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Questões de Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação


ID
8608
Banca
ESAF
Órgão
Receita Federal
Ano
2005
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o segmento inteiramente correto quanto ao emprego dos sinais de pontuação.

(Tome os segmentos como partes consecutivas de um texto)

Alternativas
Comentários
  • Pessoal, onde está o erro da C?
  • Segundo o Décio Sena a C também estaria correta:"O gabarito da questão está apontando a alternativa “e”. Nada há contra talindicação. Nele não se nota, realmente, qualquer deslize de pontuação. O que pretendemos mostrar é que a alternativa “c” também está isenta dedeslizes de pontuação e, assim sendo, a questão deverá ser anulada. "
  • O erro da letra "c" é uma vírgula a mais antes de "por meio de desenho".O correto seria: "Num estudo...definissem um cientista por meio de desenho,...
  • Caros, esta questão foi anulada no gabarito definitivo do concurso.A alternativa c) também está correta.

ID
108442
Banca
MPE-SC
Órgão
MPE-SC
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta em relação à pontuação.

a)Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.CAPÍTULO II DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR(acesso em dez./2010)

b)Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: III - a violência sexual entendida como qualquer conduta, que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força, que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição mediante: coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.CAPÍTULO II DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR (acesso em dez./2010)

c)Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta, que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez ao aborto ou à prostituição, mediante: coação, chantagem, suborno ou manipulação ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.CAPÍTULO II DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR (acesso em dez./2010)

d)Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras, III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar de qualquer modo a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.CAPÍTULO II DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR (acesso em dez./2010)

e) Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras, III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta, que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez ao aborto ou à prostituição, mediante: coação, chantagem, suborno ou manipulação, ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.CAPÍTULO II DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR (acesso em dez./2010)

Alternativas

ID
345754
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Sertaneja - PR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os perseguidos

Ainda tirei o maço de cigarros do bolso para conferir novamente o número do apartamento, que anotara: 910. Apertei
o botão da campanhia. Atrás de mim, o Moreira, muito sujo, arfava; subíramos os últimos andares pela escada, por
precaução; depois de um mês de cadeia ele não estava muito forte. Soube que mais de uma vez fora surrado; ficara dias
sem comer e sem sair de seu cubículo escuro, e por isto tinha aquela cara de retirante ou de cão batido. Não cão batido,
pois seus olhos estavam muito acesos, como se tivesse febre, e sua voz me parecia ao mesmo tempo rouca e mais alta.
Sua aparência me impressionava; mas acima de qualquer sentimento eu tinha o desgosto de vê-lo tão sujo; de suas roupas
miseráveis desprendia-se um cheiro azedo; e eu tinha a penosa impressão de que ele não dava importância alguma a isso.
É estranho que ele me tratasse agora com certa superioridade; entretanto, eu tinha pena dele; pena e desgosto.
(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas/Fragmento)

No trecho “Apertei o botão da campanhia.” o ponto final ( · ) foi utilizado para:

Alternativas
Comentários
  • O objetivo do ponto final é encerrar os períodos, tanto os simples quanto os compostos. 

  • Não é um questionamento pois não existe ponto de interrogação, e sim final.


ID
352894
Banca
ESAF
Órgão
SEFAZ-CE
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o trecho inteiramente correto quanto à pontuação, grafia e estruturação morfossintática.

Alternativas

ID
355339
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Campo Verde - MT
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Grandes e pequenas mulheres

Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.
Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.
Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que apoia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.
Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.
Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.
Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco para assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.
Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.
Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
(Martha Medeiros)

Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher.” O ponto final ( · ) utilizado no trecho anterior foi utilizado para:

Alternativas
Comentários
  • O ponto final indica "pausa máxima", logo resposta correta letra D
  • Essa questão é um insulto. Ponto final marca o fim de um período. Quem formulou essa questão deve dar aula para quarta série só pode.

  • LETRA D


ID
468967
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ME
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Julgue o emprego dos sinais de pontuação nos fragmentos de
texto contidos nos itens a seguir.

Os sistemas educacionais precisam oferecer soluções, e os professores, usá-las.

Alternativas
Comentários
  • O item foi marcado como certo. Me corrijam se eu estiver errada, mas o argumento que eu encontrei aqui foi uma situação já explicada pelo PESTANA (2012):

    1) Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complementos).

       – O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particulares. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)

       – Em 1994, Romário ganhou a Copa do Mundo; em 2002, Ronaldo. (= ... em 2002, Ronaldo ganhou a Copa do Mundo


  • A primeira vírgula (após soluções) separa orações com sujeitos diferentes ( 1ª oração: Quem precisam oferecer soluções? Suj- Os Sistemas educacionais/ 2ª oração: Quem precisam usá-las? Suj- os professores) 

    A segunda vírgula (após professores) é marca de zeugma (forma de elipse) do verbo precisam.


    Bons estudos!

  • raramente a cespe cobra isso.. 

  • O mais apropriado, creio eu, a fim de marcar a vírgula vicária — aquela que faz elipse de um verbo na oração posposta —, seria o ponto vírgula após "Soluções". Não há, porém, aparentemente, nenhum empecilho acerda desta estrutura.

ID
507991
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PGE-PA
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o trecho apresentado atende às regras de concordância e de pontuação.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - D

    A ) O mais opressivo dos pesadelos, que assombraram o nosso século, notório por seus horrores e terrores, por seus feitos sangrentos e tristes premonições, foi mais bem captado na memorável imagem de George Orwell da bota de cano alto( , ) pisando uma face humana.

    Não se separa sujeito do verbo por meio de virgula.

    ------------'zzxzzx

    B ) Nenhuma face estava segura — cada uma delas estavam sujeitas a ser culpadas do crime de violar ou transgredir. E, uma vez que a humanidade tolera mal todo o tempo de reclusão, os seres humanos que transgridem os limites se convertem em estranhos.

    -------------------------xxx

    Cada uma delas estava sujeita ...

    -----------------

    C ) E, uma vez que a humanidade tolera mal todo o tempo de reclusão, os seres humanos que transgridem os limites se convertem em estranhos. Cada um deles tiveram motivos para temerem a bota de cano alto feita para pisar no pó, a face do estranho, para espremer o estranho do humano e manter aqueles ainda não pisados prestes a vir a sê-lo, longe do dano ilegal de cruzar fronteiras.

    Cada um teve ...

    ----------------

    Bons estudos!


ID
518203
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o fragmento abaixo, extraído da obra O cortiço, de Aluísio Azevedo ( as letras maiúsculas foram, intencionalmente, trocadas por minúsculas ) e, a seguir, responda o que se pede.

"não obstante ( ) as casinhas do cortiço ( ) à proporção que se atamancavam ( ) enchiam-se logo ( ) sem mesmo dar tempo a que as tintas secassem ( ) havia grande avidez em alugá-las ( ) aquele era o melhor ponto do bairro para a gente do trabalho ( ) os empregados da pedreira ( ) preferiam todos morar lá ( ) porque ficavam a dois passos da obrigação ( ) "

Assinale a alternativa que, seqüencialmente, completa corretamente os sinais de pontuação do fragmento. O " X " corresponde a nenhuma pontuação:

Alternativas
Comentários
  • Letra D. Não entendi, completaram dez lacunas com apenas nove respostas.

  • Essas questões é só feita por eliminação kkk

  • os empregados da pedreira ( x) preferiam todos morar lá --> não separa sujeito de seu verbo.

    sabendo apenas isso já descobriria a resposta

  • Questão por eliminação rs

    I) "...as casinhas do cortiço ( , ) à proporção que se atamancavam ( , )" - oração subordinada adverbial proporcional, se estiver intercalada ou antecer a oração principal leva vírgula.

    Sabendo isso já eliminavámos a A e E.

    II) "...( ) os empregados da pedreira ( x ) preferiam todos morar lá ( , ) porque ficavam a dois passos da obrigação ( . )" - Não se separa sujeito do verbo e o porque quando tem sentido explicativo é antecedido de vírgula, logo só sobrava o ponto final.

    Com isso descobrimos a resposta. Fé no pai que a aprovação sai!

    LETRA D


ID
697600
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: As dez questões que seguem, em seu conjunto de alternativas, compõem passagens retiradas da revista Veja, edição especial de 11 de dezembro de 2011. Leia atentamente o enunciado de cada questão e escolha a alternativa que melhor responda ao que se pede.

ATENÇÃO! Para as respostas relativas a situações gramaticais modificadas pela Reforma de 2009, são válidas as regras anteriores ao decreto.

Assinale a passagem que apresenta ERRO por falta, excesso ou inadequação de sinais de pontuação. Atente para o fato de que o conjunto de alternativas forma uma passagem de texto.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa E. A frase, adequadamente, ficaria: "Segundo afirmam os especialistas, se o problema do lixo já estivesse resolvido no Brasil, 10% da sua energia poderia ter como fonte o biogás.


ID
869404
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TJSP e Correios ratificam contrato de postagem digital V-Post

Em busca de encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados, o Tribunal de Justiça de São Paulo firmou um contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para implantação do AR digital V-Post, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual. Com a nova ferramenta, o TJSP ganha mais rapidez no envio das informações, além da economia de recursos com papel, envelopes, impressão e de pessoal. 
Antes do V-Post, o cartorário emitia a carta de citação e intimação pelo sistema informatizado, providenciava a impressão e a assinatura manual. Na sequência, a carta era envelopada, colada e entregue ao setor administrativo para remessa aos Correios. 
Com o V-Post, basta que o juiz assine digitalmente o despacho que determina a citação ou intimação por carta para que o sistema do Tribunal emita e envie automaticamente a carta virtual ao sistema dos Correios. Lá, ela será impressa e entregue ao carteiro. Após a entrega da carta, o comprovante será digitalizado pelos Correios e retornará virtualmente ao Tribunal, juntado eletronicamente ao processo para análise do cartório. 
José Furian Filho, vice-presidente de Negócios da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, explicou um pouco sobre o serviço e os benefícios que a parceria traz para o Tribunal. “Trata-se de uma saudável parceria entre os Correios e o TJSP, destinada à modernização tecnológica do Poder Judiciário. Todo o ciclo se processa através da tecnologia da informação, garantindo a segurança e a confidencialidade das informações. V-post, batizado assim, é um serviço vitorioso e implementado em outros Estados mediante parceria com outros tribunais. Trará, com certeza, vários benefícios para o TJSP, tais como solução digital completa, relacionamento com um único fornecedor, garantia de segurança e confidencialidade, redução de custos dos cartórios e melhor aproveitamento dos recursos existentes”, disse. 
Feliz pela parceria celebrada com os Correios, o presidente do TJSP, desembargador Ivan Sartori, falou que a ferramenta permite um melhor aproveitamento da tecnologia voltada aos interesses do cidadão. “Com essa parceria, os procedimentos se tornam muito mais céleres e fáceis. É a modernidade chegando. Nós tínhamos um modelo arcaico que demandava um período longo. Com o AR digital V-Post, conseguiremos efetivamente cumprir com rapidez essa etapa processual, que é uma etapa difícil e complicada. Essa parceria traz um novo alento para o Tribunal e a melhora dos nossos serviços.”

(Disponível em http://www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunic... Noticias/Noticia.aspx?Id=15379. Acesso em 22.08.2012. Com cortes)

Considere o trecho a seguir.

Em busca de encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados, o Tribunal de Justiça de São Paulo firmou um contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para implantação do AR digital V-Post, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual.

Assinale a alternativa em que o trecho está corretamente reescrito, no que se refere à pontuação e à concordância, e com o sentido preservado.

Alternativas
Comentários
  • a) O Tribunal de Justiça de São Paulo em busca de encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados firmaram um contrato para implantação do AR digital V-Post com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual. (O Tribunal de Justiça firmou)

     

     b) Em busca de encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmou um contrato com o Tribunal de Justiça de São Paulo, para implantação de um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual: o AR digital V-Post. (Sentido original não foi preservado, pois quem firmou contrato em busca dos objetivos mencionados foi o TJSP e não o Correios)

     

     c) O Tribunal de Justiça de São Paulo e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmou um contrato para encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados na implantação do AR digital V-Post, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual. (O Tribunal de Justiça e o Correios firmaram)

     

    d) GABARITO

     

    e) Para encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados, o Tribunal de Justiça de São Paulo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmou um contrato para implantação de um tipo de citação e intimação, por carta totalmente virtual, o AR digital V-Post. (O Tribunal de Justiça com os Correios firmaram [...]). (Percebe-se também que o sentido original não foi preservado, pois quem firmou contrato em busca dos objetivos mencionados foi o TJSP; o objetivo do Correios no contrato foi apenas o lucro).

  • Na letra d), não há um erro de regência?

     

    O Tribunal de Justiça de São Paulo firmou um contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para implantação do AR digital V-Post, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual, visando a encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados.

     

    e) Até onde eu sei, quando os sujeitos são unidos por COM, é facultativa a concordância lógica ou atrativa podendo o verbo ficar no singular para enfatizar o primeiro termo do sujeito. Então, poderíamos ter:

     o Tribunal de Justiça de São Paulo com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos firmou / firmaram um contrato... 

     

  • Por um momento, também achei que havia um erro na alternativa D por não usar a preposição "a" logo depois do verbo "visar" (com o sentido de "objetivar"). Mas trago a redação desse site que demonstra que mesmo sem a preposição também está certo, vejamos:

     

    Verbo visar com regência da preposição a

    O verbo visar atua como um verbo transitivo indireto, estabelecendo regência com a preposição a quando apresenta o sentido de ter em vista, sendo sinônimo de pretender, tencionar, intentar, propor-se, dispor-se,...

     

    Este projeto visa ao desenvolvimento de competências relacionais nos alunos.

    As medidas visam à melhoria das condições de vida dos doentes acamados.

    As campanhas realizadas visam a incentivar o consumo consciente da água.

     

    Apesar de ser essa a regência mais correta segundo a norma culta, diversos dicionários e gramáticas já atestam o uso de uma regência sem preposição para este sentido do verbo visar:

     

    Este projeto visa o desenvolvimento de competências relacionais nos alunos.

    As medidas visam a melhoria das condições de vida dos doentes acamados.

    As campanhas realizadas visam incentivar o consumo consciente da água.

     

    Fonte: https://www.conjugacao.com.br/regencia-do-verbo-visar/

     

  • d, com ressalvas. o periodo correto seria:

    O Tribunal de Justiça de São Paulo firmou um contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para implantação do AR digital V-Post, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual, visando encurtar os prazos de cumprimento e proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados.

  • Assertiva D

    O Tribunal de Justiça de São Paulo firmou um contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para implantação do AR digital V-Post, um tipo de citação e intimação por carta totalmente virtual, visando encurtar os prazos de cumprimento, proporcionar agilidade e controle virtual na tramitação dos dados


ID
876904
Banca
FEPESE
Órgão
CASAN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta.

Alternativas

ID
961555
Banca
CETRO
Órgão
ANVISA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As alternativas abaixo apresentam um trecho adaptado do site da Anvisa. De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação à pontuação,
Assinale a alternativa correta:

Alternativas
Comentários
  • Está suspensa, em todo o país, a fabricação, distribuição e comercialização do álcool líquido com graduação maior que 54°GL, equivalente a 46,3 INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas).

  • GABARITO: LETRA A

    Está suspensa, em todo o país, a fabricação, distribuição e comercialização do álcool líquido com graduação maior que 54°GL, equivalente a 46,3 INPM (Instituto Nacional de Pesos e Medidas).


ID
1068829
Banca
IFC
Órgão
IFC-SC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em relação à oração, identifique a questão INCORRETA quanto à pontuação e quanto à função das classes de palavras respectivamente.

Alternativas

ID
1164463
Banca
FAFIPA
Órgão
UFFS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Frio congelante e calor fatal: quando temperaturas extremas podem matar?

A costa leste dos Estados Unidos enfrentou ontem seu dia mais gelado em quatro décadas, com uma queda histórica das temperaturas que, aliada ao intenso vento, provocou sensação térmica de até -50ºC em alguns pontos. A intensa onda de frio foi provocada por um “vórtice polar” - uma massa de ar densa e fria que gira no sentido anti-horário -, e Estados como Minnesota viram descer seus termômetros até -48ºC, batendo recordes de duas décadas, acompanhada de neve e chuvas de granizo. Tais temperaturas são difíceis de imaginar no Brasil, onde no mesmo período foi registrado calor de quase 40ºC no sul do Brasil, onde o clima costuma ser mais ameno.

O “vórtice polar” que atingiu os Estados Unidos esta semana é um ciclone de ar extremamente frio situado normalmente no norte do Canadá, mas que se deslocou para o sul acompanhado de fortes rajadas de vento. O fenômeno ligou o alarme no nordeste e meio-oeste do país, onde escolas foram fechadas, milhares de voos cancelados e recomendado que os cidadãos, na medida do possível, não saiam de suas casas. O frio é tanto que inclusive os ursos polares e os pinguins dos zoológicos de algumas cidades como Chicago foram cobertos.

O frio registrado em boa parte dos EUA foi tão intenso que a água quente, em ponto de fervura, de um copo lançado ao ar congela quase instantaneamente, passando a se transformar automaticamente em neve. A severa frente fria afeta 140 milhões de pessoas de 26 Estados e provocou milhares de atrasos e cancelamentos de voos, além de cortes de luz em diversas regiões. Existe risco de hipotermia, e não é recomendado permanecer parado à intempérie durante muito tempo. Combinadas com rajadas de vento, temperaturas tão baixas são potencialmente fatais. Mais de uma dezena de mortes foram registradas, de maneira direta ou indireta, devido ao mau tempo e baixas temperaturas nos Estados Unidos.

Quando a temperatura fica abaixo dos -25ºC, a pele exposta fica congelada em questão de minutos e a hipotermia não demora a surgir. O frio intenso pode provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre. As autoridades recomendam usar manoplas ao invés de luvas, não permanecer na rua molhados e, se as circunstâncias permitirem, não ir para as ruas de modo algum. Os habitantes são convocados a permanecer em suas casas e a fazer estoques de alimentos.

Os sintomas do congelamento são a perda da sensibilidade e a palidez nos dedos, orelhas e nariz. A hipotermia se manifesta com perda de memória, desorientação, fadiga e calafrios. Neste caso, deve-se levar a vítima a um lugar coberto, fornecer bebidas quentes e depois ir ao médico. Autoridades pediram aos americanos que fiquem dentro de casa e estoquem alimentos e remédios. Especialistas alertam à população que a pele exposta a tais condições pode sofrer queimaduras em menos de cinco minutos.

Se o frio intenso pode causar queimaduras, imagine se expor a temperaturas muito quentes. Na segunda-feira, enquanto os Estados Unidos registravam temperaturas entre 11 e 22 graus abaixo da média, a temperatura chegava aos 41,1°C em Santa Rosa, cidade argentina na província de La Pampa. O país registrou a pior onda de calor em seu território no último século. A umidade relativa do ar era de apenas 9%, uma situação de emergência pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ficar em um ambiente muito quente (com temperaturas acima de 40ºC) por períodos prolongados dificulta o controle térmico do corpo e pode causar a condição conhecida como hipertermia.

Se houver exposição prolongada ao calor em excesso, é possível aparecerem sintomas como aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração. Sintomas mais graves, como desidratação, insolação e cãibras, estão entre os principais indícios do calor extremo no organismo, que também costuma causar náuseas, vômito e suor intenso. Aumenta ainda o risco de câncer de pele - o mais frequente na população - e há a possibilidade de ocorrer queimaduras solares que, se não tratadas, podem evoluir para um câncer de pele.

No primeiro parágrafo, o emprego de dois travessões poderia ter sido substituído, sem alterar o sentido do texto, por:

Alternativas

ID
1274665
Banca
CESGRANRIO
Órgão
LIQUIGÁS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 2

                                                Em SC, garoto-herói salva bebê em incêndio

Acredite: super-heróis realmente existem. E o garoto Riquelme Wesley dos Santos, de apenas cinco anos, é um deles. Fantasiado de Homem-Aranha, ele entrou em uma casa no meio de um incêndio para salvar um bebê, de um ano e 10 meses. Da residência, nada sobrou. Ficou a lição de alguém que arriscou a sua jovem vida para preservar a de outro, e a felicidade de uma família que, apesar de não ter mais a própria casa, continua unida. O fato ocorreu na localidade de São Sebastião, no pequeno município de Palmeira, na serra catarinense. Era fim de tarde de quinta-feira, quando Riquelme brincava de carrinho na casa da vizinha, Lucilene Córdova dos Santos, 36 anos. Enquanto ela lavava roupas nos fundos da casa, a filha mais nova, Andrieli dos Santos, de um ano e 10 meses, dormia no berço, no quarto da frente. Riquelme brincava no pátio com o irmão de Andrieli, de dez anos, quando percebeu o início do incêndio no quarto da menina. Ele chamou Lucilene, que correu para tentar socorrer a filha. Ao abrir a porta do quarto, ela deparou-se com grandes labaredas. O berço do bebê já era consumido pelo fogo. A mãe entrou em pânico e saiu da casa. Quando começou a gritar e já pensava na morte de Andrieli, aconteceu o inesperado. - Não chora, tia, fica tranquila que eu salvo a sua filha, disse Riquelme. Lucilene tentou impedir o garoto, pois sabia que ele também poderia morrer. Mas ele não deu ouvidos, abaixou-se, tapou o nariz com os dedos e entrou na casa. Foi até o quarto onde Andrieli dormia, pegou-a pela perna, retirou-a do berço e, em poucos segundos, entregou-a nos braços da mãe. Logo em seguida, os bombeiros chegaram. Tudo o que havia dentro da casa foi perdido, mas Andrieli e Riquelme
estavam salvos, sem sequer um arranhão ou queimadura. No dia seguinte, o garoto não falava em outra coisa. Questionado se não teve medo, foi enfático. - Claro que não. O Homem-Aranha não é fraco e não tem medo de nada. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2013. Adaptado.

A frase que está pontuada de acordo com a norma-padrão é:

Alternativas
Comentários
  • Essa é para levantar o autoestima.

    Resposta: D


ID
1300375
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                       Perfume de mulher hoje, no SBT 

Um estudante, atendendo a um anúncio, vai trabalhar como  acompanhante de um coronel. De um coronel cego. De um  coronel cego e inflexível. De um coronel cego, inflexível e  aventureiro. De um coronel cego, inflexível, aventureiro e, no  momento, em crise. De um coronel cego, inflexível, aventureiro,  no momento em crise – mas que dança tango maravilhosamente  bem. Faça como Chris O'Donnell, o estudante do filme. Atenda a  esse anúncio. Assista a Tela de Sucessos hoje, às nove e meia da  noite, no SBT. E descubra um coronel cego, inflexível,  aventureiro, no momento em crise, que dança tango maravilhosamente bem e que ainda por cima tem a cara do Al  Pacino. 


                                                                                                                    (JB, 19 de setembro de 1997)


De um coronel cego. De um coronel cego e inflexível. De um coronel cego, inflexível e aventureiro. De um coronel cego, inflexível, aventureiro e, no momento, em crise."
O emprego de pontos nesse segmento do texto obedece a um critério

Alternativas
Comentários
  • A Estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem a quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio das palavras. Além disso, estabelece princípios capazes de explicar as escolhas particulares feitas por indivíduos e grupos sociais no que se refere ao uso da língua. Fonte site; só português.

    Resposta; c
  • Gramatical não pode ser porque não se pode começar um período por preposição como em: " DE UM CORONEL..."


  • Não consigo visualizar o gabarito, mas me parece que a alternativa e a mais adequada, a função da virgula é separar os termos  mesmo valor usados na mesma coordenação.

  • Bruno, mas ele fala do "ponto", não da vírgula.

  • Só complementando Joseph Borges, é possível iniciar um período com preposição, desde que este tenha valor circunstancial. Pois poode ser deslocado para o ínicio da frase, isolado por vírgulas. Ex: Nesse momento, estou estudando; Por causa do concurso, não irei sair hoje. 

  • Sendo o emprego dos sinais de pontuação um exercício da sintaxe, optaria pela alternativa "E".

  • Alternativa C

     

    Nesse caso apenas seria gramatical se somente se fizer-se uso do "ponto e virgula" para separar uma enumeração de orações.

  • estilistico , está enfatizando

  •  

    Alguns gramáticos chamam de ponto final apenas o ponto que encerra uma sentença. Ao ponto seguido por outras frases chamam de ponto simples. Além de finalizar um período, o ponto é utilizado em abreviaturas (ponto abreviativo: etc., h., S. Paulo) e é muito usado quando apenas uma vírgula bastaria. É um recurso estilístico:

    Estuda Guerreiro ♥️

    Fé no pai que sua aprovação sai.

  • Quero essa questão na minha prova


ID
1307917
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SESA-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As opções abaixo constituem adaptações de trechos do jorna O Estado de Minas, de 25/3/2013. Assinale a opção gramaticalmente correta em relação ao emprego dos sinais de pontuação.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B -- para quem não tem acesso ilimitado.

  • obrigado

  • a)

    As autoridades precisam, também, mobilizar a população. A exitosa experiência brasileira em campanhas educativas(,) deve ser invocada para convocar o povo a se tornar aliado no combate ao inseto.

     b)

    Atenção especial merece o lixo. Os resíduos modernos são inimigos do povo, independentemente da classe social. Cacos de louça, casca de ovo, embalagens plásticas, eletrodomésticos quebrados, eletroeletrônicos sem validade, móveis, copos e garrafas formam ambiente ideal para a cultura do Aedes aegypti.

     c)

    Pneus abandonados ou transformados em floreiras ou balanços, caixas-d’água sem a devida vedação, vasos com pires de água são objetos corriqueiros em casas e jardins. Apesar do alerta, sobre: o risco que representam(,) faz parte da personalidade do brasileiro a tendência do “comigo não acontece”.

     d)

    Enganam-se todos os que se imaginam longe do perigo da doença. Não só acontece com qualquer pessoa descuidada como abre a porta para que aconteça com os familiares os vizinhos os moradores do bairro e da cidade.

     e)

    O governo, claro, não pode baixar a guarda em relação à dengue. Além das medidas preventivas, precisa manter, estoque de remédios, leitos disponíveis na rede hospitalar e equipes de atendimento treinadas e capazes de diagnosticar, prontamente os sintomas da pessoa infectada.

  • A) As autoridades precisam, também, mobilizar a população. A exitosa experiência brasileira em campanhas educativas(,) deve ser invocada para convocar o povo a se tornar aliado no combate ao inseto. Não se separa sujeito do verbo.

    B) Gabarito

    C) Pneus abandonados ou transformados em floreiras ou balanços, caixas-d’água sem a devida vedação, vasos com pires de água são objetos corriqueiros em casas e jardins. Apesar do alerta(,) sobre(:)o risco que representam, faz parte da personalidade do brasileiro a tendência do “comigo não acontece”. Reescrita: Apesar do alerta sobre o risco que representam, faz parte (...) pontuações desnecessárias.

    D) Enganam-se todos os que se imaginam longe do perigo da doença. Não só acontece com qualquer pessoa descuidada (faltou vírgula) como abre a porta para que aconteça com os familiares (vírgula) os vizinhos (vírgula) os moradores do bairro e da cidade. A vírgula separando uma oração subordinada comparativa e elementos de uma enumeração.

    E) O governo, claro, não pode baixar a guarda em relação à dengue. Além das medidas preventivas, precisa manter(,) estoque de remédios, leitos disponíveis na rede hospitalar e equipes de atendimento treinadas e capazes de diagnosticar, prontamente os sintomas da pessoa infectada. Não se separa sujeito do verbo. O que não precisa manter? estoque de remédios.


ID
1331665
Banca
VUNESP
Órgão
PC-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!


                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

Considere a seguinte fala do narrador:
– Teodorico! você... escreveu um livro?
É correto afirmar que, no contexto, os sinais de exclamação
(!), reticências (...) e interrogação (?) contribuem para expressar uma reação de

Alternativas
Comentários
  • Significado de Escárnio

     Aquilo que se diz ou faz para zoar (caçoar) alguém ou alguma coisa; caçoada ou zombaria: as cantigas que ficaram famosas foram as de escárnio e de maldizer.
    Comportamento que demonstra desdém por (algo ou alguém); menosprezo.
    O que pode ser alvo desse comportamento.

  • SURPRESA.

  • Como assim você escreveu um livro?

  • Surpresa

    Gabarito: E

  • Assertiva E

    os sinais de exclamação "surpresa."


ID
1333381
Banca
FCC
Órgão
TRT - 13ª Região (PB)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Hoje, aos 88 anos, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman é considerado um dos pensadores mais eminentes do declínio da civilização. Bauman é autor do conceito de “modernidade líquida”. Com a ideia de “liquidez”, ele tenta explicar a Luís A. Giron as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo com a globalização e o impacto da tecnologia da informação. 

L.A.G. − De acordo com sua análise, as pessoas vivem um senso de desorientação. Perdemos a fé em nós mesmos? 

Zygmunt Bauman − Ainda que a proclamação do “fim da história” de Francis Fukuyama não faça sentido, podemos falar legitimamente do “fim do futuro”. Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a virtude de suas realizações pela crescente (genuína ou suposta) proximidade de uma linha final, o modelo da sociedade que queriam estabelecer. A visão do futuro guiava o presente. Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro, de modo que estamos mais descuidados, ignorantes e negligentes quanto ao que virá. Fomos repelidos pelos atalhos do dia de hoje. 

L.A.G. − As redes sociais aumentaram sua força na internet como ferramentas eficazes de mobilização. Como o senhor analisa o surgimento de uma sociedade em rede?

Bauman − As redes sociais eram atividades de difícil implementação entre as comunidades do passado. De algum modo, elas continuam assim dentro do mundo off-line. No mundo interligado, porém, as interações sociais ganharam a aparência de brinquedo de crianças rápidas. Não parece haver esforço na parcela on-line, virtual, de nossa experiência de vida. Hoje, assistimos à tendência de adaptar nossas interações na vida real (off-line), como se imitássemos o padrão de conforto que experimentamos quando estamos no mundo on-line da internet. 

L.A.G. − Como o senhor vê a nova onda de protestos no Oriente Médio, nos Estados Unidos e na América Latina, que aumentou nos últimos anos? 

Bauman − Se Marx e Engels escrevessem o Manifesto Comunista hoje, teriam de substituir a célebre frase inicial – “Um espectro ronda a Europa − o espectro do comunismo” − pela seguinte: “Um espectro ronda o planeta − o espectro da indignação”. Esse novo espectro comprova a novidade de nossa situação em relação ao ano de 1848, quando Marx e Engels publicaram o Manifesto. Faltam-nos precedentes históricos para aprender com os protestos de massa e seguir adiante. Ainda estamos tateando no escuro.

L.A.G. − O senhor afirma que as elites adotaram uma atitude de máximo de tolerância com o mínimo de seletividade. Qual a razão dessa atitude? 

Bauman − Em relação ao domínio das escolhas culturais, a resposta é que não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas de empreender uma missão iluminadora da cultura. Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo. 

L.A.G. − Como diz o crítico George Steiner, os produtos culturais hoje visam ao máximo impacto e à obsolescência instantânea. Há uma saída para salvar a arte como uma experiência humana importante? 

Bauman − Esses produtos se comportam como o resto do mercado. Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores. Uma vez que a busca pelo lucro continua a ser o motor mais importante da economia, há pouca oportunidade para que os objetos de arte cessem de obedecer à sentença de Steiner. 

L.A.G. − Seus livros parecem pessimistas, talvez porque abram demais os olhos dos leitores. O senhor é pessimista? 

Bauman − A meu ver, os otimistas acreditam que este mundo é o melhor possível, ao passo que os pessimistas suspeitam que os otimistas podem estar certos... Mas acredito que essa classificação binária de atitudes não é exaustiva. Existe uma terceira categoria: pessoas com esperança. Eu me coloco nessa terceira categoria.

(Adaptado da entrevista de: GIRON, Luís Antônio, publicada na revista Época. 19/02/2014. Disponível em http://epoca.globo.com




Considerando-se o contexto, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Gab: a) No segmento “Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo”, o travessão pode ser substituído por dois-pontos.

     

  • a) No segmento “Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo”, o travessão pode ser substituído por dois-pontos.
    Correto. O travessão poderá ser substituído por dois-pontos porque tem valor explicativo, explicando o tipo de espectro que ronda a Europa: o espectro do comunismo.

    b) O elemento sublinhado no segmento No mundo interligado, porém, as interações sociais... introduz uma oração cujo conteúdo ratifica o que foi dito na oração anterior.
    Errada. Porém tem valor de conjunção Adversativa. (Mas, Porém, Contudo, Todavia, Entretanto...)

    c) No segmento Existe uma terceira categoria: pessoas com esperança, os dois-pontos introduzem uma ressalva ao que se afirmou antes.
    Errada. Ressalva significa excessão, condição, restrição... O texto diz exatamente o contrário, que a terceira categoria são aquelas com esperança.

    d) Há noção de finalidade no segmento Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores.
    Errada. Não achei lógica nessa alternativa, se alguém puder contribuir, agradeço!

    e) O elemento grifado em ele tenta explicar as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo refere-se a “civilização”.
    Errada. o que nessa oração é pronome relativo.

    Yes, we can!

  • Thiago Freitas, na alternativa "d", acredito que há sentido EXPLICATIVO  no segmento "Voltam-se para as vendas na sociedade dos consumidores". 

  • Obrigado pela explicação Graziela e Lennilson.

  • Substitui-se o travessão por dois pontos na letra A, pois o autor faz um acréscimo no texto, ele define qual é o espectro que ronda a Europa.

  • MUITO BOM

  • Na letra D nem teria como ter noção de finalidade, pois o vocábulo PARA é preposição.

    Além disso só há uma oração, para que o "PARA" fosse conjunção com noção de finalidade, teríamos que ter duas orações.
  • LETRA A

     

    DOIS PONTOS :

     

    Os dois pontos assinalam uma pausa suspensiva da voz, indicando que a frase não esta concluída.

    a) indicar uma citação alheia ou própria:
     Já dizia Rui Barbosa: " O homem criando, através do trabalho, assemelha-se a Deus".

    b) antes de uma enumeração:

    "Nós éramos quatro: uma prima, dois neguinhos, e eu.(Mário Quintana).
    " O restante, a saber: capital, esfera e coroa, fez-se em pedaços."


    c) antes de uma explicação ou sequência: (não é resumo!)

    "Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava (...)" (Clarice Lispector)

    "Procurei o mostrador: do ponto em que me achava não se percebia número". (Graciliano Ramos)


     

    Referência: Nílson Teixeira de Almeida - Gramática Completa para concursos e vestibulares.

  • quando não vejo alguém conseguindo explicar todas as letras e usando "acho" ou "não achei lógica" (referente à letra "d"), é porque é uma típica questão que eu iria perder na hora da prova. Ajude a solicitar explicação do professor clicando em "Indicar para comentário".

     

    sorte a todos!

  • antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores


ID
1337938
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Bela Vista de Minas - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                      Lua cheia, lua crescente, lua minguante

   Como a lua nos lembra o que se passa conosco!

   Não há quem não tenha seus dias de lua cheia! Tudo correndo bem, saúde boa, família em paz, todos se entendendo e se amando. Se não há dinheiro sobrando, não há dinheiro faltando...

   Também não há quem não tenha seus dias de lua minguante... A saúde meio emperrada; incompreensões e aborrecimentos em casa, no trabalho, entre amigos; desilusões, cansaço de viver...

   Mas volta a lua crescente... Volta a esperança. Tudo continua, mais ou menos, na mesma. Talvez até pior. Mas, por dentro, há mais coragem, mais força!...

   E o que nos vale é que variam, de pessoa para pessoa, os dias de fossa, os dias de esperança, os dias de alegria plena... Por que, então, não termos paciência uns com os outros e não nos ajudarmos mutuamente? Mas, em geral quem anda em lua minguante tem até raiva de quem anda em lua cheia. Parece um roubo. Acontece, também, que quem anda em lua cheia, em geral, não tem olhos, nem tempo, nem paciência para fcar ouvindo lamúrias da lua minguante...

   Ah! Se conseguíssemos o ideal de manter permanentemente em nós o espírito da lua crescente, o espírito da esperança!

   Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste. Há pessoas que, em lugar de aproveitar a felicidade que têm na mão, tornam-se incapazes de aproveitá-la, porque ficam o tempo todo pensando que a felicidade é passageira, vai acabar, já está acabando...

   Em plena lua cheia, quando o desânimo chega, vamos expulsá-lo, pensando: É verdade. Nem sempre será lua cheia. Virá a lua minguante. Mas de minguante passará a crescente e, de novo a cheia.

   Quando nos convenceremos de que é ingratidão deixar que a esperança se apague dentro de nós?!... Guardem o título de um livro de poemas, que vale como um programa de vida: FAZ ESCURO, MAS EU CANTO! Sim. No meio da maior escuridão, em pleno voo cego, sem enxergar um palmo diante dos olhos.
Mesmo aí, mesmo assim, temos que manter viva a esperança. FAZ ESCURO, MAS EU CANTO!

Disponível em: < http://escritabrasil.blogspot.com.br/2007/11/texto-do-arcebispo-helder-cmara.html >
Acesso em 17 julho de 2014.


Leia as frases a seguir.

“Não há quem não tenha seus dias de lua cheia!”
“Mas volta a lua crescente...”
“Por que não nos ajudarmos mutuamente?”
“Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste.

Os sinais de pontuação CORRETOS das frases são, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra A 

    Se analisarmos que a primeira frase com o sinal de Exclamação (!),  já podemos chegar numa conclusão sem saber as demais. 

  • Muito fácil!

  • Há quem, em plena fase da lua cheia, ande triste.

    Adjunto adverbial está isolado pelas vírgulas por estar no meio da oração. Se estivesse no início, só haveria uma vírgula;

    Em plena fase da lua cheia, há quem ande triste.

  • hã ?

  • nossa..que prova besta é essa?

  • rsrs espero muito que esse tipo de questão não caia nas minhas provas.

  • a)

    A questao pede para dizer o nome dos sinais de pontuação

  • Eu troco direto esses sinais ?! só Jesus

ID
1344727
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mobilidade urbana

Por Fernando Rebouças

A qualidade de vida, principalmente, de um trabalhador que necessita utilizar o transporte público e as vias de acesso, diariamente, tem sido alvo de debate em todo mundo. Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?

Esse desafio ganhou um termo, a “mobilidade urbana”, uma das principais questões das cidades de todo o mundo, e interfere diretamente sobre o acesso a diferentes pontos das cidades (incluindo o local de trabalho), aos serviços públicos e ao meio ambiente. Durante o século XX, o uso do automóvel foi uma resposta eficaz para se ter autonomia na mobilidade diária, mas, no início do século XXI, o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades tem gerado a necessidade de pensar em novas alternativas de transportes sustentáveis para o meio ambiente, para a economia e para a sociedade.

Hoje, com o crescimento da população, da maior oferta de carros e do inchaço urbano, ter um carro não é mais sinônimo de autonomia, velocidade e conforto. Ficar parado num trânsito se tornou uma perda de tempo e de qualidade de vida.

Nos últimos dez anos, a frota de veículos no Brasil aumentou em 400%. Esse quadro tem exigido uma nova postura por parte das prefeituras e da sociedade para a busca de soluções. A solução mais cabível é o investimento em transportes coletivos integrados, de qualidade e não poluentes, como primeiro passo para uma mobilidade urbana sustentável em todos os sentidos.

O transporte coletivo envolve a instalação de veículos sobre trilhos, como trens, metrôs e bondes com nova tecnologia, além da melhoria dos ônibus, os tornando não poluentes. Sendo necessário integrar o transporte de uma cidade com ciclovia, elevadores de alta capacidade, e sistemas de bicicletas públicas.
É necessário incentivar a população a utilizar o transporte coletivo e deixar o carro em casa, e respeitar o espaço do pedestre, também necessitado de calçadas mais confortáveis e seguras, protegidas por sinalização, sem buracos ou qualquer tipo de obstáculo.

(Disponível em: http://www.infoescola.com/transporte/mobilidade-urbana/. Adaptado.)

No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para

Alternativas
Comentários
  • Indicar uma pergunta.

  • Tipos de frases - Interrogativas: O Emissor formula uma pergunta direta ou indireta. Termina com ponto final ou interrogação. Ex. Aonde você vai? (Pergunta direta); Eu quero saber aonde você vai. (Pergunta indireta). Explicação retirada da apostila do Prof Pedro Henrique.

  • letra a

  • Letra A.

    O ponto de interrogação foi utilizado para indicar uma pergunta.


ID
1426654
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara Municipal de Sorocaba
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Felicidade não se compra?

      Aconteceu de verdade, nos Estados Unidos – a Coca-Cola instalou uma daquelas máquinas que vendem refrigerante no refeitório de uma escola. Mas a máquina era especial. Quando os estudantes inseriam o dinheiro, não saía lá de dentro apenas uma garrafinha, mas várias. Com tantas Cocas na mão, os estudantes acabavam oferecendo aos colegas os refrigerantes a mais. Porém, a coisa não parou por aí. Um funcionário escondido dentro da máquina começou a passar pela fenda caixas de pizza, flores, balões, enfim, uma infinidade de agrados, para espanto e alegria da garotada.
      Com essa iniciativa esquisita, a empresa quis reforçar a ideia de que, mais que comercializar produtos, sua missão é espalhar felicidade. Não foi à toa que ela batizou suas máquinas de “fábricas de felicidade”. Não precisamos perder tempo discutindo se os produtos da multinacional americana podem, de fato, trazer felicidade, se são saudáveis ou nutritivos. Afinal, a questão aqui não se relaciona ao bem-estar do corpo e sim à busca do prazer,que hoje parece orientar boa parte de nossas escolhas. A verdade é que, de um jeito ou de outro, a felicidade agora pode ser encontrada em toda parte, pelo menos no que diz respeito à comunicação das marcas. A Best Buy, líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos, também usou uma estratégia semelhante em suas campanhas de publicidade. Seu slogan é: “Você mais feliz”.
      Essa guinada das empresas, que pararam de alardear a qualidade superior de seus produtos e passaram a vender felicidade, tem estreita relação com a mudança dos consumidores, hoje mais preocupados com os benefícios que as marcas trazem a suas vidas do que com o desempenho dos objetos que adquirem. Em outras palavras, mais que deixar limpas as roupas da família, uma nova lavadora economiza o tempo da dona de casa, o que se traduz em mais felicidade.
      O diretor Frank Capra assinou, nos anos 40, uma verdadeira obra-prima, que em português ganhou o nome de “A Felicidade Não se Compra”. Hoje provavelmente esse título do filme não faria o menor sentido, porque o que as empresas oferecem é justamente a ilusão de felicidade, embutida nos produtos que vendem.

(Luiz Alberto Marinho, Vida Simples, 05.2010, http://zip.net/bplQ7v, 17.12.2013. Adaptado)

Após a alteração da pontuação, a frase que permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:

Alternativas
Comentários
  • Alt. C. Trata-se de um aposto explicativo, então pode ser substituído por vírgula, travessão, dois pontos e ponto e vírgula. Na alternativa, "líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos" explica o que é a "Best Buy". 

  • GABARITO: C

     

    Corrigindo as demais:

     a) Com tantas Cocas na mão, os estudantes acabavam oferecendo aos colegas os refrigerantes a mais. 
         Jamais podemos separar o sujeito do verbo
     
      b) A verdade é que, de um jeito ou de outro, a felicidade, agora, pode ser encontrada em toda parte, pelo menos no que diz respeito à comunicação das marcas. 
       Não podemos intercalar um termo com sinais de pontuação diferentes
      
      c) A Best Buy – líder na venda de eletroeletrônicos nos Estados Unidos – também usou uma estratégia semelhante em suas campanhas de publicidade. 
        Aposto explicativo pode ser isolado por travessão, vírgula ou parenteses
      
      d) Em outras palavras, mais que deixar limpas as roupas da família, uma nova lavadora economiza o tempo da dona de casa, o que se traduz em mais felicidade. 
         O tempo da dona de casa é o que completa a ideia do verbo economizar. Não se pode separar o objeto do verbo a que está ligado por sinal de pontuação
      
      
      e) Hoje, provavelmente, esse título do filme não faria o menor sentido porque o que as empresas oferecem é justamente a ilusão de felicidade embutida nos produtos que vendem. 
       "o menor sentido" está sintáticamente ligado ao verbo fazer. Não pode ser separado por pontuação

  • SÓ FEZ TROCAR A VÍRGULA PELO TRAVESSÕES EXPLICANDO QUEM É A BEST BUY É O FAMOSO CASO DE PODER TROCAR AS VÍRGULAS PELOS TRAVESSÕES GAB C

  • ACRESCENTANDO:

    USO DA VÍRGULA

    Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula:

    Desloca

    Enumera

    Explica

    Enfatiza

    Isola

    Separa

    Emprego da vírgula:

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

    - João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    - Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    d) mobilidade sintática:

    - Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

    - Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    - Por amar, ele cometeu crimes.

    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Vírgula + E

    1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

    Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

    2) Polissíndeto:

    Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

    3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

    Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

    4) Para enfatizar o elemento posterior:

    A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

    FONTE: RITA SILVA

  • Travessões servem para dar enfase, destaque a alguma coisa


ID
1427563
Banca
FUNCAB
Órgão
SEE-AC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Meter a língua onde não é chamado

    Azeite, não é meu parente! Nem todos entendem, mas a língua que se falava antigamente era tranchã, era não?

    As palavras pareciam todas usar galocha, e eu me lembro como ficava cabreiro quando aquela teteia da rua, sempre usando tank colegial, se aprochegava com a barra da anágua aparecendo, vendendo farinha, como se dizia. Só porque tinha me trocado pelo desgramado que charlava numa baratinha, ela sapecava expressões do tipo “conheceu, papudo?!", “Ora, vá lamber sabão", eu devolvia de chofre, com toda a agressividade da época, “deixa de trololó, sua sirigaita".

    A língua mexe, pra frente e pra trás, e assim como o bacana retornou guaribado para servir de elogio nos tempos modernos, pode ser que breve, na legenda de uma foto da Daniela Cicarelli, os jornais voltem a fazer como diante da Adalgisa Colombo outrora, e digam que ela tem it, que ela é linda, um chuchu. São coisas do arco da velha, vai entender?! Não é só o mistério da ossada da Dana de Teffé que nos une ao passado. Não saberemos nunca, também, quem matou o mequetrefe, a pinimba, o tomar tenência e o neca de pitibiribas, essas delícias vocabulares que enxotadas pelo bom gosto gramatical picaram a mula e foram dormitar, como ursos no inverno, numa página escondida do dicionário.

    Outro dia eu disse para as minhas filhas que o telefone estava escangalhado. Morreram de rir com esse maiô Catalina que botei na frase. Nada escangalha mais, no máximo não funciona. Me acharam, sem usar tamanho e tão cansativo polissílabo, um completo mocorongo. Como sempre, estavam certas. Eu tenho visto mulheres de botox, homens que escondem a idade, tenho visto todas as formas de burlar a passagemdo tempo,mas o que sai da boca tem data. Cuidado cinquentões com o ato falho de pedir um ferro de engomar, achar tudo chinfrim, reclamar do galalau que senta na sua frente no cinema e a mania de dizer que a fila do banco está morrinha. Esse papo, por mais que você curta música techno e endívias, denuncia de que década você veio.
    [...]
    Uma língua bem exercida é metida, jamais galinha morta. É feita de avanços e recuos, e se isso parece reclame de algum programa do canal a cabo Sexy Hot, digamos que, sim, pode ser. Língua, seja qual for, é erótica. Dá prazer brincar com ela. Uma lambida no passado envernizaria novamente palavras que estavam lá, macambúzias e abandonadas, como quizumba, alaúza e jururu, expressões da pá virada como “na maciota", “onde é que nós estamos!" e “ir para a cucuia". Certamente, por mais cara de emplastro Sabiá que tenham, elas dariam na verdade uma viagrada numa língua que tem sido sacudida apenas pelo que é acessado do cibercafé e o demorô dos manos e das minas.

    Meter a língua onde não é chamado pode ser divertido. Lembro de Oscarito passando a mão na barriga depois de botar pra dentro uma feijoada completa e dizer, todo preguiçoso e feliz, “tô comuma idiossincrasia!". Estava com o bucho cheio, empanturrado de palavras. Troque essa dieta de alface americana, de palavras transgênicas gordas, compridas e nonsenses como um paio de porco. É o banquete que eu sugiro, que anda na moda mas não vale um caracol. Caia de boca num sarrabulho com assistência na porta, umpifão de tirar uma pestana do caramba, uma car raspana batuta. Essa idiossincrasia vai fazer sentido. Se alguém, depois de receber todas essas palavras de lambuja, repetir a mamãe das antigas e, amuado, gritar “dobre a língua", não se faça de rogado-estique.

               SANTOS, Joaquim Ferreira dos.Meter a língua onde não é chamado . Jornal “O Globo", 08/09/2003, 2º Caderno. Disponível emwww.releituras.com.

Em “Azeite, não é meu parente!” (§1) o emprego do ponto de exclamação é usado para manifestar:

Alternativas

ID
1434784
Banca
CETRO
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        Soraia tem 60 anos, mora só, usa grampos para prender o cabelo e tem cinco sapatos. Uma bota, uma sandália, um sapato fino, outro mais confortável para ir à feira e um mais casual, para ir ao cinema. Soraia tem três boas amigas. Uma é vizinha de prédio. Falam-se de três a quatro vezes por semana; pouco frequentam-se. As outras duas Soraia só encontra nos finais de semana, mas falam-se ao telefone. Ela não se casou nem teve filhos; as amigas, sim. Soraia não quer incomodar. Quando dorme, muitas vezes Soraia sonha que escorrega num carrinho de rolimã, como um menino. Ela dá risada, o carrinho desliza e, no final da ladeira, ela desce, encontra uma torneira, abre e fica olhando um fio de água bem fino escorrer. A síndica, Dona Marta, não sabe o que significa o sonho, mas diz a Soraia que ela deve estar precisando se distrair, se divertir mais, quem sabe fazer alguma atividade física. Dizem que atividade física é ótima para quem tem pesadelos. Soraia não tem certeza se seu sonho é mesmo um pesadelo.
        Soraia decide ir com o sapato casual, o de cinema. Acha que a ocasião o exige. Empacota três dúzias de empadas de palmito, que fez seguindo a receita aprendida com a mãe, anotada num caderno de receitas antigo; biscoitos de nata com pingos de chocolate; sabonete; cotonetes; desodorante; um agasalho fino e outro impermeável, para o caso de chuva; um pequeno travesseiro com uma fronha rendada; um lençol mais velho; dois livros; um bloco de anotações; três sacos plásticos vazios; duas mudas de roupa e um rolo de papel higiênico.
        Coloca tudo numa frasqueira ainda não usada, que ela comprou numa liquidação. Soraia rega as plantas, examina mais uma vez se as luzes estão todas apagadas e o botão do gás desligado e sai. Fica esperando o 23C com a frasqueira na mão, quando se lembra: é preciso passar numa papelaria, num supermercado, no shopping center; onde venderiam aquilo? Depois de muito procurar, inutilmente, tem uma ideia. Numa loja de esportes.
       Na fotografia do jornal, na primeira página, cerca de duzentos jovens acampam em frente à casa do governador do Rio de Janeiro, no Leblon. Empunham faixas, cartazes, gesticulam, gritam, riem. No canto superior esquerdo da imagem, se alguém se der ao trabalho de olhar com uma lupa, uma jovem está com a boca toda esfarelada, segurando um tupperware azul. Ao lado dela, séria, uma senhora sopra um apito.

                        JAFFE, N. Soraia. Não é só por 20 contos. Org: Marcos Bassini. Texto com adaptações.

Levando em consideração o 1º parágrafo do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Considerações sobre a letra c)

    "Quando dorme, muitas vezes Soraia sonha que escorrega num carrinho de rolimã, como um menino. Ela dá risada, o carrinho desliza e, no final da ladeira, ela desce, encontra uma torneira, abre e fica olhando um fio de água bem fino escorrer." 

    Se o pronome "ela" fosse retirado poderia trazer uma ambiguidade no sentido de que, quem desceria a ladeira, abriria a torneira e ficaria olhando [...] seria o "carrinho" e não "Soraia". Portanto, prejudicaria a clareza.

  • Na letra D o ponto e vírgula trás uma conjunção subentendida.

    Falam-se de 3 a 4 vezes por semana; pouco frequenta-se = Falam-se de 3 a 4 vezes por semana, portanto pouco frequenta-se.

    Se inverter perde todo o sentido: Pouco frequentam-se; falam de 3 a 4 vezes por semana.

  • Uma contribuição.

    "A síndica, Dona Marta, não sabe o que significa o sonho, mas diz a Soraia que ela deve estar precisando se distrair [...]"

    A síndica (dona Marta) diz a ela (Soraia) alguma coisa (que ela deve estar precisando se distrair). Diz-lhe (a ela) algo.

    Bons Estudos


ID
1477813
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O primeiro... problema que as árvores parecem propor-nos é o de nos conformarmos com a sua mudez. Desejaríamos que falassem, como falam os animais, como falamos nós mesmos. Entretanto, elas e as pedras reservam-se o privilégio do silêncio, num mundo em que todos os seres têm pressa de se desnudar. Fiéis a si mesmas, decididas a guardar um silêncio que não está à mercê dos botânicos, procuram as árvores ignorar tudo de uma composição social que talvez se lhes afigure monstruosamente indiscreta, fundada que está na linguagem articulada, no jogo de transmissão do mais íntimo pelo mais coletivo.

Grave e solitário, o tronco vive num estado de impermeabilidade ao som, a que os humanos só atingem por alguns instantes e através da tragédia clássica. Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade, consideramo-lo um elemento da paisagem, e pintamo-lo. Ele pende, lápis ou óleo, de nossa parede, mas esse artifício não nos ilude, não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados. O fumo dos cigarros, subindo até o quadro, parece vagamente aborrecê-la, e certas árvores de Van Gogh, na sua crispação, têm algo de protesto.

De resto, o homem vai renunciando a esse processo de captura da árvore através da arte. Uma revista de vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria persa do século IV, onde aparece a palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título: Decadência da Árvore. Vemos através desse documentário que num Claude Lorrain da Pinacoteca de Munique, Paisagem com Caça, a árvore colossal domina todo o quadro, e a confusão de homens, cães e animal acuado constitui um incidente mínimo, decorativo. Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a aventura humana seduz mais o pintor do que o fundo natural em que ela se desenvolve.

O que será talvez um traço da arte moderna, assinala- do por Apollinaire, ao escrever: "Os pintores, se ainda observam a natureza, já não a imitam, evitando cuidadosamente a reprodução de cenas naturais observadas ou reconstituídas pelo estudo... Se o fim da pintura continua a ser, como sempre foi, o prazer dos olhos, hoje pedimos ao amador que procure tirar dela um prazer diferente do proporcionado pelo espetáculo das coisas naturais". Renunciamos assim às árvores, ou nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos, que elas, polidamente, se permitem ignorar.

(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. "A árvore e o homem", em Passeios na Ilha, Rio de Janeiro: José Olympio, 1975, p. 7-8)

Atente para as frases abaixo sobre a pontuação do texto.

I. No segmento ...genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título... (3o parágrafo), a vírgula pode ser corretamente suprimida, uma vez que é seguida da conjunção aditiva "e".

II. No segmento ...nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo... (2o parágrafo), o ponto final pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula, feita a alteração entre maiúscula e minúscula.

III. No segmento ...seduz mais o pintor do que o fundo natural... (3o parágrafo), o acréscimo de uma vírgula imediatamente após "pintor" acarretaria a separação equivocada do verbo e seu complemento.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Pessoal! vamos pedir o comentário do professor em todas as questões? assim melhoraremos nosso conhecimento...beleza?

  • Não entendi... Alguem me explica o motivo de somente a 2 estar correta?

  • caramba, acho que estou ficando burro...

    antes da conjunção aditiva "E" a regra diz que será facultativa (para dar ênfase ao texto).

  • Olá, boa tarde!

    Comentário em relação ao item III:

    Na frase III, temos a estrutura da comparação: "seduz mais o pintor do que o fundo natural".
    Nesse tipo de correlação entre oração principal / oração comparativa, não se usa vírgula.

    Crédito: Professor João Bolognesi.

    Obrigada, Natália.

  • I - Errado, pois a vírgula isola um aposto.

    II - Correto, ponto e vírgula significa uma pausa mais longa que somente a vírgula e mais curta que o ponto final.

    III - Errado, pois não está separando o verbo do seu complemento e sim uma situação comparativa.

  • I) vírgulas estão isolando um posto explicativo ( até Chirico, o criador da árvore genealógica do sonho, )explicando termo Chirico;

    II) PONTO E VÍRGULA separando orações coordenadas adversativas e conclusivas (então) com conectivos deslocados;

    Ex: Finalmente vencemos; fiquemos, pois, felizes com nossa conquista!

    III) pintor não é verbo, or. Comparativa


    GAB LETRA E

  • Uso do ";":


    D) Para marcar pausas entre orações, quando se intercala alguma conjunção entre as mesmas.


    Exemplo:


    - Eles sabiam de tudo o que se passava no colégio interno; mas, como já era de se esperar, nunca fizeram nada. Esse não é um caso obrigatório.

    - Quero sair mais com você; pois um casal precisa ter boas amizades.

    - Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda.

    - Ele chegou adiantado, como de costume; por isso, presenciou a cena desde o começo.


    Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/ponto-e-virgula/

  • Alguém traria um comentário plausível para o item II? Não entendi o porque do uso do ponto e vírgula.

  • O ponto e virgula é para dizer que tem alguma coisa fora do lugar... 

  • "NUNCA DESISTA": a vírgula não pode ser retirada porque está separando um aposto explicativo. Não se pode simplesmente tirar uma vírgula e deixar a outra lá "perdida" no texto. Seu pensamento está correto, porém não neste caso.

  • O comentário plausível sobre o item II é que se trata de uma oração (coordenada) CONCLUSIVA: "Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança; ENTÃO, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade, consideramo-lo um elemento da paisagem, e pintamo-lo!" 

    Como existe uma continuidade de sentido entra as duas orações,elas não precisam ser separadas por ponto. Podem ser separadas por ponto-e-vírgula.

  • Errei...não voltei ao texto na I.
    O erro da I, também, é por ser equivalente a ''mas''.
    Mas os principais erros são:

    I- Há uma intercalação explicativa antes, não pode deixar a vírgula lá perdida. (alguns colegas já indicaram o mesmo)

    II - É uma conclusiva, o ponto e vírgula pode separar o. coordenadas que já possuam vírgula em seu interior.

    III - É uma comparativa, sem problema separar com vírgula.


ID
1491826
Banca
FCC
Órgão
TRE-RR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres.
Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica.
Hoje as mulheres podem investir numa carreira.
A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no Facebook.
O Facebook contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.


As frases isoladas acima compõem um único parágrafo, devidamente pontuado, com clareza e lógica, em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    1- O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres. 
    2- Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica. 
    3- Hoje as mulheres podem investir numa carreira. 
    4- A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no Facebook. 
    5- O Facebook contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social. 


    A única opção que segue exatamente a ordem de orações do enunciado é a letra E.


    1- O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres, 2- que hoje estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica,3- além de poderem investir numa carreira. 4- A revolução das comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, 5- contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.


    B) poderia confundir pois segue também a ordem do enunciado. Mas confundiu no meio da primeira oração, não foi depois do crescimento e sim com o crescimento.

    A visibilidade das mulheres, depois do crescimento da vida urbana, hoje estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica e poder investir numa carreira. Em razão da revolução das comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, o qual contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.


  • Depois de consultar o gabarito da questão eu também consigo justificar.

    Quero saber por que essa é a resposta certa?

  • Luana, a alternativa B apresenta vários problemas: no primeiro período, o verbo "estão" tem como sujeito "a visibilidade das mulheres, o que não tem nem sentido nem correção gramatical; ainda no primeiro período, a expressão "poder investir" completa "estão menos obrigadas a", o que também é ilógico; por fim, no segundo período, falta uma oração principal que conclua a ideia.

  • Vou tentar comentar

    a) A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no Facebook. Que contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social. E ainda, com o crescimento da vida urbana (acho que deveria ter vírgula aqui, encerrando a vírgula após "ainda": ainda, com... urbana, ...) aumentou a visibilidade das mulheres. Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica; que podem investir numa carreira.

     b)Com o crescimento da vida urbana, aumentou-se a visibilidade das mulheres, às quais estão hoje menos obrigadas a se consagrar exclusivamente a (deveria ter crase) vida doméstica, assim como podem investir numa carreira. Para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social, veio a revolução das comunicações, tendo começado com o telefone e prossegue no Facebook, que contribuiu para esse fato.

     c)A visibilidade das mulheres, depois do crescimento da vida urbana, hoje estão menos obrigadas (não faz sentido quando se retira o que tem entre as vírgulas: A visibilidade das mulheres hoje estão menos obrigadas...) a se consagrar exclusivamente à vida doméstica e poder investir numa carreira. Em razão da revolução das comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, o qual contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.

     d)Hoje as mulheres estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica, com o crescimento da vida urbana, que aumentou sua visibilidade, podendo investir numa carreira. E ainda a diluição das fronteiras entre o isolamento e a vida social com a revolução das comunicações que, tendo começado com o telefone, prossegue no Facebook, contribuiu para isso (achei que ficou sem sentido a estrutura das partes em vermelho) 

     e) (CERTA) O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres, que hoje estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica, além de poderem investir numa carreira. A revolução das comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.

  • A E é a mais correta, mas também altera um pouco o sentido no final:

    Original
    O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres.
    Hoje elas estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica.
    Hoje as mulheres podem investir numa carreira.
    A revolução das comunicações começou com o telefone e prossegue no Facebook.
    O Facebook contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.

     

    Letra E

    O crescimento da vida urbana aumentou a visibilidade das mulheres, 
    que hoje estão menos obrigadas a se consagrar exclusivamente à vida doméstica, além de poderem investir numa carreira. 
    A revolução das comunicações, que começou com o telefone e prossegue no Facebook, 
    contribuiu para diluir as fronteiras entre o isolamento e a vida social.

     

    No primeiro, o Facebook contribuiu, no outro, a revolução das comunicações contribuiu......
     

  • Eu também acho que a "E" está errada. Parece que "a revolução das comunicações...contribuiu para diluir..." . Quando na verdade "O Facebook contribuiu para diluir..."


ID
1515679
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa correta de acordo com a norma padrão.

Alternativas
Comentários
  • Qual o erro da E?

  • Leonardo o certo era havia chegado e não havia chego

  • Tks, Paulo

  • GABARITO: LETRA D

    A) Naquela noite, os policiais atenderam a menas ocorrências. → o correto é "menos", visto que temos um advérbio, e os advérbios são invariáveis.

    B) O tenente está sempre mal-humorado, mais hoje foi simpático com os soldados → correto seria "mas", sendo uma conjunção coordenativa adversativa.

    C) Porque o soldado não se apresentou uniformizado? → o correto seria "por que", equivalendo a "por qual motivo", usado em uma pergunta direta.

    D) Por trás deste muro, está o campo de treinamento do batalhão.

    E) O soldado havia chego pontualmente ao quartel. → o correto seria: CHEGADO.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Menas e chego não existem

    Mais = advérbio de intensidade

    Porque = usa-se para responder

  • havia chegado

  • SER/ESTAR --> MENOR (humilde)

    TER/HAVER --> MAIOR (visionário)

  • A ) Menos

    B ) Mas

    C) Por que

    D) Correto

    E) Chegado

  • A) Naquela noite, os policiais atenderam a menas ocorrên­cias.

    Naquela noite, os policiais atenderam a menos ocorrências. >Advérbios são invariáveis.

    B) O tenente está sempre mal-humorado, mais hoje foi simpático com os soldados.

    O tenente está sempre mal-humorado, mas hoje foi simpático com os soldados

    >Mas é uma conjunção adversativa, que indica contradição, oposição. Substituindo-se por ''porém, todavia, contudo''.

    >Mais pode ser advérbio de intensidade ou pronome indefindo.

    C) Porque o soldado não se apresentou uniformizado?

    Porque > respostas diretas;

    Por que> perguntas, substituindo-se por ''pela qual/pelo qual ou por qual razão/por qual motivol'';

    Por quê> utilizado no final da frase, como uma pergunta;

    Porquê> utilizado depois do ''o''.

    D) Por trás deste muro, está o campo de treinamento do batalhão.

    E)O soldado havia chego pontualmente ao quartel.

  • Não existe essa vírgula na letra D...

  • Por trás deste muro, está o campo de treinamento do batalhão. A VÍRGULA TA AÍ POR QUE ( por trás deste muro) É ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR E ESTA DESLOCADO .

  • GABARITO: D

    a) Naquela noite, os policiais atenderam a menas ocorrên­cias. -> "MENAS" não existe

    b) O tenente está sempre mal-humorado, mais hoje foi simpático com os soldados. o correto seria:"MAU HUMORADO"

    c) Porque o soldado não se apresentou uniformizado? -> O correto seria: "Por que"

    d) Por trás deste muro, está o campo de treinamento do batalhão.

    e)O soldado havia chego pontualmente ao quartel.


ID
1542625
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Juatuba - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                       Os pobres homens ricos



      Um amigo meu estava ofendido porque um jornal o chamou de boa‐vida. Vejam que país, que tempo, que situação! A vida deveria ser boa para toda gente, o que é insultuoso é que o seja apenas para alguns.

     “Dinheiro é a coisa mais importante do mundo.” Quem escreveu isso não foi nenhum de nossos estimados agiotas. Foi um homem que a vida inteira viveu de seu trabalho, e se chamava Bernard Shaw. Não era um cínico, mas um homem de vigorosa fé social, que passou a vida lutando, a seu modo, para tornar melhor a sociedade em que vivia – e em certa medida o conseguiu. Ele nos fala de alguns homens ricos:

      “Homens ricos e aristocratas com um desenvolvido senso de vida – homens como Ruskin, Willian Morris, Kropotkin – têm enormes apetites sociais… não se contentam com belas casas, querem belas cidades… não se contentam com esposas cheias de diamantes e filhas em flor; queixam‐se porque a operária está malvestida, a lavadeira cheira a gim, a costureira é anêmica, e porque todo homem que encontra não é um amigo e toda mulher não é um romance… sofrem com a arquitetura do vizinho…”

      Esse “apetite social” é raríssimo entre os nossos homens ricos; a não ser que “social” seja tomado no sentido de “mundano”. E nossos homens de governo têm uma pasmosa desambição de governar. Vi, há tempo, um conhecido meu, que se tornou muito rico, sofreu horrorosamente na hora de comprar um quadro. Achava o quadro uma beleza, mas como o pintor pedia tantos contos ele se perguntava, e me perguntava, e perguntava a todo mundo se o quadro “valia” mesmo aquilo, se o artista não estaria pedindo aquele preço por sabê‐lo rico, se não seria “mais negócio” comprar um quadro de fulano.

      Fiquei com pena dele, embora saiba que numa noite de jantar e boate ele gaste tranquilamente aquela importância, sem que isso lhe dê nenhum prazer especial. Fiquei com pena porque realmente ele gostava do quadro, queria tê‐lo, mas o prazer que poderia ter obtendo uma coisa ambicionada era estragado pela preocupação do negócio. Se não fosse pelo pintor, que precisava de dinheiro, eu o aconselharia a não comprar.
  
      Homens públicos sem sentimento público, homens ricos que são, no fundo, pobres‐diabos – que não descobriram que a grande vantagem real de ter dinheiro é não ter que pensar a todo momento, em dinheiro…

                             (BRAGA, Rubem. 200 Crônicas escolhidas. 31ª Ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010.)

“Um amigo meu estava ofendido porque um jornal o chamou de boa-vida. Vejam que país, que tempo, que situação!”
(1º§) O emprego da exclamação, no excerto anterior, tem o sentido de

Alternativas
Comentários
  • NOSSAAAAAAAAAAAAA  =O =O , VEJAM QUE PAÍS , QUE TEMPO , QUE SITUAÇÃAAO !!!!!!!!!!!!! 

     

    : ESPANTO . 

  • A resposta é C (Espanto) por que mostra surpresa referente a vida (Boa-vida) do amigo .

    Não confundir com a D. O desprezo vem depois em "A vida deveria ser boa para toda gente, o que é insultuoso é que o seja apenas para alguns". 

    Espero ter ajudado e bons estudos.

  • Gabarito : C

     


ID
1545217
Banca
FCC
Órgão
MANAUSPREV
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    O primeiro... problema que as árvores parecem propor-nos é o de nos conformarmos com a sua mudez. Desejaríamos que falassem, como falam os animais, como falamos nós mesmos. Entretanto, elas e as pedras reservam-se o privilégio do silêncio, num mundo em que todos os seres têm pressa de se desnudar. Fiéis a si mesmas, decididas a guardar um silêncio que não está à mercê dos botânicos, procuram as árvores ignorar tudo de uma composição social que talvez se lhes afigure monstruosamente indiscreta, fundada que está na linguagem articulada, no jogo de transmissão do mais íntimo pelo mais coletivo.
    Grave e solitário, o tronco vive num estado de impermeabilidade ao som, a que os humanos só atingem por alguns instantes e através da tragédia clássica. Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade, consideramo-lo um elemento da paisagem, e pintamo-lo. Ele pende, lápis ou óleo, de nossa parede, mas esse artifício não nos ilude, não incorpora a árvore à atmosfera de nossos cuidados. O fumo dos cigarros, subindo até o quadro, parece vagamente aborrecê-la, e certas árvores de Van Gogh, na sua crispação, têm algo de protesto.
    De resto, o homem vai renunciando a esse processo de captura da árvore através da arte. Uma revista de vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria persa do século IV, onde aparece a palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título: Decadência da Árvore. Vemos através desse documentário que num Claude Lorrain da Pinacoteca de Munique, Paisagem com Caça, a árvore colossal domina todo o quadro, e a confusão de homens, cães e animal acuado constitui um incidente mínimo, decorativo. Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a aventura humana seduz mais o pintor do que o fundo natural em que ela se desenvolve.
    O que será talvez um traço da arte moderna, assinalado por Apollinaire, ao escrever: "Os pintores, se ainda observam a natureza, já não a imitam, evitando cuidadosamente a reprodução de cenas naturais observadas ou reconstituídas pelo estudo... Se o fim da pintura continua a ser, como sempre foi, o prazer dos olhos, hoje pedimos ao amador que procure tirar dela um prazer diferente do proporcionado pelo espetáculo das coisas naturais". Renunciamos assim às árvores, ou nos permitimos fabricá-las à feição dos nossos sonhos, que elas, polidamente, se permitem ignorar.


                                                (Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. "A árvore e o homem", em
                                                                           Passeios na Ilha, Rio de Janeiro: José Olympio, 1975, p. 7-8)

Atente para as frases abaixo sobre a pontuação do texto.

I. No segmento ...genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título... (3o parágrafo), a vírgula pode ser corretamente suprimida, uma vez que é seguida da conjunção aditiva "e".

II. No segmento ...nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo... (2o parágrafo), o ponto final pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula, feita a alteração entre maiúscula e minúscula.

III. No segmento ...seduz mais o pintor do que o fundo natural... (3o parágrafo), o acréscimo de uma vírgula imediatamente após "pintor" acarretaria a separação equivocada do verbo e seu complemento.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Sobre a alternativa III

    seduz mais o pintor do que o fundo natural....

    Não se trata de separação do verbo e seu complemento,  e sim a separação de uma oração comparativa


  • I- O e tem vírgula, quando se trata de sujeitos diferentes

    O e não tem virgula quando se trata de sujeitos iguais

    Na alternativa, os sujeitos são diferentes - vírgula não pode ser suprimida


    II- ; para conclusão e explicação


    III- Não se separa a oração comparativa, além da vírgula vir depois do nome e não do verbo.

  • III. Caso as orações subordinadas adverbiais venham antepostas à principal, a vírgula é indispensável. Caso uma oração subordinada adverbial se intercalar à oração principal, a vírgula é também obrigatória. Em uma oração subordinada adverbial posposta à oração principal, como no caso, a vírgula é facultativa (dispensável). A segunda oração "do que o fundo natural..." é subordinada adverbial comparativa, razão pela qual pode ou não haver vírgula antes, ou seja, após o termo "pintor". Importante observar que nas orações subordinadas comparativas pode haver supressão do verbo, porque ele é idêntico ao da oração principal. Caso o verbo não fosse suprimido teríamos a seguinte forma:

    (1 oração) a aventura humana seduz mais o pintor (,)

    (2 oração) do que seduz o fundo natural em que ela se desenvolve

     A assertiva está errada, pois o acréscimo de uma vírgula imediatamente após "pintor" não separaria o verbo de seu complemento, mas sim uma oração principal de uma oração subordinada.

  • I. A vírgula antes da conjunção "e" não pode ser suprimida pois separa um aposto explicativo: (,)o criador da árvore genealógica do sonho(,) ,que é aposto de "Chirico".

    II. O ponto e vírgula é proibido em período simples e período composto por subordinação. Esse sinal somente é usado entre orações coordenadas.  A colocação do ponto e vírgula antes do "então" separaria duas orações coordenadas entre si e , portanto, estaria correta.


  • Q492602 professor comentou.

  • VALEU MASCARENHAS. REALMENTE A FCC SE SUPEROU NESSA QUESTAO. CAI QUE NEM CRIANCA NA RUA RSRS

  • Minha dúvida é a seguinte, fazendo a substituição que a alternativa manda, ficaria assim: "Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança; então, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade," A vírgula imadiatamente após 'então' ainda continuaria correta? Que eu saiba, a vírgula é facultativa quando as conjunções conclusivas e adversativas (exceto 'mas') iniciarem período, suprimindo o ponto, a conjunção não estaria mais iniciando o período, a vírgula continuaria facultativa ? 

  • O erro do ítem I está no fato de que o "e" não se trata de uma conjução aditiva. Para responder a questão é preciso interpretar o texto e observar que o "e" significa MAS (conjunção adversativa). Ou seja, o uso da vírgula é indispensável.

    obs: Q492602 comentários do Professor.


ID
1545532
Banca
FGV
Órgão
DPE-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Uma empresa de bebidas fez um pequeno texto publicitário em que dizia o seguinte:

DÊ,
MAIS,
PAUSAS
NA,
SUA,
VIDA.

A afirmativa correta sobre a composição desse texto publicitário é:

Alternativas
Comentários
  • Essa fiz pela simples lógica da brincadeira com as vírgulas na frase.

  • As vírgulas ilustram as "pausas" que o texto publicitário sugere.

  • Fiquei muito em dúvida entre a letra a A e a letra B.

    Pq a letra A está errada?
    Não estamos diante de um verbo no imperativo?

  • Na verdade na letra A está sendo dado um CONSELHO, SOLICITAÇÃO...no modo imperativo nem sempre é uma ordem.

  • As vírgulas sugerem as pausas e sugerem tb um gole antes da fala.

  • Erro da Letra A...a ordem não é do fabricante, mas sim da empresa que vende...

  • Acho que o erro da letra A tb diz respeito ao uso especifico do imperativo nesse anuncio: não é ordem, e sim, conselho.

  • Acertei escolhendo a alternativa menos absurda.

  • Alternativa B

     

    As virgulas usadas não foi de forma gramatical e sim conotativo.

  • CONOTATIVO - sentido figurado; outro sentido. As vírgulas não estão conforme a regra de pontuação e sim outro sentido (dar mais pausas de fato).

     

    DENOTATIVO - Dicionário - é o sentido do dicionário. 

  • FUNÇÃO CONOTATIVA - BUSCA MOBILIZAR A ATENÇÃO DO RECEPTOR;

                                              Pode ser volitiva, rebelando vontade; Ex: Por favor, eu gostaria que você se retirasse. ou

                                              Imperativa,como nas propagandas (caso da questão); Ex: "Beba coca-cola.", "Compre um, leve três."

                                              

  • sentido conotativo é também chamado de figurado. Nesse caso, a palavra apresenta um significado mais contextual e interpretativo. Trata-se de uma ferramenta estilística.

    ex: O atacante rabiscou toda a defesa antes de fazer o gol.

    Note que o verbo rabiscar não é utilizado no sentido literal ou denotativo. Na frase, usa-se a palavra como referência ao movimento que se faz ao rabiscar, criando uma comparação com a ação que o atacante executou. Ou seja, trata-se de uma linguagem figurada e metafórica.

    Denotação = sentido literal.

    Conotação = sentido figurado.

  • Encarei as vírgulas como goles, pausas conotativas.

  • Modo imperativo: indica ordens, pedido, conselhos, súplicas ou sugestões.

    Denotação: Uma palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado original independentemente do contexto em que aparece.

     Conotação: Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto em que esteja inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.

    * Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: trata-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o sentido que consta no dicionário.

  • vindo da FGV pensei que fosse pegadinha ...


ID
1552102
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Qual o limite do humor?

           Fazer rir é uma arte e como em toda arte há bons artistas e maus artistas. Há bons músicos e maus músicos, há bons pintores e maus pintores, há bons humoristas e maus humoristas. O estranho é que, mesmo assim, quando publicam uma música de mau gosto, que transforma a mulher em objeto sexual, por exemplo, não se fala em proibi‐la, retirá‐la de circulação; quando o artista elabora uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez.
          Talvez porque haja exageros. No pretexto de fazer humor, piadistas chegam a extravasar essa esfera e atingir a dignidade, a reputação e a imagem alheia, causando danos sociais muitas vezes irreparáveis.  
          Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas, de sexo, de orientação sexual e congêneres reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos oprimidos. Será? Sei que um erro não justifica outro, mas é fato que o humor sempre foi assim e, até pouquíssimo tempo atrás, ninguém processava humoristas por piadas de mau gosto. “Os Trapalhões" era recheado de piadas infames e racistas por meio do Mussum e contra os calvos tendo como alvo Zacarias. E Renato Aragão é, até hoje, embaixador da ONU. O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?
          Instigado o debate, deixo minha contribuição: penso que o limite do humor é a individualidade. Não se pode tolher o humorista de fazer graça com diferenças genéricas, atribuíveis a pessoas indeterminadas. Há abuso a ser coibido, contudo, a partir do momento em que o comediante aponta especificamente o “Fulano de Tal" e, com base em uma característica que lhe é própria, tira sarro, diminui, ridiculariza aquela pessoa determinada. Aí cabe ao Poder Judiciário impor as sanções cabíveis para desincentivar condutas desse jaez. De resto, que se permita o humor para alegrar nossas vidas.

(SUBI, Henrique. Disponível em: http://www.estudeatualidades.com.br/2013/11/qual‐o‐limite‐do‐humor/. Acesso em: 05/12/2014. Adaptado.)

Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?” (3º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para

Alternativas
Comentários
  • sem comentarios. 

  • Aposto que não terei a sorte de cair uma dessa na minha prova.

  • Fiquei até com medo de ser pegadinha kkkkk

  • Gabarito Letra D

     

    No mais, deixo meus parabéns para o elaborador das questões de português dessa prova que seguiu a mesma linha do texto-base: ridículos e superficiais.

  • Uma retórica.

  • Gabarito Letra D.

    Realizar pergunta, questionamento.

  • O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta, questionamento. Assim, a alternativa (D) é a correta. 

    Quem dera uma dessas na minha prova.

  • Questão muito difícil, quem acertou essa aí passou na prova


ID
1557160
Banca
CETRO
Órgão
MDS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Nos últimos doze anos, o Brasil venceu desafios que antes eram vistos como fatalidades com as quais estávamos condenados a conviver para sempre. Superamos a extrema pobreza e a fome. Por outro lado, tem sido utilizada a imagem de que a vida melhorou significativamente da porta de casa para dentro, enquanto do lado de fora, seja nas ruas ou nos campos, persiste grande precariedade dos serviços e bens públicos ofertados, acarretando enormes dificuldades ao dia a dia da população – principalmente das camadas mais pobres. Se o governo reeleito declara que o Brasil sem Miséria se encerra tendo cumprido sua missão, baseado na superação da extrema pobreza pelo critério da renda, não há dúvida sobre a necessidade de continuar avançando, abrindo um novo ciclo de enfrentamento da pobreza e da desigualdade.

      Nesse novo ciclo, os esforços devem se voltar prioritariamente para melhorar a qualidade de vida de grande parte da população. E isso não se faz com megaprojetos ou megaeventos, mas com um modelo de desenvolvimento que priorize a cidadania e o direito ao acesso a serviços públicos de qualidade e a cidades sustentáveis, com foco especial na inclusão daqueles que vivem em situação de pobreza.

      Não se trata de contrapor universalização e focalização. Trata-se de realizar ações afirmativas porque a universalização não se confirma na prática justamente pelas dificuldades de acesso daqueles que são socialmente mais vulneráveis. Apesar dos preconceitos que a prioridade sobre a correção de injustiças pode gerar – vide reações a cotas e ao Bolsa Família –, o reconhecimento de que os mais pobres são aqueles que, tradicionalmente, ficam por último faz que se imponha aqui o preceito da equidade, uma vez que atender igualmente os desiguais poderia resultar na manutenção de desigualdades, pondo em xeque o objetivo maior da universalização de direitos.

      Mesmo com os avanços na última década, o déficit ainda é de grande monta, e a população mais pobre continua a sofrer duramente o alijamento ou o reduzido acesso a serviços essenciais e, quando deles dispõe, na maior parte das vezes a qualidade oferecida é extremamente deficiente. Por exemplo, um trabalhador que more na Baixada Fluminense e trabalhe no centro do Rio de Janeiro pode ter sua jornada para o trabalho acrescida de seis horas, pela precariedade dos transportes. A crise hídrica do estado de São Paulo, por sua vez, está castigando mais severamente os bairros pobres da capital. E os  homicídios em todo o país vitimam majoritariamente jovens negros e pobres.

                                   SIMPSON, M.D. e MENEZES, F. Serviços públicos para redução da pobreza e da desigualdade.

                                                             In: Le Monde Diplomatique Brasil, Edição 90, janeiro de 2015. Disponível em:

                                                            <http;//www.diplomatique.org.br/antigo.php?id=1484>. Acesso em 02/06/2015. 

Considerando a leitura do quarto parágrafo do texto, bem como as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, analise as assertivas abaixo.


I. A troca de “a população” por “as populações” exigirá a flexão em número de somente mais dois termos da frase, a fim de manter a correção gramatical quanto à concordância.

II. A estrutura “Por exemplo” pode ser deslocada para diferentes lugares da frase, como após os verbos “more” ou “trabalhe”, sem que isso prejudique a organização das ideias do parágrafo.

III. É essencial à organização adequada das ideias do parágrafo o uso do ponto-final antes de “E os homicídios em todo o país [...]”.

IV. Na última frase do parágrafo, a expressão “todo o país” não pode ter o artigo “o” suprimido, pois isso representará prejuízo ao sentido original do fragmento.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I. A troca de “a população” por “as populações” exigirá a flexão em número de somente mais dois termos da frase, a fim de manter a correção gramatical quanto à concordância. Vejamos como fica a reescrita: "[...]as populações mais pobres continuam a sofrer duramente o alijamento[...] e, quando deles dispõem[...]". Portanto, mais de dois termos são flexionados. Errado. 


    II. A estrutura “Por exemplo” pode ser deslocada para diferentes lugares da frase, como após os verbos “more” ou “trabalhe”, sem que isso prejudique a organização das ideias do parágrafo. A colocação do "por exemplo" imediatamente após "more" dá a impressão de que o exemplo é sobre um tipo de moradia, e não de como "a qualidade oferecida é extremamente deficiente". Errado. 


    III. É essencial à organização adequada das ideias do parágrafo o uso do ponto-final antes de “E os homicídios em todo o país [...]”. O autor fornece três exemplos (RJ, SP e Brasil) de como "a qualidade oferecida é extremamente deficiente". Assim, ele enumera os exemplos mediante uso do ponto-final, em vez de ponto e vírgula, fazendo com que o ponto final antes do "E" seja obrigatório, pois, se não o fosse, a frase seria uma continuidade do segundo exemplo. Certo. 


    IV. Na última frase do parágrafo, a expressão “todo o país” não pode ter o artigo “o” suprimido, pois isso representará prejuízo ao sentido original do fragmento. Se se remover o "o", o sentido mudará de restrito (todo o país brasileiro) para indiscriminado (todo e qualquer país). Cf. http://www.pucrs.br/manualred/faq/todo.php. Certo.  


    Gabarito: A.

  • "Por exemplo, um trabalhador que more na Baixada Fluminense e trabalhe no centro do Rio de Janeiro pode ter sua jornada para o trabalho acrescida de seis horas, pela precariedade dos transportes."

    Semanticamente parece-nos igual a, vejamos:

    Quem pode ter sua jornada para o trabalho acrescida de seis horas, pela precariedade dos transportes? 

    Um trabalhador que more por exemplo na Baixada Fluminense e trabalhe no centro do Rio de Janeiro.

    ou 

    Um trabalhador que more na Baixada Fluminense e trabalhe por exemplo no centro do Rio de Janeiro

  • mas na três naõ seria apenas um ponto simples ???

     


ID
1557562
Banca
CETRO
Órgão
MDS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Como diz o outro, preconceito é o diabo. Tanto mais quando as sociedades humanas até hoje não foram capazes de se estruturar nem de se organizar sem ele, isto é, sem alguma forma de negar o próximo. Daí a necessidade de combater o preconceito a cada instante e daí a sua persistência na História, sob formas sucessivas. Vai um, vem outro, muita gente vive dele e para ele, enquanto poucos lutam contra. Na pior hipótese admissível, ele deve ser pelo menos recalcado, disfarçado, porque disfarçando a pessoa acaba por atenuar o seu impacto e não deixa que ele se torne impedimento de relações mais ou menos normais. Por isso costumamos esperar e até exigir que os educadores, os chefes, os líderes, as pessoas que expressam grupos ou são investidas de alguma representação coletiva não manifestem preconceito, para poderem executar bem sua tarefa. Se os têm, que os escondam e não atuem em função deles. 
       Eis por que foi mesmo lamentável o pronunciamento do general Coelho Neto, para quem o cardeal Arns é mau brasileiro, e talvez nem seja brasileiro, por ser contrário à entrada do Brasil na indústria armamentista. Pensando no motivo que teria levado o general a simular dúvida sobre a nacionalidade óbvia de um eminente patrício seu, me ocorre que ele poderia estar exprimindo uma das formas mais arcaicas de preconceito que há no Brasil: a noção que o descendente de estrangeiros, portador de sobrenome não-português, é menos brasileiro. Menos brasileiro em relação a quem? 
       Quando eu era menino, há meio século e mais, ainda florescia este sentimento torto, partilhado automaticamente, quase sem malícia, nem prejuízo das relações do dia a dia, pela maior parte dos descendentes de famílias que eram velhas por aqui. Mas a coisa podia engrossar em certas circunstâncias, porque, como eles se achavam “mais brasileiros", achavam-se também mais donos do país, e quando o estrangeiro ou seu filho faziam qualquer coisa que desagradava — do tipo ganhar dinheiro demais, comprar terras do pessoal antigo, brilhar ou mostrar mais capacidade — havia quem se sentisse vagamente espoliado de um direito virtual. E que podia chegar a ver no caso um desaforo tácito, atentatório, à integridade e ao destino da Nação... 

CANDIDO, A. Preconceito arcaico. (Folha de S.Paulo, 7/4/1982). Texto com adaptações. In: Textos de Intervenção/ Antonio Candido; seleção, apresentação e notas de Vinicius Dantas. São Paulo: Duas Cidades; Ed.34, 2002

Considerando a leitura do primeiro parágrafo do texto, bem como as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • a) Partícula Expletiva

    b)Como diz o outro, preconceito é o diabo, tanto mais quando as sociedades humanas até hoje não foram capazes de se estruturar nem de se organizar sem ele, isto é, sem alguma forma de negar o próximo. 

    C)Virgula Opcional: Existe um caso. Se a expressão de tempo, modo, lugar etc. não for uma expressão, mas sim uma palavra só, então a vírgula é facultativa. Vai depender do sentido, do ritmo, da velocidade que você quer dar para a frase.
    Exemplos::Amanhã vamos sair para jantar.
    Amanhã, vamos sair para jantar.

    d) ERRADO pois: A forma correta de escrita da palavra é empecilho. A palavra impecilho está errada. Devemos utilizar o substantivo comum masculino empecilho sempre que quisermos referir um obstáculo, um estorvo, um impedimento, ou seja, alguma coisa ou alguém que impede ou dificulta.

    e) Por isso costumamos esperar e até exigir que os educadores, os chefes, os líderes, as pessoas que expressam grupos ou são investidas de alguma representação coletiva não manifestem preconceito, para poderem executar bem sua tarefa. Se os têm, que os escondam e não atuem em função deles.            X                                                                                     Por isso costumamos esperar e até exigir que os educadores, os chefes, os líderes, as pessoas que expressam grupos ou são investidas de alguma representação coletiva não manifestem preconceito, para poderem executar bem sua tarefa. Se os têm, os escondam e não atuem em função deles. 

  • Se o daí é partícula expletiva, porque provoca alteração semântica?

  • Boa! Obrigada!


ID
1559197
Banca
IDECAN
Órgão
Prefeitura de Ipatinga - MG
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO:                                            
                                            O homem e a cobra



Certo homem de bom coração encontrou na estrada uma cobra entanguida de frio.
– Coitadinha! Se fica por aqui ao relento, morre congelada.
Tomou-a nas mãos, conchegou-a ao peito e trouxe-a para casa. Lá a pôs perto do fogão.
– Fica-te por aqui em paz até que eu volte do serviço à noite. Dar-te-ei então um ratinho para a ceia.
E saiu. 
De noite, ao regressar, veio pelo caminho imaginando as festas que lhe faria a cobra.
– Coitadinha! Vai agradecer-me tanto...
Agradecer, nada! A cobra, já desentorpecida, recebeu-o de linguinha de fora e bote armado, em atitude tão ameaçadora que o homem enfurecido exclamou:
– Ah, é assim? É assim que pagas o benefício que te fiz? Pois espera, minha ingrata, que já te curo...
E deu cabo dela com uma paulada. 

                                                                                                           (Monteiro Lobato, Fábulas, Brasiliense
 


No trecho “– Ah, é assim?" o ponto de interrogação (?) foi utilizado para:

Alternativas
Comentários
  • Por exclusão [Gab. E]

    *Indicar diversos sentimentos (surpresa, indignação, expectativa);

    "enfurecido exclamou:
    – Ah, é assim?"

  • Finalizar uma interrogação direta.

    [Gab. E]

    *Indicar diversos sentimentos (surpresaindignaçãoexpectativa);

    "enfurecido exclamou:

    – Ah, é assim?"


ID
1597000
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Eu pertenço a uma família de profetas après coup, post factum*, depois do gato morto, ou como melhor nome tenha em holandês. Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio estava por mim prevista, tanto que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada; entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.

      Neste jantar, a que meus amigos deram o nome de banquete, em falta de outro melhor, reuni umas cinco pessoas, conquanto as notícias dissessem trinta e três (anos de Cristo), no intuito de lhe dar um aspecto simbólico.

    No golpe do meio (coup du milieu, mas eu prefiro falar a minha língua), levantei-me eu com a taça de champanha e declarei que acompanhando as ideias pregadas por Cristo, há dezoito séculos, restituía  a liberdade ao meu escravo Pancrácio; que entendia que a nação inteira devia acompanhar as mesmas ideia se imitar o meu exemplo; finalmente, que a liberdade era um dom de Deus, que os homens não podiam roubar sem pecado.

      Pancrácio, que estava à espreita, entrou na sala, como um furacão, e veio abraçar-me os pés. Um dos meus amigos (creio que é ainda meu sobrinho) pegou de outra taça, e pediu à ilustre assembleia que correspondesse ao ato que acabava de publicar, brindando ao primeiro dos cariocas. Ouvi cabisbaixo; fiz outro discurso agradecendo, e entreguei a carta ao molecote. Todos os lenços comovidos apanharam as lágrimas de admiração. Caí na cadeira e não vi mais nada. De noite, recebi muitos cartões. Creio que estão pintando o meu retrato, e suponho que a óleo.

      No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:

      − Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...

      − Oh! meu senhô! fico.

      − ...Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudocresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quandonasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais altoque eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...

      − Artura não qué dizê nada, não, senhô...

      − Pequeno ordenado, repito, uns seis mil réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito  mais que uma galinha. Justamente. Pois seis mil réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.

      Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.

      Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre. [...]


*Literalmente, “depois do golpe”, “depois do fato”.

                                            (Adaptado de: ASSIS, Machado de. "Bons dias!", Gazeta deNotícias, 19 de maio de 1888)

Sobre a pontuação do texto, considere:


I. Mantém-se a correção alterando-se a pontuação da frase Oh! meu senhô! fico. (7° parágrafo) para Oh, meu senhô, fico!


II. O ponto e vírgula, no segmento ... por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade... (11° parágrafo), pode ser substituído por dois-pontos.


III. No segmento Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio... (1° parágrafo), pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após juro.


Está correto o que consta em

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

     

    Copiando a explicação da Priscila Souza na Q502267

     

    Detalhando item por item:

    I. Mantém-se a correção alterando-se a pontuação da frase Oh! meu senhô! fico. (7 o parágrafo) para Oh, meu senhô, fico

    O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indiganação, piedade, ordem, súplica, etc. Portanto, a frase acima poderia ser alterada - CERTA.




    II. O ponto e vírgula, no segmento ... por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade...(11 o parágrafo), pode ser substituído por dois-pontos. 

    O ponto e vírgula pode ser substituído por dois-pontos para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse. Efeitos da liberdade resume toda ideia anterior da frase, vejamos: "Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade". CERTA.



    III. No segmento Por isso digo, e juro se necessário for, que toda a história desta lei de 13 de maio...(1 o parágrafo), pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após juro. 

    Ao acrescentar a vírgula após juro será apenas para dar ênfase, pois é utilizado para os termos coordenados ligados por e, ou, nem.

  • uma questão só para assustar o pessoal no fim da prova de português. A explicação do Cassiano está bacana.


ID
1627495
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
CORECON - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Obrigado por ligar. Sua ligação é muito importante para nós. Se desejar serviços de instalação, tecle 1. Para reagendamento de visita, tecle 2. Para verificação de dados cadastrais, tecle 3. Para informações sobre plano de pagamento, tecle 4. Para falar com um de nossos atendentes...

Não, você não conseguirá falar com um de nossos atendentes. Mas poderá ouvir, durante 25 minutos ou mais, sucessos como “Moonlight Serenade” e o tema de “Golpe de Mestre”.

Também, quem mandou você não ter em mãos o número de seu cartão eletrônico, de sua matrícula no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), de seu cadastro na Comunidade NetLig?

Muitas coisas mudam de forma e de nome, mas no fundo permanecem iguais. A peregrinação que temos de fazer de tecla em tecla é a mesma que, antigamente, nos levava a passar horas nas filas de uma repartição burocrática.

Cada tecla, afinal de contas, não passa de um guichê, e o cartão que devemos ter por perto ou a senha que se impõe saber de cor equivale ao papel, à guia, ao documento que nos exigem e que nunca está a contento do funcionário.

É a burocracia sem papel, a burocracia dos impulsos eletrônicos. Claro, há vantagens: não é preciso sair de casa e, enquanto você espera atendimento, com o telefone encaixado entre o ombro e a bochecha, sempre poderá fazer alguma outra coisa. Sugestões: pôr os papéis em ordem na gaveta (você poderá encontrar o cartão de crédito cujo desaparecimento tentava comunicar); teclar alguma outra senha de acesso no computador, se tiver internet banda larga (se não tem, disque para nós hoje mesmo); alongar os músculos do pescoço e da nuca; ou entregar-se a outras atividades corporais cujo nome não seria conveniente declinar aqui.

De todo modo, a burocracia eletrônica segue os princípios da antiga. Quanto mais a instituição ou a empresa economizam, mais o usuário perde tempo. No hospital público ou na assistência técnica da máquina de lavar, sempre vigora a lei da seleção natural: eliminam-se os fracos, para que só os mais fortes, ou os mais desesperados, cheguem até o fim do processo.

Claro que, quanto mais procurado o serviço, maior a fila. Se notamos tanta burocracia nas instituições públicas, é porque seu acesso é universal. Em inúmeras entidades privadas vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser procuradas pelo grosso da população. Os planos de saúde particulares constituem o maior exemplo disso, mas bancos e cartões de crédito, cujo universo de clientes se ampliou muito, não ficam atrás.

Experimento reações contraditórias quando vou a um caixa eletrônico. Em comparação com a fila tradicional, sem dúvida ganho tempo. Mas sinto que estou também “trabalhando” para o banco. Passo a senha, digito, confirmo, conto o dinheiro: eis que sou um novo funcionário do caixa, trabalhando de graça, enquanto algum bancário foi despedido em troca.

Tudo bem. Gasto menos tempo no banco. Mas diminuiu também a minha impressão de perder tempo. Todo trabalho, por mais mecânico que seja, faz o tempo passar mais depressa do que a pura espera. Fala-se de democracia participativa, mas a “burocracia participativa” também deveria merecer os seus filósofos.

À medida que um serviço se generaliza, crescem as possibilidades de fraude. Quando uma empresa, pública ou privada, passa do âmbito de uma distinta clientela para o universo multitudinário e turvo da humanidade em seu conjunto, torna-se inevitável multiplicar as precauções contra os indivíduos de má-fé; isso significa mais burocracia.

O que é um antivírus, um firewall ou um anti-spam, a não ser a burocratização do nosso computador? Eu costumava usar um antivírus que tinha rigores de fiscal de alfândega, parecia usar carimbos de Polícia Federal em dia de operação-tartaruga toda vez que se punha a examinar a mensagem que entrava e a mensagem que saía do meu Outlook.

Acontece que o computador, como tudo o que tem telinha (um caça-níqueis, uma TV, um videogame, um caixa eletrônico) sempre oferece ao usuário algo de lúdico, de viciante, de hipnótico.

Já a burocracia telefônica (volto a ela) é muito pior. Seu maior pecado, a meu ver, está na confusão que estabelece entre as categorias de tempo e de espaço. Entre num desses sistemas de “tecle 5 se deseja isto, tecle 6 se deseja aquilo...” e tente corrigir uma decisão errada.

Os sistemas mais extensos e irritantes usam a famigerada tecla 9 -”para mais opções”-, abrindo-se em alternativas que, para serem conhecidas integralmente, exigiriam a vida inteira. Tudo ficaria mais fácil, se o sistema fosse visualizado no espaço, num esquema em árvore, num organograma, num menu de website -ou mesmo num mapa de repartição, com suas ramificações em corredores, departamentos e guichês. No máximo, ficaremos andando de um lado para outro.

O problema do “tecle isto, tecle aquilo” é que ele se desenvolve no tempo, não no espaço. Somos forçados a prosseguir em alternativas que será sempre mais custoso reverter; avançamos em decisões tomadas no escuro, como se navegássemos num fluxo betuminoso, por rios e córregos cada vez mais estreitos, cada vez mais espessos, carregados de todas as opções já feitas, de todo o tempo acumulado e perdido naquela ligação, sem muita esperança de que, na extrema ponta do percurso, uma voz humana venha afinal falar conosco.

É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta; tem algo de anacrônico, de auditivo, de analógico. Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos de todas as cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar. Desde que a conexão não caia de repente.

COELHO, Marcelo. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1703200416.htm>.Acesso em: 12 abr. 2015. (Adaptado)


Em relação ao emprego de sinais de pontuação presentes, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B) Entendi que o ponto e vírgula, neste caso, é usado para dar uma pausa maior que a vírgula, a fim de que os termos seguintes fossem enumerados em sequência. É isso. Suedilson. 

  • Na alternativa B, o ponto-e-virgula é aplicado para separar orações cuja conjunção "pois", que está implícita, é facilmente percebida. Reescrevendo: “É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta, pois tem algo de anacrônico, de auditivo, de analógico.”. A alterativa B está errada, porque não dá ideia de oposição.

  • Para quem ficou na dúvida : Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.


ID
1667728
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
− E se a vida for como um cardápio? A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o marido em estado reflexivo. − Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato que vai querer. Os dois haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu e o Redentor. − Rosinha, pense nas consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um cardápio, nós talvez estejamos escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com escargots. Experimentar sabores novos, mais sofisticados... − Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó. − E por que não seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção é válida, até prova em contrário. − Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente tem que ir buscar. A vida é mais parecida com um restaurante a quilo, self-service, entende? − Boa imagem. Concordo com o restaurante a quilo. É assim para quase todo mundo. Mas, quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos nos servir à la carte. Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções mais ousadas. − Alfredo, se você está querendo aventuras, variar o arroz com feijão, seja claro. Não me venha com essa conversa de cardápio existencial. Além disso, se a nossa vida virou uma buchada de bode, com quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot? − Querida, não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica. Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef, o criador do menu. − Alfredo, fofo, agora você viajou na maionese. É o cúmulo querer reconstruir o imaginário religioso baseado no funcionamento de um restaurante. Só falta você dizer que, nesse seu céu, os anjos são os garçons! Nesse momento, dois chopes desceram sobre a mesa. Flutuaram entre as mãos alvas, quase diáfanas, de um dos velhos garçons do Bar Lagoa. Alfredo e Rosinha trocaram olhares de espanto e antes que pudessem dizer que ainda não haviam pedido nada, o garçom falou com voz grave: − Cortesia da casa. Já olharam o cardápio?
(FARIA, Antônio Carlos de. "Cardápio existencial". Disponível em: ttp://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml)

As frases abaixo referem-se à pontuação do texto.
I. Com as devidas alterações, no segmento...tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio..., pode-se substituir o ponto final por dois-pontos, uma vez que a ele se segue uma explicação.
II. Na frase Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato, o termo sublinhado pode ser substituído por uma vírgula.
III. No segmento ...e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu..., pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após estavam.
Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • VAMOS IDICAR ESSA QUESTÃO PARA O COMENTÁRIO DO PROFESSOR GENTE!

  • Alguém explica a II?

  • Gente,

    Eu acredito que a assertiva II está correta por que pode-se utilizar vírgulas para separar orações coordenadas sindéticas aditivas, proferidas com pausa.


    http://www.lpeu.com.br/q/5jutm



  • I - Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas: Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef...  Correto, perceba que ao substituir o "ponto final" por "dois pontos" a parte sublinhada é a explicação da hipótese do rapaz, conforme afirma a assertiva.

    II - Na frase Ora, Alfredo, deixe de filosofar , escolha logo o prato... Correto, a vírgula é possível pois ela entrou no lugar da conjunção aditiva "e", ocultando-a.


  • galera, eu acertei essa questao, principalmente no que se refere a II, pq estudei RLM. 



    e ---> pode ser substituido por ,
  • dois pontos significa ATÉ.

    vírgula significa E.


    Seria isso?

  • II - Ora, Alfredo, escolha logo o prato.


    ,deixe de filosofar,


  • Após os dois pontos não tem que ser letra minúscula gente????

  • Assistiu ao video. Continuei sem entender a alternativa II! :(

  • I) O ponto pode ser substituído por dois pontos, pois Alfredo começa a explicar o pensamento dele; 

    II) A conjunção marca a ligação entre duas or. aditivas, considerando como itens de enumeração, ela pode ser substituída por vírgula. 

    III ) não se pode colocar vírgula após o verbo estar para separá-lo do seu adjunto adverbial, pois este não está deslocado e o verbo estar rege adjunto adverbial que comece com a preposição em. Se separasse o adjunto adverbial por vírgula e arrumando a or., ela ficaria: ... e estavam de onde pode se ver um cantinho do céu. .., na varanda.

  • Concurseira , a questão pede para substituir o "e" pela vírgula e não colocar a vírgula antes do "e".

  • Percebi que maioria ficou com dúvida em relação a II, vamoas lá..., uma das maneiras de emprego de virgula é quando a frase tem sentido completo. E neste caso tem ! 

    Ora, Alfredo, deixe de filosofar, ( deixe de filosofar tem sentido completo, deixe está no imperativo, é um ordem, pode-se também analisar dessa forma.

  • I (CERTO). O sinal de dois pontos, dentre outras funções, tem função explicativa. Neste caso, as implicações metafisicas são explicadas pela oração seguinte.

    caso correta, tem implicações metafísicas: Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef...

     

    II (CERTO). A substituição da conjunção aditiva “e” pela vírgula é plenamente cabível, uma vez que, trata-se de uma enumeração de ações (imperativos) que Alfredo deve fazer

    Ora, Alfredo, deixe de filosofar, escolha logo o prato, (...)

     

    III (ERRADO). A vírgula logo após o verbo “estavam” se mostra equivocada, uma vez que, neste caso, seria separado o verbo do seu adjunto adverbial diretamente ligado a ele.

    ...e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu...

     

    GABARITO: c) I e II.

  • Henrique Alves e Arthur Camacho entendi o que ambos explicaram mas assisti uma aula que dizia que a conjunção "e" quando se refere ao mesmo sujeito não pode vir separada por vírgula e é obrigatória quando os sujeitos são diferentes. Poderiam me ajudar a entender a questão já que se refere ao mesmo sujeito e não poderia vir com vírgula? Agradeço desde já!

  • É cada novidade... affff vivo assistindo aulas e só ouço os dois pontos ser substituído por virgulas, parenteses ou travessão.... enfim :( é estudando e aprendendo.

  • Pessoal, os : (two points) podem ser trocados por ponto final (.) e vice versa, assim como o ponto e vírgula, o qual está mais para ponto do que para vígula. 

     

     

    Força! Não desistam que a nossa hora vai chegar caraleo!


ID
1696399
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considerar o texto VI, para responder à questão.

Texto VI: O copo ou o sapato?

Sempre me pareceu um pouco absurdo, até mesmo cruel, comparar um filme com o livro que lhe deu origem. É como se me perguntassem: “o que você prefere, um copo ou um sapato?” Naturalmente, um copo é mais adequado para beber do que um sapato. Em contrapartida, prefiro sapato para caminhar. A primeira grande diferença entre um livro e um filme tem a ver com os custos da sua produção, algo que se reflete na liberdade de criação e, portanto, no objeto final. Explico-me: um romance fica barato. Escrever continua a ser um trabalho solitário, silencioso, artesanal. Um filme, pelo contrário, custa rios de dinheiro, e envolve um vasto número de pessoas. Um diretor nunca está sozinho. Frequentemente é forçado a fazer compromissos, escolhendo caminhos em que não acredita totalmente.

José Eduardo Agualusa.O Globo, 25/05/2015. Fragmento.

“O que você prefere, um copo ou um sapato?” Essa interrogação é apresentada no texto para marcar:

Alternativas
Comentários
  • Ao perguntar “o que você prefere, um copo ou um sapato?”, o autor tenta passar que é um pouco absurdo comparar coisas tão diferentes como literatura e cinema.


    Gabarito b)


ID
1696549
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto III: O copo ou o sapato?

Sempre me pareceu um pouco absurdo, até mesmo cruel, comparar um filme com o livro que lhe deu origem. É como se me perguntassem: “o que você prefere, um copo ou um sapato?” Naturalmente, um copo é mais adequado para beber do que um sapato. Em contrapartida, prefiro sapato para caminhar.

A primeira grande diferença entre um livro e um filme tem a ver com os custos da sua produção, algo que se reflete na liberdade de criação e, portanto, no objeto final. Explico-me: um romance fica barato. Escrever continua a ser um trabalho solitário, silencioso, artesanal. Um filme, pelo contrário, custa rios de dinheiro, e envolve um vasto número de pessoas. Um diretor nunca está sozinho. Frequentemente é forçado a fazer compromissos, escolhendo caminhos em que não acredita totalmente.

José Eduardo Agualusa. O Globo, 25/05/2015. Fragmento

“O que você prefere, um copo ou um sapato?” Essa interrogação é apresentada no texto para marcar:

Alternativas

ID
1717123
Banca
IESES
Órgão
CRM-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção correta da pontuação cabível neste período:

Disse Charles Chaplin A humanidade não se divide em heróis e tiranos as suas paixões boas e más foram-lhes dadas pela sociedade não pela natureza

Alternativas
Comentários
  • Imagino que seja isso. (A)

    Disse Charles Chaplin: "A humanidade não se divide em heróis e tiranos; as suas paixões, boas e más, foram-lhes dada pela sociedade, não pela natureza."


  • Creio que possa estar equivocado o gabarito, pois temos os seguintes casos sobre aspas e outros pontos:

    1) A frase começa e termina com aspas: o ponto fica antes das últimas aspas.

    Exemplo: 

    -“O verdadeiro e o falso são atributos da linguagem, não das coisas.” Com esse pensamento de Thomas Hobbes, a professora iniciou a aula.

    2) A frase não começa com aspas, mas termina com elas: o ponto fica depois das últimas aspas. Exemplos:

    - O prefeito disse que “ainda é cedo para se guiar por pesquisas”.

     http://www.portuguesnarede.com/2011/09/aspas-e-ponto-em-citacao.html#sthash.wS7RUNRr.dpuf

  • Questaozinha do satanás 


  • Christopher, aí é facultativo pode ser tanto antes como depois por causa dos dois pontos antes da citação

    exemplo

    O ministro disse à comissão: “Se todos estão de acordo, apresentarei o relatório na próxima reunião”.

    O ministro disse à comissão: “Se todos estão de acordo, apresentarei o relatório na próxima reunião.”



  • “Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.” Essas palavras

    são de Freud. (Ponto dentro, ainda não terminou)

    São palavras de Freud: “Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos

    de ferro”. (Ponto fora, terminou)


    Prof(a) Geneide Ferreira, EVP

  • O conectivo 'e' está em elipse na última virgula.

  • Disse Charles Chaplin: "A humanidade não se divide em heróis e tiranos; as suas paixões, boas e más, foram-lhes dadas pela sociedade, não pela natureza."

    Disse Charles Chaplin: "A humanidade não se divide em heróis e tiranos como também as suas paixões, boas e más, foram-lhes dadas pela sociedade, não pela natureza."

    Substitua como também por ponto e vírgula agora encaixe as virgulas respeitando a entonação, separando qualificadores, advérbios e quebra de sequência lógica de ideias.

    Tente isso sem olhar as opções para não te confundires.


ID
1727344
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Poá - SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma-padrão da língua.

Alternativas
Comentários
  • Usa -se vírgula para isolar orações subordinadas adverbiais antepostas ou intercaladas à principal

     

     d)Se apenas 0,02% está disponível, é preciso economizar.(CORRETA)

     

  • GABARITO: D

     

    Reescrevendo:

     

     a)  É preciso tratar a água, para que possa ser consumida.

     

     b) Tomar água poluída traz muitas doenças.

     

     c) Diversos resíduos são despejados nos rios.

     

     d) Se apenas 0,02% está disponível, é preciso economizar.

     

     e) Tomar água faz muito bem à saúde.

     

     

     

    Comentários opinativos

  • GABARITO: LETRA D

    1. Não se usa vírgula:

    Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:

    a) entre sujeito e predicado.

    Todos os alunos da sala    foram advertidos

                Sujeito                            predicado

    b) entre o verbo e seus objetos.

    O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores

                       V.T.D.I.              O.D.                            O.I.

    c) Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.

    FONTE: BRASILESCOLA.UOL.COM.BR

  • GABARITO: LETRA D

    Usar a vírgula corretamente em 10 regras simples :

     1. Enumeração de mais de dois elementos

    2. Para isolar o aposto explicativo (usar duas vírgulas)

    3. Para isolar o vocativo 

    4. Para marcar a supressão do verbo em uma oração

    5. Para separar orações que não apresentam conjunções que as interliguem

    6. Para isolar certas expressões exemplificativas, conformação e conjunções: Além disso, por exemplo, isto é, ou seja, a saber, aliás, ou melhor, ou antes, com efeito, a meu ver, por assim dizer, por outra, entretanto, no entanto, por isso, logo etc. 

    7. Antes das conjunções: mas, porém, pois, embora, contudo, todavia, portanto, logo:

    8. Antes de locuções adversativas como "e sim", "e não". Entretanto, não se devem isolar essas locuções adversativas com vírgula.

    Usa-se somente uma, precedendo-as

    9. Para separar, nas datas, o lugar , nos endereços, o número

    10 - Antes de “e”, quando as orações apresentarem sujeitos diferentes ou quando o “e” se repetir.

    FONTE: QC


ID
1730650
Banca
FCC
Órgão
TRE-AP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Recém-chegado a Roma em 1505, Michelangelo Buonarroti foi contratado para fazer aquela que vislumbrava como a obra de sua vida. O jovem que acabara de se consagrar como escultor do Davi recebeu a incumbência de criar o futuro túmulo do papa Júlio II. O projeto consistia no maior conjunto de esculturas desde a antiguidade. Mas Júlio II mudou de ideia: antes de fazer o túmulo, resolveu reconstruir a Catedral de São Pedro. Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado que se encontrava em estado deplorável.


     Michelangelo resistiu a pintar a capela não apenas por julgar que seria um projeto menor. Relatos indicam que, na raiz disso, havia uma forte insegurança. O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória quando lhe pediam uma pintura: “não é minha profissão”. Hoje, é curioso imaginar que o criador do teto da Capela Sistina possa ter resistido a seu destino.


     Michelangelo fez fortuna servindo a sete papas e a outros tantos notáveis, como o clã florentino dos Medici. Nem sempre, porém, entregava o que prometia. Para sobreviver, enfim, Michelangelo teve de enfrentar questões que afligem os seres humanos em qualquer tempo. Como no caso de sua resistência a trocar a escultura pela pintura, quem nunca tremeu nas bases ao ser forçado a sair de sua zona de conforto? Em matéria de pressão competitiva, a arte renascentista não diferia tanto do ambiente de busca pelo alto desempenho das corporações modernas. O jovem Michelangelo penou para demonstrar o valor de seu gênio numa Florença dominada por estrelas veteranas como Leonardo da Vinci.


      O corpo humano foi o campo de batalha artística de Michelangelo. Como definiu o pintor futurista Umberto Boccioni (1882-1916), essa era sua “matéria arquitetônica para a construção dos sonhos”. Michelangelo criou corpos perfeitos, mas irreais: o Davi tem musculatura de homem adulto, mas compleição de menino. Com isso, o artista resgatava a imagem juvenil dos deuses gregos.

                                                         (Adaptado de Revista VEJA. Edição 2445, 30/09/2015) 

Atente para o que se afirma abaixo.

I. No segmento Com o adiamento, Michelangelo recebeu um prêmio de consolação: pintar o teto de uma capela de uso reservado..., os dois-pontos introduzem um esclarecimento.

II. Sem prejuízo do sentido, podem ser suprimidas as vírgulas do segmento: O artista, que se considerava um escultor, cortava de forma peremptória...

III. No terceiro parágrafo, o sinal de interrogação pode ser suprimido por se tratar de uma pergunta retórica.

Está correto o que se afirma APENAS em: 

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)


    Item I - Certo. O sinal de dois-pontos introduz uma elucidação em respeito ao trecho “Michelangelo recebeu um prêmio de consolação”, qual seja, “pintar o teto de uma capela de uso reservado”.


    Item II - Errado. A supressão das vírgulas poderá ser feita , sem que isso prejudique a obediência as regras gramaticais. Todavia, tal omissão, modificaria a estrutura explicativa do trecho “que se considerava um escultor”, passando a ser restritivo.


    Item III - Errado. Toda pergunta retórica deve ser finalizada pelo ponto de interrogação.

  • Segredo em Português: Leia a questão com calma e cuidado. Se vc fizer isso conseguirá acertar a maioria das questões. Fica aí a dica.

  • Pergunta retórica é uma interrogação que não tem como objetivo obter uma resposta, mas sim estimular a reflexão do individuo sobre determinado assunto. A pessoa que faz uma pergunta retórica já sabe a resposta do questionamento feito, visando ajudar o destinatário da interrogação a refletir ou a entender determinado tema, assunto ou situação.

  • I) Correto. Trata-se de um aposto e, como tal, deve ser separado por pontuação. O aposto indica uma elucidação do fato, uma explicação. Na assertiva percebe-se que " pintar o teto de uma capela de uso reservado nada mais é do que a explicação de qual seria o prêmio de consolação, mencionado na oração anterior.
    II) Errado.Mais uma vez existe a presença do aposto que precisa ser isolado por vírgulas, uma vez que há a quebra da ordem direta. Assim sendo, se torna OBRIGATÓRIO o uso da pontuação.
    III) Errado. Pergunta retórica necessita de ponto de interrogação.

  • Pensei até que era erro do QC, procurando a "?" até agora no terceiro parágrafo!!

  • O segundo parágrafo começa na quinta linha. Também já tive esse problema pra identificar parágrafo em outros textos da FCC que aparecem aqui no QC. Não sei se tá mal diagramado só aqui ou simplesmente reproduziram assim.

  • Acredito que o ponto de interrogação realmente nao tenha no 3ºparágrafo..então nao tem como a questão estar certa se ele nem existe!!

  • Jessica, essa é a pergunta:

     quem nunca tremeu nas bases ao ser forçado a sair de sua zona de conforto? 

    tem parágrafo começando do começo da linha!

  • Prof. Alexandre Soares, show de comentário. Assistam!

  • Sem o sinal de interrogação, não haveria pergunta, quanto mais retórica.

  • Quem nunca????


ID
1731667
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
IF-AL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      Um apólogo

      Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

      – Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

      – Deixe-me, senhora.

      – Que a deixe? Que a deixe, por quê? Por que lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

      – Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

      – Mas você é orgulhosa.

      – Decerto que sou.

      – Mas por quê?

      – É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

      – Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

      – Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

      – Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

      – Também os batedores vão adiante do imperador.

      – Você é imperador?

      – Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

      [...]

      – Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

      Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

      – Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

      Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

                                                                                                              (Machado de Assis)

Assinale a alínea que apresenta pontuação correta.

Alternativas
Comentários
  • essa questão deveria ser anulada, na letra c temos uma oração adjetiva restritiva, portanto não possui vírgula.

  • Concordo com Jonas, entendo que a correta deveria ser a letra d.

  • Letra (B).

    ----------

     

    A banca seguiu a pontuação de Machado de Assis, segue o trecho:

     

    Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestirse, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando​ [...]

     

    ---------

    At.te, CW.

    Fonte:

    Machado de Assis. Várias Histórias. Pág. 65. Disponível em: http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/contos/macn005.pdf 

  • Eu pensei que fosse a letra a porque lembrei da regra de que não se usa vírgula antes do 'e'. Depois que errei fui pesquisar e ví que não é regra geral, mas possui a seguinte excessão: 

    Tem só um caso em que vai vírgula, que é quando a frase depois do “e” fala de uma pessoa, coisa, ou objeto (sujeito) diferente da que vem antes dele. Assim:

    O sol já ia fraco, e a tarde era amena. (Graça Aranha)

    Note que a primeira frase fala do sol, enquanto a segunda fala da tarde. Os sujeitos são diferentes. Portanto, usamos vírgula. Outro exemplo:

    A mulher morreu, e cada um dos filhos procurou o seu destino (F. Namora)

    Mesmo caso, a primeira oração diz respeito à mulher, a segunda aos filhos.

    E ESSA EXCESSÃO SE APLICA A ESSE CASO:

     b) “Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.

    ... MAS NÃO SE APLICA A ESSE: E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro...

     CONTINUO SEM ENTENDER ONDE ESTÁ O ERRO.

     

  • Daniely Karine Souza Santos, eu acredito que nesse caso seriam termos coordenados.


    "... e enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando..."


    Eu entendo que são várias ações que a costureira executou.


  • Gabarito letra B ✔

    b) Quem veio? A noite do baile. Quem se vestiu? A baronesa. Percebe que temos sujeitos diferentes? A vírgula antes da conjunção "E" é obrigatória quando temos sujeitos diferentes. Por isso o gabarito.


ID
1738309
Banca
VUNESP
Órgão
UNESP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o emprego dos sinais de pontuação e do sinal indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão.

Alternativas
Comentários
  • Quem se adéqua, se adéqua a. A alternativa d é a única em que a crase está colocada de maneira correta!

  • Quem se adequa não usa acento em "adequa".

    Adéqua ou adequa?

    Nem uma nem outra. Os verbos “adequar/adequar-se”, “brotar”, “doer”, “falir”, “latir”, “precaver-se”, “reaver” e outros não se conjugam – na norma culta da língua e em sentido denotado – em todos os modos, tempos e pessoas. Por isso, são chamados “defectivos”.

    E por que isso ocorre? As causas são várias: para evitar confusão com flexões de outros verbos de emprego mais freqüente ou por questão de eufonia ou mesmo por desuso. Dessa maneira, a primeira pessoa do presente do indicativo do verbo “falir” não é utilizada por já haver a forma “eu falo”, do verbo “falar”; à pronúncia desagradável e/ou difícil é atribuída a falta da primeira pessoa do presente do indicativo e as do presente do subjuntivo do verbo “abolir”; pelo desuso, justifica-se a defectividade de “fremir”, “fulgir”, “haurir”, “jungir”, “ungir” e outros.

    O verbo “adequar/adequar-se” só se conjuga, no indicativo, na primeira e segunda pessoa do plural (“adequamos” e “adequais”) e faltam-lhe todas as flexões do presente do subjuntivo e do imperativo negativo. No imperativo afirmativo, só é flexionado na segunda pessoa do plural (“adequai”). Na prática, esse verbo aparece mais freqüentemente no infinitivo impessoal ou não-flexionado (“adequar”) e no particípio (“adequado”). Veja a conjugação completa desse verbo em RYAN, 1989, p. 82.

    Que fazer então? Simples: quando, ao falar ou redigir, pretendemos empregar tal verbo (ou outros defectivos) em uma das flexões faltantes, é só substituí-lo por sinônimo que caiba no contexto considerado. Assim, construímos “Sua proposta não se compatibilizacom os interesses da empresa” e “Ajustei o texto à nova legislação”.

    O quadro descrito, porém, não é estático e eterno: se e quando a maioria dos usuários da língua resolver mudar tal situação, essa e outras conjugações da espécie certamente serão alteradas.

    http://www.paulohernandes.pro.br/dicas/001/dica166.html

  • Casos proibitivos: Antes de pronomes pessoais, interrogativos, indefinidos, demonstrativos e relativos. 

    Pergunto se toda a documentação foi encaminhada à Sua Excelência, o Ministro para análise da viabilidade de atendimento?

  • bizuzinho para não esquecer!

    crase+numeral: crase passa mal

    crase+masculino: crase é pepino

    crase+pronome: crase passa fome

    crase+verbo: verbo é anjinho, não leva crase bixinho!

    case+palavras repetidas: crase com repetição, crase não.


    “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). 

    Lutar sempre, desistir jamais!


  • Andre Matos,

    No caso Sua Excelencia e pronome de tratamento!!! 

    E nao possessivo como vc mencionou!

    Comentario da Thaise Dias esta perfeito.

  • a) Foram enviadas a Reitoria da Universidade, às reivindicações dos alunos para abertura, de turmas: noturnas.

    Quem envia envia algo (reivindicações - OD) a alguém (a reitoria - OI) - deveria ter crase antes de reitoria e não antes de reivindicações.

    b) Pergunto se toda a documentação foi encaminhada à Sua Excelência, o Ministro para análise da viabilidade de atendimento?

    Antes de pronome de tratamento - crase proibida (exceto: senhora, dona)

    c) Serão feitas admissões à partir do próximo mês portanto, não perca essa oportunidade, você que, está interessado.

    Antes de verbo no infinitivo - crase proibida

    d)Foram apresentadas emendas ao projeto, para adequá-lo à exigência do cliente, a saber, antecipação do prazo de execução.

    Quem adequa, adequa algo (emendas - OD) a alguma coisa (a exigência do cliente - OI)  - CORRETO!!!

    e) O que podemos dizer à estas pessoas é que: ainda não temos o produto disponível, para entrega.

    Antes de pronome demonstrativo - crase proibida( exceto: aquela)

  • André, nesse caso (SUA + EXCELÊNCIA) 'sua' forma um pronome de tratamento.

    pq se fosse pronome possessivo quem perguntou estaria afirmando que a excelência, o ministro, pertence a quem ele dirigiu a pergunta.

  • bizuzinho para não esquecer!

    crase+numeral: crase passa mal

    crase+masculino: crase é pepino

    crase+pronome: crase passa fome

    crase+verbo: verbo é anjinho, não leva crase bixinho!

    crase+palavras repetidas: crase com repetição, crase não.

  • exigência  ai não é verbo ?  a exigência do cliente ?



  • Casos proibidos:

    Antes de nomes masculinos;
    Antes de verbo;
    Antes de pronomes de tratamento com exceção de SENHORA,SENHORITA E MADAME;
    Antes de pronomes oblíquos;
    Antes de pronomes indefinidos.
    Casos facultativos:
    Antes de nome próprio feminino (se for personagem Histórica a crase é proibida.Ex Refiro-me a (á)Joana/Refiro-me a Joana D´arc;
    Antes de pronome possessivo feminino

  • Realmente, exigência é verbo, vem de "exigir"...

     

  • a) Foram enviadas a Universidade Às reivindicações...  (não tem vírgula)

     Entre o verbo e seus complementos (objeto direto e indireto), mesmo que o objeto indireto se anteponha ao objeto direto.

    Ex: Entreguei |aos clientes| os pedidos.

    (:) É USADA PARA ENUMERAR.  NESSE CASO  "NOTURNAS" É UM TERMO ÚNICO E NÃO OCORRE ENUMERAÇÃO.

    b) Não se usa ARTIGO antes de pronome de tratamento, PORÉM a crase é cabível certas  situações : senhora , madame e etc

    c) Não se usa crase antes de verbo

    d) ALTERNATIVA (D) É A CORRETA.

    adequar o que, a quem? VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO.   (a) preposição + (a) artigo  a exigência = à exigência

    e) não se usa crase antes de pronome demonstrativo

     

  •  a) Foram enviadas a Reitoria da Universidade, às reivindicações dos alunos para abertura, de turmas: noturnas.

         Foram enviadas à Reitoria da Universidade as reivindicações dos alunos para abertura de turmas noturnas. >>> As reivindicações dos alunos foram enviadas à Reitoria da Universidade para abertura de turmas noturnas.

    >>> Foi enviado algo a alguém - O que foi enviado? = as reivindicações dos alunos para abertura de turmas noturnas (O.D.) - A quem?à Reitoria da Universidade (O.I.) - "a" preposição (regida pelo verbo "enviar") + "a" artigo definido (do substantivo feminino "Reitoria") = CRASE

     

     b) Pergunto se toda a documentação foi encaminhada à Sua Excelência, o Ministro para análise da viabilidade de atendimento?

         Pergunto se toda a documentação foi encaminhada a Sua Excelência o Ministro para análise da viabilidade de atendimento.

    >>> Foi encaminhado algo a alguém >>> O que foi encaminhada? = a documentação (O.D.) - A quem? = a Sua Excelência o Ministro (O.I.). Aqui o "a" é preposição sem crase porque não há crase antes de pronome de tratamento, mesmo que acompanhado de pronome possessivo feminino.

     

     c) Serão feitas admissões à partir do próximo mês portanto, não perca essa oportunidade, você que, está interessado.

        Serão feitas admissões a partir do próximo mês, portanto, não perca essa oportunidade você que está interessado.

    >>> Não há crase antes de verbos = a partir

     

     d) Foram apresentadas emendas ao projeto, para adequá-lo à exigência do cliente, a saber, antecipação do prazo de execução. CORRETA!

     

     e) O que podemos dizer à estas pessoas é que: ainda não temos o produto disponível, para entrega.

        O que podemos dizer a estas pessoas é que, ainda não temos o produto disponível para entrega.

    >>> Quem diz algo, diz algo a alguém. Portanto, o "a" aqui é apenas preposição porque antes de pronomes demonstrativos também não há crase = a estas pessoas

  • Quando pede duas coisas assim, comece indo pela mais fácil de analisar. Lembre-se, na sua prova, o ideal é ganhar tempo e não se cansar.

    Já vai direto nas crases. 

    a) às reivindicações dos alunos... parece correta

    b) à Sua Excelência... antes de pronome demonstrativo, crase passa fome. Risca a assertiva B já.

    c) à partir... antes de verbo crase passa mal. Risca a assertiva C.

    d) à exigência do cliente... parece correta

    e) à estas... crase no singular antes de palavra no plural e ainda por cima pronome demonstrativo, já risca sem pensar 2x.

    Sobrou a A e D, para analisar. Vamos lá ver a pontuação:

    a) Foram enviadas a Reitoria da Universidade, às reivindicações dos alunos para abertura, de turmas: noturnas.

    Noturnas é uma característica de "turmas", não pode ser separado. Só ai você já elimina a questão e parte pra próxima.

  • ESTAS = PLURAL!

  • Exigência VERBO?????? Pode isso produção??
    Exigência é substantivo amigão----> para adequá-lo à exigência do cliente

  • a exigência do cliente.

    o trauma do cliente

    a paciência do cliente

    o pessimismo do cliente.

    Como isso pode ser verbo ?

  • Sua senhoria = pronome de tratamento, não se usa crase

  • Assertiva D

    Foram apresentadas emendas ao projeto, para adequá-lo à exigência do cliente, a saber, antecipação do prazo de execução.

  • ATENÇÃO!!! na minha opinião, acho que muita gente está generalizando quando fala que pronome não se usa crase. No entanto, há exceções dessa regra, isto é, pronome possessivo feminino (sua, minha e tua), que é um caso facultativo. O caso desta alternativa está errada, é devido NÃO se USAR CRASE ANTES de PRONOME DE TRATAMENTO (exceto em DONA, SENNHORA OU SENHORITA). Se eu estiver errada, chamem no privado!

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
1745569
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Suzano - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o trecho seguinte.

      O advogado indispensável à administração da Justiça é defensor do Estado democrático de direito da cidadania da moralidade pública da Justiça e da paz social subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.

                                                                  (Código de ética e disciplina da OAB, Cap. I, Art. 2°,  

                                www.oab.org.br/arquivos/pdf/LegislacaoOab/codigodeetica.pdf. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o texto apresentado está corretamente pontuado.

Alternativas
Comentários
  • a alternativa b e d estão separando o sujeito do verbo (é) pela vírgula

    perceba: O advogado indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático, por isso estão erradas.
    o erro da letra c está no ponto antes do Subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. como o assunto continua o mesmo, não deveria ter ponto e sim vírgula.o erro da letra e esta toda errada, isolou este termo:O advogado indispensável, à administração da Justiça,... e no final isolou a palavra 'que exerce'
  • Explicação do item A:

    1- separar os predicativos de valor explicativo antepostos;

    2- separar orações coordenadas assindéticas.
  • Caberia recurso pois a letra B também está correta, mas passando um outro sentido na frase

    Letra A: Passa a ideia do advogado QUE É indispensável (O advogado, pessoa que é indispensável à administração da Justiça, ...)

    Letra B: Passa a ideia do PERFIL do advogado  (O advogado que é indispensável à administração da Justiça, tem o perfil:...

  • Alguém pode me explicar qual é o erro da  C?
     Eu marquei a C por causa do ponto final depois das palavras "paz social". Por que eu não posso colocar este ponto final ou talvez um ponto e vírgula? 

  • Marieli Soares, o erro é justamente o ponto final. A palavra "subordinando" complementa as ações do advogado, fazendo necessário o uso da vírgula no lugar do ponto final (pois o ponto final encerraria a oração).
    Como o "subordinando" faz relação com a oração principal, não tem como simplesmente jogá-lo para outra oração, ainda mais estando o verbo no gerúndio.
    Lembrando que o texto pede a alternativa CORRETA, ou seja, a C está errada devido aos itens que citei acima. 
    Não sei se deu pra entender a explicação rsrss

  • Muito boa sua explicação Marcio, adorei!  Agora consegui entender o erro. Obrigada!!!

  • Disponha Marieli. Bons estudos.

  • NOSSA ACERTEI, MAS FOI UM VERDADEIRO JOGO DOS 7 ERROS


    LETRA :=====>> A

  • Além da mudança semântica na letra  B,  conforme bem exemplificado por Marcio Santos , o erro fatídico se encontra na separação do sujeito do verbo na oração:

    O advogado indispensável à administração da Justiça , é defensor do Estado democrático

                         SUJEITO                                      VERBO    

     

       

    Espero ter ajudado e rumo à posse.              

  • PRIMEIRO PASSO : REESTRUTURAR A FRASE.

    O advogado é defensor do Estado democrático de direito.

    SUJEITO = Advogado

    Verbo = é (ser)

    VERBO/ SUJEITO não podem vir separados. 

     

     

    INDISPENSÁVEL está relacionado com administração pública e não ao ADVOGADO.

    indispensável á administração pública

     

    ISOLANDO O TERMO FICA : 

    O advogado, INDISPENSÁVEL Á ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, é defensor do Estado democrático de direito.

    Só nesse pensamento elimanos as alternativas : b - d- e

    QUANTO Á ALTERNATIVA (C)

    Há casos e casos. A colocação da vírgula antes do gerúndio é correta quando ele introduz uma oração reduzida equivalente a uma coordenada aditiva. Ou seja: em vez de usar e + o verbo conjugado no tempo apropriado à frase, você usa a vírgula gerúndio (que não tem forma específica para presente, passado ou futuro; o tempo é dado pela oração principal). 

    Exemplos:

    1) O plano veio para estabilizar a economia, acabando com a inflação. 

    2) Silvio Santos dá uma nova tacada com a reedição do programa, garantindo audiência com o elenco de bonitões e bonitonas.

    3) Produto largamente utilizado nas décadas de 70 e 80, durante os anos 90 o VM perdeu sua exclusiva característica, dando lugar às novas tecnologias que hoje se encontram à nossa disposição.

    4) Em 2000 ela mudou-se para Blumenau e casou-se imediatamente, abandonando mais uma vez o emprego.

     

    ALTERNATIVA (A) CORRETA.

     

  • Muito boa a explicação Caio Felipe, ajudou bastante, obrigada!!

  • você precisa saber que aposto explicativo deve aparecer entre vírgulas. Nesse caso ficam somente as alternativas A e C. Na C, o erro é que não se deve iniciar frase com oração reduzida de gerúndio.

     c) O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social. Subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce.

    resposta: alternativa A

  • Gabarito A. Vunesp adora esse tipo de questão.

    Força patrulheiros!


ID
1751662
Banca
FCC
Órgão
TRE-PB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                           Gramática e Interpretação de Texto da Língua Portuguesa

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

O rio Paraíba corria bem próximo ao cercado. Chamavam-no "o rio". E era tudo. Em tempos antigos fora muito mais estreito.
Os marizeiros e as ingazeiras apertavam as duas margens e as águas corriam em leito mais fundo. Agora era largo e, quando descia nas grandes enchentes, fazia medo. Contava-se o tempo pelas eras das cheias. Isto se deu na cheia de 93, aquilo se fez depois da cheia de 68. Para nós meninos, o rio era mesmo a nossa serventia nos tempos de verão, quando as águas partiam e se retinham nos poços. Os moleques saíam para lavar os cavalos e íamos com eles. Havia o Poço das Pedras, lá para as bandas da Paciência. Punham-se os animais dentro d’água e ficávamos nos banhos, nos cangapés. Os aruás cobriam os lajedos, botando gosma pelo casco. Nas grandes secas o povo comia aruá que tinha gosto de lama. O leito do rio cobria-se de junco e faziam-se plantações de batata-doce pelas vazantes. Era o bom rio da seca a pagar o que fizera de mau nas cheias devastadoras. E quando ainda não partia a corrente, o povo grande do engenho armava banheiros de palha para o banho das moças. As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba que ainda não cortava sabão.
O rio para mim seria um ponto de contato com o mundo. Quando estava ele de barreira a barreira, no marizeiro maior, amarravam a canoa que Zé Guedes manobrava.
Vinham cargueiros do outro lado pedindo passagem. Tiravam as cangalhas dos cavalos e, enquanto os canoeiros remavam a toda a força, os animais, com as cabeças agarradas pelo cabresto, seguiam nadando ao lado da embarcação. Ouvia então a conversa dos estranhos. Quase sempre eram aguardenteiros contrabandistas que atravessavam, vindos dos engenhos de Itambé com destino ao sertão. Falavam do outro lado do mundo, de terras que não eram de meu avô. Os grandes do engenho não gostavam de me ver metido com aquela gente. Às vezes o meu avô aparecia para dar gritos. Escondia-me no fundo da canoa até que ele fosse para longe.
Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém. O Paraíba dava somente um nado e corria no manso, sem correnteza forte. Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. A canoa foi descendo de rio abaixo aos arrancos da água. Não havia força que pudesse contê-la. Pus-me a chorar alto, senti-me arrastado para o fim da terra. Mas Zé Guedes, vendo a canoa solta, correu pela beira do rio e foi nos pegar quase que no Poço das Pedras. Ricardo nem tomara conhecimento do desastre. Estava sentado na popa. Zé Guedes porém deu-lhe umas lapadas de cinturão e gritou para mim:

− Vou dizer ao velho!

Não disse nada. Apenas a viagem malograda me deixou alarmado. Fiquei com medo da canoa e apavorado com o rio. Só mais tarde é que voltaria ele a ser para mim mestre de vida.

(REGO, José Lins do. "O Rio". In: VV.AA. O Melhor da Crônica Brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1997, p. 43)

Dadas as alterações, a frase do texto cuja a pontuação está correta é:

Alternativas
Comentários
  • Não precisa nem voltar ao texto para resolver essa questão de pontuação!

  • Cara, FCC está cada vez pior com essas questões O.o 

  • a) Incorreta: os travessões podem ser substituídos por vírgula, porém os dois pontos foram empregados de forma incorreta. 

    b) Incorreta: pois a vírgula está separando o objeto do seu complemento. 

    c) Correta: Equivalências: a vírgula pode ser substituída por travessões. 

    d) Incorreta: a vírgula tb está separando o verbo do seu objeto. 

    e) Incorreta: faltou uma vírgula apos "havia" ex: Havia, lá para as bandas da Paciência, o poço das pedras...

  • que nada, caio hahahahhaha

  • a) Ricardo desatou a corda − meteu-se na canoa comigo – e: quando procurou, manobrar era impossível. (3º parágrafo).

     

    No caso da letra A, além do emprego errado dos dois pontos, também não estaria errado isolar duas orações coordenadas sindéticas que possuem o mesmo sujeito???? Pensei que o correto seria o seguinte:

     

    Ricardo desatou a corda - meteu-se na canoa comigo e quando procurou - manobrar era impossível. Ou

     

    Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa e quando procurou, manobrar era impossível.

     

    Alguém poderia ajudar????

  • Anderson,

    O erro se encontra na falta de virgula pelo termo intercalado

    Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa e, quando procurou manobrar, era impossível.

    Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa e quando procurou manobrar era impossível.

  • e) Havia lá para as bandas da Paciência, o Poço das Pedras; punham-se os animais dentro d'água, e ficávamos nos banhos nos cangapé

    Faltou a vírgula após havia, pois é um aposto explicativo.

    aposto explicativo complementa uma informação acerca de um termo anterior, ou seja, onde fica o poço das pedras? lá para as bandas da paciência.

  • Na alternativa A)

    O professor do vídeo aí falou q não seria possível o uso da primeira vírgula, porém o próprio texto possui :

    "Ricardo desatou a corda, meteu-se na canoa comigo, e quando procurou manobrar era impossível. "

    O que me chamou a atenção foi separar por vírgulas a locução "procurou manobrar" e por isso marquei errada já!

    pensei errado?

     

  • Alguém pode me explicar por que na letra C, a vírgula foi substituida por apenas 1 travessão? pode isso? pensei que só poderia haver substituição quando houvesse a 'abertura e o fechamento', ou seja, quando houvesse a substituição das 2 virgulas por 2 travessões.

  • Em relação à letra "E", acredito que o trecho: "lá para as bandas da Paciência" se refere a um adjunto adverbial locucional deslocado - que deve ser separado por vírgulas; não um aposto explicativo.

  • Na Letra E, acredito que ainda tenha mais um erro além daquele que os outros já elencaram:

    "Havia lá para as bandas da Paciência, o Poço das Pedras; punham-se os animais dentro d'água, e ficávamos nos banhos nos cangapés."

    Essa Oração sublinhada é coordenada aditiva, introduzida pela conjunção "e", logo não deveria ter vírgula antecedendo.

  • Que explicação horrorosa,e ainda fica na frente do texto.

    Professor morto de preguiça.

  • E o comando da questão "Dadas as alterações, a frase do texto cuja a pontuação está correta é:"?
    Custei a acreditar que fosse erro da FCC, mas no caderno de prova está assim mesmo D:

  • fcc errando no enunciado..artigo depois de "cujo"


ID
1774168
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é referência para a questão.

Famílias em transformação

    O projeto de lei que cria o Estatuto da Família colocou na pauta do dia a discussão a respeito do conceito de família. Afinal, o que é família hoje? Alguém aí tem uma definição, para a atualidade, que consiga acolher todos os grupos existentes que vivem em contextos familiares?
    A Câmara dos Deputados tem a resposta que considera a certa: “Família é a união entre homem e mulher, por meio de casamento ou de união estável, ou a comunidade formada por qualquer um dos pais junto com os filhos". Essa é a definição aprovada pela Câmara para o projeto cuja finalidade é orientar as políticas públicas quanto aos direitos das famílias – essas que se encaixam na definição proposta –, principalmente nas áreas de segurança, saúde e educação. Vou deixar de lado a discussão a respeito das injustiças, preconceitos e exclusões que tal definição comporta, para conversar a respeito das famílias da atualidade.
    Desde o início da segunda metade do século passado, o conceito de família entrou em crise, e uso a palavra crise no sentido mais positivo do termo: o que aponta para renovação e transição; mudança, enfim. Até então, tínhamos, na modernidade, uma configuração social hegemônica de família, que era pautada por um tipo de aliança – entre um homem e uma mulher – e por relações de consanguinidade. As mudanças ocorridas no mundo determinaram inúmeras alterações nas famílias, não apenas em seu desenho, mas, principalmente, em suas dinâmicas.
    E é importante aceitar essa questão: não foram as famílias que provocaram mudanças na sociedade; esta é que determinou muitas mudanças nas famílias. Só assim iremos conseguir enxergar que a família não é um agente de perturbação da sociedade. É a sociedade que tem perturbado, e muito, o funcionamento familiar. Um exemplo? Algumas mulheres renunciam ao direito de ficar com o filho recém-nascido durante todo o período da licença-maternidade determinado por lei, porque isso pode atrapalhar sua carreira profissional. Em outras palavras: elas entenderam que a sociedade prioriza o trabalho em detrimento da dedicação à família. É assim ou não é?
    Se pudéssemos levantar um único quesito que seria fundamental para caracterizar a transformação de um agrupamento de pessoas em família, eu diria que é o vínculo, tanto horizontal quanto vertical. E, hoje, todo mundo conhece grupos de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou que têm relação de parentesco que não se constituem verdadeiramente em família, por absoluta falta de vínculo entre seus integrantes.
    Os novos valores sociais têm norteado as pessoas para esse caminho. Vamos lembrar valores decisivos para nossa sociedade: o consumo, que valoriza o trabalho exagerado, a ambição desmedida e o sucesso a qualquer custo; a juventude, que leva adultos, independentemente da idade, a adotar um estilo de vida juvenil, que dá pouco espaço para o compromisso que os vínculos exigem; a busca da felicidade, identificada com satisfação imediata, que leva a trocas sucessivas nos relacionamentos amorosos, como amizades e par afetivo, só para citar alguns exemplos. O vínculo afetivo tem relação com a vida pessoal. O vínculo social, com a cidadania. Ambos estão bem frágeis, não é?

SAYÃO, Rosely.  <www.folhaonline.com.br>. Em 29 set. 2015.

Identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas sobre o uso de expressões e/ou sinais de pontuação no texto.

( ) O diálogo com o leitor é marcado no texto pelo uso da expressão “alguém aí", na segunda linha, e pelo uso recorrente da interrogação.
( ) A expressão sublinhada em “a Câmara dos Deputados tem a resposta que considera a certa" antecipa para o leitor a adesão da autora à definição de família aprovada para o projeto de lei do Estatuto da Família.
( ) No trecho “direitos das famílias – essas que se encaixam na definição proposta –", a expressão entre travessões alerta o leitor para a restrição do conceito de família mencionado.
( ) As expressões “desde o início da segunda metade do século passado" e “até então" (3º parágrafo) introduzem informações situadas em um mesmo período.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. 

Alternativas

ID
1774822
Banca
FUNCAB
Órgão
Faceli
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    A língua que somos, a língua que podemos ser

                                             (Eliane Brum)

      A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"? 

      Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

      Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse: 

       — A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

       — O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...] 

        Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

       Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...] 

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

A frase “Neste caso, para muitos os índios não seriam 'suficientemente índios' para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer." poderia ser reescrita com a seguinte pontuação:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra "a"?

    "Neste caso, para muitos, os índios não seriam, suficientemente índios', para merecer um lugar e, para serem escutados, como alguém que tem algo a dizer."


    "suficientemente índios" não seria o complemento do verbo seriam?

    seriam o que? suficientemente índios.

    Nesse caso, não se separa o verbo do seu complemento. E essa vírgula após "seriam" estaria errada.


  • A FUNCAB sempre coloca umas questões loucas assim! Vai entender...

  • Que questão nojenta. Só pode ser erro de gabarito... Alguém identificou erro na letra B? Eu não.

  • também não concordo com o gabarito!

    Marquei letra B!

  • O professor falou que a banca queria que fosse apontado a questão que demonstrou maior clareza. A meu ver a questão não disse isso, apenas pediu para fosse reescrita corretamente.
    Obs: Nem sempre a forma correta é mais clara.

  • A "b" não pode ser porque isola o sujeito do verbo: (...) os índios, não seriam "suficientemente índios"(...).

    Quem não seria "suficientemente índios" ? 

    além de outros erros, os quais o professor comenta.

     

  • A falta de uma das aspas deixou a dúvida.
  • essa aspas tá estranha...

  • Concordo com o Filipe Marra:

    Resposta letra "a"?

    "Neste caso, para muitos, os índios não seriam, suficientemente índios', para merecer um lugar e, para serem escutados, como alguém que tem algo a dizer."

     

    "suficientemente índios" não seria o complemento do verbo seriam?

    seriam o que? suficientemente índios.

    Nesse caso, não se separa o verbo do seu complemento. E essa vírgula após "seriam" estaria errada.

     

    Eu marquei E.

  • Vírgula depois do verbo? É isso mesmo????

    Aposto e ganho que essa questão teria de ser anulada.

  • Marquei a menos errada! Gabarito Letra "A" supostamente.

  • o "para" da a denotação de Finalidade e nesse contexto a virgula se torna facultativa, Por isso, a letra A esta correta

  • QUESTÃO PASSIVA DE ANULAÇÃO

    FALTA DE ASPA

  • Acertei e concordo com o gabarito kkkkkkkkkkkkkkkkk


ID
1787617
Banca
MGS
Órgão
MGS
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a alternativa que apresenta frase exclamativa:

Alternativas
Comentários
  • Frases exclamativas

    A frase exclamativa expressa surpresa, emoção. Termina com ponto de exclamação.

    Exemplos: 

    “Todo mundo comete erros, Helga!” (emoção).
     Oh... que tristeza, Helga!! (decepção)

  • Quando você erra uma questão dessa: ou você não sabe de nada, realmente, de português, ou está cansado, no meu caso, de estudar. kkkk foram tantas questões resolvidas hoje que não sei nem mais escrever meu nome.


ID
1788970
Banca
CAIP-IMES
Órgão
IPREM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Deu Branco

Branco é o papel antes da ideia, a tela do computador antes da letra, da crônica, do poema, do romance, da carta, da sentença!
Que coisa é o branco? O branco é vário, diz uma coisa a cada um. Branco é o lençol antes da noiva. É o bilhete de loteria de quem não teve sorte. É o voto desiludido.
Branco é o quadro abstrato do pintor russo Kazimir Malevich, Branco sobre Branco, a provar que sempre existe um branco mais branco que outro branco, e outro menos branco, e então como é que fica, meu branco? Branca era a Grécia antes de Roma — acrópole de mármore ao sol, barcos brancos riscando o azul, claras casas calcificadas, mulheres de túnica branca à espera de qualquer tragédia.
Branca é a bandeira da trégua, a pomba da paz, a tela antes da lambida do pincel, a toalha da mesa antes do molho, é a carne da dieta, a zebra nos intervalos.
É a falha da fala, ficar sem rumo: deu branco! Branco é o envelope antes do endereço, o roupão do hotel cinco-estrelas, o avental do cirurgião antes do corte!
O leite, o arroz, o ovo, o açúcar, o sal, a farinha, cada qual tem seu branco particular e distintivo: o branco aprisionado do leite no copo, o aconchegado do arroz fumegante, a enganosa vestimenta do ovo, o brilho à Swarovski do açúcar cristal, o solúvel amontoado do sal, o domingueiro da farinha — brancos só até a chegada da fome, que é negra.
Havia coisas cujo branco nos marcou, e onde estão, hein? Onde estão: a roupa íntima, cuja brancura foi destronada pelo arco-íris; o terno branco de linho, coitado, relegado a figurino; a banda externa dos pneus de luxo; a lua cheia urbana, que a poluição amarelou; o hábito das freiras, que já não é um hábito; a luva pop de Michael Jackson; a camisa branca dos escritórios, de perdida unanimidade; as paredes e os muros preferidos pelos pichadores, em que mais nos agride sua insânia.
Brancos símbolos de dignidade restam esmaecidos, como os cabelos de tantos velhinhos marotos...
Há boas-vindas perturbadoras nos dentes brancos de um sorriso... Há brancas surpresas nos escondidos do corpo de certas mulheres... Há a calma branca do silêncio após a eloquência amorosa...
Nós nos habituamos à simbologia do branco: paz, castidade, pureza, fé, iniciação, a pomba, o vestido da noiva, a camisolinha dos anjinhos mortos, a toalha do altar, as vestes do batismo, da primeira comunhão, do candomblé. Mas há representações mais grandiloquentes, como o cavalo branco dos heróis, símbolo de majestade e beleza vitoriosa: o alado Pégaso mitológico, o vistoso cavalo do mocinho dos bangue-bangues, o fogoso corcel do quadro Napoleão Cruzando os Alpes, pintado por Jacques-Louis David, empinando-se glorioso no alto da montanha nevada. (Quando meninos, perguntavam-nos: “Qual é a cor do cavalo branco de Napoleão?”. Se dizíamos “branco”, levávamos vaia, o certo era “branca”, a cor.)
Branca de Neve não é só uma historinha do folclore medieval do norte europeu, compilada junto com outras lendas pelos irmãos Grimm, alemães. A menina-moça branca como a neve, adormecida por uma maçã enfeitiçada e mantida num caixão de vidro como se morta estivesse, vestida de branco dos pés à cabeça, é símbolo da pureza feminina que guarda-se para iniciação. Entrada na adolescência, Branca de Neve hiberna, espera, adormecida, a chegada do seu momento de desabrochar, aguarda o príncipe que a fará despertar com um beijo, para ser mulher.
Ah, faltou falar do lenço branco do adeus. Está falado.
Ivan Angelo 
Disponível em: Disponível em: http://vejasp.abril.com.br/

Analise os itens abaixo, coloque (C) para correto ou (E) para errado.

( ) Todas as palavras, retiradas do texto, dependendo do contexto, podem ser usadas com ou sem acento. “hábito" – “silêncio" – “até" – “vário" – “está".

( ) Todas as palavras abaixo se escrevem com “sc" como “adolescência". fa__ínio – mi__igenação – plebi__ito – tran__ende.

( ) Todas as palavras, retiradas do texto, estão corretas quanto à divisão silábica. ci-rur-gião – a-pri-si-o-na-do – a-ma-re-lou – des-a-bro-chou.

( ) A pontuação está correta nos dois períodos abaixo. Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos? Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos!

( ) O uso do acento grave que indica a crase está correto na frase abaixo. Assuntos ligados à problemas jurídicos.

( ) O período abaixo se encontra na Voz Passiva. “... a roupa íntima, cuja brancura foi destronada pelo arco-íris;"

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Conjugados no Presente do Indicativo - primeira pessoa do singular: Habito do verbo habitar; silencio do verbo silenciar; vario do verbo variar. Conjugado no Presente do Subjuntivo - primeira pessoa do singular ate do verbo atar .

    Esta é pronome demonstrativo.


    De-sa-bro-chou


    Assuntos relacionados aos problemas jurídicos.


    O arco-íris destronou a brancura...


  • Nao entendi o porquê do erro de pontuação. Quem souber, poderia comentar!

  • Também nao....:(

  • Deveria ter usado ponto final e não exclamação.

    Ponto de Exclamação ( ! )

    O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação descendente.

    Exemplos:

    Como as mulheres são lindas!
    Pare, por favor!
    Ah! Que pena que ele não veio...

    Ponto Final ( . )

    O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o tom é descendente. Emprega-se, principalmente:

    - Para fechar o período de frases declarativas e imperativas.

    Exemplos:

    Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo. 
    Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar.

  • Eric, "ATE sem acento" é a conjugação do verbo atar no presente do subjuntivo. Bons estudos!


  • Que você "ate" o nó daquele cadarço.

  • Problemas é uma palavra do genero masculino e por isso a crase não esta correta ali

  • Fiquei com dúvida em alguns pontos na segunda proposição. Mas o lado bom desta questões é o de se poder fazer eliminações. Neste caso específico precisei apenas saber com certeza da resposta da primeira e da terceira. A partir disso ficou fácil identificar a resposta. Pois, apenas a letra B tem a 1ª como certo e a terceira como errada.

  • Poucos dias atrás fiz uma questão semelhante a essa. Cai na pegadinha da palavra "até", que para mim, não existe sem acentuação, me esquecendo do termo ate (do verbo ater). 

    Fiz essa questão agora e achei fácil, pois já estava ciente da pegadinha. Por essa razão e diversas outras que temos sempre que fazer exercícios... tem que ter conteúdo, mas junto com isso, a prática. 



  • GABARITO: B (pra quem tem limite de 10/dia)

  • Também não entendi a questão da pontuação,o que há de errado em relação a pontuação?

  • Embora tenha conseguido por eliminação, também fiquei na dúvida quanto a questão da pontuação.

    Indiquem para comentário, que eu já indiquei.


  • NO TERCEIRO ITEM ESTÃO COM DIVISÃO SILÁBICA ERRADA: CIRURGIÃO (CI-RUR-GI-ÃO) E DESABROCHOU (DE-SA-BRO-CHOU). AS DEMAIS ESTÃO CORRETAS.

    GABARITO: B

  • a depender do contexto eu acho que poderia sim o item 3 estar correto.... uma resposta agressiva de uma pessoa que escutou a mesma pergunta varias vezes ao dia por exemplo...

    "- Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos? 

    -já sim, eles estão prontos. 

    e então 20 minutos depois, o colega ao lado, sem saber do dia estressante que o Pedro teve, faz a mesma pergunta :

    - Pedro, me responda uma coisa: os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos? 

    - Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos! vê se me deixa em paz."

  • LETRA B - APRISIONADO: a-pri-si-o-na-do (Errado). O Segredo é que não se separam em silabas um ditongo decrescente. O Correto é A-PRI-SIO-NA-DO.

    Note aqui nos comentarios que alguns estão apontando o erro na palavra "cirurgião" e "desabrochou", mas estão bem divididas, sem erro. Ex: CI-RUR-GIÃO (como mostrado na questao), correto pois não se separam tritongos - i (semivogal) + ã (vogal que por ser tonica recebe acentuação devido a junção do som com a semivogal o) + o (semivogal), ou seja - IÃO permanecem!

  • ''Ate'' pode ser redigido sem o acento em caso de forma verbal do verbo Atar (subs: Atadura).

    Conjuntivo / Subjuntivo: Presente

    "(...)que eu ate"

  • O ATE, pode ser ainda o imperativo do verbo atar. -Vamos atar esse cordão? - Eu,não. Ate você!

    Mas, por favor, algum professor de português para explicar por que a exclamação não poderia ser utilizada no item 4, uma vez que a frase por (supostamente) ter sido repetida diveras vezes pode ganhar entonação de raiva (emoção) ou até de felicidade ou surpresa (ao descobrir que os documentos já haviam sido assinados).

  • vá·ri·o 
    (latim varius, -a, -um)

    adjectivo

    1. De cores ou matizes diversos. = MATIZADO, VARIEGADO

    2. Cujas características apresentam diversidade. = DIVERSO, VARIADO, VARIEGADO

    3. Alternado, revezado.

    4. Que muda de opinião ou de ideias. = CAPRICHOSO, INCONSTANTE, VARIÁVEL, VOLÚVEL

    5. Que hesita. = CONTRADITÓRIO, HESITANTE, INDECISO

    6. Desvairado; delirante.

    7. Buliçoso, desassossegado.


    "vário", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/v%C3%A1rio [consultado em 28-06-2016].

  • Em relação a letra a. Correto.

    Todas as palavras, retiradas do texto, dependendo do contexto, podem ser usadas com ou sem acento. “hábito" – “silêncio" – “até" – “vário" – “está". 

    Hábito: substantivo.

    Habito: presente do indicativo do verbo Habitar.

    Silêncio: interjeição e substantivo masculino

    Silencio: presente do indicativo do verbo silenciar.

    Vário: adjetivo e pronome (Diz-se de coisas ou pessoas que apresentam diferenças; diferente, diverso: espécies várias. Sinônimo de diverso ou variado).

    Vario: Presente do indicativo do verbo variar.

    Até: preposição.

    Ate: do verbo atar.

    Está: verbo estar.

    Esta: pronome demonstrativo.

  • A pontuação está correta nos dois períodos abaixo. Os contratos e os outros documentos, de natureza jurídica, já foram redigidos? Os contratos e os outros documentos de natureza jurídica já foram redigidos!  (APOSTO). Percebi assim. 

  • Acredito que o erro de pontuação se deva ao fato da frase não estar na ordem direta. Ex. Deveria ser: Já foram redigidos.... Como está inversa, deve ser colocado vírgula após o verbo. Assim que eu entendi. Sugiro que procurem como funciona no caso de inversão da ordem da frase.
  • OK.

  • Não entendi o porquê da pontuação estar errada.


ID
1790638
Banca
FCC
Órgão
DPE-RR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Por volta de 1968, impressionado com a quantidade de bois que Guimarães Rosa conduzia do pasto ao sonho, julguei que o bom mineiro não ficaria chateado comigo se usasse um deles num poema cabuloso que estava precisando de um boi, só um boi.

      Mas por que diabos um poema panfletário de um cara de vinte anos de idade, que morava num bairro inteiramente urbanizado, iria precisar de um boi? Não podia então ter pensado naqueles bois que puxavam as grandes carroças de lixo que chegara a ver em sua infância? O fato é que na época eu estava lendo toda a obra publicada de Guimarães Rosa, e isso influiu direto na minha escolha. Tudo bem, mas onde o boi ia entrar no poema? Digo mal; um bom poeta é de fato capaz de colocar o que bem entenda dentro dos seus versos. Mas você disse que era um poema panfletário; o que é que um boi pode fazer num poema panfletário?

      Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria; queria que a minha namorada visse que eu seria capaz de pegar um boi de Guimarães Rosa e desfilar sua solidão bovina num mundo completamente estranho para ele, sangrando a língua sem encontrar senão o chão duro e escaldante, perplexo diante dos homens de cabeça baixa, desviando-se dos bêbados e dos carros, sem saber muito bem onde ele entrava nessa história toda de opressores e oprimidos; no fundo, dentro do meu egoísmo libertador, eu queria um boi poema concreto no asfalto, para que minha impotência diante dos donos do poder se configurasse no berro imenso desse boi de literatura, e o meu coração, ou minha índole, ficasse para sempre marcado por esse poderoso símbolo de resistência.

      Fez muito sucesso, entre os colegas, o meu boi no asfalto; sei até onde está o velho caderno com o velho poema. Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, transformado em minha própria estrela.

(Adaptado de: GUERRA, Luiz, "Boi no Asfalto", Disponível em: www.recantodasletras.com.br. Acessado em: 29/10/2015) 

Vamos, confesse. Confesso. Eu queria um boi perdido no asfalto; sei que era exatamente isso o que eu queria... (3° parágrafo)

Mantendo-se a correção, uma pontuação alternativa para o trecho acima encontra-se em:

Alternativas
Comentários
  • c)

    − Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria.

    =================

    Os três pontinhos, ou melhor reticências, podem marcar uma interrupção de pensamento, que indica que o sentido da oração ficou incompleto, ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. 

    No primeiro caso, a seqüência virá em maiúscula - uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte. 

    No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração. 


    Exemplos: 

    Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles. 

    Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente! 

    Fonte: https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080226074658AAyPqI2

  • Uso dos travessões:

    - No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

    - Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

    - Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

    - Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.


  • rapaiz mai que professor ruim pqp o qc insiti em manter esse prof.

  • Não achei o professor ruim! Explicou bem, ao meu ver.  

  • Alguém poderia explicar por que foi utilizado o '... ' no lugar do ' ; ' ?

  • Alguém poderia explicar por que foi utilizado o '... ' no lugar do ' ; ' ?

  • Não achei esse professor ruim, achei ele simplesmente péssimo.

     

  • Uso das reticências: Marcam uma interrupção da sequência lógica da frase, muitas vezes, devido a elementos de natureza emocional. São usadas:

    A) Para indicar continuidade de uma ação ou fato.
    Ex.: O balão foi subindo...

    B) Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
    Ex.: E eu que trabalhei tanto pensando que...

    C) Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.
    Ex.: Não quero sair... porque... porque eu não estou com vontade.

    D) Para realçar uma palavra ou expressão.
    Ex.: Não há motivo para tanto... choro.

    FONTE: Professor Marcelo Bernardo.

  • Deixo aqui minha clara indignação com o fato: questões com baixo nível de dificuldade recebem a atenção e os comentários do professores; já questões com médios e altos níveis de dificuldade acabam por serem negligenciadas pelo QC e pelo corpo docente que o assiste.  

    .

    Prestem mais atenção às solicitações de "INDICAR PARA COMENTÁRIO"!

  • Achei o comentário do professor normal. Acho que mesmo discordando, devemos ficar atentos à forma que reclamamos disso. Mais respeito é sempre bom.
  • A explicação do professor é muito vaga. De acordo com o prof. Agnaldo da LFG, sempre podemos trocar travessões por virgulas ou vice versa. 

  • Gabarito: C

    − Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria.

  • com todo respeito, sem querer diminuir o professor, mais de fato a didatica do professor não me agrada, nunca explica com detalhes  é sempre vago e pareçe q ta com má vontade !

  • Português é assim: você pensa que sabe, mas na realidade você nunca aprende sempre tem algo que te surpreende. 

  • LETRA C

     

    QUESTAO MUITO BOA, BASTAVA O CANDIDATO PERCEBER QUE ERA UMA CONVERSA ENTRE DUAS PESSOAS E PRONTO; QUESTAO RESOLVIDA.

     

    − Vamos, confesse!

    − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto... sei que era exatamente isso o que eu queria.

  • Não entendi porque a B está errada. Pode-se usar travessões no lugar das vírgulas.

  • Levei meia hora pra responder e o prof solta uma "mole mole" heheh..foda! =/

  • Alguém sabe dizer por que a B está errada? O professor não falou nada com nada. Acredito que talvez o uso dos parênteses seja uma pausa muito pequena ou então não pode ser utilizado em fim de frase? Alguém?

  • O ponto depois de confesse está incorreto, Cristopher.

  • "Gabarito C"

     

    Complementando os colegas através do esquema:

     

                                        Sentido da oração completo = sequência virá com inicial MAIÚSCULA. Ex: "Vamos jantar amanhã?                                                                                                                                                                                      – Vamos...Não...Pois vamos.

    RETICÊNCIAS ->

    (suspensão ou interrupção do pensamento)

                                    Sentido da oração incompleto = sequência virá com inicial MINÚSCULA. Ex: Não há motivo para tanto...mistério

     

     

    Deus sempre ouvirá nossas orações. Bons Estudos.

  • ERRO DA B

    É o ponto final 

     b)

    − Vamos − confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria).

  • Gabarito Letra C

     

     

    Na verdade, O ERRO DA LETRA  B NÃO É O USO DO PONTO CONTINUATIVO, e sim, o fato de que há dois travessões na fala de um mesmo personagem.

     

     

    b) (ERRADA) − Vamos confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria).

    ( CORREÇÃO) − Vamos, confesse. − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria)

                                                                                        OU ENTÃO

                               − Vamos, confesse! − Confesso: eu queria um boi perdido no asfalto (sei que era exatamente isso o que eu queria). 

  • Esse professor precisa evoluir mais essa didática dele! Usa palavras muito rebuscadas para explicar coisas simples! E fica sempre dizendo: ''Podre". Falta de respeito com quem está aprendendo. Porque para ele essa questão pode ser fácil, mas para algumas pessoas é um desafio aprender.


ID
1815307
Banca
VUNESP
Órgão
SAP-SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

A classe média vai ao inferno 

    Era uma vez o sonho de morar na grande cidade. O paraíso das oportunidades, do emprego bem remunerado, do hospital equipado e do acesso mais amplo aos serviços públicos. O centro do lazer cultural e do bem-estar. A promessa da mobilidade social e funcional.
    A metrópole virou megalópole e, hoje, São Paulo e Rio de Janeiro se tornaram ambientes hostis ao cidadão de qualquer classe social que precise se deslocar da casa para o trabalho. As “viagens” diárias dificultam conciliar família e profissão.
    Hoje, mais da metade da população (54%) tem algum carro. O Brasil privilegiou a indústria automobilística, facilitou a compra de veículos, e a classe média aumentou em tamanho e poder de consumo. Todos acreditaram que chegariam ao paraíso. Ficaram presos no congestionamento.
    Quem mais fica engarrafada nas ruas é a classe média, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A pesquisa, com base em dados de 2012, revela que os muito pobres e os muito ricos gastam menos tempo no deslocamento casa-trabalho do que a classe média. Os ricos, porque podem morar perto do trabalho – sem contar os milionários, que andam de helicóptero. Os muito pobres, sem dinheiro para a passagem, tendem a se restringir a trabalhar bem perto de onde moram ou acordam às 4 horas da manhã para evitar congestionamento. Como não se investiu em trem e metrô – muito menos em sistemas inteligentes de transporte –, estouramos os limites da civilidade. E que se lixem os impactos ambientais, a poluição e a rinite.
(Época, 28.10.2013. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

Alternativas
Comentários
  • A) ERRADA: Não se separa por virgula sujeito do verbo

    B) ERRADA. Como na frase os ricos e os pobres se têm a elipse do verbo morar, se tem que marcar com virgula 

    C) CERTA: separando orções coordenadas assindetica e a segunda marca a elipse do verbo morar

    D) ERRADA: separa sujeito do verbo

    E) ERRADA: separara sujeito do verbo

  • Estando a oração em ordem direta (seus termos se sucedem na seguinte progressão: sujeito → verbo → complementos do verbo (objetos) → adjunto adverbial), isto é, sem inversões ou intercalações, o uso da vírgula é, de modo geral, desnecessário. Assim:

    1. Não se usa vírgula:

    Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:

    a) entre sujeito e predicado.

    Todos os alunos da sala    foram advertidos

                Sujeito                            predicado

    b) entre o verbo e seus objetos.

    O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores

                       V.T.D.I.              O.D.                            O.I.

    c) Entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto adnominal.

    2. Usa-se a vírgula:

    ⇒ Para marcar intercalação:

    a) do adjunto adverbial

    O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.

    b) da conjunção:

    Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.

    c) das expressões explicativas ou corretivas:

    As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

    ⇒ Para marcar inversão:

    a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):

    Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

    b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo:

    Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.

    c) do nome de lugar anteposto às datas:

    Recife, 15 de maio de 1982.

    ⇒ Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):

    Era um garoto de 15 anos, alto, magro.

    A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

    ⇒ Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:

    Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

    ⇒ Usa-se a vírgula para isolar:

    - o :

    São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

    - o :

    Ora, Thiago, não diga bobagem.

    Por Marina Cabral

    Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

  • Famosa Virgula Vicária ( que substitui o verbo) !

    Dica do Mestre Alexandre Soares !!! Alô Você !!!

  • Zeugma=procedimento de esconder o verbo usando uma

    vírgula

    Gabarito: C


ID
1815502
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de São Paulo - SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto abaixo para responder à questão.

    Em um site dedicado ao esclarecimento de dúvidas diversas entre internautas, foram encontrados uma pergunta e um conjunto de respostas sobre o significado da expressão ‘gato e sapato’. Abaixo, estão reproduzidos alguns desses textos, com adaptações e sem identificação dos autores.

I. Qual o significado da expressão ‘gato e sapato’? Sempre dizem, por exemplo: ‘Separe-se deste cara, ele faz gato e sapato de você!’. Bom, eu sei q quer dizer ‘fazer o que quiser com alguém’, mas o q eu quero saber é por que é gato e sapato...
Afinal, o que tem a ver gato com sapato???


II. Gato é o cara, sapato é você; aí sim, ele faz o que quer de você. Se você é o Gato, ele é o sapato e sofre na sua mão.
Imagine um gato brincando com um sapato. [...]
Além de tudo, tem a rima que ajuda na memorização e dá força ao dito popular.


III. Gato é o mesmo que dizer: tratar você como animal
(como se os animais não merecessem todo nosso carinho)
sapato: é uma coisa que a gente pisa nela
entendeu?


IV. Tratar você de qualquer maneira, sem um jeito especial.
Eu acho que porque o gato e o sapato chuta-se para o lado pra você não tropeçar. O gato tem mania de parar na sua frente de repente, ele não sai e você acaba chutando ele para o lado, e com o sapato é a mesma coisa, quando alguém deixa o sapato no meio do caminho você não chuta? Eu penso que seja isso!


V. Eu acho que o certo é: fazer do gato um sapato! Quer dizer, fazer um sapato do couro do gato! [...] 

gato é o mesmo que dizer: tratar você como animal
(como se os animais não merecessem todo nosso carinho)
sapato: é uma coisa que a gente pisa nela
entendeu?


Sobre o que se tem acima, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Veja um exemplo de Análise sintagmagmática:

    Pedro acompanhava silenciosamente a reunião daquela empresa.

    Pedro é o sintagma nominal
    acompanhava é um sintagma verbal
    silenciosamente é um sintagma adverbial
    reunião também é um sintagma nominal
    daquela empresa é um sintagma preposicional

    Na questão, temos:
    sapato: é uma coisa que a gente pisa nela 
    nela é um sintagma preposicional

     

  • nela = em + ela

  • nela = em + ela

  • Que viagem essa questão. Tinha que ser a FCC.


ID
1827340
Banca
SCGás
Órgão
SCGás
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             UMA DECISÃO

                                             Por Sírio Possenti, em 03/04/2014 Disponível em:

                              http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2014/04/

                                              03/uma-decisao/ Acesso em 20 de abril de 2014 

Há 15 anos, ou mais, decidi que tentaria escrever sobre linguística em jornais ou onde conseguisse, fora da academia (a internet quebrou meu galho, depois de algum tempo). Pensava, como penso, que a língua é um objeto crucial tanto para o simples conhecimento (muitos acham que a curiosidade é uma característica humana, tese em que acredito cada vez menos) quanto para a educação, entre outras questões.

Pertenço a um grupo que trabalhou duramente, escrevendo e dando cursos, para atualizar currículos escolares no Brasil, coisa que foi feita pela metade – o que não é pouco para um país conservador, cujas “elites” nunca leram uma gramática. Estão longe de ter lido pelo menos tópicos elementares (verbetes de enciclopédia, por exemplo) sobre linguística geral, sociolinguística, psicolinguística, pragmática, teorias do texto e do discurso etc.

Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de introduzir teses de esquerda nas aulas de português, mas de introduzir teses que não sejam medievais sobre a realidade linguística mais banal e propor um tratamento escolar dos fatos de forma a facilitar o domínio da chamada norma culta. Portanto, é um projeto que poderia facilmente ser chamado de conservador. Só a ignorância elementar pode acusar estas teses de serem, por exemplo, de esquerda. [...]

Talvez só Steven Pinker possa concorrer com Saussure em sua quase irritação com certa idiotice dos “sábios”. Criticando duramente os colunistas de plantão que bradam contra a decadência da língua (também os há nos Estados Unidos!), Pinker profere a seguinte imprecação: “Eu digo a eles: Maven, shmaven! Kibbitzers e nudiks seria mais apropriado”. A sequência é assim traduzida por Claudia Berliner: “Que craques, que nada! Metidos a pentelhos seria mais apropriado” (O instinto da linguagem, p. 481).

O que mais ouvi de colegas durante esses anos é que deve ser difícil aguentar os comentários. É que todos sabem que a língua talvez seja o único campo que a sociedade ainda trata segundo critérios medievais: fundamentalmente, seguem-se argumentos de autoridade de manuais que mal se sustentam.

Mas eu insisto. E tenho uma espécie de sonho, bem modesto: um dia, lendo meus textinhos, no blog ou em outro lugar (nem vou informar onde mais publico periodicamente – a convite, se querem saber), a reação será razoável, se não puder ser racional. [...]

Já encontrei leitores de todos os tipos nesses longos anos: os que acham a linguística o fim da picada, os que acham que ela diz o óbvio, os que têm medo de suas teses, os que não entendem do que se trata etc. E há os que consideram os fatos, os argumentos e dizem que estão ou não estão convencidos da importância das novidades, mas que suas crenças estão um pouco abaladas.

Ultimamente, tenho me espantado com uma espécie de cruzada contra meus textos, que nem eram lidos ou eram alvo de pequenos debates, e ora de alguma simpatia, ora de antipatia, como é normal. Mas agora leio todas as semanas uma bobagem enorme, de um “especialista” que todas as semanas rotula meus textos de linguística bolivariana, tratem eles do que tratarem.

Mas que bobagem! E tem uma chusma de apoiadores. Ora, nunca houve mais de dez ou quinze leitores de meus textos. Agora há uma milícia que repete a mesma frase todas as semanas ou clica no sinal de apoio. Sou levado a crer que meus escritos incomodaram alguém.

Ontem (dia 02/04) encontrei consolo na coluna de Tostão, que se queixa de comentaristas e jornalistas esportivos que querem que ele repita (e fornece uma lista) “… e outras besteiras que ouço por aí”.

Não estou só. E vou em frente.

Releia o primeiro período do 9º parágrafo do texto: "Mas que bobagem! E tem uma chusma de apoiadores. Ora, nunca houve mais de dez ou quinze leitores de meus textos. Agora há uma milícia que repete a mesma frase todas as semanas ou clica no sinal de apoio“.

Analise as assertivas a seguir: 

I. A palavra “ora", empregada no trecho, pode ser considerada homônima homógrafa da palavra “hora". Da mesma forma, também são homônimas homógrafas as palavras “há" e “a", ambas empregadas no trecho.

II. A simples substituição da palavra “milícia" por “batalhão" não alteraria a correção da oração.

III. O ponto de exclamação confere um tom de indignação à frase em que ocorre, o que se confirma em toda a sequência de ideias subsequentes no trecho.

IV. O autor usa a palavra “chusma", nesse trecho, em sentido pejorativo e refere-se ao grande número de pessoas que apoiam o especialista citado por ele no parágrafo anterior (8º par.).

Assinale a alternativa que contenha análise correta das assertivas acima: 


Alternativas
Comentários
  • HORA e ORA - São consideradas palavras Homônima HOMOFONA (Mesma Fala porém escrita diferente)


ID
1833286
Banca
CAIP-IMES
Órgão
IPREM
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Melhor a lenda

 (...)
Quem não ouviu contar que Nero mandou incendiar Roma e, do seu terraço, contemplava o fogo enquanto tocava cítara e declamava seus poemas? O historiador romano Suetônio registra essa versão setenta anos após a morte do personagem. A cena combina com o imperador sanguinário, mas não teve confirmação como fato histórico. É mais interessante continuar acreditando que os vikings usavam aqueles capacetes de chifres, fantasia criada em ilustrações do século XIX, que tornavam-nos mais assustadores, do que substituir a imagem por outra mais real, depois que escavações nos túmulos mostraram que não havia um só capacete de chifres entre os despojos dos guerreiros nórdicos.
E por aí vai. A realidade é que o pintor Van Gogh decepou apenas o lóbulo da orelha, não a concha inteira; elefantes não têm cemitério; não eram três as caravelas de Colombo quando veio para estes lados, pois a Santa Maria era uma nau, maior e mais larga; Walt Disney não desenhou o camundongo Mickey; etc, etc.
Quando a lenda é mais interessante do que o fato original, ela triunfa na imaginação popular e muitas vezes na história escrita. Ficou famosa entre os cinéfilos uma frase de um jornalista na cena final do filme de John Ford O Homem que Matou o Facínora, de 1962. Resumindo, curto. Um advogado citadino, que nem sabia atirar, fica famoso por ter matado em duelo um perigoso bandido do oeste, e se elege senador. Muito tempo depois, no funeral do verdadeiro matador do bandido, que era o mocinho e eliminou o facínora atirando escondido nas sombras, o senador conta a verdadeira história ao jornalista e este se recusa a publicá-la, dizendo: 
“Isto é o oeste, senhor. Quando a lenda vira verdade, ficamos com a lenda" (This is the West, sir. When the legend becomes fact, print the legend). Essa frase tem um precedente histórico em Machado de Assis. Na crônica do dia 15 de setembro de 1876, ele abre um tópico com uma contestação da história oficial do grito da independência, em 7 de setembro de 1822: “Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século. Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga. (...) Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido. Houve resolução do Príncipe D. Pedro, independência e o mais; mas não foi positivamente um grito, nem ele se deu nas margens do célebre ribeiro"
Machado argumenta que seria fácil mudar a história em futuras edições dos livros, mas ficaria difícil refazer tantos versos escritos. O Hino Nacional já contava então 47 anos e dizia que o grito retumbante fora ouvido pelas margens plácidas do Ipiranga. Conclui o Machado: “Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. (...) Eu prefiro o grito do Ipiranga: é mais sumário, mais bonito e mais genérico". 

Ivan Angelo
Disponível em: http://vejasp.abril.com.br

O ponto de interrogação está INCORRETO na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Não, os balancetes ficaram prontos? 


ID
1849744
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas propostas e, em seguida, escolha a alternativa correta:

I. O recurso da pontuação é essencial para a estruturação dos textos e apresenta sinais gráficos que podem ser categorizados em separadores e sinais de comunicação.

II. A vírgula, o ponto de exclamação e as reticências entram na categoria dos sinais separadores, enquanto que o travessão, as aspas e os dois pontos são sinais de comunicação.

III. Alguns dos sinais de pontuação podem ser subdivididos em duas subcategorias: a primeira dos sinais de pausa conclusa e a segunda dos sinais de pausa inconclusa.

IV. São da subcategoria dos sinais de pausa conclusa o ponto e vírgula, a interrogação e a vírgula.Os colchetes e os parênteses pertencem à subcategoria dos sinais de pausa inconclusa. 

Alternativas
Comentários
  • Ponto-final [ . ]:

    Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se pelas seguintes finalidades:

    * Indicar o fim de uma frase declarativa.
    Ex: Os convidados demonstravam-se contentes durante todo o evento. 

    * Representar as abreviaturas.
    Exemplos: 

    bibl. = bibliografia
    C.C. = Código Civil 
    a.C. = antes de Cristo
    obs. = observação
    Me. = mestre
    Rev.mo = Reverendíssimo

    Dica importante: 

    Os símbolos referentes às unidades do sistema métrico decimal e aos elementos químicos não são acompanhados do ponto-final.
    Exemplos: 

    Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros. 

    Ponto e vírgula [ ; ]:

    Representa uma pausa maior que a vírgula e um pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o período. Sua utilização encontra-se relacionada aos seguintes casos: 

    * Separar as orações inerentes a um período muito extenso, principalmente se em uma delas já houver a presença da vírgula.

    Ex: Dos mais de cem funcionários daquela empresa, apenas uma pequena porcentagem não concordou com as recentes decisões; o restante, todos aderiram às novas ideias. 

    * Separar orações coordenadas assindéticas que exprimam relações de sentido entre si.

    Ex: As queimadas destruíram a vegetação; todos os animais silvestres foram mortos. 

    * Substituir, de modo facultativo, a vírgula em orações coordenadas sindéticas adversativas.

    Ex: Não concordava com as opiniões dos colegas; contudo, respeitava-as.

    * Separar orações coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as conjunções se encontram pospostas ao verbo.

    Ex: A família era responsável pela garota; precisava, portanto, de protegê-la em todas as circunstâncias. 

    * Separar itens de uma enumeração e artigos relacionados a decretos, sentenças, petições, dentre outros. 

    Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

    I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
    II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
    III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
    IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    [...] 

     


     

  • Ponto de exclamação [ ! ]:

    Usado nas seguintes circunstâncias: 

    * Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiração, surpresa, dentre outros sentimentos.
    Exemplos:

    Nossa! Não esperava vê-lo aqui.
    Tenha confiança! Obterás um ótimo resultado.

    * Após interjeições e vocativos.

    Ah! Não me venha com este discurso fútil.
    Já sei! Foi você, garotinho esperto!

    * Diante de frases que exprimam desejo.

    Guarda-me Senhor!
    Que Deus o abençoe!

    Observações importantes:

    - Quando o sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de interrogação e exclamação, poderão ser utilizados ambos os sinais.

    Ex: Eu falar com ele?! Nem pensar. 

    - Quando se quer enfatizar ainda mais o sentimento ora caracterizado, haverá a possibilidade de repetir o ponto de exclamação.

    Ex: Não!!! Já disse que não irei. 

  • Travessão [ - ]:

    Atribui-se a este sinal a função de: 

    * Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos: 

    - Quando voltarás para cá?
    Seu amigo respondeu:
    - Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional. 

    * Enfatizar uma palavra, frase ou expressão.

    Ex: Era somente este o objetivo de Carlos – concluir sua graduação e seguir carreira militar. 

    * Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses.

    Ex: São Paulo – considerada a maior metrópole brasileira – enfrenta problemas de naturezas distintas.


ID
1861573
Banca
Nosso Rumo
Órgão
Prefeitura de Mairinque - SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa cujo trecho esteja de acordo com as regras de pontuação. (fonte dos trechos: 26 de maio de 2011 • 12h51 http://vidaeestilo.terra.com.br/)

Alternativas

ID
1866397
Banca
Itame
Órgão
Câmara Municipal de Inhumas - GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Das frases abaixo, qual está devidamente pontuada e traz o emprego correto da crase?

Alternativas
Comentários
  • Sempre acentua-se o à(s):

    •  Antes de palavra feminina, que venha acompanhada de artigo:

    •  Antes de palavra masculina, porém quando se puder subtender de por meio uma palavra feminina.

    •  Na designação das horas

    •  Nas locuções de natureza adverbial, formadas com palavra feminina

    Exemplo: ... às vezes é preciso parcelar o presente em diversas prestações

  • GABARITO LETRA B

  • GABARITO B

     

    Usamos crase sempre antes de locuções adverbiais femininas: às pressas, às claras, à noite, às vézes ... 

     

    Regrinhas:

     

    Ocorre CRASE quando:

     

    ·  Antes de palavras femininas

    ·  Na indicação de horas exatas

    ·  Com os demonstrativos aquilo, aqueles (s), aquela (s)

    ·  Com locuções adverbiais prepositivas e conjuntivas (femininas)

    ·  Antes dos relativos que, qual e quais, quando o A ou AS puderem ser substituídos por AO ou AOS

    ·  Quando se subentende à moda de, à maneira de.

    ·  Os pronomes de tratamento senhora senhorita (Sempre usa)

    ·  O pronome de tratamento dona, quando vem modificado por adjetivo

    Exemplo: O médico dirigiu-se à bela dona que esperava na recepção

    ·  Antes das palavras casa e distância, quando determinadas.

    Exemplo: Faça seu preparatório para concurso à distância de um click

    ·  Antes da palavra terra em oposição a bordo

    ·  Exemplo: Os turistas voltaram à terra depois de um mês inteiro no cruzeiro 

     

    Bons estudos

  • Crase é a junção de 2 (dois) As. Ex.; A (preposição) + A (artigo/pronome) = À

    By Prof. Diego Amorim (o cara)

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoalmente

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
1874938
Banca
IESES
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando a frase, oração ou período terminam com a palavra etc. ou outra abreviatura, assinale a opção correta:

Alternativas
Comentários
  • b

     

  • b-

    Deve estar especificado no manual da redação oficial. Mas quando final do periodo coincide com sintagma que levaria ponto para abreviação, o mesmo ponto obrigatorio da abreviação tambem demarca a afirmação contida na oração.


ID
1877122
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
Prefeitura de Feira Grande - AL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fica a indagação ___ por que destruímos tantos ônibus ___ prejudicando o já tão maltratado povo ___ O que haverá por trás disso ___ 

LUFT, Lya. Não podemos ser uma nau sem rumo. Veja. Disponível em: < http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lya-luft-nao-podemos-ser-uma-nau-sem-rumo>.Acesso em: 02 maio 2014.

 

Assinale a alternativa em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas do período.  

Alternativas
Comentários
  • Obs.: Sobre a pontuação depois de 'ônibus': a vírgula separa orações reduzidas de gerúndio, particípio ou infinitivo com valor de oração adverbial, de coordenada aditiva (gerúndio) ou adjetiva explicativa.

     

    Regra bem específica, daí me chamou a atenção.

     

    Ref.: A Gramática para concursos públicos - Fernando Pestana.


ID
1878313
Banca
INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO
Órgão
Prefeitura de Patos - PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Marque a opção cuja pontuação está correta:

Alternativas
Comentários
  • Não se pode terminar um parágrafo com ;


ID
1878436
Banca
SCGás
Órgão
SCGás
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     UMA DECISÃO

                                             

Por Sírio Possenti, em 03/04/2014 Disponível em:

http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2014/04/03/uma-decisao/ Acesso em 20 de abril de 2014

Há 15 anos, ou mais, decidi que tentaria escrever sobre linguística em jornais ou onde conseguisse, fora da academia (a internet quebrou meu galho, depois de algum tempo). Pensava, como penso, que a língua é um objeto crucial tanto para o simples conhecimento (muitos acham que a curiosidade é uma característica humana, tese em que acredito cada vez menos) quanto para a educação, entre outras questões.

Pertenço a um grupo que trabalhou duramente, escrevendo e dando cursos, para atualizar currículos escolares no Brasil, coisa que foi feita pela metade – o que não é pouco para um país conservador, cujas “elites” nunca leram uma gramática. Estão longe de ter lido pelo menos tópicos elementares (verbetes de enciclopédia, por exemplo) sobre linguística geral, sociolinguística, psicolinguística, pragmática, teorias do texto e do discurso etc.

Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de introduzir teses de esquerda nas aulas de português, mas de introduzir teses que não sejam medievais sobre a realidade linguística mais banal e propor um tratamento escolar dos fatos de forma a facilitar o domínio da chamada norma culta. Portanto, é um projeto que poderia facilmente ser chamado de conservador. Só a ignorância elementar pode acusar estas teses de serem, por exemplo, de esquerda. [...]

Talvez só Steven Pinker possa concorrer com Saussure em sua quase irritação com certa idiotice dos “sábios”. Criticando duramente os colunistas de plantão que bradam contra a decadência da língua (também os há nos Estados Unidos!), Pinker profere a seguinte imprecação: “Eu digo a eles: Maven, shmaven! Kibbitzers e nudiks seria mais apropriado”. A sequência é assim traduzida por Claudia Berliner: “Que craques, que nada! Metidos a pentelhos seria mais apropriado” (O instinto da linguagem, p. 481).

O que mais ouvi de colegas durante esses anos é que deve ser difícil aguentar os comentários. É que todos sabem que a língua talvez seja o único campo que a sociedade ainda trata segundo critérios medievais: fundamentalmente, seguem-se argumentos de autoridade de manuais que mal se sustentam.

Mas eu insisto. E tenho uma espécie de sonho, bem modesto: um dia, lendo meus textinhos, no blog ou em outro lugar (nem vou informar onde mais publico periodicamente – a convite, se querem saber), a reação será razoável, se não puder ser racional. [...]

Já encontrei leitores de todos os tipos nesses longos anos: os que acham a linguística o fim da picada, os que acham que ela diz o óbvio, os que têm medo de suas teses, os que não entendem do que se trata etc. E há os que consideram os fatos, os argumentos e dizem que estão ou não estão convencidos da importância das novidades, mas que suas crenças estão um pouco abaladas.

Ultimamente, tenho me espantado com uma espécie de cruzada contra meus textos, que nem eram lidos ou eram alvo de pequenos debates, e ora de alguma simpatia, ora de antipatia, como é normal. Mas agora leio todas as semanas uma bobagem enorme, de um “especialista” que todas as semanas rotula meus textos de linguística bolivariana, tratem eles do que tratarem.

Mas que bobagem! E tem uma chusma de apoiadores. Ora, nunca houve mais de dez ou quinze leitores de meus textos. Agora há uma milícia que repete a mesma frase todas as semanas ou clica no sinal de apoio. Sou levado a crer que meus escritos incomodaram alguém.

Ontem (dia 02/04) encontrei consolo na coluna de Tostão, que se queixa de comentaristas e jornalistas esportivos que querem que ele repita (e fornece uma lista) “… e outras besteiras que ouço por aí”.

Não estou só. E vou em frente.

 Releia o primeiro período do 9º parágrafo do texto: "Mas que bobagem! E tem uma chusma de apoiadores. Ora, nunca houve mais de dez ou quinze leitores de meus textos. Agora há uma milícia que repete a mesma frase todas as semanas ou clica no sinal de apoio“.


Analise as assertivas a seguir:


I. A palavra “ora”, empregada no trecho, pode ser considerada homônima homógrafa da palavra “hora”. Da mesma forma, também são homônimas homógrafas as palavras “há” e “a”, ambas empregadas no trecho.

II. A simples substituição da palavra “milícia” por “batalhão” não alteraria a correção da oração.

III. O ponto de exclamação confere um tom de indignação à frase em que ocorre, o que se confirma em toda a sequência de ideias subsequentes no trecho.

IV. O autor usa a palavra “chusma”, nesse trecho, em sentido pejorativo e refere-se ao grande número de pessoas que apoiam o especialista citado por ele no parágrafo anterior (8º par.).


Assinale a alternativa que contenha análise correta das assertivas acima: 

Alternativas
Comentários
  • Homógrafas: quando possuem a mesma grafia, mas a pronúncia é distinta. Ex: Eu governo e O governo.

     

    Homófonas: quando possuem a mesma pronúncia, mas a grafia é distinta. Ex: Hora e ora , ou Há e a.

     

    O inciso I está equivocado.

  • Já que a I fora explicada pelo colega André Souza, vou analisar a II:

    Significado:

    Milícia: grupo de militantes de entidade religiosa, política etc. (Específico)

    Batalhão: grande número de pessoas. (Generalizado)

    Então, não poderíamos trocar um pelo outro.

  • II. A simples substituição da palavra “milícia” por “batalhão” não alteraria a correção da oração.(ERRADO).

    texto: "Mas que bobagem! E tem uma chusma de apoiadores. Ora, nunca houve mais de dez ou quinze leitores de meus textos. Agora há uma milícia (um batalhão) que repete a mesma frase todas as semanas ou clica no sinal de apoio“.

  • II. A simples substituição da palavra “milícia” por “batalhão” não alteraria a correção da oração.(ERRADO).

    texto: "Mas que bobagem! E tem uma chusma de apoiadores. Ora, nunca houve mais de dez ou quinze leitores de meus textos. Agora há uma milícia (um batalhão) que repete a mesma frase todas as semanas ou clica no sinal de apoio“.

    d.

  • Gabarito letra D


ID
1881250
Banca
IF-PE
Órgão
IF-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 04

Crônica da cidade do Rio de Janeiro

      No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os netos dos escravos encontram amparo.

      Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e apontando seu fulgor, diz, muito tristemente:

      - Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar Ele daí.

      - Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se preocupe: Ele volta.

      A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos. Cristo sozinho não basta.

     (GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009.)

Observe as construções “Não se preocupe: Ele volta” e “os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos. Cristo sozinho não basta.”

Se fosse possível substituir os sinais em destaque por conjunções, quais poderiam ser para que o sentido não se alterasse?

Alternativas
Comentários
  • Nas duas construções, os sinais de pontuação poderiam ser substituídos pela conjunção "porque" 

    Gabarito D.

  • PORQUE: pois.

    PORQUÊ: motivo

    POR QUE:

    - interrogativa direta;

    - interrogativa indireta (por que motivo);

    - pelo qual.

    POR QUÊ: fim de uma oração.

  • LETRA D

    1°) Porque: explicativa no sentido de dedução

    2°) Porque: causal no sentido de já que

  • Bem essa questão resolvi com o pensamento:  "porque" somente utilizamos quando retratar o sentido das conjunções equivalentes a ( visto que, uma vez que, pois ou para que), assim substitui na frase os símbolos pela conjunção "pois."

     

  • Questão mal formulada, porém a essência é boa.

  • “Não se preocupe porque Ele volta” e “os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos porém Cristo sozinho não basta.” Fiquei em dúvida entre a letra B: Na primeira sentença, os dois pontos seria substituído por “porque” e na segunda, o ponto final seria substituído por “porém”.

  • Boa questão. 

  • Valor explicativo/justificativo

  • link para estudar com o elias Santana   https://www.youtube.com/watch?v=JVyVGDZXGI8

     

    Autor: Arenildo Santos

     

    Síntese Teórica -  Emprego de  “porquês”
     

    Por que (separado e sem acento)

    1) Expressão adverbial interrogativa de causa (ou explicação), podendo aparecer em interrogações diretas e indiretas.  Nesse caso, pode estar explícito ou não o termo “motivo” (“razão”).  Veja.

    Por que razão o homem maltrata a natureza?

    Por que o homem maltrata a natureza?

    Ninguém sabe por que razão o homem maltrata a natureza.

    Ninguém sabe por que o homem maltrata a natureza.

     

    2) Expressão relativa com função anafórica.  Nesse caso, equivale a uma das seguintes expressões: pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.

    A estrada por que vim é tranquila. (por que = pela qual)

    O fax por que enviei a texto é antigo. (por que = pelo qual)

    Obs.1: Também se usa “por que” quando a palavra “que” funciona como pronome indefinido adjetivo (equivalendo a “qual”).  Nesse caso, “por que” equivale a “por qual”.

    Você sabe por que caminho ela está vindo?

    Obs. 2: Cuidado.  Por vezes o segmento “por que” corresponde à seguinte morfologia: a preposição “por” é exigida por um termo anterior; e “que” é conjunção integrante.  Veja:

    Minha luta por que você supere isso é grande.

     

    Por quê (separado e com acento) 

    Também tem valor adverbial interrogativo.  O acento ocorre diante de pausas fortes.  Veja:

    O homem maltrata a natureza por quê?

    O homem maltrata a natureza, mas ninguém sabe por quê.

    Ninguém sabe por quê, mas o homem maltrata a natureza.

    Ela admitiu o homicídio, mas explicar por quê será difícil.

     

    Porque (junto e sem acento)

    Trata-se sempre de conjunção: seja explicativa, seja causal, seja final.

    Não chore, porque me daria pena.

    Não chorei porque não tive vontade.

    Não chorarei porque não demonstre fragilidade.

    Você se assustou porque eu gritei?

     

    Porquê (junto e com acento)

    Trata-se de substantivo.

    Ninguém sabe o porquê, mas o homem maltrata a natureza.

  • d)Nas duas construções, os sinais de pontuação poderiam ser substituídos pela conjunção “porque”.

     

    “Não se preocupe porque   Ele volta” e “os atabaques, ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses africanos porque  Cristo sozinho não basta.”

  • Gabarito letra d.

    Em “Não se preocupe: Ele volta”, a relação é de explicação: “não se preocupar PORQUE ele vai voltar”. No segundo período também: os atabaques chamam outros deuses, PORQUE o Cristo Redentor sozinho não basta. 

    Dessa forma, introduzir um “mas” adversativo, um “e” aditivo ou um “portanto” conclusivo não manteria o sentido. Era necessário um conector explicativo nas duas hipóteses.


  • Cristo sozinho basta! S2

  • Fiquei na dúvida da letra B . Muito estranho não usar o porém . Se ele diz que não era pra se preocupar e depois diz que Cristo sozinho não basta ... Então dá ideia de contraste ao meu ver já que não era pra se preocupar então Cristo sozinho deveria bastar . Enfim não entendi o erro da letra B .


ID
1897258
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas abaixo e assinale a opção cujo texto apresenta a pontuação de forma correta.

Alternativas
Comentários
  • A) É provável que alguma vez na vida você tenha sentido, que estava sendo observado por um estranho. E, de repente quando você se virou lá, estava o suspeito olhando. Essa sensação é considerada paranormal.

    B) Em fevereiro, de 2000, Pam Barrett, líder do Novo Partido Democrático no Canadá, foi ao dentista. Queria fazer uma restauração mas sofreu uma alergia muito grave à anestesia e virou notícia.

    C) Vários fatores estão correlacionados com crenças paranormais. Um é chamado absorção: pessoas que se perdem na ficção e nas próprias fantasias podem tratar imaginações como sendo reais. GABARITO

    D) As mulheres estão tendo filhos mais tarde. Dados do último senso, mostram que as mães acima dos 30 são responsáveis por 31.3% dos bebês nascidos no Brasil nos últimos anos.

    E) Pelos dados do último estudo “Retratos da leitura”, encomendado pelo Instituto Pró-Livro ao Ibope, embora 70% dos brasileiros nunca tenham ouvido falar em livro digital 50% deles acreditam que podem vir a usá-lo.


ID
1925266
Banca
UPENET/IAUPE
Órgão
PM-PE
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 01 

                         Devemos viver a vida ou capturá-la?

      Um artigo recente no New York Times explora a onda explosiva de gravações de eventos feitas em smartphones, dos mais significativos aos mais triviais. Todos são, ou querem ser, a estrela de sua própria vida e a moda é capturar qualquer momento considerado significativo. Microestrelas do YouTube têm vídeos de selfies que se tornam virais em questão de horas. [...]

      Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas. Mas há outro aspecto, geralmente desconsiderado, que é o aproveitamento real do que acontece naquele momento. Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, saindo do seu foco, ao ver a vida através de uma tela? Você deveria estar vivendo a sua vida ou vivendo-a para que os outros a vejam?

      Deve-se dizer, entretanto, que isso tudo começou antes da revolução dos celulares. Algo ocorreu entre o diário privado que mantínhamos chaveado em uma gaveta e a câmera de vídeo portátil. Por exemplo, em junho de 2001, levei um grupo de alunos da Universidade de Dartmouth em uma viagem para ver o eclipse total do Sol na África. A bordo havia um grupo de “tietes de eclipse", pessoas que viajam o mundo atrás de eclipses. Quando você vir um, vai entender o porquê. Um eclipse solar total é uma experiência altamente emocionante que desperta uma conexão primitiva com a natureza, nos unindo a algo maior e realmente incrível a respeito do mundo. É algo que necessita de foco e de um comprometimento total de todos os sentidos. Ainda assim, ao se aproximar o momento de totalidade, o convés do navio era um mar de câmeras e tripés, enquanto dezenas de pessoas se preparavam para fotografar e filmar o evento de quatro minutos.

      Em vez de se envolverem totalmente com esse espetacular fenômeno da natureza, as pessoas preferiram olhar para isso através de suas câmeras. Eu fiquei chocado. Havia fotógrafos profissionais a bordo e eles iam vender/dar as fotos que tirassem. Mas as pessoas queriam as suas fotos e vídeos de qualquer forma, mesmo se não fossem tão bons. Eu fui a outros dois eclipses e é sempre a mesma coisa. Sem um envolvimento pessoal total. O dispositivo é o olho através do qual eles escolheram ver a realidade.

      O que os celulares e as redes sociais fizeram foi tornar o arquivamento e o compartilhamento de imagens incrivelmente fáceis e eficientes. O alcance é muito mais amplo e a gratificação (quantos “curtir" a foto ou o vídeo recebe) é quantitativa. As vidas se tornaram um evento social compartilhado.

      Agora, há um aspecto que é bom, é claro. Celebramos momentos significativos e queremos compartilhar com aqueles com quem nos importamos. O problema começa quando paramos de participar completamente do momento, porque temos essa necessidade de registrá-lo. O apresentador Conan O'Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. “Tudo que vejo é um mar de iPads”, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos. [...]

      Entendo o que elas sentem. É como palestrar usando o PowerPoint, como posso afirmar por experiência própria. Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia. Nenhum envolvimento direto é então possível. É por isso que eu tendo a usar essas tecnologias minimamente, apenas para mostrar imagens e gráficos ou citações significativas.

Marcelo Gleiser. Disponível em: http://www.fronteiras.com/artigos/marcelo-gleiser-deveriamos-viver-a-vida-ou-captura-la. Acesso em: 20/03/2016. Adaptado.

No que se refere ao emprego dos sinais de pontuação no Texto 1, analise as afirmativas abaixo.

I. No trecho: “Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas.” (2º parágrafo), os dois-pontos foram empregados para introduzir uma citação literal.

II. No trecho: “Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, saindo do seu foco, ao ver a vida através de uma tela?” (2º parágrafo), o ponto de interrogação revela que o autor dirige-se diretamente ao leitor, dialogando com ele.

III. No trecho: “O apresentador Conan O'Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. „Tudo que vejo é um mar de iPads‟, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos.” (6º parágrafo), as aspas foram empregadas no segmento destacado para delimitar um trecho em discurso direto.

IV. No trecho: “Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia.” (7º parágrafo), a vírgula foi empregada para isolar itens em uma enumeração.

Está(ão) CORRETA(S):

Alternativas
Comentários
  • As afirmativas I e IV estão incorretas porque em I, os dois pontos foram empregados para indicar um aposto; já em IV, a vírgula é utilizada para marcar o final da oração subordinada temporal, que está deslocada, ou seja, está antes da principal.
    Gabarito: B

  • Meio estranho esse item II​.

  • Caro Frankyson Almeida, resolvi a questão exatamente assim, por eliminação.  

  • porcaria de banca. que porra de questão é essa. o ítem 3 foi usado em sentido figurado e não para delimitar nada. essa banca é um lixo, por isso o qconcursos não pega as questões dessa merda. 

  • realmente essa  banca é uma vagabunda msm essa fia da peste

  •  

                                         X                                  (QUE ASPECTO?)                                    Y

    I. No trecho: “Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas.” (2º parágrafo), os dois-pontos foram empregados para introduzir uma citação literal.

    X  =  Y, ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA APOSITIVA.

    DOIS PONTOS ESTÁ INTRODUZINDO UM APOSTO ( PODIA SER TAMBÉM O TRAVESSÃO ).

    ALIADO A ISSO, ACRESCENTA-SE QUE - EM SE TRATANDO DE CITAÇÃO LITERAL - O USO DAS ASPAS É OBRIGATÓRIO.

  • No que se refere ao emprego dos sinais de pontuação no Texto 1, analise as afirmativas abaixo.

    I. No trecho: “Há um aspecto disso tudo que faz sentido: todos somos importantes, nossas vidas são importantes, e queremos que elas sejam vistas, compartilhadas, apreciadas.” (2º parágrafo), os dois-pontos foram empregados para introduzir uma citação literal.

    Errado

    Introduz um aposto, termo explicativo.

    II. No trecho: “Estarão as pessoas esquecendo de estar presentes no momento, saindo do seu foco, ao ver a vida através de uma tela?” (2º parágrafo), o ponto de interrogação revela que o autor dirige-se diretamente ao leitor, dialogando com ele.

    Certo

    O autor faz a pergunta ao leitor.

    III. No trecho: “O apresentador Conan O'Brien, por exemplo, reclamou que ele não pode mais nem ver o rosto das pessoas quando se apresenta. „Tudo que vejo é um mar de iPads‟, ele disse. Algumas celebridades estão proibindo celulares pessoais durante os seus casamentos.” (6º parágrafo), as aspas foram empregadas no segmento destacado para delimitar um trecho em discurso direto.

    Certo

    Aspas são utilizadas para dá ênfase no texto, usadas em citações e destacar trechos.

    IV. No trecho: “Assim que uma tela iluminada aparece, os olhares se voltam a ela e o palestrante se torna uma voz vazia.” (7º parágrafo), a vírgula foi empregada para isolar itens em uma enumeração.

    Errado

    A vírgula é utilizada pela locução adverbial de tempo

    Está(ão) CORRETA(S):

    A I, apenas.

    B II e III, apenas.

    Gabarito

    C I, II e III, apenas.

    D IV, apenas.

    E I, II, III e IV.


ID
1927828
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Cascavel - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                           A AIDS na adolescência

      A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionadas à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessária a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência.

      Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.

      Existem algumas características comportamentais, socioeconômicas e biológicas que fazem com que os jovens sejam um grupo propenso à infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo quando em relacionamentos estáveis, justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal, apesar de que, no mundo, hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o outro. Observa-se, também, que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso do preservativo.

      Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de comunicação, frequentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que “todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem”.

(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3867/-1/a-aids-na-adolescencia.html. Adaptado. Acesso em: 19/04/2016.)

Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos.” (2º§) No trecho anterior, o ponto final ( . ) foi utilizado para

Alternativas
Comentários
  • O sinal de Pontuação PONTO ( . ) é uma pausa mais Longa que a Virgula, ou seja, pausa de longa duração.

     

    Gabarito: E

  • Quando você erra a questão pela sua obviedade. 

  • O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período,representa a pausa máxima.

  • A alternativa "C" não deixa de estar errada. É óbvio que a "E" está "mais correta", mas não consegui achar o erro da "C". Alguém poderia me esclarecer?
  • O ponto final pode até anteceder uma frase ou oração de cunho explicativo, mas não é esta sua função. Tal atribuição é dos dois pontos (:).

  • Achei a "E" tão óbvia que não tive coragem de assina-la. 

  • É tão simples que assusta. Errei.

  • porra, marquei a C com tudo!

  • e)marcar pausa de longa duração.

  • A função do ponto final é marcar uma pausa de longa duração. 

    Gabarito: E

     


ID
1940386
Banca
Marinha
Órgão
COLÉGIO NAVAL
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Eles blogam. E você?

     Após o surgimento da rede mundial de computadores, no início da década de 1990, testemunhamos uma revolução nas tecnologias de comunicação instantânea. Nós, que nascemos em um mundo anterior à Internet, aprendemos a viver no universo constituído por coisas palpáveis: casas, máquinas, roupas etc. O contato se estabelecia entre seres humanos reais por meios "físicos": cartas, telefonemas, encontros.

      Em um mundo concreto, a escola não poderia ser diferente: livros, giz, carteiras, quadro-negro, mural. Esse espaço é ainda hoje definido por uma série de símbolos de um tempo passado e tem se mantido relativamente inalterado desde o século XIX. Os alunos atuais, porém, são nativos digitais. Em outras palavras: nasceram em um mundo no qual já existiam computadores, Internet, telefone celular, tocadores de MP3, videogames, programas de comunicação instantânea (MSN, Google Talk etc.) e muitas outras ferramentas da era digital. Seu mundo é definido por coisas imateriais: imagens, dados e sons que trafegam e são armazenados no espaço virtual.

      Um dos aspectos mais sedutores do ciberespaço é o seu poder de articulação social. Foi no fim da década de 1990 que os usuários da Internet descobriram uma ferramenta facilitadora da interação escrita entre diferentes pessoas conectadas em uma rede virtual: os weblogs, que logo ficaram conhecidos como blogs. O termo é formado pelas palavras web (rede, em inglês) e log (registro, anotação diária). A velocidade de reprodução da blogosfera é assustadora: 120 mil novos blogs por dia, 1,4 blog por semana.

      O blog se caracteriza por apresentar as observações pessoais de seu "dono" (o criador do blog) sobre temas que variam de acordo com os interesses do blogueiro e também de acordo com o tipo de blog. As possibilidades são infinitas: há blogs pessoais, políticos, culturais, esportivos, jornalísticos, de humor etc.

       Os textos que o blogueiro insere no blog são chamados de posts. Em português, o termo já deu origem a um verbo, "postar", que significa "escrever uma entrada em um blog". Os posts são cronológicos, porém apresentados em ordem inversa: sempre do mais recente para o mais antigo. Os internautas que visitam um blog podem fazer comentários aos posts.

      Justamente porque facilitam a comunicação e permitem a interação entre usuários de todas as partes, os blogs são interessantes ferramentas pedagógicas. Se a escola é o espaço preferencial para a construção do conhecimento, nada mais lógico do que levar os blogs para a sala de aula, porque eles têm como vocação a produção de conteúdo. Por que não criar um blog de uma turma, do qual participem todos os alunos, para comentar temas atuais, para debater questões polêmicas, para criar um contexto real em que o texto escrito surja como algo natural?

      Na blogosfera, informação é poder. E os jovens sabem disso, porque conhecem o ciberespaço. O entusiasmo pela criação de um blog coletivo certamente será acompanhado pelo desejo de transformá-lo em ponto de parada obrigatória para os leitores que vagam no universo virtual. E esse desejo será um motivador muito importante. Para conquistar leitores, os autores de um blog precisam não só ter o que dizer, mas também saber como dizer o que querem, escolher imagens instigantes, criar títulos provocadores.

      Uma vez criado o blog da turma, as possibilidades pedagógicas a ele associadas multiplicam-se. Para gerar conteúdo consistente é necessário pesquisar, considerar diferentes pontos de vista sobre temas polêmicos, avaliar a necessidade de ilustrar determinados conceitos com imagens, definir critérios para a moderação dos comentários, escolher os temas preferenciais a serem abordados etc. Todos esses procedimentos estão na base da construção de conhecimento.

      Outro aspecto muito importante é que os jovens, em uma situação rara no espaço escolar, vão constatar que, nesse caso, quem domina o conhecimento são eles. Pela primeira vez não precisarão virar "analógicos" para se adaptar ao universo da sala de aula. Eu blogo. Eles blogam. E você?

                              Maria Luiza Abaurre, in Revista Carta na Escola. (adaptado)

Assinale a opção em que a mudança de pontuação dos trechos, de acordo com o texto, NÃO alterou significativamente o sentido original.

Alternativas
Comentários
  • Alguém explica, por favor.


ID
1942969
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
IF-AC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pontuação é fundamental para o entendimento do texto. De forma que existem situações cuja integridade comunicativa depende do emprego desses sinais. Para tanto, considere o exemplo: “Levar uma pedra para Europa uma andorinha não faz verão”. Assinale a alternativa correta quanto à forma de se manter a integridade da mensagem. 

Alternativas
Comentários
  • Gente, achei esta questão louca, mas fui na menos errada.

    b) não faz sentido, pense, então a pergunta seria desnecessária? logo se descarta esta alternativa.

    c) Depois de Europa, existe uma palavra com letra minúscula, logo esta descartada.

    d) não se usa pontuação entre o verbo e seus complemento.

    por isso fui na alternativa "a".

    Um abraço!

  • Que questão sem pé nem cabeça.

  • Verão não é estação do ano nesse contexto?Que que isso companheiro!

  • Esta Questão esta sem pé nem cabeça, o Verbo FAZER descaracteriza o verbo VER no Sentido da Terceira pessoa do Plural do Futuro do Verbo Ver. Sem dizer que Teria que Ser o Substantivo ANDORINHAS no Plural tbm. Que doido isto, Alguém sabe explicar o Pq Da Alternativa A estar Certa?

  •  I wanna love you and treat you right

    wanna love you every day and every night ...

  • kkkkkkk meu deus, cada vez que faço mais questões dessa banca eu me decepciono

  • A mais correta pra mim é a letra c. Mas realmente, nada a ver essa questão
  • Meus Deus! Que eu passe logo em algum concurso, para não ter mais que passar por isso! Já vi questões toscas, mas essa...

    Marquem para comentário. Só para ver se alguém explica essa questão...inusitada!

  • Caraca... Confesso que admiro esta banca, mas esta questão está muito tosca!!!
  • Trollou legal nesta daí.

  • Qual o sentido de uma banca colocar uma questão assim? Não compactuo com banca que faz questão com intuito primordial de o candidato errar. Banca tem que elaborar questão para avaliar o candidato mais preparado em conhecimento e não o candidato "malandro" que vê sempre a questão com "maus-olhos".

  • Ficou bom o desenho, porém não é disso que a questão trata. A classificação que a banca quer é de acordo com o PCASP, que se desdobra em : classe, grupo, subgrupo, titulo, subtitulo, item e subitem.

  • Ficou bom o desenho, porém não é disso que a questão trata. A classificação que a banca quer é de acordo com o PCASP, que se desdobra em : classe, grupo, subgrupo, titulo, subtitulo, item e subitem.


ID
1949212
Banca
Marinha
Órgão
COLÉGIO NAVAL
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

      Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância, nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes. Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente, alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis. Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma por estagnação, A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.

      [ ... ]

      Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões, a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar, ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja, em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos. 

      Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto simples e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana. Por isso, também, muitos afastam-se dele. Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem. Mas há quem tenha descoberto esse prazer que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente. 

(TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em http://revistacult.uol.com.br - 31 de jan. 2016 - com adaptações) 

Assinale a opção na qual o texto foi pontuado corretamente.

Alternativas
Comentários
  • Bom, se eu estiver errado, que alguém me corrija. Eu aprendi que o ponto e vírgula é usado para separar orações coordenadas entre si. 

    A resposta da questão é a letra d); notem, todavia, que ele está separando uma oração coord. de uma oração sub.

     

    "Os leitores adquirem, ao longo dos anos, muitas experiências preciosas(or. coor. assindética); enquanto isso, os não leitores, sem perceber, furtam-se de um universo incontável de saber. (or. sub. adv. temporal)."

     

    A vírgula depois de "enquanto isso" foi usada apenas para separar um oração adv deslocada.

    Destarte, a banca confunde o aluno. ¬¬'

  • Eu acho que as orações são coordenadas.

    "Os leitores adquirem, ao longo dos anos, muitas experiências preciosas."

    "Os leitores, sem perceber, furtam-se de um universo incontável de saber."

    Não há relação de subordinação e, sim, coordenação.

    Acredito que a expressão "enquanto isso" seja a conjunção temporal que liga as duas orações coordenadas, mas não tenho certeza.

    Talvez, alguém possa dar uma explicação melhor. Mas espero ter ajudado em alguma coisa.

    Bons estudos

  • GAB é D.

  • Eu fiquei em dúvida entre as alternativas D e E. Mas aqui vai minha conclusão depois de melhor analisar:

    d) Os leitores adquirem, ao longo dos anos (está entre vírgulas por que se trata de um adjunto adverbial deslocado na oração, deveria estar no final), muitas experiências preciosas; (aqui se usa ";" por que tem diversos usos de vírgula na segunda oração coordenada e arrisco dizer que há a elipse de uma conjunção coordenada adversativa, como "porém", por exemplo) enquanto isso (está separado por vírgula por que é um adjunto adverbial deslocado na frase), os não leitores, sem perceber (se trata de uma oração intercalada, então precisa vir isolada por vírgula do resto da oração), furtam-se de um universo incontável de saber.

    e) Sem perceber (deveria estar isolado por vírgula por que se trata de uma oração intercalada) as pessoas vão deixando para trás, quando abandonam a leitura (está entre vírgulas por que é uma oração adverbial deslocada), um universo completamente precioso; ao mesmo tempo os leitores fiéis acumulam sabedoria e ideias novas.

    Por favor me corrijam se estiver errada.

  • Bem... A letra "A" e "B" é fácil achar o erro. No entanto, as 3 últimas opções necessitam de mais atenção. Na letra "C", a última frase (, e gabinetes de leitura) não deveria está acentuado. Isso, porque está fora do paralelismo por não possuir artigo. Portanto, ela deveria ser uma frase que se ligaria aquela anteriormente escrita " as experiências advindas das bibliotecas", desse modo, sem virgula. Já a letra E, apresenta uma oração deslocada de sentido completo " sem perceber", que, para não ser virgulada, deveria está no final da frase.

  • Na letra A, "Segundo pesquisas, brasileiros, leem mais que paraguaios e bolivianos; por outro lado, utilizam bem menos, as bibliotecas públicas," há dois erros: 1) Vírgula entre sujeito e verbo (brasileiros, leem); vírgula entre VTD e seu Objeto direto ( A vírgula após "menos" deve ser retirada)Na letra B, "Na infância, as crianças aprendem que, a leitura exige concentração", o erro estar em separar o VTD do seu complemento verbal. Nesse caso, após o vocábulo QUE, que inicia Oração Objetiva Direta, não deve haver virgula.

    Instagram: @professorvolney


ID
1949401
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação da sentença está correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    a) A orca que é um cetáceo tem uma inteligência muito desenvolvida. → deveria ter pontuação, pois temos uma oração adjetiva explicativa e não restritiva;

    b) O deputado Miguel Cervantes que está preso na Polícia Federal roubou milhões.→ deveria ter pontuação, pois temos uma oração adjetiva explicativa e não restritiva;

    c) José está gordo mas sua esposa já emagreceu vinte quilos.→ deveria ter pontuação, pois temos uma oração coordenada adversativa, vírgula obrigatória;

    d) Raulzito, irritado com a pressão do pai, jogou fora seu diploma. → vírgulas isolando um termo explicativo, plenamente correto;

    e) Julieta gostava de vinho chileno; Romeu de champanhe francesa. → faltou a virgula para marcar a "zeugma" do verbo "gostava" → Romeu, de champanhe.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻


ID
1949497
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-AC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                          Desenredo

       Do narrador seus ouvintes: 

       -  Jó Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para não ser célebre. Como elas quem pode, porém? Foi Adão dormir e Eva nascer. Chamando-se Livíria, Rivília ou Irlívia, a que, nesta observação, a Jó Joaquim apareceu.

      Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e pão. Aliás, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em ímpeto de nau tangida a vela e vento. Mas tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas.

     Porque o marido se fazia notório, na valentia com ciúme; e as aldeias são a alheia vigilância. Então ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo é mundo. Todo abismo é navegável a barquinhos de papel.

     Não se via quando e como se viam. Jó Joaquim, além disso, existindo só retraído, m inuciosam ente. E sperar é reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano.

     Até que deu-se o desmastreio. O trágico não vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro... Sem mais cá nem mais lá, mediante revólver, assustou-a e matou-o. Diz-se, também, que a ferira, leviano modo.

    [...]

    Ela - longe - sempre ou ao máximo mais formosa, já sarada e sã. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoções.

    Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim é impossível? Azarado fugitivo, e como à Providência praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo é engenhoso.

    [...]  

    Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.

    Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, em péssima hora: traído e traidora. De amor não a matou, que não era para truz de tigre ou leão. Expulsou-a apenas, apostrofando-se, como inédito poeta e homem. E viajou a mulher, a desconhecido destino.

    Tudo aplaudiu e reprovou o povo, repartido. Pelo fato, Jó Joaquim sentiu-se histórico, quase criminoso, reincidente. Triste, pois que tão calado. Suas lágrimas corriam atrás dela, como formiguinhas brancas. Mas, no frágio da barca, de novo respeitado, quieto. Vá-se a camisa, que não o dela dentro. Era o seu um amor meditado, a prova de remorsos. Dedicou-se a endireitar-se.

    [...] Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar- e qualquer causa se irrefuta.

    Pois produziu efeito. Surtiu bem. Sumiram-se os pontos das reticências, o tempo secou o assunto. Total o transato desmanchava-se, a anterior evidência e seu nevoeiro. O real e válido, na árvore, é a reta que vai para cima. Todos já acreditavam. Jó Joaquim primeiro que todos.

    Mesmo a mulher, até, por fim. Chegou-lhe lá a notícia, onde se achava, em ignota, defendida, perfeita distância. Soube-se nua e pura. Veio sem culpa. Voltou, com dengos e fofos de bandeira ao vento.

    Três vezes passa perto da gente a felicidade. Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.

    E pôs-se a fábula em ata.


ROSA, João Guimarães. Tutameia - Terceiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967. p. 38-40.

Vocabulário

frágio: neologismo criado a partir de naufrágio, ufanático: neologismo: ufano+fanático.

Sobre o texto leia as afirmativas a seguir.

I. A pontuação dá ao conto uma característica de lentidão, detalhamento com intenção de prender a atenção do leitor sobre o que se conta.

II. O narrador acumula duas funções: contador de estórias e a de comentarista que analisa as situações, filosofa sobre o assunto, trazendo o leitor para o presente, o tempo da enunciação.

III. A abordagem do nome da personagem pouco acrescenta na compreensão do texto.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I. A pontuação dá ao conto uma característica de lentidão, detalhamento com intenção de prender a atenção do leitor sobre o que se conta.( Correto )

    Percebe-se, que a pontuação quer pormenorizar o enredo. Quer chamar a atenção, detalhando o conto,   

    II. O narrador acumula duas funções: contador de estórias e a de comentarista que analisa as situações, filosofa sobre o assunto, trazendo o leitor para o presente, o tempo da enunciação. ( Correto )

    Entendi, como sendo comentário do narrador, entre outros, o seguinte trecho: " Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios." 

    III. A abordagem do nome da personagem pouco acrescenta na compreensão do texto. (  Errado ) 

    " Jó Joaquim e Vilíria retomaram-se, e conviveram, convolados, o verdadeiro e melhor de sua útil vida.    E pôs-se a fábula em ata. "

  • GABARITO =E

    FOI INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

    PM/SC

    DEUS PERMITIRÁ


ID
1966042
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Presidente Prudente - SP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O papel da tecnologia

Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do avanço tecnoló- gico em nossa vida. A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe. Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de trabalhadores. Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o mundo andar. [...]

A tecnologia também cria novos desafios e causa mudanças comportamentais que provocam discussão. Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as conquistas humanas apresentam a característica de modificar nossos hábitos – nem todos para melhor. Mas são inegáveis os avanços proporcionados pela evolução técnica.

(Carta de Exame. São Paulo: Editora Abril. ed. 1092, 24.06.2015. Adaptado)

Leia a frase:

A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe.

Assinale a alternativa em que, alterando-se a ordem das palavras, a frase está pontuada corretamente, com preservação do sentido original do texto.

Alternativas
Comentários
  • a)A razão é clara: a um tempo as novas tecnologias são, dependendo do ângulo por que se olhe motivo de alegria e tristeza.(E)

     b)As novas tecnologias – a razão é clara – dependendo do ângulo por que se olhe a um tempo, são motivo de alegria e tristeza.(E)

     c)Dependendo do ângulo por que se olhe as novas tecnologias, a um tempo são motivo de alegria e tristeza: a razão é clara.(E)

     d)A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza. (GAB CORRETO)

     e)A um tempo a razão é clara; dependendo do ângulo por que se olhe, as novas tecnologias são motivo de alegria e tristeza.(E)

  • Gabarito: d. 

    A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza.

  • Nada é fácil, tudo se conquista!

  • A frase está fora de ordem, por isso tantas vírgulas.

    A razão é clara: as novas tecnologias são motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe.

  • Indo um pouco além da questão, alguém sabe me dizer por que está escrito "a um tempo" sem H. Não seria "há pouco tempo"?

  •  

    Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e é conjugado na terceira pessoa do singular.  Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”. Logo, para identificarmos se utilizaremos o “a” ou “há” substituímos por “faz” nas expressões indicativas de tempo. Se a substituição não alterar o sentido real da frase, emprega-se “há”. Quando não for possível a conjugação do verbo “haver” nem no sentido de “existir”, nem de “tempo decorrido”, então, emprega-se “a”

  • Dependendo do ângulo por que se OLHE.

    Alguem poderia explicar o motivo do POR QUE (separado) e o verbo olhar ter sido conjugado como OLHE?!

    Obrigado.

  • Resposta: d) A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza.

     

    USA-SE  VÍRGULAS, DUPLO TRAVESSÃO E PARÊNTESES 

    Intercalação de ideias ou frases.

    "Tornou-se uma grande atleta e até hoje é lembrada (na faculdade) por todos."

    OBSERVAÇÃO:

    Se eu abro uma intercalação com um travessão, eu tenho que fechá-la com um travessão. Se eu abro  uma intercalação com um  parêntese tenho que fechá-la com um parêntese e assim sucessivamente...

                                       EXCETO EM FINAL DE PERÍODO.

                                             travessão - ponto

    a)Letra maiúscula: ideias intercaladas.

    b)Letra Minúscula:sentido original sem as ideias intercaladas.

    "A razão é clara: as novas tecnologias são, A UM TEMPO, motivo de alegria e tristeza, DEPENDENDO DO ÂNGULO QUE SE OLHE."

                         tirando as ideias intercaladas fica:

    "A razão é clara: as novas tecnologias são motivo de alegria e tristeza."

     

    letra d)A razão é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza.

     

    a)Letra maiúscula: ideias intercaladas. (, DEPENDENDO DO ÂNGULO POR QUE SE OLHE, ; , A UM TEMPO, )

    b)Letra Minúscula:sentido original sem as ideias intercaladas.

     

    A razão é clara: as novas tecnologias, DEPENDENDO DO ÂNGULO POR QUE SE OLHE, são, A UM TEMPO, motivo de 

    alegria e tristeza.       

                                           tirando as ideias intercaladas fica:

     

    "A razão é clara: as novas tecnologias são motivo de alegria e tristeza."

  • POR QUE = PELA QUAL

    POR QUE, UTILIZADO SEPARADAMENTE, ALEM DE TER SENTIDO DE PERGUNTA, TAMBEM MOSTRA SENTIDO DE FINALIDADE

  • Em pensar que 3 meses atrás não sabia nada de português.

    Só tenho a agradecer o Pablo Jamilk pela Base que pegue e o Sidney Martins pela consolidação do conhecimento e meus amigos do QConcurso com esses comentários incríveis

  • Na frase do pedido da questão, o sinal de dois-pontos sinaliza que a oração seguinte (“as novas tecnologias, a um tempo, motivo de alegria e tristeza”) é explicativa. Dentro desta oração, há um adjunto adverbial intercalado (“a um tempo”) separado por dupla vírgula.

    Tal oração é seguida de uma consideração do autor (“dependendo do ângulo por que se olhe , por isso é precedida de vírgula.

    A razão é clara: as novas tecnologias, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo por que se olhe.

    Ao analisarmos a alternativa correta, fica fácil perceber os erros das demais.

    A alternativa (D) é a correta, porque o comentário do autor (“dependendo do ângulo por que se olhe ficou intercalado. Assim, preservou-se o sentido original e a correção gramatical. Veja:

    A raz o é clara: as novas tecnologias, dependendo do ângulo por que se olhe, a um tempo, motivo de alegria e tristeza.

  • É a lei confere que confere ao agente a possibilidade de avocar ou delegar, assim sendo, a questão continua certa


ID
1966978
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que apresenta pontuação correta.

Alternativas
Comentários
  • No frio,(1) é bom tomar uma xícara de chá antes de ir para a cama.(2) Mas é preciso cautela:(3) a bebida costuma conter cafeína,(4) que pode espantar o sono.

    1-Adjunto adverbial deslocado

    2-encerra uma ideia

    3- dois pontos usado para prestar esclarecimento

    4-separar oração subordinada explicativa

    Gab:A

    Espero ter ajudado

    Bom papiro


ID
2019664
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Prefeitura de Cascavel - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A AIDS na adolescência
A adolescência é um período da vida caracterizado por intenso crescimento e desenvolvimento, que se manifesta por transformações físicas, psicológicas e sociais. Ela representa um período de crise, na qual o adolescente tenta se integrar a uma sociedade que também está passando por intensas modificações e que exige muito dele. Dessa forma, o jovem se vê frente a um enorme leque de possibilidades e opções e, por sua vez, quer explorar e experimentar tudo a sua volta. Algumas dessas transformações e dificuldades que a juventude enfrenta, principalmente relacionadas à sexualidade, bem como ao abuso de drogas ilícitas, aumentam as chances dos adolescentes de adquirirem a infecção por HIV, fazendo-se necessária a realização de programas de prevenção e controle da AIDS na adolescência.
Estudos de vários países têm demonstrado a crescente ocorrência de AIDS entre os adolescentes, sendo que, atualmente, as taxas de novas infecções são maiores entre a população jovem. Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Considerando que a maioria dos doentes está na faixa dos 20 anos, conclui-se que a grande parte das infecções aconteceu no período da adolescência, uma vez que a doença pode ficar por longo tempo assintomática.
Existem algumas características comportamentais, socioeconômicas e biológicas que fazem com que os jovens sejam um grupo propenso à infecção pelo HIV. Dentre as características comportamentais, destaca-se a sexualidade entre os adolescentes. Muitas vezes, a não utilização dos preservativos está relacionada ao abuso de álcool e outras drogas, os quais favorecem a prática do sexo inseguro. Outras vezes os jovens não usam o preservativo quando em relacionamentos estáveis, justificando que seu uso pode gerar desconfiança em relação à fidelidade do casal, apesar de que, no mundo, hoje, o uso de preservativo nas relações poderia significar uma prova de amor e proteção para com o outro. Observa-se, também, que muitas jovens abrem mão do preservativo por medo de serem abandonadas ou maltratadas por seus parceiros. Por outro lado, o fato de estar apaixonado faz com que o jovem crie uma imagem falsa de segurança, negando os riscos inerentes ao não uso do preservativo.
Outro fator importante a ser levado em consideração é o grande apelo erótico emitido pelos meios de comunicação, frequentemente direcionado ao adolescente. A televisão informa e forma opiniões, unificando padrões de comportamento, independente da tradição cultural, colocando o jovem frente a uma educação sexual informal que propaga o sexo como algo não planejado e comum, dizendo que “todo mundo faz sexo, mas poucos adoecem”.
(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/3867/-1/a-aids-na-adolescencia.html. Adaptado. Acesso em: 19/04/2016.)

Quase metade dos novos casos de AIDS ocorre entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos.” (2º§) No trecho anterior, o ponto final ( . ) foi utilizado para

Alternativas
Comentários
  • Uma das formas do uso do ponto final, é  marca uma pausa de longa duração

    GAB D

  • Gabarito letra E (marcar pausa de longa duração).

  • Queria saber qual a utilidade de se comentar aqui exatamente o que está descrito na alternativa correta da questão
  • Por favor, galerinha, vamos colocar comentários úteis, e não repetir o gabarito. :(

  •  O ponto final na questão foi utilizado para encerrar um período, ou seja, um segmento declarativo de um fato e que posteriormente será seguido de um período ao qual explica o anterior.

     

  • O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o tom é descendente. Emprega-se, principalmente:

    - Para fechar o período de frases declarativas e imperativas.

    Exemplos:

     

    Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo
    Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar.

     

    - Nas abreviaturas.

    Exemplos:

    Sr. (Senhor)
    Cia. (Companhia)

  • gab E

    ponto final é um sinal de pontuação que marca uma pausa total, absoluta. É usado:

    - No final das frases declarativas e imperativas, indicando que o período frásico está finalizado, com sentido completo.

    Exemplos:

    Hoje de manhã acordei com dor de cabeça.

    O aluno já estudou toda a matéria da prova.

    Prestem especial atenção à próxima parte da apresentação.

    - Na escrita de palavras de forma abreviada, sendo chamado de ponto abreviativo e indicando que houve eliminação de letras.

    Exemplos:

    V.Ex.ª chegará a Brasília dentro de minutos.

    Meu irmão mora no 1.º andar.


    Nota: Abreviaturas utilizadas internacionalmente devem ser escritas no singular, sem ponto abreviativo.

    Exemplos:

    h (hora);

    s (segundo);

    kg (quilograma);

    l (litro);

    fonte: https://www.normaculta.com.br/ponto-final/

  • e)

    marcar pausa de longa duração. 

  • tem pessoas aline que nao sao assinantes e precisam ver o gabario, e por isso!

  • Eu achei que ponto final era uma pausa total, e que a pausa longa era o "ponto e vírgula"


ID
2032717
Banca
Exército
Órgão
IME
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                             Texto 1

                                         A QUÍMICA EM NOSSAS VIDAS

                                                                                                        Carlos Corrêa

      Há a ideia generalizada de que o que é natural é bom e o que é sintético, o que resulta da ação do homem, é mau. Não vou citar os terremotos, tsunamis e tempestades, tudo natural, que não têm nada de bom, mas certas substâncias naturais muito más, como as toxinas produzidas naturalmente por certas bactérias e os vírus, todos tão na moda nestes últimos tempos. Dentre os maiores venenos que existem, seis são naturais. Só o sarin (gás dos nervos) e as dioxinas é que são de origem sintética.

      Muitos alimentos contêm substâncias naturais que podem causar doenças, como por exemplo o isocianato de alila (alho, mostarda) que pode originar tumores, o benzopireno (defumados, churrascos) causador de câncer do estômago, os cianetos (amêndoas amargas, mandioca) que são tóxicos, as hidrazinas (cogumelos) que são cancerígenas, a saxtoxina (marisco) e a tetrodotoxina (peixe estragado) que causam paralisia e morte, certos taninos (café, cacau) causadores de câncer do esôfago e da boca e muitos outros.

      A má imagem da Química resulta da sua má utilização e deve-se particularmente à dispersão de resíduos no ambiente (que levam ao aquecimento global e mudanças climáticas, ao buraco da camada de ozônio e à contaminação das águas e solos) e à utilização de aditivos alimentares e pesticidas.

      Muitos desses males são o resultado da pouca educação dos cidadãos. Quem separa e compacta o lixo? Quem entrega nas farmácias os medicamentos que se encontram fora do prazo de validade? Quem trata os efluentes dos currais e das pocilgas? Quem deixa toda a espécie de lixo nas areias das nossas praias e matas? Quem usa e abusa do automóvel? Quem berra contra as queimadas mas enche a sala de fumaça, intoxicando toda a família? Quem não admira o fogo de artifício, que enche a atmosfera e as águas de metais pesados?

      Há o hábito de utilizar a expressão “substância química” para designar substâncias sintetizadas, imprimindo-lhes um ar perverso, de substância maldita. Há tempos passou na TV um anúncio destinado a combater o uso do tabaco que dizia: “… o fumo do tabaco contém mais de 4000 substâncias químicas tóxicas, irritantes e cancerígenas…”. Bastaria referir “substâncias”, mas teve de aparecer o qualificativo “químicas” para lhes dar um ar mais tenebroso. Todas as substâncias, naturais ou de síntese, são “substâncias químicas”! Todas as substâncias, naturais ou de síntese, podem ser prejudiciais à saúde! Tudo depende da dose.

      Qualquer dia aparecerá uma notícia na TV referindo, logo a seguir às notícias dos dirigentes e jogadores de futebol, que “A água, substância com a fórmula molecular H2O, foi a substância química responsável por muitas mortes nas nossas praias”… por falta de cuidado! Porque os Químicos determinaram as estruturas e propriedades dessas substâncias, haverá razão para lhes chamar “substâncias químicas”? Estamos sendo envenenados pelas muitas “substâncias químicas” que invadem as nossas vidas?

      A ideia de que o câncer está aumentando devido a essas “substâncias químicas” é desmentida pelas estatísticas sobre o assunto, à exceção do fumo do tabaco, que é a maior causa de aumento do câncer do pulmão e das vias respiratórias. O aumento da longevidade acarreta necessariamente um aumento do número de cânceres. Curiosamente, o tabaco é natural e essas 4000 substâncias tóxicas, irritantes e cancerígenas resultam da queima das folhas do tabaco. A reação de combustão não foi inventada pelos químicos; vem da idade da pedra, quando o homem descobriu o fogo.

      O número de cânceres das vias respiratórias na mulher só começou a crescer em meados dos anos 60, com a emancipação da mulher e o subsequente uso do cigarro. É o tipo de câncer responsável pelo maior número de mortes nos Estados Unidos. Não é verdade que as substâncias de síntese (as “substâncias químicas”) sejam uma causa importante de câncer; isso sucede somente quando há exposição a altas doses. As maiores causas de câncer são o cigarro, o excesso de álcool, certas viroses, inflamações crônicas e problemas hormonais. A melhor defesa é uma dieta rica em frutos e vegetais.

      Há alguns anos, metade das substâncias testadas (naturais e sintéticas) em roedores deram resultado positivo em alguns testes de carcinogenicidade. Muitos alimentos contêm substâncias naturais que dão resultado positivo, como é o caso do café torrado, embora esse resultado não possa ser diretamente relacionado ao aparecimento de um câncer, pois apenas a presença de doses muito elevadas das substâncias pode justificar tal relação.

      Embora um estudo realizado por Michael Shechter, do Instituto do Coração de Sheba, Israel, mostrasse que a cafeína do café tem propriedades antioxidantes, atuando no combate a radicais livres, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, a verdade é que, há meia dúzia de anos, só 3% dos compostos existentes no café tinham sido testados. Das trinta substâncias testadas no café torrado, vinte e uma eram cancerígenas em roedores e faltava testar cerca de um milhar! Vamos deixar de tomar café? Certamente que não. O que sucede é que a Química é hoje capaz de detectar e caracterizar quantidades minúsculas de substâncias, o que não sucedia no passado. Como se disse, o veneno está na dose e essas substâncias estão presentes em concentrações demasiado pequenas para causar danos.

      Diante do que se sabe das substâncias analisadas até aqui, todos concordam que o importante é consumir abundantes quantidades de frutos e vegetais. Isso compensa inclusive riscos associados à possível presença de pequenas quantidades de pesticidas.

CORRÊA, Carlos. A Química em nossas vidas. Disponível em:<http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49746&op=all> . Acesso em 17 Abr 2015. (Texto adaptado) 


                                                              Texto 2

                          CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO

                               QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES É VENDIDA

                                                                                                                       Ênio Rodrigo

      Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção como a publicidade de produtos de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novíssimos "componentes anti-idade" e "micro-cápsulas" que ajudam "a sua pele a ter mais firmeza em oito dias", por exemplo, ou mesmo que determinados organismos "vivos" (mesmo depois de envazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham aos milhões dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, crianças, e todo tipo de público também não estão fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente na publicidade: a ciência e a tecnologia como argumento de venda.

     Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didática da ciência e tecnologia pela Universidade Paris VI e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência pode ser entendida como verdade absoluta. "A visão de que a ciência é a baliza ética da verdade e o mito do cientista como gênio criador é amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a realidade, principalmente em uma sociedade informacional, como ( 1 ) nossa", acrescenta.

      Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinâmica da informação, Ricardo Cavallini, consultor corporativo e autor do livro O marketing depois de amanhã(Universo dos Livros, 2007), afirma que, primeiramente, devemos repensar a noção de público específico ou senso comum. "Essas categorizações estão sendo postas de lado. A publicidade contemporânea trata com pessoas e elas têm cada vez mais acesso ( 2 ) informação e é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de lado o paradigma de que o público é passivo", acredita. Silvania concorda e diz que a sociedade começa ( 3 ) perceber que a verdade suprema é estanque, não condiz com o dia-a-dia. "Ao se depararem com uma informação, as pessoas começam a pesquisar e isso as aproxima do fazer científico, ou seja, de que a verdade é questionável", enfatiza.

      Para a professora da UFMG, isso cria o "jornalista contínuo", um indivíduo que põe a verdade à prova o tempo todo. "A noção de ciência atual é a de verdade em construção, ou seja, de que determinados produtos ou processos imediatamente anteriores à ação atual, são defasados".

      Cavallini considera que ( 4 ) três linhas de pensamento possíveis que poderiam explicar a utilização do recurso da imagem científica para vender: a quantidade de informação que a ciência pode agregar a um produto; o quanto essa informação pode ser usada como diferencial na concorrência entre produtos similares; e a ciência como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita o caso dos chamados produtos "verdes", associados a determinadas características com viés ecológico ou produtos que precisam de algum tipo de "auditoria" para comprovarem seu discurso. "Na mídia, a ciência entra como mecanismo de validação, criando uma marca de avanço tecnológico, mesmo que por pouquíssimo tempo", finaliza Silvania.

      O fascínio por determinados temas científicos segue a lógica da saturação do termo, ou seja, ecoar algo que já esteja exercendo certo fascínio na sociedade. "O interesse do público muda bastante e a publicidade se aproveita desses temas que estão na mídia para recriá-los a partir de um jogo de sedução com a linguagem" diz Cristina Bruzzo, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou ( 5 ) apropriação da imagem da molécula de DNA pelas mídias (inclusive publicidade). "A imagem do DNA, por exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que não o sentido original para a ciência, e transformado em discurso de venda de diversos produtos", diz.

      Onde estão os dados comprovando as afirmações científicas, no entanto? De acordo com Eduardo Corrêa, do Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária (Conar) os anúncios, antes de serem veiculados com qualquer informação de cunho científico, devem trazer os registros de comprovação das pesquisas em órgãos competentes. Segundo ele, o Conar não tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou outros órgãos. "O consumidor pode pedir uma revisão ou confirmação científica dos dados apresentados, contudo em 99% dos casos esses certificados são garantia de qualidade. Se surgirem dúvidas, quanto a dados numéricos de pesquisas de opinião pública, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres", esclarece Corrêa. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos investigatórios são raríssimos. 

RODRIGO, Enio. Ciência e cultura na publicidade. Disponível em:<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252009000100006&script=sci_arttext>. Acesso em 22/04/2015. 


                                                     TEXTO 4

                                       PSICOLOGIA DE UM VENCIDO

                                                                                                        Augusto dos Anjos

                                     Eu, filho do carbono e do amoníaco,

                                       Monstro de escuridão e rutilância,

                                    Sofro, desde a epigênese da infância,

                                    A influência má dos signos do zodíaco.


                                       Profundissimamente hipocondríaco,

                                   Este ambiente me causa repugnância...

                               Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia

                                  Que se escapa da boca de um cardíaco.


                                 Já o verme — este operário das ruínas —

                                     Que o sangue podre das carnificinas

                                   Come, e à vida em geral declara guerra,


                                  Anda a espreitar meus olhos para roê-los,

                                     E há de deixar-me apenas os cabelos,

                                        Na frialdade inorgânica da terra!

ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. 

Marque a opção em que o uso de vírgulas segue uma regra diversa da que foi aplicada aos demais casos.

Alternativas
Comentários
  • Vírgulas utilizadas para separar uma oração apositiva, que exerce função de aposto.

    Exceto na letra C

    Brasil!!


ID
2035837
Banca
REIS & REIS
Órgão
Prefeitura de Catuji - MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São exemplos de frases “Declarativas”, aquelas em que:

Alternativas
Comentários
  • fornecemos informações.


ID
2052607
Banca
ESAF
Órgão
FUNAI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o trecho em que foram plenamente atendidas as regras de emprego dos sinais de pontuação.

Alternativas
Comentários
  • Muito boa essa questão.

    Alternativa certa: LETRA C

    Na alternativa "A", em "Antes porém, convida todos os povos xinguanos [...]", há a ausência de uma vírgula após "antes", isolando o conectivo deslocado "porém".

    Na alternativa "B", há uma quebra na sequência do pensamento em "...representado na festa, por um tronco de madeira..." . Ou põe-se uma vírgula logo após "representando" ou tira-se a vírgula que está logo após "na festa".

    Na alternativa "D", ocorre algo semelhante em "Sol e Lua decidem então, homenageá-la com uma festa...". A vírgula após "então" separa o complemento do verbo "decidem". Logo, ou isola "então" ou tira a vírgula que lhe sucede.

    Na alternativa "E", o complemento do verbo "erguer", "um tronco", foi isolado por vírgulas, quebrando a sequência lógica e harmônica do pensamento em "erguem no centro da aldeia, um tronco,". Quem ergue ergue algo. O quê? O tronco.

    Oss!

  • Muito bom Franklin Silva

  • Só lembrando qua na A), na conjunção subordinada adverbial de finalida "para que", estando a oração na ordem direta, a vírgula é facultativa

     "Antes porém, convida todos os povos xinguanos, para uma comemoração de final de luto: o Quarup."

  •  

    A - No Alto Xingu, após um ano sem se pintar, sem festejar, sem cortar o cabelo, a família do chefe morto chora, pela última vez, e volta à vida cotidiana. Antes, porém, convida todos os povos xinguanos, para uma comemoração de final de luto: o Quarup. 

    OU TUDO, OU NADA!

     

    B - Juntos, os povos xinguanos homenageiam o chefe morto, representado ,na festa, por um tronco de madeira pintado e decorado; a existência e o exemplo do chefe ficam ,assim, gravados na memória das futuras gerações. OU TUDO, OU NADA!

     

    C - Contra a morte, nada se pode fazer, a não ser lembrar do morto. É o que nos ensina o mito de origem do Quarup, segundo o qual os gêmeos Sol e Lua, ao final de longa saga, tentam, em vão, trazer a mãe de volta à vida.

     

    D - A mãe dos gêmeos ,que fora feita de madeira nobre e se casara com um chefe-jaguar, partira para a aldeia dos mortos. Sol e Lua decidem ,então, homenageá-la com uma festa, na qual reúnem o povo dos peixes e dos animais de pelo. OU TUDO, OU NADA!

     

    E - Com a mesma madeira rija de que era feita a mãe, erguem ,no centro da aldeia, um tronco, imagem viva da memória dela. Desde então, toda vez que um chefe morre no Alto Xingu, realiza-se a festa do Quarup. OU TUDO, OU NADA!

     

    ABRAÇA A CAUSA!

  • Alexandre Soares é f*

    mestre dos magos


ID
2116876
Banca
ESAF
Órgão
MPOG
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o texto do Editorial da Folha de S. Paulo, de 4/9/2012, foi transcrito de forma gramaticalmente correta em relação ao emprego dos sinais de pontuação.

Alternativas

ID
2125414
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
COPASA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação da frase indica surpresa, de acordo com o texto.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

  • Cadê o texto???

  • Questão fulera sem sentido!

  • Surpresa por quê? Por causa do ponto de exclamação? Não concordo com o gabarito.

  • para mim, tem mais surpresa na alternativa C do que na D.

    tipo surpresa com uma resposta absurda!

    O carinha sai todos os dias com os amigos para assistir ao jogo futebol.

    Mulher: Bebezinho fofo, você está saindo muito, não acha?

    Homem: quase não saio.

    Mulher: QUASE? tu ta de brincadeira seu filha da ....

  • Exclamação -> indica surpresa.


ID
2151973
Banca
Instituto Legatus
Órgão
Prefeitura de Angical do Piauí - PI
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Texto 1 - Que país é este?

Imagine um país onde as pessoas só se preocupam com as aparências e escolhem suas profissões não por vocação ou pelo desejo de ser úteis à coletividade, mas apenas pelas vantagens pessoais e “pelo brilho do uniforme”.

Imagine que lá os bacharéis em Direito, Medicina e Engenharia têm direito à prisão especial, mesmo que cometam os crimes mais repugnantes. E ninguém reclama, porque o povo tem um respeito quase religioso pelos nobres bacharéis.

Trata-se de um país essencialmente agrícola; mas, paradoxalmente, não há de fato agricultura, porque tudo ali está baseado em latifúndio, monocultura e trabalho quase escravo.

Lá, a pobreza no campo é geral. A população vive oprimida por chefões políticos inúteis e por latifundiários que preferem viver nas cidades a trabalhar nas fazendas para produzir riquezas que possam ser compartilhadas com os trabalhadores.

Ainda que aquele país tenha uma população numerosa e miserável, os políticos incentivam a imigração em massa, em vez de investirem na população local e dividirem a riqueza do país com quem já vive nele.

Grande parte dos fazendeiros vive à custa do café, que é a maior riqueza daquele país, mas também sua maior pobreza. Isso porque o preço do café é artificialmente controlado pelo governo, que desembolsa fortunas do dinheiro público para que o negócio das oligarquias se mantenha sempre lucrativo.

Os habitantes de lá sonham em viver fora do país, de modo que, como Robson Crusoé, a maioria se concentra no litoral, à espera de um navio que os carregue para terras melhores.

Os poderosos de lá, imaginem! Querem mais ser admirados nos países estrangeiros do que dentro do próprio país. E desprezam grande parte da população, até por preconceito de cor.

Naquele país ninguém vota em quem quer, mas em quem os poderosos mandam. E – coisa assombrosa – até os votos mortos votam.

(Hélio Seixas Guimarães. In: Os Bruzungangas. Lima Barreto. São Paulo: FTD, 2013)

Analise o excerto abaixo, retirado da música “Que país é este?”, de Renato Russo, cantor do grupo Legião Urbana, grupo musical brasileiro da década de 80, para responder à questão.


Texto 2 – Que país é este?


Nas favelas, no senado

Sujeira pra todo lado

Ninguém respeita a constituição

Mas todos acreditam no futuro da nação

[...]

No Amazonas, no Araguaia, na Baixada fluminense

No Mato Grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz

Na morte eu descanso mas o sangue anda solto

Manchando os papéis, documentos fiéis

Ao descanso do patrão

[...]

Terceiro Mundo se for

Piada no exterior

Mas o Brasil vai ficar rico

[...]

Link: http://www.vagalume.com.br/legiao-urbana/quepais-e-esse.html#ixzz3v9i2CUd2


Com a leitura global dos dois textos e analisando-se as relações intertextuais, pode-se afirmar que a interrogação tem efeito de: 

Alternativas
Comentários
  • Gab D

    "Nas favelas, no senado

    Sujeira pra todo lado

    Ninguém respeita a constituição"

    Mostra o descontentamento dos autores.


ID
2180749
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                Setenta anos, por que não?

      Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura?

      [...]

      Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

      [...]

      Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

                                                       (LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.” (3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. Dá pra perceber que ele não acha que existe uma hierarquia entre os termos, ou seja, um é mais importante que o outro. E sim quis enfatizar cada um dos temos por usar o ponto final. 

  • Ponto


    Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de uma frase declarativa de um período simples ou composto. Pode substituir a vírgula quando o autor quer realçar, enfatizar o que vem após (evita-se isso em linguagem formal).

    – Posso ouvir o vento assoprar com força. Derrubando tudo!

     

    Prof. Fernando Pestana.

     

    Gab- B

  • Sabemos que termos coordenados entre si devem ser isolados um do outro por vírgulas. Portanto, o emprego do ponto final possui uma finalidade mais expressiva do que sintática. Seu uso se justifica para dar destaque aos termos mencionados. Merecem tanto destaque, que se reservou uma frase para cada um.

    Reposta: B


ID
2181442
Banca
CRF-TO
Órgão
CRF-TO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quanto à pontuação, marque a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Você vai estudar? Sim, vou estudar.

  • já, estou estudando.

  • Vou estudar durante a prova.


ID
2181472
Banca
CRF-TO
Órgão
CRF-TO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto e indique a afirmativa correta:

Texto

VOCÊ QUER CONSTRUIR

SUA CASA?

PROCURE O CONSTRUTOR

SENHOR GALO CUCUDUCO

ELE MORA AÍ NA RUA DO

BOM BICO , ESQUINA COM A

AVENIDA DO FARELO FINO.

(SALLUT, Elza Cézar. Quero casa com janela. São Paulo: Ática,1995.)

Alternativas
Comentários
  • Não necessariamente em perguntas

  • Questão passível de recurso.

    "A dificuldade aparece quando a pergunta é indireta – Nessas construções, não há ponto de interrogação e a pergunta está implícita. Geralmente expressa dúvida, certeza, conhecimento, desconhecimento. Ela é muito comum."

  • por que a letra A está errada?


ID
2183902
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

                              Não há mais tempo a perder

Não há mais tempo a perder. Estamos todos juntos no mesmo barco e inúmeros indicadores apontam na mesma direção: se não dermos a devida resposta à ameaça que nos espreita, ficaremos marcados na História como a civilização que teve a competência de diagnosticar a maior de todas as tragédias ambientais sem que isso tenha justificado uma ampla mobilização da sociedade. Esta é a razão pela qual muitos estudiosos classificam o aumento do aquecimento global como um problema ético: sabemos que ele existe, nos reconhecemos como agentes do processo e, ainda assim, pouco ou nada fazemos no sentido de enfrentar a situação com a seriedade e o senso de urgência que o assunto requer.

É chegado o momento de reconhecer o inimigo para enfrentá-lo com consciência e determinação. Ele é invisível, não tem cheiro nem faz mal à saúde, mas quando aglomerado aos bilhões de toneladas na atmosfera por conta da queima progressiva de petróleo, gás natural e carvão, tem o poder de mudar o clima, o ciclo das chuvas, o nível dos oceanos e a expectativa de vida de inúmeras espécies e ecossistemas. Jamais experimentamos algo parecido numa escala de tempo tão curta.

Tão importante quanto o comprometimento dos países em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, principalmente de CO2 , são as iniciativas individuais. O que cada um de nós está disposto a fazer nesse sentido? Que pequenas mudanças podemos aplicar em nossa rotina em favor desse objetivo maior? Mudança é uma palavra que assusta, e que muitos de nós associamos de imediato a sacrifício. Nem sempre é assim. Avalie o que lhe convém, considerando que cada tonelada a menos de carbono na atmosfera faz toda a diferença.

                                                                                                     (André Trigueiro)

                                                                      http://www.mundosustentavel.com.br

Com base no TEXTO 1, responda à questão.

No último parágrafo do TEXTO 1, verifica-se a projeção de um interlocutor, a quem se dirige a mensagem. Gramaticalmente, isso é explicitado pelas frases interrogativas que simulam diálogo com o leitor e, também, pela:

Alternativas
Comentários
  • VOCÊ avalie o que lhe convém.Claramente é uma frase para outra pessoa ou interlocutor


ID
2183917
Banca
Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ
Órgão
Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 2

                               Minha terra

Saí menino de minha terra

Passei trinta anos longe dela

De vez em quando me diziam:

Sua terra está completamente mudada,

Tem avenidas, arranha-céus...

É hoje uma bonita cidade!

Meu coração ficava pequenino.

Revi afinal o meu Recife.

Tem avenidas, arranha-céus.

É hoje uma bonita cidade.

Está de fato completamente mudado.

Diabo leve quem pôs bonita minha terra!

(Manuel Bandeira. Belo belo in: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1982, 9ª Ed. Página 179)

Com base no TEXTO 2, responda à questão.

A alteração da pontuação, nos versos da primeira estrofe reiterados na terceira, revela o sentimento de descontentamento do eu lírico quanto à modernização de sua terra. Quanto a esse aspecto, NÃO é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Erro letra C: o ponto de exclamação é empregado exclusivamente quando se trata de expressão de entusiasmo

    O sinal de pontuação que confere à frase uma entonação exclamativa, estando relacionado com uma vertente emocional da linguagem e com a transmissão de um sentimento.

    Em frases exclamativas, expressando sentimentos diversos, como admiração, desejo, alegria, espanto, raiva, entre outros.

    Em frases imperativas, expressando ordem.

    Em interjeições, expressando alegria, tristeza, dor, espanto, alívio, raiva, entre outros.

    Nos vocativos, substituindo a vírgula.

  • É só ler a ultima estrofe. O ponto de exclamação não demonstra entusiasmo nenhum


ID
2230783
Banca
BIO-RIO
Órgão
ETAM
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                      TEXTO 1:

                                   O Fim do Mundo (Cecília Meireles)

   A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

   Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

   Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

  Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste — mas que importância tem a tristeza das crianças?

   Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.       

  Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

   O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos e tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos voto de pobreza ou assaltamos os cofres públicos — além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais do que cabe enumerar numa crônica.

   Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

   Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus — dono de todos os mundos — que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos — segundo leio — que, na Índia, lançam flores ao fogo, num rito de adoração. 

  Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos — insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

    Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês...

   Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.


Vocabulário:

Estremunhar – despertar ou fazer despertar (alguém) subitamente.

Peculiar – inerente, próprio, respectivo.

Judicioso – que demonstra sensatez; acertado.

Enigma – mistério.

Arrogar – tomar como seu, atribuir a (alguém ou si próprio) direito a (um privilégio, poder etc.). 

Na metade do 3º parágrafo foram utilizados os pontos de interrogação para indicar uma:

Alternativas

ID
2240533
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFPEL
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

5 dicas da ciência para você tomar boas decisões

Carol Castro


Quantas vezes você ficou em dúvida sobre o que fazer, tomou uma decisão, mas pouco depois acabou se arrependendo? Bem, talvez a ciência possa te ajudar. Dá só uma olhada nessas cinco dicas científicas para tomar decisões melhores.


    DISTANCIE-SE DO PROBLEMA

    Pense na situação como se ela estivesse acontecendo a amigo ou a um parente. Mas não ocorrendo com você. Isso vai te ajudar a pensar de forma mais racional. Foi o que pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, concluíram ao pedir a voluntários para refletir sobre traição no namoro. A ideia era analisar o cenário caso isso acontecesse com eles ou com outro amigo. Em seguida, tiveram de responder a algumas perguntas – todas elas foram pensadas de acordo com critérios de pensamento coerente e racional: do tipo,reconhecer o limite do outro, considerar as perspectivas do parceiro, motivos que poderiam levar à traição, etc. E quando pensavam nos amigos, eles costumavam tomar decisões mais inteligentes, baseadas na razão e não apenas na emoção. Como fazer isso na prática? Segundo a pesquisa, basta conversar consigo mesmo como se o problema não fosse seu.


    PENSE EM OUTRO IDIOMA

    Em inglês, espanhol, tanto faz, desde que não seja seu idioma nativo. Segundo pesquisa americana, quando pensamos sobre algo usando uma língua estrangeira, o lado racional se sobrepõe ao emocional. É como se a língua gringa removesse a conexão emocional que talvez você pudesse ter ao pensar em português.


    TRABALHE SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

    Se você é do tipo que entende e lida bem com as emoções (as suas e as alheias), é mais provável que não deixe motivos irracionais que nada tem a ver com a situação influenciarem nas tomadas de decisões. É o que garante uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Toronto. E isso envolve todos os tipos de emoções: da empolgação à ansiedade e estresse. “Pessoas emocionalmente inteligentes não excluem todas as emoções na hora de tomar decisões. Eles retiram só as emoções que não têm a ver com a decisão”, explica Stéphane Côté, autora da pesquisa.


    APAGUE A LUZ

   Ok, essa dica é bem estranha, mas vamos lá.

    Pesquisadores canadenses levaram voluntários para comer ou ler em ambientes diferentes. E quem esteve em salas bem iluminadas tendia a achar o molho mais apimentado, os personagens fictícios mais agressivos e as pessoas mais atraentes. É que ambientes iluminados parecem amplificar o lado emocional das pessoas – e, claro, influenciar nas impressões e decisões.


    DÊ UM TEMPO

    Esqueça o problema, nem que seja só por alguns poucos segundos. É o que garantem pesquisadores americanos. Segundo eles, na hora de tomar uma decisão, o cérebro reúne um monte de informações. Só que não consegue distinguir rapidamente o que é relevante ou não. Então, se houver algo contraditório, é possível que você não perceba e escolha o caminho errado. Mas quando você dá um tempo extra para que o cérebro consiga reunir outras informações e analisá-las melhor, os riscos diminuem. E nem precisa esperar tanto tempo assim: “adiar a decisão por, no mínimo, 50 milissegundos permite ao cérebro focar atenção nas informações mais relevantes e bloquear as distrações”, explica Jack Grinband, um dos autores do estudo.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/5-dicas-daciencia-para-voce-tomar-boas-decisoes/

Em “Pense na situação como se ela estivesse acontecendo a um amigo ou um parente. Mas não ocorrendo com você.”, há uma inadequação gramatical quanto à

Alternativas
Comentários
  • QUESTÃO Nº 02 RESULTADO DA ANÁLISE: Questão Anulada. JUSTIFICATIVA: Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos, temos a esclarecer que a questão será anulada, tendo em vista que a ausência da preposição “a” na transcrição do excerto do texto, no enunciado da questão: “Pense na situação como se ela estivesse acontecendo a um amigo ou “a” um parente. Mas não ocorrendo com você.”, causou dúvidas e gerou confusão entre os candidatos no momento de assinalar a resposta correta. Portanto recurso deferido.

  • qual seria a resposta correta p banca?

ID
2243482
Banca
FCC
Órgão
SEDU-ES
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo da eternidade

    Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
    Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
    − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
    − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
    − Não acaba nunca, e pronto. 
    Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 
    Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
    − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
    − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
    Perder a eternidade? Nunca. 
    O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
    − Acabou-se o docinho. E agora? 
    − Agora mastigue para sempre. 
    Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
    Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
    Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. 
    − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
    − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. 
    Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Atente para as afirmações abaixo.

I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade (1º parágrafo), os adjetivos empregados para qualificar esse contato visam estabelecer um contraste com os acontecimentos que serão efetivamente narrados, deixando entrever a sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros.
II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita (15º parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo início ecoa ainda na conjunção Mas que inicia a frase seguinte, busca sugerir no campo da própria expressão o que havia de repetitivo nessa atividade e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma insossa.
III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! (18º parágrafo), o reiterado emprego do sinal de exclamação sugere o exagero próprio do fingimento.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. Em Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade (1°parágrafo), os adjetivos empregados para qualificar esse contatovisam estabelecer um contraste com os acontecimentos que serão efetivamente narrados, deixando entrever a sugestão da autora de que esses fatos, aparentemente importantes, seriam na verdade banais e corriqueiros. Errado

    II. Em Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita (15° parágrafo), a repetição do verbo “mastigar”, cujo início ecoa ainda na conjunção Masque inicia a frase seguinte, busca sugerir no campo da própria expressão o que havia de repetitivo nessa atividade e o aborrecimento que já advinha do mascar da goma insossa. Correto

    III. Em – Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! (18° parágrafo), o reiterado emprego do sinal de exclamação sugere o exagero próprio do fingimento. Correto

     

    Alternativa E

  • Alguém poderia explicar por quê a assertiva I está errada ?

  • Katia,

    A assertiva I diz que os adjetivos "aflitivo e dramático" representam contraste com o que será narrado. Na verdade não representam contraste, mas sim, exatamente o ocorrido. Isso você nota no seguinte trecho:

    Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.

    Os trechos que destaquei comprovam que realmente o que está sendo narrado é a aflição e dramaticidade do contato da garota com a "eternidade".

  •  A assertiva I está errada porque diz que os adjeitvos da frase ( aflitivo e dramático) estabelecem um CONTRASTE com o que será a seguir narrado. Tal afirmativa está errada, pois ela (a personagem) narra exatamente o que viveu a seguir. 

     

    gab. E

  • Os textos da Clarice são tão bons. Parece mágica. Uma coisa sutil, ela compara aos grandes mistérios da humanidade.

  • O texto é muito bom :D

  • GABARITO.E.

  • Texto legal!! ia ler só o 1o paragrafo e não consegui parar :)

    Curiosamente o a história me remeteu a casamento, o chiclete...é tipo o casamento rss

  • Que texto maravilhoso!!! Amoooooo Lispector!


ID
2246056
Banca
IBFC
Órgão
EBSERH
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Setenta anos, por que não?

    Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura?

    [...]

    Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.

    [...]

    Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.

(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)

A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.” (3º§) cumpre um papel expressivo ao gerar o seguinte efeito:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa B)

    Da ênfase a cada um dos termos devido a pausa ser mais longa que a vírgula e ponto e vírgula 

  • Copiando a resposta do colega em outra questão. 

    Ponto


    Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o fim de uma frase declarativa de um período simples ou composto. Pode substituir a vírgula quando o autor quer realçar, enfatizar o que vem após (evita-se isso em linguagem formal).

    – Posso ouvir o vento assoprar com força. Derrubando tudo!

     

    Prof. Fernando Pestana.

     

    Gab- B

  • O prédio estava em chamas. Muito fogo. Muitos gritos. Muito desespero.

    Percebe-se, então, que ocorre uma ênfase a cada palavra destacada. Não há hierarquização.


ID
2257936
Banca
IESES
Órgão
BAHIAGÁS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando a frase, oração ou período terminam com a palavra etc. ou outra abreviatura, assinale a opção correta:

Alternativas
Comentários
  • – Não se deve usar o conectivo “e” antes de “etc”;
    – Deve ser evitado o uso de “etc” para pessoas: “Estão presos Silva, José, Abreu etc.”;
    Caso o termo “etc.” finalize uma frase, o ponto final não deve ser duplicado (etc..);
    – Não se usa “etc.” acompanhado por reticências (etc….). Usa-se “etc.” ou reticências.

    Havendo dúvida, lembre-se de que “etc.”, tradicionalmente, não é precedido por vírgula. Questões modernas, de uso, tornaram tal vírgula facultativa.

     

    Fonte: https://exame.abril.com.br/carreira/um-guia-para-usar-o-etc-do-jeito-certo/


ID
2318752
Banca
IESES
Órgão
Prefeitura de São José do Cerrito - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

LÍNGUAS MUDAM
Por Sírio Possenti. Adaptado de: http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/3089/n/linguas_mudam Acesso em 13 jan 2017.
Que as línguas mudam é um fato indiscutível.O que interessa aos estudiosos é verificar o que muda, em que lugares uma língua muda, a velocidade e as razões da mudança. Desde a década de 1960, um fator foi associado sistematicamente à mudança: a variação. Isso quer dizer que, antes que haja mudança de uma forma a outra, há um período de variação, quando as duas (ou mais) ocorrem – inicialmente em espaços ou com falantes diferentes. Aos poucos, a forma nova vai sendo empregada por todos; depois, a antiga desaparece. [...].
Os sociolinguistas, eventualmente, fazem testes para verificar se um caso de variação é ou não candidato à mudança. O teste simula a passagem do tempo verificando qual é a forma adotada pelos falantes mais velhos e pelos mais jovens. Por exemplo: se os mais velhos escrevem ou dizem sistematicamente “para fazer uma tese é preciso que...” e os mais jovens, “para se fazer uma tese...”, este é um indício de que o infinitivo sem sujeito, nesta posição, tende a desaparecer com o desaparecimento dos falantes mais idosos (e “para se fazer” será a forma única, pelo menos durante um tempo).
De vez em quando, há discussões sobre certos casos. Dois exemplos: o pronome ‘cujo’ e a segunda pessoa do plural dos verbos (‘jogai’ etc.). Minha avaliação (bastante informal) é que ‘cujo’ desapareceu. O que quer dizer “desapareceu”? Que não se emprega mais? Não! Quer dizer que não é mais de emprego corrente; só aparece em algumas circunstâncias – tipicamente, em textos muito formais (em geral de autores idosos). E, claro, em textos antigos.
Que apareça em textos antigos é uma evidência de que a forma era / foi empregada. Que apareça cada vez menos é um indício de que tende a desaparecer. Com um detalhe: desaparecer não quer dizer não aparecer nunca mais em lugar nenhum. Quer dizer não ser de uso corrente. Para fazer uma comparação, ‘cujo’ é como a gravata borboleta: só usamos esse item em certas cerimônias, ou seu uso é uma idiossincrasia [...].
Outro caso é a segunda pessoa do plural, em qualquer tempo ou modo. Recentemente, um colunista defendeu a tese de que a forma está viva. Seu argumento: aparece em cartazes de torcedores em estádios de futebol, especialmente do Corinthians, no apelo “jogai por nós”. Mesmo que este seja um fato, a conclusão é fraca. A forma é inspirada numa ladainha de Nossa Senhora, toda muito solene, muito mais do que formal. E é bem antiga, traduzida do latim. [...] A cada invocação, os fiéis respondem “rogai por nós”. “Jogai por nós” é uma fórmula inspirada em outra fórmula, típica desta oração. Para que se possa sustentar que a segunda pessoa do plural não desapareceu, seria necessário que seu uso fosse regular. Que, por exemplo, os corintianos também gritassem “Recuai, Wendel”, “Não erreis estas bolas fáceis, Vagner Love”, “Tite, fazei Malcolm treinar finalizações” e, quando chateados, gritassem “Como sois burro!”. Espero que nenhum colunista sustente que isso ocorre... [...] O caso “jogai” me faz lembrar outro, da mesma natureza, de certa forma. Se há um fato consensual em português (do Brasil) é que não se diz naturalmente “ele o/a viu, vou fazê-la sair”. Estas formas pronominais objetivas diretas de terceira pessoa são verdadeiros arcaísmos. Só são parcialmente aprendidas na escola. Os alunos começam a empregá-las depois de alguns anos, um pouco por pressão, um pouco porque se dão conta de que cabem em textos mais monitorados. Mas essas formas nunca aparecem na fala deles (e são muitíssimo raras também na fala de pessoas cultas, como as que aparecem em debates na TV).
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
Sírio Possenti Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas
 

Analise as proposições a seguir sobre a pontuação do seguinte trecho:
Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...
I. A primeira vírgula é opcional, ou seja, sua presença é apenas um recurso de entonação.
II. A segunda e a terceira vírgula estão isolando uma oração explicativa.
III. As aspas foram empregadas para indicar que a expressão é própria da linguagem verbal.
IV. O segundo ponto de exclamação que aparece no trecho foi empregado para indicar espanto.
Agora assinale a alternativa que contenha análise correta sobre as proposições.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    I - CORRETA: A vírgula foi usada para dar ênfase no que será dito. Precebe-se que sua retirada em nada altera a progressão da oração.

     

    II - ERRADA: A vírgula está isolando um aposto. E nesse caso não se configura uma oração, pois não há presença de verbo.

     

    III - CORRETA: As aspas são usadas para: 

    ● Isolar palavras ou expressões que fogem à norma padrão, como gírias, estrangeirismos, palavrões, etc.

     

    ● Indicar citação textual.

     

    Obs.: o termo "verbal" nessa opção está se referindo a linguagem "falada".

     

    IV - CORRETA: o ponto de exclamação é usado para:

    ●  Indicar ordem, espanto, admiração, surpresa, etc.

     

    Bons estudos.

  • "IV. O segundo ponto de exclamação que aparece no trecho foi empregado para indicar espanto."
    "Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é “p*** que o pariu”!"

    Aceitar este "!" com o sentido de espanto, está difícil de engolir. 

  • Já são, no mínimo, duas questões de português com gabarito duvidoso/errado.

     

    Vide Q772912.

  • Não faz sentido, como o autor pode se espantar com a informação que ele já conhecia? Pra mim a exclamaçao aparece pra enfatizar a fala!

  • também não concordo com o item IV...

     

    O chato do português é isso mesmo, pois pode ter duas interpretações para uma mesma frase. Assim a banca pode utlizar como resposta correta qualquer uma das possibilidades...

  • sobre o item ''II'': não ta separando oração explicativa porque ''com perdão da expressão'' não é oração, pois não contem verbo!

  • a segunda e a terceira virgula, estao separando um anacoluto, ou seja,uma intercalação, uma interrupção brusca numa frase. Exemplos: isto é, ou seja, a meu ver, no caso da frase é a expressão " com o perdão da expressão".

  • Segundo Flávia Rita, adjunto adverbial com mais de tres silabas é considerado de grande extensão. Adjunto adverbial de grande  e média extensão no inicio da frase obriga o uso da virgula. Portanto, não estaria incorreta a I ?

  • I. A primeira vírgula é opcional, ou seja, sua presença é apenas um recurso de entonação.

     

         Correta a número I. Advérbio antes do verbo, a vírgula é opcional.

  • tres sílabas ou três palavras? A ABL diz 3 palavras ou mais

  • Eu jurava que a l estava errada

  • puta que me pariu!
    Banca ordinária

  • Isso é igual falar que em "Aqui é Galo!" (ou seu time de escolha) a exclamação indica espanto. Esse examinador deve se assustar fácil pra caramba se isso ai expressa espanto.

  • Esse espanto, Misericórdia...

  • Curiosamente, uma das formas de manifestar chateação, com perdão da expressão, é p*** que o pariu! Aqui, o pronome oblíquo aparece! Entretanto, ninguém vai dizer que esse é um argumento para sustentar que o pronome oblíquo está vivo. Se disser...

    I. A primeira vírgula é opcional, ou seja, sua presença é apenas um recurso de entonação, pois o adjunto adverbial antecipado é de pequena extensão.

    II. A segunda e a terceira vírgula estão isolando um adjunto adverbial deslocado.

    III. As aspas foram empregadas para indicar que a expressão é própria da linguagem verbal.

    IV. O segundo ponto de exclamação que aparece no trecho foi empregado para indicar espanto.


ID
2342407
Banca
Marinha
Órgão
Comando do 1º Distrito Naval
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Língua, religião e alta cultura são os únicos componentes de uma nação que podem sobreviver quando ela chega ao término da sua duração histórica. São os valores universais, que, por servirem a toda a humanidade e não somente ao povo em que se originaram, justificam que ele seja lembrado e admirado por outros povos. A economia e as instituições são apenas o suporte, local e temporário, de que a nacão se utiliza para seguir vivendo enquanto gera os símbolos nos quais sua imagem permanecerá guando ela própria iá não existir.” (Olavo de Carvalho)

Com relação ao emprego da vírgula no período destacado, assinale a opção em que o comentário está correto.

Alternativas
Comentários
  • Gab Letra B, minha análise leva a crer que se trata de oração restritiva da pálavra suporte, logo não há porque separar se não por escolha. 

     

    Qualquer coisa avisem-me. 

  • Mas separar por escolha, do jeito que foi feito, não está errado??? Ao meu ver Olavo escreveu equivocadamente.

  • a)vocativo- serve para chamar

    b)GABARITO

    c)ponto e vírgulas só pode ser usado para separa orações coordenadas(que não dependem uma da outra)

    d)ordem direta : sujeito- verbo, complemento, adjunto

    indireta (termos deslocados)

    e) adverbio: palavra invariável que funciona como um modificador de um verbo ( dormir pouco), um adjetivo ( muito bom ), um outro advérbio ( deveras astuciosamente ), uma frase ( felizmente ele chegou ), exprimindo circunstância de tempo, modo, lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, afirmação, negação, dúvida, aprovação etc

  • Fui por simples eliminação das quais não teria sentido mesmo. Acertei, mas sem um certeza.

  • Não entendi. Se retiradas a oração não fica restritiva e muda o sentido?

  • Olavo de CAR*lho


ID
2441500
Banca
VUNESP
Órgão
CRBio - 1º Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a crônica de Walcyr Carrasco para responder à questão.

Febre de fama
Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. Toda família tem um aspirante aos holofotes. Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios indomáveis.
Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher:
– Preciso falar urgentemente com o senhor.
“É desgraça!”, assustei-me. Digitei o número.
– Quero trabalhar em novela – disse a voz.
Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se tinha experiência como atriz. Não. Nem curso de interpretação. Apenas uma certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica. Com calma, tentei explicar que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz. Estudar? Ofendeu-se:
– Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.
Incrível também é a reação dos familiares. Conheci a mãe de uma moça que dança em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes rebolam em trajes mínimos. Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou:
– Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. Ainda bem!
Comentei, muito discreto:
– É... ela vai longe...
– Nem me fale. Daqui a pouco, vai estar numa novela!
Essa febre de fama me dá calafrios. Fico pensando na reação de grandes artistas como Marília Pêra, Tony Ramos, Juca de Oliveira diante desse vale-tudo, desse desejo insano por ser famoso a qualquer preço.
(Veja SP, 21.10.1998. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente e preserva o sentido original do texto.

Alternativas
Comentários
  • a– Preciso falar urgentemente com o senhor! (3º parágrafo)

  • ponto de exclamação é um sinal de pontuação que confere à frase uma entoação exclamativa, estando relacionado com uma vertente emocional da linguagem e com a transmissão de um sentimento. É usado:

    - Em frases exclamativas, expressando sentimentos diversos, como admiração, desejo, alegria, espanto, raiva, entre outros.

    Exemplos:

    Que belo dia de sol!

    Quem me dera ficar em primeiro lugar!

    Que desgraça!

    Estou furiosa com você!

    - Em frases imperativas, expressando ordem.

    Exemplos:

    Pare imediatamente com esse barulho!

    Saia agora!

    - Em interjeições, expressando alegria, tristeza, dor, espanto, alívio, raiva, entre outros.

    Exemplos:

    Ufa! Que alívio!

    Ai! Cortei meu dedo!

    - Nos vocativos, substituindo a vírgula.

    Exemplos:

    Filipe! Está na hora de dormir.

    Não coma tão depressa, menina!

    Crianças!

    O ponto de exclamação pode ser utilizado com o ponto de interrogação, indicando surpresa na realização da pergunta.

    Exemplos:

    O quê?! Como foi isto acontecer?!

    O que será de nós?!

    O ponto de exclamação pode aparecer duplicado ou triplicado, quando enfatiza e intensifica o sentimento que está sendo expresso.

    Exemplos:

    Sim!!! Sim!!! – gritaram as meninas, cheias de alegria.

    Amei!!! Contem comigo, que ideia fantástica!

  • Acertei a questão, mas estou com uma dúvida, o texto está escrito de forma errada ao não colocar o ponto exclamação ou ele é facultativo?

  • vamos ser mais objetivo nos comentários, ao invês de pegar uma análise geral do que é EXCLAMAÇÃO (acredito que a maioria que está aqui sabe o que é)vamos focar no motivo dos erros das alternativas. Assim vamos economizar tempo em leituras desnecessárias. 

  • Qual é o erro da alternativa D ?

  • Escolhi a D, mas acho que entendi o erro:

    no texto, as reticências "vai longe..." passam uma ideia de desdém.

    com a exclamação, para mim, a ideia passa a ser a de ironia.

     

  • O ponto de exclamação é um sinal de pontuação que confere à frase uma entoação exclamativa, estando relacionado com uma vertente emocional da linguagem e com a transmissão de um sentimento.

    É usado:

    - Em frases exclamativas, expressando sentimentos diversos, como admiração, desejo, alegria, espanto, raiva, entre outros. (Sinceramente, não tem como deixar a frase com tom de ironia mencionado pelo colega).

     

  • Marieli Soares
    A exclamação não preserva o sentido original do texto para essa mesma frase. 
    Como a outra colega Debora FR disse, no texto a frase da alternativa D passa uma idéia de desdém, e com exclamação o sentio muda. 

  • Fiquei na dúvida entre a A e a D, foi necessário reler o texto e entender que na D tem ironia e a A já esta com o sentido esperado de uma exclamação. Gabarito A.

  • Como resolvi essa questão:

    TEXTO: Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher:

    – Preciso falar urgentemente com o senhor.

    ponto de exclamação é um sinal de pontuação que confere à frase uma entoação exclamativa, estando relacionado com uma vertente emocional da linguagem e com a transmissão de um sentimento. => aflita

    TEXTO: 

    – Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. Ainda bem!

    Comentei, muito discreto:

    – É... ela vai longe...

    As reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho.
    A utilização deste género de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não o é.

    Pra mim não podia substituir a reticência por exclamação, pois a ideia ficou por terminar. Diferente da letra "A" que explana a aflição da personagem.

    http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/retic%C3%AAncia/1792/

     

  • GABARITO: letra A

     

    Minha análise sobre a questão:

     

    A) Ao meu ver, tanto o ponto final quanto a exclamação poderiam ser usados. A exclamação dá um tom mais expressivo à frase, mas não altera o sentido.

     

    B) A frase é uma afirmação e não uma pergunta. Não é possível colocar um ponto de interrogação aqui.

     

    C) O ponto e vírgula representa uma pausa mais forte que a vírgula. Neste caso, a vírgula poderia ser usada depois do adjunto adverbial ("quando pequena"), mas o ponto e vírgula seria um exagero.

     

    D) As reticências dão uma noção de ironia à afirmação. Deste modo, não podemos trocar as reticências por um ponto de exclamação.

     

    E) Os parênteses são usados para guardar uma explicação ou um comentário sobre o que está escrito; ou seja, o que está dentro dos parênteses não é essencial para o entendimento da frase. Neste caso, isolar "febre de fama" entre parênteses deixa a frase sem sentido ("Essa me dá calafrios" ⇨⇨⇨ essa o quê?).

  • TEM QUE MANTER O SENTIDO TBM!

    A) Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher: – Preciso falar urgentemente com o senhor.
    - Preciso falar urgentemente com o senhor! (3º parágrafo) (CORRETA)

    B) Como é uma pergunta indireta não tem interrogação.

    C)  – Quando pequena, ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística. (9º parágrafo)

    D) " Comentei, muito discreto: " Se ele comentou muito discreto, então não pode te exclamado.

    E) Parênteses são geralmente utilizados para isolar comentários acessórios.

  • Pra quem está reclamando de comentários mais detalhados sobre determinado assunto, uma solução muito simples existe: NÃO O LEIA!!!

    Não é porque você ou a maioria sabe que não terá utilidade a ninguém. Por mais óbvio e simples que pareça ser o assunto, há pessoas que podem não o conhecer, e quando o leem conseguem sanar alguma dúvida ou coisa nova que ainda não haviam visto.

  • GABARITO A

     

     

    Travessão serve para --> No discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.

     

    Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

     

    Para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto.

     

    Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.

  • Não entendi o porque desse trecho ser o terceiro parágrafo "– Preciso falar urgentemente com o senhor! ". Alguém pode apontar os dois parágrafos anteriores a esse parágrafo.

  • GAB  A
    Confesso que fiquei em duvida com a letra E, mas como o parênteses é apenas um termo acessório , e se nós retirarmos (febre de fama) da frase , ela fica estranha.

  • Toda vez que tem um ponto parágrafo termina um parágrafo. E como identificar o ponto parágrafo no texto? É aquele que termina uma frase e a próxima só começa com letra maiúscula afastado da margem no parágrafo nacional ou só na próxima linha no parágrafo americano.

  • A alternativa (A) é a correta, pois o advérbio “urgentemente” e a expressão anterior a esta frase “Uma voz aflita de mulher” transmitem que a fala da mulher tem um tom emotivo, o que sugere a inserção do ponto de exclamação.

    A alternativa (B) está errada, pois o contexto não admite uma pergunta, mas uma afirmação de que haveria perguntado algo. Dessa forma, há erro no emprego do ponto de interrogação.

    A alternativa (C) está errada, pois a estrutura adverbial não pode ser separada por ponto e vírgula.

    A alternativa (D) está errada, pois no texto original há o emprego de reticências,

    o que denota uma noção de prolongamento, realçando a ironia crítica. Com a mudança da pontuação, esta noção de prolongamento e de crítica perde força.

    A alternativa (E) está errada, pois o sujeito “Essa febre de fama” não pode receber parênteses.




  • C) No caso do adjunto adverbial deslocado não cabe ponto e vírgula, o correto seria a vírgula.

    Prof. Alexandre Soares QC

  • Para mim o advérbio "urgentemente" deveria estar separado por vírgulas nesse caso, não?

    Pois entendo que ele está colocado entre FALAR (VTI) e seu Objeto indireto COM O SENHOR.


ID
2478337
Banca
Quadrix
Órgão
CRO - PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                   Falso dentista é preso1 e confessa atuar há mais de 16 anos, diz polícia

Ele foi preso em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia. Homem de 57 anos foi flagrado2 após fazer extração dental em paciente.

      Um homem de 57 anos foi detido3 , em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, na manhã de quarta-feira (18), após ser flagrado atuando ilegalmente como cirurgião-dentista, segundo informações da Polícia Militar. Ele confessou à polícia que trabalhava sem formação há mais de 16 anos.

      A polícia recebeu denúncia do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CROBA). Uma guarnição do 1º Pelotão da 77ª Companhia Independente de Polícia Militar foi até o local e encontraram o suspeito, que tinha acabado de realizar uma extração dental em um paciente. No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento.

      Os policiais encontraram condições precárias de higiene no imóvel onde ele atuava, na Rua da Barragem, no bairro Guarani. Segundo a PM, o falso dentista foi autuado pelo crime de exercício ilegal da profissão e, se condenado, pode ficar preso de seis meses a dois anos.

                                                             (g1.globo.com. Acesso em Junho/2016.) 

A respeito da pontuação no trecho “No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento.”, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  •                                                              No local, outros pacientes ainda aguardavam atendimento

     a) Depois de “outros pacientes” deveria obrigatoriamente ter sido empregada uma vírgula. Errado, pois não se separa sujeito de verbo.

     b) A vírgula depois de “no local” foi corretamente empregada. Correto, em adjunto adverbial deslocado com menos de três palavras é optativo, caso fosse em mais de três seria obrigatório.

     c) O ponto empregado depois de “atendimento” não tem qualquer justificativa gramatical. Errado, o ponto se justifica para encerrar o período

     d) A vírgula depois de “no local” deve ser, obrigatoriamente, substituída por ponto e vírgula. Errado, não é obrigatório.

     e) Deveria ter sido empregada uma vírgula entre “aguardavam” e “atendimento”. Errado, não pode separar o verbo de seu complemento.

    Gab. B

  • não e adjunto adverbial não e locução adverbial nesse caso e obrigatorio FERNANDO 

  • GABARITO: LETRA B

    ACRESCENTANDO:

    USO DA VÍRGULA

    Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta da sentença).

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula:

    Desloca

    Enumera

    Explica

    Enfatiza

    Isola

    Separa

    Emprego da vírgula:

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período:

    - João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    - Li Goethe, Nietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    d) mobilidade sintática:

    - Temeroso, Amadeu não ficou no salão.

    - Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    - Por amar, ele cometeu crimes.

    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Vírgula + E

    1)Para separar orações coordenadas com sujeitos distintos:

    Minha professora entrou na sala, e os colegas começaram a rir.

    2) Polissíndeto:

    Luta, e luta, e luta, e luta, e luta: é um filho da pátria.

    3) Conectivo “e” com o valor semântico de “mas”:

    Os alunos não estudaram, e passaram na prova.

    4) Para enfatizar o elemento posterior:

    A menina lhe deu um fora, e ainda o ofendeu.

    FONTE: RITA SILVA


ID
2489014
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a extraordinária capacidade de recuperação da natureza – e a do próprio ser humano para superar as adversidades. A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa, e a vida sempre voltou com ainda mais força. Disse à revista VEJA a geógrafa Susana Hecht, professora de planejamento urbano da Universidade da Califórnia e especialista em desenvolvimento sustentável: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles, ainda mais porque não existe perspectiva de quando poderemos colonizar outro astro. Só que a natureza tem um enorme poder de se reabilitar e a humanidade dispõe de tempo para usar a tecnologia em favor de um desenvolvimento sustentável.”

      Enquanto se procuram soluções para o equilíbrio entre o crescimento populacional e preservação dos recursos, a natureza manda suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa arca de Noé, mas ela tem limites

                        (Revista VEJA, n. 44, 2 de novembro/2011, p. 132). 

Considerando aspectos da gramática normativa, é correto afirmar a respeito do período do texto: “Os recursos da Terra são limitados, temos de tomar cuidado para não acabar com eles”:

Alternativas
Comentários
  • a) A ideia de causalidade é expressa pela última oração. ( Primeira )

     b) Em vez de “temos de tomar cuidado” seria “temos que tomar cuidado”, pois aí há uma expressão mais adequada à norma culta. 

     c) O termo “limitados” é complemento verbal. ( Predicativo )

     d) A última oração pode ser também escrita da seguinte forma: “para que não se acabe”.  

     e) Após a palavra “limitados” – fazendo as devidas modificações – não seria incorreto substituir a vírgula por ponto. 


ID
2497627
Banca
IBFC
Órgão
EMBASA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C.

     

    a) Os candidatos que se atrasarem estarão automaticamente desclassificados.

    b) Ele pediu um sorvete, e eu uma fatia de pudim. (Há vírgula depois de "eu"?)

    d) Minha mãe disse: -Filha, seja mais responsável!

  • b) Ele pediu um sorvete e eu, (pedi) uma fatia de pudim. (Seria uma vírgula Vicária, substitui um verbo subentendido que é retomado)

  • A vírgula após a palavra "Filha" na letra "d" se justifica por se tratar de um vocativo:

    Minha mãe disse: - Filha, seja mais responsável!

  • Os candidatos, que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados.

     Ele pediu um sorvete e eu, uma fatia de pudim.

     Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias.

    Minha mãe disse:-Filhaseja mais responsável.

  • Na alternativa A não deve aparecer vírgula.

  • a) Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados. ERRADO. (Não se separa sujeito de predicado)

     b) Ele pediu um sorvete e eu uma fatia de pudim. ERRADO (a vírgula dentro do período composto marca a elipse de um verbo e, às vezes, de seus complementos)

     c) Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias. CORRETA 

     d) Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável! ERRADO. ("Filha" é um vocativo, e a vírgula é utilizada para separá-lo)

  • a) Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados.

    b) Ele pediu um sorvete e eu (faltou algo aqui, né?) uma fatia de pudim.

    c) Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias. CERTO!

    d) Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável!

  • O Marcos Vinícios está certo! e eu pensando que o erro da d) era o travessão antes de filha, kkkkk

  • a) Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados. ERRADO. (Não se separa sujeito de predicado)

     b) Ele pediu um sorvete e eu uma fatia de pudim. ERRADO (duas orações com sujeitos diferentes devem ser separadas por virgula ou pode substituir a virgula e o e e colocar ponto e virgula. Ficaria assim: Ele pediu um sorvete; eu uma fatia de pudim )

     c) Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias. CORRETA 

     d) Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável! ERRADO. (Filha é um vocativo, e a vírgula é utilizada para separá-lo)

  • Gabarito: LETRA C

     

    a) ERRADO! Os candidatos que se atrasarem estarão automaticamente desclassificados.

    Oração subordinada adjetiva restritiva/ Não se separa sujeito de predicado

    OU 

    Os candidatos, que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados.

    Assim a gente teria uma oração subordinada adjetiva explicativa e não separaríamos o sujeito do predicado

     

     b) ERRADO! Ele pediu um sorvete e eu, uma fatia de pudim.

    Existe uma zeugma no período. O verbo pedir foi omitido na segunda oração, fazendo-se necessária a vírgula.

     

     c) CORRETO! Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias.

    ESTARIA CERTO TAMBÉM: Os livros, que foram indicados no edital, estão esgotados nas livrarias.

    Vide a explicação da LETRA A

     

     d) ERRADO! Minha mãe disse: -Filha, seja mais responsável!

    Vírgula usada por causa do vocativo.

  • Perfeito o comentário de Rory!

  • vale frisar  que na letra B há um caso facultativo de vírgula antes do "E" , pois serve para separar orações com sujeitos discrepantes . Contudo a questão não  quis enfatizar essa vírgula e sim outra,que é a ocorrência de elipse do verbo.

  • gab. C


    Eu só errei porque estou com fome.  

     

    Rory Gilmore

    19 de Setembro de 2017, às 16h11 Útil (81)

    Gabarito: LETRA C

     

    a) ERRADO! Os candidatos que se atrasarem estarão automaticamente desclassificados.

    Oração subordinada adjetiva restritiva/ Não se separa sujeito de predicado

    OU 

    Os candidatos, que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados.

    Assim a gente teria uma oração subordinada adjetiva explicativa e não separaríamos o sujeito do predicado

     

     b) ERRADO! Ele pediu um sorvete e eu, uma fatia de pudim.

    Existe uma zeugma no período. O verbo pedir foi omitido na segunda oração, fazendo-se necessária a vírgula.

     

     c) CORRETO! Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias.

    ESTARIA CERTO TAMBÉM: Os livros, que foram indicados no edital, estão esgotados nas livrarias.

    Vide a explicação da LETRA A

     

     d) ERRADO! Minha mãe disse: -Filha, seja mais responsável!

    Vírgula usada por causa do vocativo.

    Reportar abuso

  •  a) Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados.>>>> OS CANDIDATOS, QUE SE ATRASAREM,....

     b) Ele pediu um sorvete e eu uma fatia de pudim. ELE PEDIU UM SORVETE, E EU .....(OBS.: QUANDO OS SUJEITOS SÃO DIFERENTES, USA-SE A VÍRGULA).

     c) Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias. CERTA.

     d) Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável! .... FILHA,.... (OBS.; NOTE QUE HÁ UMA ESPÉCIE DE CHAMAMENTO; ALÉM  DISSO, O VERBO ESTÁ NO IMPERATIVO, E O SUJEITO É "VOCÊ")

  • C: Rumo #PMSE

  • Aprendi com uma questão que respondi errado, IBFC a sra não vai me derrubar, lindinha.

  • Para quem marcou a letra D, assim como eu, rs. O erro é que ali existe um vocativo, ou seja, o isso da vírgula é obrigatório. Disse minha mãe: Filha, espero que seja (...)
  • Em 10/01/2020, às 10:05:16, você respondeu a opção D.Errada!

    Em 24/08/2017, às 07:57:51, você respondeu a opção D.Errada!

    Um dia eu acerto

  • Letra C

    A)Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados. -> não se separa o sujeito do verbo

    B)Ele pediu um sorvete e eu, uma fatia de pudim.-> faltou a vírgula marcando a elipse do verbo pedir.

    C)Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias.-> Correta

    D)Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável!-> uso inadequado do travessão(não se trata de um diálogo.

    Cuidado com os comentários equivocados. Na dúvida, consultem uma boa gramática.

  • Essa questão é passível de anulação, pois não existe resposta correta.

    A)Os candidatos que se atrasarem, estarão automaticamente desclassificados. Não se separa sujeito do predicado.

    B) Ele pediu um sorvete e eu uma fatia de pudim. Faltou uma vírgula entre "E EU".

    C) Os livros que foram indicados no edital estão esgotados nas livrarias. A expressão "NO EDITAL" é adjunto adverbial deslocado, logo deveria estar entre vírgulas.

    D) Minha mãe disse: -Filha seja mais responsável!. Vocativo "FILHA" deveria estar entre vírgulas.


ID
2532451
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SEJUS - CE
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                        TEXTO 1


           O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social,

                          dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido

                                                                                                                                    Raphael Martins


O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?


      O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pessoas se envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há cada vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há realmente essa impressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”.

      O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje. Uma mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola. Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Parece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por conta dos inúmeros compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.

      Sobre o assunto, Luiz Silveira MennaBarreto, professor especializado em cronobiologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade contemporânea, as cobranças são cada vez mais intensas e frequentes, o que produz uma sensação crônica de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas tenham inúmeras habilidades e qualificações acadêmicas, tomando boa parte do tempo que poderia ser destinado ao lazer. Scheroki completa: “Por que hoje é assim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos que saber inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam alocar dentro do tempo mais ações do que cabem nele”. [...]

      A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma coisa angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansiosas, depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem o tempo passando rapidamente e, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando situações de tensão muito grandes”.[...] 

      O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido nas relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação profissional ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho: “Nós somos nossas relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas acabam sendo comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é composta pelas nossas ações no tempo e cada vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.

      Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo em horários mais compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico, relações sociais e familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do problema reside no trabalho excessivo”, completa.[...]

Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_ content&view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-dias-de-poucashoras&catid=46%3Ana-midia&Itemid=97&lang=pt

Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1.

Alternativas
Comentários
  • A) Marcam frases interrogativas diretas.

    Interrogativa direta: quando se é usado por que, como, o que, assim sendo obrigatório o uso do sinal de interrogação "?"

    Interrogativa Indireta: tem efeito de entonação decrescente na frase, não sendo necessário o uso do sinal de interrogação "?"

    Exemplo de interrogativa indireta: Eu perguntei a ele qual o motivo da falta

    B) O uso da crase antes de "horas" é obrigatorio quando não houver preposição na frase.

    DICA: Substitua sempre qualquer hora por meio-dia. Só haverá crase se der ao meio-dia.

    a- A festa começa às 21h. (A festa começa ao meio-dia.) Há crase.

    b- Antecipei minha consulta para as 14h. (Antecipei minha consulta para ao meio-dia????) Não há crase.

    Repare que a preposição "para" antes das 14 hrs tira o uso obrigatório da crase, como explicado.

    C) Uso da virgula está correto pois está se referindo  a um aposto explicativo. (Com virgula, explicativo, sem virgula, restritivo)

    D) Verbos no infitnitivo admitem tanto a próclise quanto a ênclise, mesmo com particula atrativa.

    Alternativa correta "D"

  • Obs. Na letra B, há sim preposição. A crase é obrigatória por ocorrer a união entre a PREPOSIÇÃO A + o artigo AS (horas).

    “Se sai às (a+as=às) 7h15, ela não cumpre o horário de entrada"

     

    Horas” é uma palavra feminina que indica tempo, logo cabe artigo definido. Trata-se de um adjunto adverbial de tempo formado por palavra feminina.

  • Analisando as alternativas :

     

    a) No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas. 

    Errada. Nas frases interrogativas diretas também ser utilizado o sinal de interrogação

     

     

    b)  No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas.

    Errada. De acordo com Rocha Lima, livro Gramatica Normativa da lingua Portuguesa , é obrigatório o uso da crase nas designação das 'horas'.

     

     

     

    c) No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. 

     

    Errada. As vírgulas empregadas nos dão a ideia de um aposto explicativo, logo, elas estão corretamente empregadas.

    * É um erro grave SEPARAR com vírgulas o sujeito do verbo.

     

     

     

     

    https://www.youtube.com/channel/UCBY27FNGgRpPa-PgFubwjPQ

     

  • CORRETA D

     

    Complementando os estudos 

     

    1- Exemplos de quando usar:

     

    a- A festa começa às 21h.

    b- As lojas normalmente abrem às 9h.

    c- O telefone tocou à 1h da madrugada.

    d- Começa à 0h desta terça-feira a venda de ingressos para o show.

     

    2- Exemplos de quando NÃO usar:

     

    Não há crase depois das preposições: paraatéapósdesde e entre.

     

    a- Antecipei minha consulta para as 14h.

    b- Só vou esperar por você até as 15h.

    c- Podemos nos encontrar após as 19h.

    d- Estou te esperando desde as 11h.

    e- Estarei no clube entre as 9h e as 11h.

     

    3- Dica:

     

    Substitua sempre qualquer hora por meio-dia. Só haverá crase se der ao meio-dia.

     

    a- A festa começa às 21h. (A festa começa ao meio-dia.) Há crase.

    b- Antecipei minha consulta para as 14h. (Antecipei minha consulta para ao meio-dia????) Não há crase.

     

     

     

    "Comece acreditando que é possível."

  • Complementando...

    Quanto a alternativa D, vale lembrar que:

    Palavra atrativa + verbo no infinitivo, a posição do pronome átono é facultativa. Ou seja, poderia ser próclise ou ênclise.

  • d-

    Próclise- pronome átono colocado antes do verbo antes de palavra negativa: nunca, jamais, nada, ninguém...

  • próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono.  = Adverbio.

  • A) Nas frases interrogativas diretas o ponto de interrogação é obrigatório. Nas frases interrogativas indiretas não há ponto de interrogação.
    B) Não é facultativo, é obrigatório.
    C) Trocou a ordem SVOA, porém utilizou a vírgula para marcar, está correta.
    D) Palavra ou expressão negativa é fator de próclise! GABARITO.

  • Que raiva eu tive dessa questão, eu sabia ela fiquei em dúvida da parte pronome oblíquo átono e a errei.

    Mas é isso aí, o importante é ter humildade por isso tô estudando a parte da Morfologia Pronome.

    Boa sorte a todos!

  • a) Nas frases interrogativas diretas o ponto de interrogação é obrigatório. Nas frases interrogativas indiretas não há ponto de interrogação.

    b)em casos de indicações de horas, É obrigatório 

    c)uso da virgula está correto por se tratar de um APOSTO EXPLICATIVO 

    d)houve palavra de expressão negativa próclise e a colocação pronominal está correta   Gab 

  • GABARITO:  D

     

     

    A)  No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas. 

     

    1° Direto. 2° Direto. 3° Direto. 4° Direto.

     

     

    B) No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas.

     

    O uso é obrigatório, porém há exceções : 

    Exceções da regra: quando NÃO usar o acento grave no indicativo de horas:

    Há cinco preposições que não permitem a utilização de crase para a indicação de horas: "até", "após", "desde", "entre" e "para".

    Veja os exemplos:

    Retornarei após as 17h.

    O passeio está marcado para as 8h.

    Estou esperando desde as 15h30.

    Sairemos de São Paulo entre as 14h e as 18h.

    O supermercado fica aberto até as 22h.      

    --> http://brasilescola.uol.com.br

     

     

    C) No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. 

    Está correto, pois indica aposto explicativo. 

     

    Há 6 formas de aposto :

    1° Explicativo      : Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]

     

    2° Especificativo : Minha namorada liandra mora em são paulo.

     

    3° Enumerativo   : comprei duas coisas ontem : um carro e uma casa

     

    4° resumitivo       : Informações, sabedoria, filosofia, nada mais seduzia o Douglas.

     

    5° Distributivo      : Paula e maria são irmãs. Esta é brasiliense; aquela capixaba.

     

    6° Circunstancial : A ti, como general, compete o comandar.'

     

     

    D) No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono. 

    Colocação pronominal -

    PRÓCLISE

     

    a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo

    algum.

     

     não a recebem.  

    Ninguém te viu, Edgar.

     

    b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que,

    caso...

    Quando me perguntaram, respondi que te amava!

    Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.

     

    c) Advérbios

    Aqui se estuda de verdade.

    Sempre me esforcei para passar no concurso.

    Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.

    Aqui, estuda-se muito!

     

    d) Pronomes

    Alguém me perguntou isso? (indefinido)

    A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)

    Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)

     

    e) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

    Deus o abençoe.

    Macacos me mordam!

     

    f) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

    Em se plantando tudo dá.

    Em se tratando de concurso, A Casa do Concurseiro é referência!

  • Nesta questão eu vi o professor Terror me dizendo: só não vale dá risada, eu juro!

  • Acertei por eliminação letra D 

  • GABARITO LETRA D

     

     a) No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas. ERRADA> O PONTO ESTÁ SENDO UTILIZADO PARA MARCAR FRASES DIRETAS. NÃO DEVEMOS UTILIZAR PARA AS INDIRETAS.

     

     b)  No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas. ERRADA> DEVO UTILIZAR CRASE DIANTE DE HORA DETERMINADA.

     

     c) No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. ERRADA> NÃO ESTÃO SEPARANDO O SUJEITO DO VERBO. TEMOS NA ASSERTIVA  APENAS UM APOSTO EXPLICATVO ENTRE VÍRGULAS.

     

     d) No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono.  CORRETA. A ÊNCLISE É REJEITADA QUANDO TEMOS PALAVRAS ATRATIVAS.

  • Fiz um macete para próclise:

    D A N I   R I S O N H A 

    D=demontrativa(pronome demonstrativo);

    A= advérbio;

    N= negativa;

    I=interrogativa(pronome interrogativo);

     

    R= relativa(pronome relativo);

    I= indefinida(pronome indefinido);

    S=subordinada(conjunção subordinada) ;

    O

    N

    H

    A

     

    Facilitar a assimilação. Blz. Bons estudos!                                                           

  • Gabarito Letra D

     

    a) No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas.ERRADA.

    --> É usado em final de frases interrogativas diretas.

    exemplo                                                                                                                                                                                                              I) você vai fazer o concurso? (ordem direta                                                                                                                                                    II) Maria perguntou se ele faria o concurso  (ordem indireta, mas não usa o ponto de interrogação)

     

    b)  No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas.ERRADA

    Sempre ocorre crase                                                                                                                                                                                         1) Na indicação pontual do número de horas                                                                                                                                                  I) Às duas horas chegamos                                                                                                                                                                                 (a + as)

     -->Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata.                                    II) Ao meio-dia chegamos                                                                                                                                                                                    (a + o)

     

    c) No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. ERRADA.

     

    Aposto  Explicativo:  É usado para explicar ou esclarecer um termo da oração anterior. O aposto explicativo sempre vem isolado na frase, podendo aparecer entre sinais de pontuação como vírgulas, parênteses ou travessões                                                                                     I)exemplo:                                                                                                                                                                                                          A) -Priscila, estudante muito dedicada, conseguiu notas altas nas provas.

       Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica:

     

     

  • Gabartido Letra D

     

    CONTINUAÇÃO....

    d) No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono. Gabarito

    Próclise
    -->É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada.
    1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas                                                             a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc.
    I)Exemplo: Não se esqueça de mim 

    que fazem não se dar conta de perceber o tempo

     

  • Nem li a letra D... apenas vi que as outras estavam erradas e marquei essa.

  • A) ERRADA: os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas DIRETAS;

    B) ERRADA: horas exatas = crase; horas aproximadas = não há crase;

    C) ERRADA: o uso das vírgulas está correto pois estão separando o aposto explicativo. (obs: explicativo = entre vírgulas; restritivo = sem vírgulas);

    D) CORRETA: próclise devido a partícula atrativa negativa "NÃO".

  • quando a questão fala pra você. vai lá e não zera...

  • Complementando os amigos que postaram quando não usar crase, que disseram: "Há cinco preposições que não permitem a utilização de crase para a indicação de horas: "até", "após", "desde", "entre" e "para"

    Como entender é mais memorizável do que decorar, aí vai o por quê: o A craseado é simplesmente a fusão de 2 A's -> Um A que tem função de PREPOSIÇÃO e outro que tem função de ARTIGO FEMININO. Nesses casos listados acima, todas essas palavras são PREPOSIÇÕES, o que substitui um dos A's necessários para haver crase. Logo, só sobra o ARTIGO FEMININO.

    E é por isso que quando um A é antecedido por qualquer preposição JAMAIS HÁ CRASE. (Mas como tudo na vida existem algumas excessões, q não vêm ao caso agora)

    Espero ter ajudado

  • Olá a todos !! Pessoal, em relação a letra "D", eu também já vi em alguns lugares que nas orações subordinadas a próclise do pronome "SE" é obrigatória. Por um acaso alguém sabe se isso procede ?

    Bons estudos !!

  • Gab D

     

    ATRAI A PRÓCLISE:

     

    -PRONOME ANTES DO VERBO -- Ninguém me emprestou a matéria.

     

    -COM ADVÉRBIO SEM PAUSA-- Ontem se fez de morto. / Ontem, se fez de morto. ( a virgula é a pausa, então o advérbio não atrai o pronome ) Ficaria na forma enclitica-- Ontem, fez-se de morto.

     

    -PRONOMAES INDEFINIDOS-- Tudo me alegrava.

     

    -PRONOMES DEMONSTRATIVOS "ISTO, ISSO E AQUILO" --Isso se faz assim.

     

    -CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS E PRONOMES RELATIVOS-- Quando me viu, o menino sorriu./A aula que me recomendou é ótima

     

    -QUANDO HOUVER PREPOSIÇÃO "EM" + GERUNDIO -- Em se tratando de concurso estudarei muito.

     

    -ORAÇÕES EXCLAMATIVAS E OPTATIVAS--Que deus o proteja!/Vou me vingar!

  • a) No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas. Se estivesse na ordem indireta, viriam no meio da frase e separadas. 

     

     b) No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas. Quando houver hora, crase sem demora.

     

    c) No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. Não se separa sujeito de verbo.

     

    d)No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono. Correta.

  • a) Frases interrogativas indiretas não possuem ponto de interrogação.

    b) Crase obrigatória, pois não está antecedida pela preposição 'para'.

    c) Uso da vírgula correto pois separa aposto.

    d) Palavra negativa 'não' atrai pronome oblíquo átono 'se'.

  • A- Perguntas diretas, usa-se ponto de interrogação

    B- Caso obrigatório de Crase

    C- Uma vírgula separa, duas vírgulas une

    D- Correta- Advérbios de negação atraem a próclise

  • Resumex:

    A próclise será OBRIGATÓRIA sempre que houver;

    1) palavra com sentindo negativo (atrai o pronome)

    2) Advérbio curto sem vírgula (ex: hoje, já, ainda, apenas...)

    3) Conjunçao subordinativa (que/se/quando/caso)

    4) Pronome realtivo (o velho amigo "QUE" é o que mais cai)

    -> Não se enquadrando em nenhuma dessas hipóteses, você observa se o verbo está  no FUTURO DO PRESENTE OU DO PRETÉRITO DO INDICATIVO, o que levará ao uso da MESÓCLISE. 

    ex: Dar-te-ei um cigarro. (Futuro do presente) 
          Dar-te-ia um cigarro. (Futuro do pretérito)

    -> Se o verbo não estiver nos referidos tempos verbais, você segue o baile com a serinidade de quem sabe a resposta correta -> ÊNCLISEEEEE ol

    Logo, se não for caso de proclise obrigatória e nem mesóclice teremos a ÊNCLISE!

  • Próclise: o pronome se posiciona antes do verbo.

    Mesóclise: o pronome se posta ao meio do verbo.

    Ênclise: o pronome se coloca após o verbo.

  • O QUE SIGNIFICA NO EXCERTO.????

    CARA NÃO ATENDO ISSO

     

  • Palavras Atrair Próclise

    Desmostrativa

    Advérbio

    Negativa

    Interrogativa

    Relativa

    Indefinidos

    Subordinadas

  • Cristovao, NO EXCERTO é o mesmo que NO TRECHO.

  • A) O sinal de interrogação, indica que trata-se de uma pergunta direta. (Errada)

    B) A crase é obrigatória. Há cinco  que não permitem a utilização de crase para a indicação de horas: "até", "após", "desde", "entre" e "para". (Errada)

    C) O uso da vírgula está correto, trata-se de uma aposto explicativo.(Errada)

    D) É justamente isso. advérbio de negação atrai o pronome para à frente do verbo, trata-se de uma próclise.(Correto)

    Se passando álcool nas mãos, você fica imune à bactérias; bebendo então... você fica quase imortal.

  • REGRA DA CRASE PARA HORAS

    -> SUBSTITUI PELO TERMO MASCULINO MEIO-DIA.

    EX: SE SAI ÀS 7:15, NÃO CUMPRE O HORÁRIO...

    ( SE SAI AO MEIO DIA NÃO CUMPRE OU SE SAI A MEIO DIA NÃO CUMPRE) ??

  • as provas de portugues dessa banca são realizadas pelo proprio satanás

  • Comentário do Daniel: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  • A) O sinal de interrogação, indica que trata-se de uma pergunta direta. (Errada)

    B) A crase é obrigatória. Há cinco  que não permitem a utilização de crase para a indicação de horas: "até", "após", "desde", "entre" e "para". (Errada)

    C) O uso da vírgula está correto, trata-se de uma aposto explicativo.(Errada)

    D) É justamente isso. advérbio de negação atrai o pronome para à frente do verbo, trata-se de uma próclise.(Correto)

  • Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 1.

    A= No excerto “O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos? O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?”, os pontos de interrogação são utilizados para marcar frases interrogativas indiretas. (errada,ordem direta)

    B= No excerto “Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada [...]”, o uso da crase é facultativo, tendo em vista que está antes de uma indicação de horas. (errada, quando temos horas definidas a crase é obrigatória)

    C= No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”, o uso das vírgulas está incorreto, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, uma vez que elas separam o sujeito do verbo da oração. (errada, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, Florival scheroki explica... Trata-se de um aposto explicativo,logo,separado por vírgulas)

    D= No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono. Correta

  • Para responder a esta questão, exige-se conhecimento em crase, colocação pronominal e pontuação. O candidato deve indicar a assertiva correta. Vejamos:

    a) Incorreta.

    As interrogações são usadas sempre para perguntas diretas. As perguntas diretas vêm com ponto final. Ex: Gostaria de saber por que você não veio ontem.

    b) Incorreta.

    A crase apenas é facultativa antes de hora com o emprego da preposição "até".

    “Se sai até às 7h15/ ““Se sai até as 7h15"

    c) Incorreta.

    No excerto “Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica [...]”

    A dupla vírgula está separando o aposto explicativo. Notem que há uma explicação, dizendo que Florival Scheroki é um doutor em Psicologia...

    d) Correta.

    No excerto “[...] que fazem não se dar conta de perceber o tempo [...]”, a próclise é utilizada por haver uma palavra de sentido negativo que atrai o pronome oblíquo átono.

    Em colocação pronominal existe próclise ( pronome oblíquo antes do verbo), ênclise (pronome oblíquo após o verbo ) e mesóclise ( pronome oblíquo entre o verbo)

    Ex: Não se aborreça

    EX: Esqueceram-te

    Ex: Responder-se-á

    Quando houver palavra negativa, deve-se utilizar a próclise.

    Gabarito: D


ID
2539993
Banca
FGV
Órgão
MPE-BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1 – CHINA


Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.

Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem.

Nada de curto praxismo, do imediatismo típico do Ocidente, que têm sido tão destrutivos e desagregadores.

Esse traço do chinês é até muito conhecido no resto do mundo. Há uma famosa observação do primeiro-ministro Chou En-Lai, muito citada, que traduz essa noção singular do tempo. Em certa ocasião, no início dos anos 1970, um jornalista estrangeiro lançou a pergunta: “Qual é afinal, primeiro-ministro, a sua avaliação da Revolução Francesa?” Chou En-Lai respondeu: “É cedo para dizer”.

Recentemente, li aqui na China que essa célebre resposta foi um simples mal-entendido. Com os percalços da interpretação, Chou En-Lai entendeu, na verdade, que a pergunta se referia à revolta estudantil francesa de 1968! Pronto. Criou-se a lenda.

Pena que tenha sido um mal-entendido. Seja como for, é indubitável que para os chineses o tempo tem outra dimensão. Para uma civilização de quatro mil anos ou mais, uma década tem sabor de 15 minutos. (O Globo, 15/9/2017)  

O segundo parágrafo do texto 1 começa por “Coesão e rumo”, seguido de ponto. Tal pontuação tem como função:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

     

    Coesão e rumo <-------> Exatamente o que falta ao nosso querido país.

  • Por que não a letra "e"? Gente, essa prova está insuportável!

  • Amana, fiquei com essa duvida. tive que escolher uma e escolhi a letra B mas não entendi porque a E está errada. Concordo contigo.

  • Que prova dose de engolir. Dá para justificar várias alternativas sem dificuldade alguma. 

  • Rpz.. Pegaram pesado em português nessa prova..

  • FGV bota pocando no português. O gabarito é sempre um mistério :'(

     

  • Quem estuda pra FGV pode me falar se essa loucura foi exclusiva dessa prova ou se é sempre assim?
  • A China é um país que "Tem coesão e rumo", ao passo que é "Exatamente o que falta ao nosso querido país ". Quando ele inicia o parágrafo com estes dois vocábulos(coesão e rumo) e termina o período ,o Autor quis "destacar diferenças entre China e Brasil ". 

  • george martins, sempre assim!!!! Continua fazendo que devagar pega a manha...

  • GABARITO LETRA B 

    Acredito que o erro da letra E seja o fato de que a parte que fala sobre a sociedade milenar da China não está o inserido no período da "coesão e rumo" ( apesar de está inserido no parágrafo).

    A questão não pede o sentido que as duas palavras faz em relação ao contesto, e sim o significado do ponto que foi inserido no 1° período, e se substituímos o ponto por uma palavra de da o mesmo sentido ,ficaria assim :

     

    Coesão e rumo é exatamente o que falta ao nosso querido país 

  • Onde está dizendo que as diferenças são necessariamente entre China e Brasil???

  • 1º FATOR - O texto começa se referindo a china e diz que é um país com "coesão e rumo".

    2º FATOR - Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país.

    RESTA ALGUMA DÚVIDA QUE ESTÁ SE DESTACANDO A DIFERENÇA ENTRE OS 2 PAÍSES ??

    A CHINA POSSUI "coesão e rumo" e FALTA "coesão e rumo" !!

  • Gabarito letra "B"

     

    Eu já comentei em outras questões da FGV, mas não custa nada repetir. Esse mito de que as provas de Português da FGV são "difíceis" é superestimado. Não estou falando que a prova é fácil, mas sim que a "dificuldade" é ter a sorte de marcar o que a banca acha, porque mesmo nas questões de gramática pura ela coloca enunciados vagos e "espíritas" (onde só baixando um santo para advinhar o que se pede). E não, não basta "interpretar o que se pede" ou "tem que saber fazer questão da banca".

     

    Essa questão mesmo, tu pode chegar lá no cara que elaborou esse texto para o jornal, e perguntar para ele o que ele quis dizer ao começar o segundo parágrafo com "Coesão e rumo". Eu DUVIDO que ele vá falar algo relacionado a alguma dessas cinco opções que a banca botou. Mas daí chega a FGV e se coloca na mente do autor do texto e enfia essa MERDA de questão na prova. Simplesmente esse lance de "interpretação de texto", principalmente com a FGV, é mais questão de sorte e loucura do que entender mesmo o texto. 

  • Tudo bem que "coesão e rumo" são as diferenças entre China e Brasil. Mas a pergunta é qual a função do ponto. Desde quando um ponto final tem a função de destacar algo?

    SEJE MENOS!

     

  • Em lugar algum informa  q o autor é brasileiro.

  • Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país

    Quando o autor fala no 2º parágrafo tais dizeres fica evidenciado que ele compara o Brasil com a China.

  • Em 15/02/2018, às 07:14:54, você respondeu a opção D.Errada!

    Em 23/01/2018, às 19:59:56, você respondeu a opção D.Errada!

    Em 05/12/2017, às 11:34:56, você respondeu a opção C.Errada!

     

    QUANDO UMA COISA NÃO ENTRA NA SUA CABEÇA!

  • Essa prova não foi para Analista - Psicologia

    foi para Analista de Centro Espírita.

  • Fabiano Ferreira KKKKKKKKKK 

  • "China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui.

    Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país."

     

  • O elaborador das provas da FGV usa drogas antes de fazer as questões de portugues. Como quem vai fazer a prova geralmente vai lucido, sem usar drogas acaba não acertando. Você tem q fumar a mesma maconha do elaborador pra acertar. 

  • Imagine o desespero com uma prova de português assim, tá repreendido! 

  • Gente, de boa, que maconha FGV anda fumando??? A questão pedia a função do ponto no texto!

  • Acredito, realmente, que pensando bem daria para perceber que o autor gostaria de fazer um confronto de diferenças entre o Brasil e China. O que não entendi que é a questão pediu a função do 'ponto', então, como chegar a tal resposta do gabarito analisando a função do ponto?

  • Resposta B

    ---------------------------

    Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. [destacar diferenças entre China e Brasil]

    ---------------------------

    (melhores comentários)

    Gente, de boa, que maconha FGV anda fumando??? A questão pedia a função do ponto no texto! Kalita Cardoso

    Essa prova não foi para Analista - Psicologia foi para Analista de Centro Espírita. Fabiano Ferreira

    ---------------------------

    Que prova dose de engolir. Dá para justificar várias alternativas sem dificuldade alguma. [concordo]  Algum Concurseiro 

     

    #MPEAL

  • Essa tava tão fácil que deu até medo de marcar. Interpretação de texto da FGV é osso! FORÇA!

  • Questõezinhas subjetivas da FGV.. Que banca senhores. Coesão e rumo, coisas que passam longe dessa banca.

  • Alguém tem de parar a Fundação Getúlio Vargas imediatamente.

  • Tenho até receito de apertar o botão:

    Responder

  • Coesão e rumo somente se referem às diferenças entre China e Brasil. Ponto. O texto não retoma essas palavras, não pode ser outra alternativa.

  • Gabarito: "B"

     

     a) valorizar o diagnóstico de Cristovam Buarque;

    Errado. Pelo texto infere-se que Cristovam Buarque passou pela China e foi legal. "Estou há pouco mais de dois anos morando na China, leitor, e devo dizer que a minha admiração pelos chineses só tem feito crescer. É um país que tem coesão e rumo, como notou o meu colega de coluna neste jornal Cristovam Buarque, que passou recentemente por aqui (...)

     

     b) destacar diferenças entre China e Brasil;

    Correto e, portanto, gabarito da questão. "Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. (...)"

     

     c) mostrar as duas vertentes que serão analisadas a seguir;

    Errado. A vertente é o tempo. "E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem.(...)"

     

     d) demonstrar os pontos de reflexão explorados no texto;

    Errado. "Coesão e coerência" não são pontos de reflexão explorados no texto e sim "uma noção completamente diferente do tempo. "

     

     e) indicar valores da sociedade chinesa milenar.

    Errado. O valor é da sociedade chinesa é a noção diferente do tempo. (....) "E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente."

  • Pedia a função da PONTUAÇÃO (do PONTO FINAL) e não do motivo de começar por “Coesão e rumo".

  • Pelo que entendi, o ponto final após "Coesão e rumo" é um termo de ênfase em relação ao que vem depois "o que falta a nosso querido país".

     

    Coesão e rumo também são características da cultura chinesa, mas isso é dito no parágrafo anterior.

  • Depois de muito, muito, muito pensar, você consegue ver no texto que o ponto foi colocado para DESTACAR a diferença que o autor citou, anteriormente, entre China e Brasil. 

    Mas eu com certeza não acertei esta questão nas duas vezes que respondi e fiquei tentando entendê-la mais ou menos por meia hora. 

  • Essa prova da FGV do MPE BA foi simplesmente um lixo! Quando essa questão pergunta "Tal pontuação tem como função: " você já pode usar o contexto para indivuadualizar a função do ponto e na minha opnião e de muitos outros que pensam como pessoas normais, é nítido que a pausa do ponto final foi para indicar "mostrar as duas vertentes que serão analisadas a seguir;". A citação "Exatamente o que falta ao nosso querido país." foi apenas o contexto em que a frase está inserida e detalhando ainda mais a análise das vertentes "coesão e rumo" e dando mais consitência ainda a alternatica C, NOJO desssa banca!   

  • Matei a questão analisando o verbo.

     

    Ele fez um destaque dos termos. Deixou-os num único período. 

  • Eu só consigo enxergar a lógica da banca depois que erro e confirmo no gabarito. rsrs
  • Creio que, se a resposta fosse a letra C, haveria dois pontos no lugar do ponto final.

  • Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. <<< destacar diferenças entre China e Brasil.

  • Ao meu ver, a leitura do texto é imprescindível para uma resposta lógica.

    De início, é possível descartar as opções C e D, uma vez que sintetizam, basicamente, a mesma coisa. Deve ser notado que embora o texto fale sobre Coesão e Rumo (considerando a posição do Cristovam Buarque), o texto pretende atribuir outra característica, qual seja: "E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência...".

    Logo, as palavras Coesão e Rumo como vertentes (item C) ou pontos de reflexão (item D) não serão analisadas ao longo do texto, e sim a diferente noção de tempo dos chineses.

    Restam as alternativas A, B e E. Bom, gente, aqui entra a fase de invocação espiritual rs.

    Creio que o item A (valorizar o diagnóstico de Cristovam Buarque) extrapola a interpretação. O autor apenas enfatizou o que foi mencionado pelo Cristovam Buarque, concordando com ele, mas só. A definição dada pelo Cristovam Buarque foi ponto de partida para o autor acrescentar a dele. (Realmente, se você analisar apenas esse trecho do texto, esse item pode fazer total sentido).

    Entre o item B (correto) e o E (indicar valores da sociedade chinesa milenar), acho que o que definiu o gabarito pela banca foi o seguinte trecho, inserido logo após o uso do ponto:

    "Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem."

  • Como que o ponto (que vem antes) pode ser usado pra dizer algo que vem após dele??????????

  • ??????????????????????????

  • Então percebam que coesão e rumo não é o assunto principal do texto e não continua sendo abordado posteriormente no texto, ele apenas destacou as diferenças entre a china e o país dele(Brasil). O assunto principal que continua sendo tratado ao longo do texto, quase nele todo, é referente à frase seguinte: "Coesão e rumo. Exatamente o que falta ao nosso querido país. E mais o seguinte: uma noção completamente diferente do tempo. Trata-se de uma civilização milenar, com mentalidade correspondente. Os temas são sempre tratados com uma noção de estratégia e visão de longo prazo. E paciência. A paciência que, como disse Franz Kafka, é uma segunda coragem."

    GAB) B

  • A) valorizar o diagnóstico de Cristovam Buarque; Ele fez isso no parágrafo anterior.

    C) mostrar as duas vertentes que serão analisadas a seguir; Ao continuar a leitura, dá pra notar que ele muda o foco, começa a falar de "tempo" e "paciência".

    D) demonstrar os pontos de reflexão explorados no texto; Mesmo motivo da anterior, além de ser basicamente a mesma resposta da letra C, logo não poderia ser nenhuma das duas.

    E) indicar valores da sociedade chinesa milenar. Novamente, o autor fez isso no parágrafo anterior, ao concordar com o Cristovam Buarque.

    Na Letra B, ele de fato usa os dois termos e a pontuação como uma conexão ao que foi dito anteriormente, mas principalmente pra enfatizar a distinção que ele vai fazer entre a China e o Brasil.

  • O que não é exato é manipulável

  • Em nenhum momento o texto destaca as "diferenças entre China e Brasil". Banca trapaceira..

  • Gente, o ponto tem como marca principal destacar as diferenças entre China e Brasil. Tanto é que inicia o segundo parágrafo esclarecendo "Exatamente o que falta em nosso querido país". Vejam que coesão e rumo formam um destaque, por isso o ponto. Se não colocasse esse ponto, não se daria tanto destaque assim as diferenças. Não seria letra E, porque sociedade milenar refere-se à civilização, tal civilização não possui referente explícito, podendo ser a China ou o Brasil. Não seria letra D, porque no texto há outros pontos a serem analisados.

  • Nem sei se o autor é brasileiro ou não.

    Nenhum momento menciona que país seria no texto.

    Complicado!

  • O que é o ponto de continuação?

    Já o ponto contínuo ou ponto seguido é aquele usado dentro do próprio parágrafo e marca apenas o fim de uma frase, fazendo a pausa maior do que a vírgula.24 de fev. de 2014

    DEFINIÇÃO EM OUTRAS GRAMÁTICAS É ISSO AQUI!! eu nunca vi PONTO fazer isso, querem dar mais função a ele do que a própria gramática fala; FGV quer fazer uma gramática própria, acho que deveriam tirar um pouco a moral dela, mas quem são os culpados são os próprios contratantes.

  • gente existe uma comparaçao subjetiva quando ele fala da adimiração que tem pela china, dai ele usa a palvra (pais) para fazer essa relação de comparçao entre os dois paises , bom pelo menos eu acertei essa !

  • Eu achei o gabarito muito certo , letra b ,porém não vi no texto a certeza de que esses caras fossem Brasileiro , só se for o caso de ser uma noticia do globo... complicado extrapolei .

  • Toda vez eu caio nessa de pensar que a questão tá pedindo gramática quando ela quer semântica kkkkkkkk será que um dia aprendo?

ID
2556616
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFBA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1


                         A insana mania de economizar em coisas erradas


      Existe uma grande diferença entre oportunidade e oportunismo. Uma é aquela em que as pessoas querem levar vantagem em tudo, serem espertas, ganhar a qualquer custo, sendo que a outra vai na contramão deste movimento cada vez mais presente e enraizado na cultura brasileira. [...]

      A cultura do Brasil é riquíssima, linda e super diversificada. Porém, esse vício maldito acaba com a beleza. A necessidade de levar vantagem deixa as pessoas cegas e a feira de Acari, no Rio de Janeiro, é um belo exemplo deste contraste. O mercadão de produtos roubados é promovido às custas de inúmeras mortes e assaltos por conta de um comércio que não tem fim. [...]

      Não há pagamento de impostos referente à mercadoria e recolhimento de tributos. Só por isso esse produto chegou até o seu consumidor final. Vidas acabam porque alguém tem a necessidade porca de comprar algo “baratinho”. E não é exagero.

      Tenho um amigo que hoje reside nos Estados Unidos. A família dele, quando morava no Brasil, possuía uma transportadora com cinco caminhões. Sempre que se tratava de uma carga valiosa, quem fazia o transporte era o pai, o dono da empresa. Ele tinha esse cuidado para zelar pelo material do cliente e garantir que o produto caro chegaria ao seu destino conforme o esperado, sem danos. Até que um dia ele foi roubado e sequestrado. A quadrilha pediu R$50 mil reais, e a carga era de televisões. Ele ficou quatro dias em cativeiro e não havia possibilidade de pagar pelo valor exigido. Não avisaram a polícia e as negociações chegaram a R$10 mil. A quantia foi paga, mas o pai foi encontrado morto, sendo que ele havia falecido muito antes da entrega do dinheiro.

      Ainda me questiono como que as pessoas têm coragem de comprar esses produtos. O detergente mais barato, o salame, sabão em pó que são vendidos na feira de Acari custaram a vida de alguém. Além disso, deixou o seguro para todo mundo mais caro, impactando na economia como um todo. Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? Mas na hora de comprar uma peça, muitos não abrem a mão de ir até um desmanche. É essa consciência que precisa mudar. Quando isso acontecer, o país muda de patamar. [...]

Daniel Toledo. Adaptado de e disponível em: http://envolverde.cartacapital.com.br/insana-mania-de-economizar-em-coisas-erradas

Em relação ao Texto 1, julgue, como CERTO ou ERRADO, o item a seguir.


Em “Quantas vezes subiu o seguro do seu carro?”, o ponto de interrogação está sendo usado porque se trata de uma pergunta indireta.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

     

    É bem simples diferenciar as perguntas diretas das indiretas.

    Indireta: Não usa ponto de interrogação. Fazemos uma pergunta sem deixar evidente que estamos perguntando algo, a pergunta fica subentendida.

    Exemplos:

    Até hoje não sei a cor do seu carro.

    Gostaria de saber seu nome.

    Sempre achei que você fosse torcedor daquele time.

     

    Diretas: Em todas as perguntas é empregado o ponto de interrogação, indispensável a todas as perguntas diretas. Além disso, percebe-se que o interlocutor deixa claro que busca uma resposta.

    Exemplos:

    Para onde você vai?

    Você está bem?

  • Ponto de interrogação.

    -->É usado em final de frases interrogativas diretas.                                                                                                                              I) você vai fazer o concurso? (ordem direta). A pergunta é feita diretamente para uma pessoa especifica.                                              II) Maria perguntou se ele faria o concurso  (ordem indireta, mas não usa o ponto de interrogação) Aqui a maria perguntou para ele pode ser qualquer pessoa não está especificando logo é indireta.

     

    Observação: pode usar o ponto de interrogação com o ponto de exclamação para demonstra sentimento, de espanto ou entre outros.

    Exemplo: É  verdade que o João acertou na loteria ?!                                                                                                                                    -  como você vai sair dessa ?

     

    No caso da frase em si.  a pergunta não está direcionada apenas a um leitor em especifico, mas sim para todos, logo será indireta.

  • ERRADO, A PERGUNTA É DIRETA, POIS ESTÁ INICIANDO COM UM DOS PRONOMES INTERROGATIVO, QUE SÃO: QUE, QUEM, QUAL, QUANTO ... BOA SORTE 

  • ERRADO. INICIA UMA PERGUNTA DIRETA

  • Bem direta!!!

    Se tivesse um ponto final sim poderia ser uma PERGUNTA IMPLÍCITA!

  • Em “Quantas vezes subiu o seguro do seu carro?”, o ponto de interrogação está sendo usado porque se trata de uma pergunta indireta. Errado


    Não, pois se tivesse na forma direta, também usaria o ponto de interrogação.

    OBSERVE: Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? INDIRETA

    O seguro do seu carro subiu quantas vezes? DIRETA

    Assim, independente se tiver na forma direta ou não, terá interrogação.

  • ponto de interrogação [?] é um sinal de pontuação que indica uma pergunta. É usado apenas em frases interrogativas diretas.

    Não se usa ponto de interrogação nas frases interrogativas indiretas, mas sim o ponto final.

  • ponto de interrogação [?] é um sinal de pontuação que indica uma pergunta. É usado apenas em frases interrogativas diretas.

    Não se usa ponto de interrogação nas frases interrogativas indiretas, mas sim o ponto final.

  • Claramente direta.

  • Quantas vezes subiu o seguro do seu carro? INDIRETA

    O seguro do seu carro subiu quantas vezes? DIRETA

    independente se tiver na forma direta ou não, terá interrogação.

    Gabarito E


ID
2577262
Banca
IESES
Órgão
IFC-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             QUANDO A CIÊNCIA VIRA ALQUIMIA

         Tom panfletário para defender teorias pode ser sintoma de dogma linguístico

                                                                                                                                  Aldo Bizzocchi


      A ciência funda-se nos princípios da objetividade, neutralidade e imparcialidade, pilares do método científico, na busca da verdade, doa em quem doer, e na destruição de crenças infundadas, por mais arraigadas que estejam.

      Não obstante, muitos discursos, especialmente nas ciências humanas - mas não exclusivamente nestas -, pautam-se pela subjetividade e passionalismo. [...]

      Com a linguística não é diferente. Embora tenha sido a primeira das humanidades a ganhar status de ciência, em princípios do século 19, muito do que se publica hoje a respeito de língua resvala no juízo de valor, na subjetividade e tendenciosidade em detrimento dos fatos objetivos.

      Variação: É natural que todo estudioso, face à sua própria formação acadêmica e interesse de pesquisa, se filie a alguma corrente teórica, isto é, adote uma determinada metáfora para descrever a realidade (a língua como ser vivo, estrutura mecânica, sistema complexo, fato biológico, social ou mental, e assim por diante). Mas a defesa intransigente do modelo a despeito da realidade que ele pretende descrever arrisca-se a transformar teoria em dogma e ciência em religião ou facção política.

      Nenhuma teoria científica, por mais neutra, imparcial e objetiva que seja (e é preciso que assim o seja, senão não é científica), está livre de transformar-se em ideologia nas mãos de pesquisadores imaturos ou mal-intencionados. A bola da vez parece ser a chamada linguística variacionista.

      Decorrente dos estudos sociolinguísticos dos anos 1970, essa linha de investigação teve o mérito de mostrar que a língua não é um sistema único, monolítico, mas um conjunto de subsistemas apenas parcialmente coincidentes, em que as variações e mudanças decorrem de fatores como o tempo histórico, a localização geográfica, a classe social, o nível de escolarização, a situação de comunicação, a modalidade (oral ou escrita) e o meio físico (canal ou mídia) em que se dá o discurso.

      Revisão: A teoria da variação linguística permitiu mostrar que todos somos, como diria Evanildo Bechara, poliglotas em nossa língua, assim como contribuiu para relativizar a questão do erro gramatical e da obediência cega à norma padrão. Entretanto, se desmistificou a crença de que "a maioria dos brasileiros não sabe falar português" ou "nunca se falou tão mal como hoje em dia", muniu os ideólogos de plantão com argumentos que, para contestar a norma vigente, fazem apologia da fala popular e não escolarizada; para defender uma pseudodemocracia linguística, legitimam o desrespeito à gramática, vista como instrumento de repressão a serviço das classes dominantes; e assim por diante. 

      É evidente que não se pode nem se deve usar o português normativo numa mesa de bar ou numa brincadeira de crianças, mas isso não quer dizer que se deva estimular as pessoas a falar de modo informal em situações formais. É óbvio que está equivocado o professor que destrói a autoestima dos alunos ao convencê-los de que são ignorantes, falam errado ou não sabem se expressar direito. É para mostrar que há várias línguas dentro da língua e que cada uma é adequada a uma situação de discurso que muitos linguistas propõem o ensino da variação linguística em sala de aula. Mas desde que fique claro que o objetivo da escola é ensinar o aluno a manejar com maestria o português formal, pois é este o que lhe será exigido no mercado de trabalho e em muitas relações sociais, até porque no português informal o aluno já é proficiente. 

      Contexto: Mas há educadores que, mesmo bem-intencionados, disseminam a falsa crença de que o importante na comunicação é a eficiência (Si deu pra intendê, tá tudo certo!) e de que clareza, correção e elegância são coisas supérfluas ou, pior, excludentes ("a norma culta é o instrumento linguístico criado pela burguesia para oprimir o proletariado"). Esses maus educadores acabam contribuindo para alimentar a fama que os linguistas têm entre gramáticos conservadores e leigos desavisados de que são a favor do vale-tudo em matéria de língua. 

      Com isso, perde a linguística séria, pautada no método científico; perde o já tão desprestigiado ensino de língua; perdem os estudantes, que irão para o mercado de trabalho despreparados e para a sociedade dotados de um vocabulário de não mais que oitocentas palavras; perde enfim o país, costumeiramente na lanterninha em avaliações internacionais de desempenho escolar.

BIZZOCCHI, Aldo. Quando a ciência vira alquimia. In: Revista Língua Portuguesa. Ano 9, n.113, março de 2015. p.60-61 


Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP, com pós-doutorado na UERJ. É autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br 

Ao citar o exemplo de uso: “(Si deu pra intendê, tá tudo certo!)”, o autor, apesar das transgressões, mantém a correção. Assinale a alternativa em que se faz análise INCORRETA do exemplo em questão:

Alternativas