questão é a de número 117.

    __

    Algumas bancas respondem todos os recursos de forma pública.

    Já a CESPE responde apenas aqueles em que houve mudança.

    Teria que ter mais reclamações pra banca mudar a prática atual.

    Se ninguém reclama, ninguém muda.

    _______________________________________________________________________________________

    Nem o professor (Gabarito comentado do QC) concordou com o "gabarito".

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre pavimentação, especificamente sobre ligantes asfálticos.


    A denominação CAP (cimento asfáltico de petróleo) é utilizada para o ligante betuminoso que é líquido em altas temperaturas, semissólido em baixas temperaturas e sólido (viscoelástico) em temperatura ambiente. É impermeável, evitando a infiltração de água, viscoelástico e pouco reativo quimicamente, muito utilizado para construção e manutenção de pavimentos asfálticos em serviços a quente. Seu aquecimento deve ser até a temperatura que promova a consistência adequada para aplicação.


    O CAP não deve ser composto de água e não deve ser utilizado em dias de chuva, com baixa temperatura ambiente ou local molhado, pois se aquecido com água pode formar espumas e causar explosões. Assim, um dos ensaios de controle é o de espuma, onde o CAP é aquecido até determinada temperatura para verificar se há a presença de espumas no material. Segundo a Resolução ANP nº 19/2005, que atualiza as especificações brasileiras do CAP:


    Art. 4º. Os produtores, importadores e distribuidores de cimento asfáltico de petróleo (CAP) devem assegurar que:

    a) a temperatura do produto não ultrapasse 177º C, durante o manuseio e o transporte;

    b) a temperatura do produto não deverá ser inferior a 140º C durante o carregamento e,

    c) o produto não apresente espuma quando aquecido até 177º C, durante o carregamento e o recebimento, para avaliação de contaminação pela presença de água."


    Apesar da banca ter mantido o gabarito da questão como certo, verifica-se pelo item c) do artigo 4° da Resolução ANP nº 19/2005 que o ensaio para formação de espuma é feito com o CAP aquecido a 177 °C e não a 117 °C como diz a afirmativa. Portanto, a conclusão do professor é que a afirmativa está errada.


    Gabarito da banca: CERTO.


    Gabarito do professor: ERRADO.

  • Cimento Asfáltico

    Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: um ensaio determinação de formação de espuma, quando aquecido a 177º C.

    Cimento Asfáltico Não Modificado por Polímero

    Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: um ensaio determinação de formação de espuma, quando aquecido a 177º C.

    Cimento Asfáltico Modificado por Polímero

    Para todo carregamento que chegar à obra, devem ser realizados: um ensaio determinação de formação de espuma, quando aquecido a 175º C.

    "A especificação brasileira de CAP vigente até julho de 2005 tem uma observação de que o ligante não pode espumar quando aquecido até 175ºC" (BERNUCCI et al., 2006, p. 53)

    -

    Fontes: DER, São Paulo

    Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros

    ET-DE-P00/027: encurtador.com.br/mqsK4

    ET-DE-P00/032: http://www.der.sp.gov.br/WebSite/Arquivos/normas/ET-DE-P00-032_A.pdf

    Livro Bernucci: https://www.ufjf.br/pavimentacao/files/2018/03/Cap-2-Ligantes-asf%c3%a1lticos.pdf

  • A questão Central: Não houve recurso para assertiva em específico!

  • A literatura diz que o CAP não deve espumar quando aquecido até 175°C.

    Então, para qualquer valor de temperatura do ligante abaixo disso, ele não pode espumar.

    Talvez seja essa a justificativa para a questão estar certa.

    Acrescentando:

    Eu acho que a questão pode estar certa porque as literaturas dizem o seguinte: "A especificação brasileira de CAP, vigente até julho de 2005, tem uma observação de que o ligante não pode espumar quando aquecido até 175ºC" (BERNUCCI et al., 2006, p. 53). Percebam a preposição "ATÉ" na citação.

    Então, em qualquer temperatura, abaixo de 175ºC, deve ser feito ensaio para verificação de formação de espuma. Como a questão colocou uma temperatura aleatória abaixo dos 175ºC, o examinador considerou como correta.

  • A questão se trata do controle tecnológico do cimento asfáltico e de acordo com a normalização deve-se executar os seguintes ensaios:

    – 01 ensaio de viscosidade absoluta a 60°C 

    (NBR 5847) quando o asfalto for 

    classificado por viscosidade ou 1 ensaio de 

    penetração a 25ºC (DNER-ME 003) quando 

    o asfalto for especificado por penetração, 

    para todo carregamento que chegar à obra; 

    – 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo 

    carregamento que chegar à obra (DNER-

    ME 148); 

    – 01 índice de susceptibilidade térmica para 

    cada 100t, determinado pelos ensaios 

    DNER-ME 003 e NBR 6560; 

    – 01 ensaio de espuma, para todo 

    carregamento que chegar à obra; 

    – 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” 

    (DNER-ME 004), para todo carregamento 

    que chegar à obra; 

    – 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” 

    (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas, 

    para o estabelecimento da curva 

    viscosidade x temperatura, para cada 100t.

    Lembrando, o ligante deve ser usado a temperaturas superiores a 107° e inferiores a 177°. Ou seja na temperatura dada na questão, deve ser executado todos esses ensaios citados acima, inclusive o de espuma.