Certo
Embora as qualidades técnicas venham-se aperfeiçoando, apenas a formação do psicólogo aliada à competência dele, possibilitará uma compreensão mais ampla e contextualizada do processo de avaliação, permitindo uma interpretação mais adequada dos resultados. Trata-se, portanto, de aprimorar a formação do psicólogo em avaliação psicológica, incluindo no currículo dos cursos de Psicologia temas e conteúdos que reflitam ou fundamentem tal aprimoramento, permitindo, assim, que o psicólogo seja capaz de avaliar a qualidade dos instrumentos que utiliza e que saiba fazer uso adequado deles (NORONHA et. al., 2003)
Alchieri (1999) afirma que existem procedimentos na avaliação com regras e situações bem definidas que, seguidos fielmente, permitem a qualquer psicólogo obter o mesmo resultado que outro profissional. Outros procedimentos, por sua vez, exigem a intervenção interpretativa do examinador, tais como, julgar a adequação ou a categoria de uma determinada resposta, segundo modelos existentes e que podem exigir, também, a apreciação das condições do exame e julgamento de fatores externos, facilitadores ou não das tarefas propostas. Ainda no mesmo estudo, o autor alerta para a importância de os profissionais usuários de instrumentos psicológicos terem condições de entender os usos e as limitações dos testes que utilizam, considerando que eles são construídos para avaliar certos eventos, ou procedimentos, ou atributos, numa determinada população e sob circunstâncias restritas; de tal sorte que um único teste pode apresentar vários índices de validade, desde a inexistência dela até a sua mais alta expressão, sem que sua indicação possa estar assegurada para toda e qualquer atividade (APA; AERA; NCME, 1999).
http://www.scielo.br/pdf/rdpsi/v17n1/v17n1a11.pdf