“Não existia perspectiva[1]. Meu pai era analfabeto. Eu cresci estudando em escola
pública e numa família carente”, relembra[2] Anderson Fernandes, 26 anos, formado em
Odontologia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN -Campus Caicó).
Nascido numa família que enfrentou inúmeras dificuldades ao longo dos anos, a falta de
perspectiva de mudança não fez o estudante esmorecer, como[3] se diz em Caicó.
Formado há dois anos, hoje servidor público e aluno do Curso de Mestrado em Saúde
Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Fernandes é apenas
um exemplo dos milhares de jovens do interior do estado que se beneficiaram com o
processo de interiorização da educação superior. De 2006 a 2016, o número de
instituições de ensino desse perfil saiu das 21 para 28, entre públicas e privadas,
conforme dados mais recentes do Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Sobre o uso da pontuação, afirma-se corretamente: