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ID
3742348
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São José do Rio Preto - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

    A comunicação pode ser entendida como o compartilhamento de um significado entre dois ou mais indivíduos e, na maioria dos casos, não ocorre espontaneamente, sem qualquer objetivo. Ela é iniciada por alguém que visa alcançar um determinado resultado.
    No processo de comunicação intercultural, ao comunicador compete conhecer tanto a sua cultura quanto a cultura de seu receptor. Do ponto de vista teórico, tais recomendações não se distanciam muito do esquema elementar desenvolvido pelo professor Wilbur Schramm, nos primórdios dos estudos da comunicação. Ao transmissor competia codificar uma ideia e gerar um sinal − ou mensagem − através de um meio, de modo que o receptor pudesse decodificá-lo e absorver o seu significado. Esse processo desenrolava-se sobre um cenário, ou contexto, e dizia-se que cabia ao transmissor dimensionar a mensagem no nível de percepção e entendimento do receptor.
     São comuns, entretanto, as situações em que, em lugar de assumir esperadas posições de competência na comunicação intercultural, vemos transmissores emitindo mensagens que não são compreendidas pelos seus receptores, impossibilitando-os de produzir significados próprios e transformando-os em meros repetidores do que ouvem − numa clara relação de dominação. Os exemplos seriam muitos; para lembrar apenas um, no campo da comunicação empresarial, podemos mencionar o grande número de empresas internacionais que utiliza, no Brasil, slogans ou lemas publicitários em inglês − sem tradução − a despeito do fato de que não mais do que dez por cento da população seja fluente nesse idioma.

(Adaptado de: PENTEADO, José Roberto Whitaker. “A comunicação intercultural: nem Eco nem Narciso”. In: SANTOS, Juana Elbein dos
(org.). Criatividade: Âmago das diversidades culturais − A estética do sagrado. Salvador, Sociedade de Estudo das Culturas e da Cultura
Negra no Brasil, 2010, p. 204-205) 

A análise correta de um trecho do texto está em:

Alternativas
Comentários
  • voz passiva.

  • Na letra B, temos "A comunicação" como sujeito de fato, mas sendo paciente, observado a partir da voz passiva.

    A) A vírgula empregada limita o tempo em que o "esquema elementar" foi desenvolvido, porém não se pode inferir do texto que o professor Wibur Schramm desenvolveu outros esquemas. Outros esquemas podem ter sido devenvolvidos por outros, que não esse professor. Tal afirmação é uma extrapolação do texto.

    C) "Meros" não traz impessoalidade, faz referência aos transmissores que não são compreendidos pelos receptores.

    D) Temos uma locução verbal "cabiar dimensionar" em que somente o verbo auxiliar iria para o plural ficando: "cabiam dimensionar" e não os dois verbos como a alternativa afirma.

    E) Decodificá-lo refere-se a "transmissor".

    Erros favor sinalizar.

    Gabarito letra B!

  • Venha comigo...

    A) Na verdade a vírgula demonstra o tempo em que foi desenvolvido..

    Veja> não se distanciam muito do esquema elementar desenvolvido pelo professor Wilbur Schramm, nos primórdios dos estudos da comunicação. 

    (No período dos primórdios)

    B)Uma informação útil : Quando temos uma estrutura do Verbo ser + Particípio (Ado/ Ido)

    O objeto direto passa a ser sujeito paciente, leia-se; Na estrutura de voz passiva o sujeito é paciente da ação verbal. (SPADOTO, 113)-Grifo pessoal

    D)

    Ao Rigor gramatical melhor seria deixar no singular tendo em vista que é caso de sujeito oracional..Perceba:

    cabia ao transmissor (ISSO)  dimensionar a mensagem

    Mas se ousássemos por no plural somente "Cabiam aos transmissores "

    E)

    Ora, veja: (..) Gerar um sinal (..) Decodificá-lo (O sinal)

    Não esquecer que LO (S) , LA (S) Substituem objetos diretos.

    Encontrou algum equívoco? Mande msg.

    Valeu!!

  • B) A expressão destacada em A COMUNICAÇÃO pode ser entendida como o compartilhamento de um significado entre dois ou mais indivíduos (1o parágrafo), embora seja o sujeito do verbo, o que justifica a concordância,

    NÃO é o agente da ação verbal.= CLARO QUEM FAZ A CONCORDÂNCIA É O PRÓPRIO SUJEITO. E Ñ O AGENTE..

  • Cabia : isso ! (sujeito oracional)

  • e) As formas pronominais destacadas em Ao transmissor competia codificar uma ideia e gerar um sinal [...] através de um meio, de modo que o receptor pudesse decodificá-lo e absorver o seu significado (2º parágrafo) retomam a palavra meio.( nesse caso, acredito que as formas pronominais se referem a palavra sinal)

  • Quando o enunciado diz que não é o agente da ação, ele quer dizer que o sujeito não pratica a ação ou, seja, é um sujeito paciente. De fato, a oração "A comunicação pode ser entendida..." está na voz passiva analítica e o termo A comunição é sujeito paciente, que sofre a ação. Portando, não é o agente da ação.

  • Peço licença a todos vocês, inclusive ao QC. Todos os dias eu publico dicas de português para concursos no Instagram: @saberoportugues (todo dia tem dica nova), "dá um pulo lá " que eu vou compartilhar minhas dicas com você. Obrigado pela oportunidade. " Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender." (Paulo Freire)

  • Nesse caso, "A comunicação" é sujeito paciente, pois a oração está na voz passiva analítica. Logo, dizer que " não é o agente da ação verbal que faz concordância com o verbo" está correto , haja vista que o verbo concorda com o sujeito paciente, e o agente da ação verbal seria o sujeito ativo.

    GAB.: B