A análise sintática requer o reconhecimento de função exercida por palavras ou segmentos maiores no interior de uma estrutura. As possíveis funções são estas:
→ Adjunto adnominal;
→ Adjunto adverbial;
→ Agente da passiva;
→ Aposto;
→ Complemento nominal;
→ Objeto direto;
→ Objeto indireto;
→ Predicado;
→ Predicativo do objeto;
→ Predicativo do sujeito;
→ Sujeito.
Convém salientar que a função sintática discrepa significativamente da classificação morfológica. Esta última diz respeito à morfologia, ou seja, à classe gramatical a que pertence as palavras, que são dez:
I - Adjetivo;
II - Advérbio;
III - Artigo;
IV - Conjunção;
V - Interjeição;
VI - Numeral;
VII - Preposição;
VIII - Pronome;
IX - Substantivo;
X - Verbo.
À exceção das conjunções, interjeições, preposições e verbos, cada palavra integrante dessas classes gramaticais, isoladamente ou em conjunto, exerce alguma função sintática na estrutura.
“Joesley e Wesley Batista, controladores da JBS, tornaram-se réus sob acusação de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado.”
Apesar de incomum em provas, nesta questão abordou-se um tipo muito peculiar de verbo: o transobjetivo. Esse espécime recebe tal denominação porque só tem sentido se houver a presença de um predicativo, além do objeto direto. Na estrutura, o objeto direto é a partícula "se" e o predicativo do sujeito, o substantivo "réus". Infelizmente, a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) optou por arrolar esses verbos na classe dos pronominais ou transitivos e desprezar o termo transobjetivo. De toda maneira, mesmo desconhecendo este conceito, nota-se às claras que "réus" caracteriza o sujeito composto "Joesley e Wesley Batista", sendo mesmo, portanto, predicativo do sujeito.
Letra B