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ID
5344900
Banca
AOCP
Órgão
MPE-RS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Sobre “que” e “se” nos excertos a seguir, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    I)  ou se tornar diretor de cinema em Hollywood (....)

    No verbo pronominal o se trabalha como apêndice

    de conjugação.

    II)  “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente

    Nesse caso, o " que" retoma " algo ".

    Bons estudos!

  • CUIDADO

    Há comentário incorreto.

    Solicita-se julgamento das assertivas abaixo:

    A) Em “[...] como se queríamos ser astronautas [...]”, “se” indica que o sujeito é indeterminado.

    Incorreto. O termo é parte da conjunção comparativa "como se" e não conjunção integrante como afirmado por comentário diverso.

    B) Em “[...] ou se tornar diretor de cinema em Hollywood [...]”, “se” faz parte de um verbo pronominal.

    Correto. Entre os verbos copulativos e pronominais, "tornar-se" é um dos mais consagrados.

    C) Em ‘[...] pensar naquilo que não queremos.”, “que” é uma partícula de realce.

    Incorreto. O termo é pronome relativo que retoma o termo imediatamente antecedente.

    D) Em “[...] definir objetivos que nos animem.”, “que” é uma conjunção integrante que introduz o complemento de “objetivos”.

    Incorreto. O termo é pronome relativo que retoma o substantivo indicado.

    E) Em “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, “que” retoma “fantasia”, podendo ser substituído por um pronome relativo flexionado no feminino.

    Incorreto. O termo é pronome relativo que retoma "algo".

    Gabarito na alternativa B

  • Eu já vi várias questões com comentários errados desse Matheus Oliveira... Arrego 3 vezes....

  • QC não deve ter professor! Pelo amor de deus, né...

  • Alternativa A: Conjunção condicional. Sujeito desinencial – identificado em razão da desinência – mos.

    Alternativa B: Tornar-se (verbo pronominal) – se (parte integrante do verbo)

    Alternativa C: Pronome relativo – Caso DR – Demonstrativo – Relativo.

    Alternativa D: Pronome relativo – antecedente “objetivos”.

    Alternativa E: Pronome relativo – antecedente “algo”. 

  •  é classificado como um verbo essencialmente pronominal, isto é, que invariavelmente é conjugado acompanhado do pronome oblíquo. Outros exemplos são os verbos: arrepender-se, sentar-se, zangar-se, pentear-se, enganar-se, suicidar-se.

  •  é classificado como um verbo essencialmente pronominal, isto é, que invariavelmente é conjugado acompanhado do pronome oblíquo. Outros exemplos são os verbos: arrepender-se, sentar-se, zangar-se, pentear-se, enganar-se, suicidar-se.