SóProvas


ID
3977605
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFMS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Começar a se exercitar depois dos 40 anos não é tarde demais, diz estudo

Pesquisadores compararam a função cardíaca de homens

que iniciaram a prática de exercícios antes dos 30 e depois dos 40 anos

— e constataram resultados praticamente idênticos


    Um estudo apresentado nesta sexta-feira no Congresso EuroPRevent 2014, na Holanda, apontou que começar a fazer exercícios intensos antes dos 30 ou depois dos 40 anos oferece os mesmos efeitos positivos ao coração. Com isso, os pesquisadores concluíram que iniciar a prática de atividade física após os 40 anos não é tarde demais para beneficiar a saúde cardíaca.

    Segundo cientistas, começar a realizar exercícios intensos aos 30 ou 40 anos oferece os mesmos benefícios ao coração.

   O estudo contou com a participação de 40 homens saudáveis, que não apresentavam riscos cardiovasculares, com idades entre 55 e 70 anos. Os participantes foram divididos de acordo com a quantidade de exercício que realizavam e a idade em que deixaram o sedentarismo. Dez voluntários nunca tinham se exercitado por mais de duas horas por semana em toda a vida e trinta se exercitavam por pelo menos 7 horas semanais por cinco anos seguidos. Dos participantes fisicamente ativos, dezesseis iniciaram na atividade física antes dos 30 anos e catorze depois dos 40. As modalidades escolhidas eram, sobretudo, ciclismo ou corrida. Cada um dos homens foi avaliado por teste ergométrico e ecocardiograma. Os exames constataram que a frequência cardíaca em repouso foi similar entre os dois grupos que faziam atividade física. No caso dos sedentários, a frequência era 10 batidas por minuto (bpm) mais rápida — ou seja, o coração deles precisa de mais batimentos para bombear sangue. O consumo máximo de oxigênio — medida de condicionamento físico — também foi parecido entre os que se exercitavam, mas foi significantemente menor nos sedentários.

   Os cientistas constataram que a função diastólica (a capacidade do ventrículo esquerdo de se encher de sangue quando o coração está relaxado) foi melhor nos praticantes de atividades físicas, independentemente da idade em que tenham começado a se exercitar, do que entre sedentários. “Nunca é tarde demais para mudar o estilo de vida e começar a se exercitar. A atividade física sempre será benéfica para o coração e o bem-estar. Trocar o elevador pelas escadas já é um ótimo começo”, diz o coautor da pesquisa David Matelot, da Universidade de Rennes, na França.

    Novatos na corrida

  Existem regras básicas que valem para todos os iniciantes na corrida – independentemente de idade, condicionamento físico e histórico de saúde. A primeira das regras: embora a corrida seja um esporte prático que não exige equipamentos, é preciso ter um bom tênis. Não precisa ser o modelo mais caro ou mais novo da loja – basta que ele tenha bom amortecimento e seja confortável. Além disso, é indicado que pessoas que praticam corrida sigam uma planilha para controlar a evolução dos treinos. “O ideal é ter uma planilha feita por um professor. Mas, se não for possível, seguir treinos prontos publicados em revistas, por exemplo, é sempre melhor do que não seguir nenhum”, diz o educador físico Renato Dutra. Conhecer o seu próprio condicionamento físico é essencial para saber o ponto de partida da corrida – se mais moderado ou intenso. Por fim, alimentação e hidratação são essenciais antes, durante e depois da prática. “O ideal é beber 200 mililitros de água ou isotônico a cada 15 minutos de corrida”, diz o nutrólogo Celso Cukier.

Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecar-a-se-exerciar-depois-dos-40-anos-nao-e-tarde-demais-diz-estudo

Em “Segundo cientistas, começar a realizar exercícios intensos aos 30 ou 40 anos oferece os mesmos benefícios ao coração.”, o termo destacado, no contexto, trata-se de

Alternativas
Comentários
  •  “Segundo cientistas, começar a realizar exercícios intensos aos 30 ou 40 anos oferece os mesmos benefícios ao coração.”

    → Estamos diante de uma conjunção subordinativa adverbial conformativa que introduz uma oração subordinada adverbial conformativa, por estar anteposta à oração principal vírgula obrigatória (para a maioria dos gramáticos).

    GABARITO. C

  • Assertiva C

    uma conjunção conformativa, que expressa a mesma ideia de “conforme”.

  • Trata-se de uma conjunção subordinativa adverbial conformativa. Lembre-se, quando se tratar de subordinativa, há a dependência sintática entre a segunda oração com a primeira.

    instagram - @tupimareconcurseiro

  • A questão envolve o valor semântico de conjunção e já de saída se adianta: o gabarito apresentado pela banca incorre em gravíssimo erro. Na frase em tela, o vocábulo "segundo" é preposição acidental. Só se comporta como conjunção subordinativa adverbial conformativa quando introduz orações, estruturas em que se vê a presença de verbo ou locução verbal. Veja exemplos eduzidos de Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, de Cegalla, p.396:

    a) "Digo estas coisas por alto, segundo as ouvi narrar anos depois." (Machado de Assis)

    b) Segundo ouvi dizer, Fleming descobriu a penicilina por acaso.

    Cotejando as estruturas acima com a presente no enunciado, observar-se-á notória diferença:

    Segundo cientistas, começar a realizar exercícios (...)"

    A única opção de resposta que poderia ser o gabarito, se não apresentasse incorreção, seria a alternativa B. No entanto, a ideia dos cientistas está condicionada ao que se expressa anteriormente, e não posteriormente.

    Gabarito da banca: Letra C.

    Gabarito do monitor: Questão nula, por não apresentar adequada opção de resposta.

  • Conjunções subordinativas adverbiais conformativas: (exprimem conformidade)

    Exemplos:

    conforme; como; consoante;segundo.

    Lembrem-se, o valor semântico de um vocábulo pode navegar por todas as classificações de conjunções.

  • Questão anulada, segundo o gabarito comentado.