A participação na OCDE também seria um selo de qualidade para as políticas macroeconômicas do governo federal, reforçando o compromisso do país com as reformas internas e a abertura da economia. Esse fato contribuiria para melhorar a imagem do país no exterior, atraindo mais investimentos, favorecendo o diálogo com economias desenvolvidas e estimulando a expansão tecnológica e a competitividade das empresas nacionais.
Por outro lado, a adesão ao órgão, com o fim do tratamento que possui na OMC, faria o Brasil perder a liderança entre os emergentes e acumular custos adicionais com a adoção de medidas obrigatórias para ingresso na OCDE. Além disso, a medida pode expor os produtos nacionais à concorrência com estrangeiros sob a mesma condição, impactando a economia do país.
Pontos positivos e negativos estão em jogo neste acordo. Resta ao governo avaliar esses fatores e negociar a melhor alternativa para que o Brasil amplie sua participação no mercado externo e conquiste uma posição digna da nona maior economia do mundo.
Ao que tudo indica , depois de longo tempo de espera, o Brasil receberá, em 2021 , a carta convite para ser um Estado participante da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ela é uma organização internacional formada por países e parceiros estratégicos dedicados ao desenvolvimento econômico. Os membros se propõem a discutir políticas públicas e econômicas que sirvam de orientação para todos, a partir dos princípios da democracia representativa e das regras da economia de mercado.
A adesão, entretanto, ainda dependerá do cumprimento de requisitos. Já tendo aderido a 93 dos 245 instrumentos legais da OCDE, e com outros 50 instrumentos em análise, o Brasil é, entre os candidatos atuais, o que tem maior adesão aos requisitos. Contudo, o processo de acessão não possui prazo determinado para ser concluído.
E, ainda há debates internos acerca das reais vantagens da participação na OCDE, que é entendida, muitas vezes, como um “ Clube dos Ricos".
Especialistas apontam que cinco das dez economias que mais atraem Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no mundo, entre elas o Brasil e a China, não são membros da organização.
Além disso, vantagens as quais o Brasil tem acesso na OMC – Organização Mundial do Comércio – como país emergente, serão revogadas, o que pode não ser favorável ao comércio exterior brasileiro. Também o país teria que abandonar suas pretensões de liderança do G77, que reúne países pobres e em desenvolvimento.
A afirmativa está correta
Gabarito do Professor: CERTO.