SóProvas


ID
465451
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A CARTA AUTOMÁTICA

Mais de cem anos depois do surgimento do telefone, o começo dos anos 90 nos oferece um meio de comunicação que, para muitos, resgata um pouco do romantismo da carta. A Internet não usa papel colorido e perfumado, e sequer precisa de selos, mas, para muitos, fez voltar à moda o charme da comunicação por escrito. E, se o provedor não estiver com problemas, faz isso com o imediatismo do telefone. A rede também foi uma invenção que levou algum tempo para cair no gosto do público. Criada em 1993 para uso doméstico, há muito ela já era usada por cientistas universitários que queriam trocar informações. Mas, só após a difusão do computador doméstico, realizada efetivamente há uns quatro ou cinco anos, que o público pôde descobrir sua utilidade. Em The victorian internet, Tom Standage analisa o impacto da criação do telégrafo (surgido em 1837).
Uma nova tecnologia de comunicação permitia às pessoas se comunicarem quase que instantaneamente, estando à longa distância (...) Isto revolucionou o mundo dos negócios.(...) Romances floresceram sob impacto do telégrafo. Códigos secretos foram inventados por alguns usuários e desvendados por outros. (...) O governo e as leis tentaram controlar o novo meio e falharam. (...) Enquanto isto, pelos cabos, uma subcultura tecnológica com seus usos e vocabulário próprio se estabelecia.
Igual impacto teve a Internet. Antes do telégrafo, batizado de “a autoestrada do pensamento”, o ritmo de vida era superlento. As pessoas saíam para viajar de navio e não se ouviam notícias delas durante anos. Os países que quisessem saber se haviam ou não ganho determinada batalha esperavam meses pelos mensageiros, enviados no lombo dos cavalos. Neste mundo em que reinava a Rainha Vitória (1819-1901), o telégrafo provocou a maior revolução das comunicações desde o aparecimento da imprensa. A Internet não chegou a tanto. Mas nada encurta tanto distâncias como entrar num chat com alguém que esteja na Noruega, por exemplo. Se o telégrafo era “a autoestrada do pensamento”, talvez a rede possa ser a “superautoestrada”. Dos pensamentos e das abobrinhas. As tecnologias de conversação realmente mudam as conversas. Apesar de ser de fundamental utilidade para o trabalho e a pesquisa, o correio feito pela rede permite um tipo de conversa diferente daquela que ocorre por telefone. Talvez um dia, no futuro, pesquisadores analisem as razões pelas quais a rede, rápida e imediata e sem o vivo colorido identificador da voz, se presta a bate-papos (via e-mails, chats, comunicadores instantâneos) até mais informais do que os que fazemos por telefone. CAMARGO, Maria Sílvia. 24 dias por hora. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. p. 135-137. Adaptado.

O sinal indicativo de crase é necessário em:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra C

    a) A venda de computadores chegou a reduzir o preço do equipamento. - Antes de verbo não ocorre crase.
    b) Os atendentes devem vir a ter novo treinamento. - Antes de verbo não ocorre crase.
    c) É possível ir as aulas sem levar o notebook. - Ir exige preposição a e aulas é palavra feminina, portanto ocorre crase.

    d) Não desejo a ninguém uma vida infeliz. - Não ocorre crase antes de pronome
    e) A instrutora chegou a tempo para a prova. - Tempo é palavra masculina, nada de crase.



    ps: Não consegui tirar o itálico.
  • corrigindo

    d) Não desejo a ninguém uma vida infeliz. - Não ocorre crase antes de pronome

    Não há crase antes de pronomes indefinidos, pessoais, relativos ou demonstrativos (com exceção da terceira pessoa):

    Atenção (Pronomes demonstrativos de 3ª pessoa, aquele, aquela, aqueles, aquelas podem levar crase):

  • Completando então nossos comentários:

    Crase x Pronome:

    A crase diante dos pronomoes ocorre apenas em casos bastante isolados:

    -> Pronomes de tratamento femininos: Senhora, Senhorita, Dona e Madame.

    -> Pronomes demonstrativos: aquele(a)(s), aquilo

    -> Alguns pronomes relativos: Poderá ocorrer crase diante do pronome relativo a qual e flexões (as quais)

    -> Diante do pronome relativo que normalmente não há crase, uma vez que esse pronome repele o artigo‏. Todavia, ocorrerá crase antes do pronome relativo que quando, antes dele, aparecer o pronome demonstrativo 'a' ou 'as' =(aquela, aquelas) precedido de um termo cuja regência exija a preposição 'a'... Exemplo: Sua caneta era igual à que comprei. (igual a aquela que comprei)

    Mas só lembro desses casos, portanto: "Crase diante de pronome dá lobisome" (Prof. Marcelo Bernardo, EVP)

  • ÌTEM CORRETO LETRA C.

    Quem vai, Vai a algum lugar. Então o verbo "ir"  que é o termo regente pede a preposição "a", emquanto que o termo regido " aulas" aceita o artigo "as".

    Assim, "a" preposição + "as" artigo formam a crase "ÀS".
  • CORRETA "C"

    Princípios básicos para o emprego da crase:

    Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Deve ser assinalada com o acento grave (`).

    a) Antes de palavra feminina, clara ou subentendida;

    Dirijo-me à farmácia.

    Ele escreve à Fernando Pessoa. (subentende-se a expressão à moda de = Escreve à

    moda de Fernando Pessoa.)

    Ele escreve a lápis. (Não há crase, pois lápis é uma palavra masculina.)

    b) o termo regente exige a preposição a;

    Refiro-me à garota. (O verbo referir-se exige a preposição a);

    (Mas) Vejo a garota. (O verbo ver é transitivo direto, não pede preposição.)

    c) o termo regido exige artigo a.

    Refiro-me à garota. (Digo: vejo a garota)

    (Mas) Refiro-me a garotas. (Nota-se que o a é preposição; não há a presença do

    artigo. Digo: Vejo garotas.)

    Método prático:

    Haverá crase sempre que pudermos substituir a palavra feminina por uma masculina

    qualquer, havendo a seguinte correlação:

    à – ao

    às – aos

    à (s) que – ao(s) que

    à qual, às quais – ao qual, aos quais

    àquela (s) – a essa (s), nessa (s)

    àquele (s) – a esse (s), nesse (s)

    àquilo – a isso

    à (s) – para a (s) (localidades)

    Vejamos:

    Refiro-me à mulher (ao homem) / às mulheres (aos homens).

    À proporção que (ao passo que) estuda, mais se sente recompensado.

    Esta caneta é igual à que comprei. (= Este lápis é igual ao que comprei.)

    A mulher à qual me referi... (= O homem ao qual me referi...)

    Esta caneta é semelhante à tua, à nossa, à dele. (= Este lápis é semelhante ao teu,

    ao nosso, ao dele.)

    Estou apto àquela (= a essa) tarefa, àquele (= a esse) trabalho, àquilo (= a isso).

    Dirigi-me às duas amigas. (= aos dois amigos)

    Pedi livros à senhorita Antônia e à senhora Maria. (Pedi ao senhor José.)

    Obedeci à Maria. (= Obedeci ao José.)

    O jogo será às três horas. (aos três minutos.)

    2. Observe agora os exemplos em que não há a correlação de a / as – ao / aos:

    Li a revista. (Li o livro.)

    Refiro-me a esta revista. (Refiro-me a este livro.)

    Vi aquela mulher. (Vi esse homem.)

    Dirigi-me a ela. (Dirigi-me a ele.)

    Dirijo-me a uma mulher. (Dirijo-me a um homem.)

    A caneta a que me referi... (O lápis a que me referi...)

    A pessoa contra a qual lutei... (O homem contra o qual lutei.)

    Assisti a novelas. (Assisti a filmes.)

  • Compartilhando de uma boa gramática. Evanildo Bechara, em a Moderna Gramática Portuguesa, p.310, ed. 2010.

    A crase é FACULTATIVA nos seguintes casos especiais:

    a) antes de PRONOME POSSESSIVO com substantivo feminino claro:

    Dirigiu-se à minha casa, e não à sua.
    Dirigiu-se a minha casa, e não a sua.

    b) antes da palavra casa quando acompanhada de expressão que denota o dono ou o morador, ou qualquer qualificação:

    Irei à casa de meus pais.
    Irei a casa de meus pais





     

  • Continuação... Casos em que ocorre crase

    01. Nas locuções adverbiais femininas (adjuntos adverbiais): às vezes, às pressas, à noite, à direita, às escondidas. Ex.: Ele saiu à noite, à toa.

    02. Nas locuções prepositivas femininas, mesmo subentendidas. à moda de, à maneira de, à beira de, à frente de, à espera de, a semelhança de, à custa de. Ex.: Fez um gol à Romário. (subentende-se a expressão à moda de)

    03. Em locuções conjuntivas femininas. à proporção que, à medida que

    Você aprenderá à medida que for vivendo.

    04. No objeto indireto feminino. Assistiu à peça teatral.

    05. No complemento nominal feminino. Ele está apto à tarefa.

    06. No objeto direto preposicionado, quando houver necessidade de desfazer ambigüidade.

    Ama a mãe (suj.) à filha. (o.d.p.)

    07. Antes dos pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo, a (s).

    Fui àquela farmácia. (adj. adverbial) - Esta caneta é igual à que comprei. (c.n.)

    08. Com nomes de lugares que admitem artigo. Fui à Bahia. (adj. adverbial)

    Obs.: Se os nomes de lugares que não admitem artigo vierem especificados, haverá crase. Ex.: Fui à Lisboa de Camões.

    09. Nas expressões que indicam o número de horas. Chegarei às cinco horas.(adj. adverbial)

    Obs.: Se a hora estiver indeterminada, não haverá crase.Ex.: Saí de lá a uma hora qualquer.

    Casos especiais de crase

    Casa, terra (no sentido de chão firme) e distância, só haverá crase se essas palavras estiverem especificadas. Vejo bem a distância. - Vejo bem à distância de cem metros.

    Casos em que não há crase

    01. Antes de palavras masculinas. Assisti a jogos de futebol.

    02. Antes de substantivos femininos usados em sentido genérico ou indeterminado. (sem

    artigo). Refiro-me a educação e a trabalho. (educação qualquer, trabalho qualquer)

    Mas, Refiro-me à educação e ao trabalho. (educação especificada, trabalho especificado)

    03. Antes de nomes próprios de pessoas célebres. Referi-me a Joana d’Arc.

    04. Antes de pronomes que não admitem artigo. Dirija-se a quem quiser.

    Obs.:

    1. Se o pronome admitir artigo, haverá crase: Dirigi-me à mesma pessoa.

    2. Haverá crase com os pronomes de tratamento Senhora e senhorita. Referi-me à senhora /senhorita Cila.

    05. Antes de verbos. Prefiro passear a estudar.

    06 .Antes de palavras repetidas. gota a gota, face a face, frente a frente

    07. Antes de pronomes possessivos referentes a nomes de parentesco. Refiro-me a minha irmã.

    08. Quando a preposição a precede nome no plural. Refiro-me a casas.

    09. Antes do artigo uma. Fui a uma festa.

    10. Antes de numerais cardinais, desde que se refiram a substantivos usados em sentido

    indeterminado.

    Obs: Vi oito pessoas. (sentido indeterminado) / Refiro-me a oito pessoas.

    Mas, Vi as oito pessoas. (sentido determinado) / Refiro-me às oito pessoas.

  • Vou dar uma dica que aprendi com a melhor professora de português pra concurso que conheci!

    A dificuldade em saber se há ou não a crase - que é apenas um fenômeno fonético do encontro de dois "a" - é reconhecer se o termo regente exige a preposição e se o termo regido aceita o artigo definido feminino.

    Por exemplo, para saber se o termo regido aceita artigo, basta iniciar uma frase com ele. Se você conseguir, o termo aceita o artigo. Caso contrário, não.
    Aí, não precisa ficar decorando dezenas de regras!

    Olhe a opção (D) :

    d) Não desejo a ninguém uma vida infeliz.
    Muitos decoram que antes de pronome indefinido não há crase! Por quê? Porque não aceita artigo precedendo-o.
    Tente construir uma frase qualquer com o pronome utilizando o artigo antes dele:
    "A ninguém me ama." - Soou bem? Não!
    "Ninguém me ama." - Agora, sim!

    O mesmo raciocínio se aplica a verbos, palavras masculinas, etc etc etc.

    Deste modo, precisa decorar apenas pouquissímas coisas sobre crase, que no fundo acabam sendo convenções!
  • a) Não Ocorre Crase; substituindo a palavra venda por pagamento fica: O pagamento de computadores, sem ocorrência da preposição.
    b) Não Ocorre Crase antes de verbo.
    c) Há Ocorrência de Crase, substituindo a palavra aulas pela palavra colégios fica: É possível ir aos colégios se levar o notebook, há ocorrência da preposição (a) + artigo masculino plural (os) = aos, logo na frase principal há artigo feminino plural (as) + preposição(a) = às.
    d) Não Ocorre Crase antes de Pronomes Indefinidos.
    e) Não Ocorre Crase antes de Palavras masculinas (o tempo)

    RESPOSTA LETRA C.
  • A) Incorreta, pois não ocorre crase antes de verbo  -  A venda de computadores chegou a reduzir o preço do equipamento. 

    B) Incorreta, pois não ocorre crase antes de verbo  -  Os atendentes devem vir a ter novo treinamento. 

    C) Correta, Deve ocorrer crase em "as aulas". pois o verbo "ir" exige a preposição "a": quem vai, vai a algum lugar: "ir a"

    O nome "aulas" vem antecedido de artigo: “as aulas". juntando, temos: “ir a as aulas”: há crase na junção da vogal “a” da preposição com a vogal “a” do artigo: “ir às aulas”. 

    Portanto, o correto seria "É possível ir às aulas sem levar o notebook."

    D)  Incorreta, pois não ocorre crase antes de pronomes indefinidos.  -  Não desejo a ninguém uma vida infeliz. 

    E)  Incorreta, pois não ocorre crase antes de palavras masculinas.  -  A instrutora chegou a tempo para a prova. 


    GAB.: C

  • Letra C.
    É possível ir as aulas sem levar o notebook.= "É possível ir para as aulas sem levar o notebook."

    Quando é possível trocar o "a" por "para a", vai crase.
  • A - crase antes de verbo
    B - crase antes de verbo
    C - correta
    D - pronome indefinido
    E - palavra masculina

    bons estudos!! 

  • A - crase antes de verbo
    B - crase antes de verbo
    C - correta
    D - pronome indefinido
    E - palavra masculina
     

  • GAB. C

    Na letra A - Não indica crase antes de verbo 

    Na letra B- Não indica crase antes de verbo 

    Na Letra C- Se trocar a palavra aulas por uma palavra masculina. Exemplo: ir aos cursos = a+os.  Se ao trocar a palavra feminina por uma masculina ocorrer a necessidade  de trocar o as por aos , indica crase. Crase ocorre antes de palavras femininas.

    D - Não indica crase antes de pronome indefinido (ninguém)

    E-  Nunca indica crase antes de palavras masculina

     

  • PEGADINHA BOA E GOSTOSA DA BANCA KK . O letra A no inicio pensamos que é locução , mas é só descobrir o sujeito e ver o artigo 

    GABARITO- C

  • Sabendo que crase não se usa antes de verbos e substantivos masculinos já se eliminava as alternativas a), b), d) e e) (sim, ninguém é considerado substantivo masculino também), marcando direto na c) de certo!

     

    https://www.dicio.com.br/ninguem/

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita