SóProvas


ID
5355400
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Câmara de Teresina - PI
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Psicologia do espaço: as implicações da arquitetura no comportamento humano

Visto que seres humanos passam a maior parte de suas vidas em ambientes fechados, não nos surpreende o fato de que determinadas características do espaço construído têm um impacto significativo em nosso comportamento psíquico. Condições de iluminação, de escala e proporção assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem fim de sensações e reações.

Determinadas características do espaço construído são capazes de induzir sensações de tranquilidade e segurança nas pessoas, de fazer com que se sintam bem e relaxadas ou até de aumentar a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho. Independente de qual sejam as sensações que nos provocam, não se pode negar que as características dos espaços em que vivemos – ou trabalhamos – desempenham um papel fundamental na maneira como as pessoas se sentem e como elas se relacionam com o espaço.

No entanto, pessoas foram sendo empilhadas em caixas para servir um sistema de produção em massa destinado a alimentar uma sociedade faminta pelo consumismo. De fato, o empilhamento, ou verticalização, é um fenômeno que surgiu em resposta à Revolução Industrial e ao consequente aumento exponencial das pessoas que, em busca de ofertas de emprego, começaram a abarrotar cidades completamente despreparadas para absorver tal contingente humano. As unidades habitacionais se tornaram mais compactas para que os edifícios pudessem acomodar um número cada vez maior de habitantes. 

As características dos espaços que projetamos são capazes de induzir determinados tipos de comportamento nas pessoas”, diz a psicóloga ambiental e designer de interiores Migette Kaup. Por exemplo, projetos que incorporam noções de equilíbrio, proporção, simetria e ritmo são capazes de provocar uma sensação de tranquilidade e harmonia. As cores, por sua vez, também são capazes de provocar sensações de conforto ou estimular a comunicação entre as pessoas. A luz é um universo em si e depende muito da tipologia de espaço de que estamos falando. Uma luz suave sugere um espaço mais introspectivo, enquanto uma luz mais intensa caracteriza um espaço mais extrovertido. Para a psicóloga, a iluminação natural abundante é um excelente estímulo à produtividade e ao bem estar físico e mental das pessoas.

Por outro lado, determinadas características espaciais provocam ansiedade, outras estimulam uma sensação de equilíbrio e serenidade. Acontece que nem sempre somos conscientes de nossas reações e acabamos agindo sem saber porquê. Irving Weiner, professor de psicologia ambiental do Massasoit Community College de Middleborough, Massachusetts, afirma que “muitas dessas características ambientais não podem ser vistas ou apreendidas por nossos sentidos, mas, ainda assim, são capazes de influenciar diretamente o nosso comportamento ou humor”.


Adaptado de: <https://www.archdaily.com.br/br/936143/psicologiado-espaco-as-implicacoes-da-arquitetura-no-comportamentohumano>. Acesso em: 09 jul. 2020.

No trecho “Determinadas características do espaço construído são capazes […] de fazer com que as pessoas se sintam bem […]”, a palavra em destaque classifica-se como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

    Como diz o professor Alexandre Soares: '' VERBO ANTIX, CONJUÇÃO INTEGRANTIX '' .

    “Determinadas características do espaço construído são capazes […] de fazer com QUE as pessoas se sintam bem […]”

    de fazer ISSO o que? ''com que as pessoas se sintam bem e relaxadas ou até de aumentar a concentração e a produtividade dos usuários em seu ambiente de trabalho.''

    Sendo uma conjunção integrante (pode ser substituída por "isso"), dando início a uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

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    IMPORTANTE SABER:

    Obs.: conjunção integrante só podem ser duas: ''QUE'' e ''SE''.

    Quando você troca o "que" por O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS.. = pronome relativo --> Inicia uma oração subordinada adjetiva.

    Quando troca por ''ISSO, DISSO, NISSO..COM ISSO'' = conjunção integrante --> Inicia uma oração subordinada substantiva.

  • GABARITO - B

    (...) CAPAZES de fazer ( ISSO )com que as pessoas se sintam bem (...)

    Trocando o " que" por isso = conjunção integrante;

    Trocando o " que" por qual (Ais) = Pronome relativo

  • Faz que ou faz com que estão corretos, pois o com é expletivo.

  • ( QUE) como conjunção integrante equilave a ISSO.

  • Essa é uma questão sobre as funções morfossintáticas da palavra “que" em que a banca pedia que se identificasse qual das alternativas trazia a classificação correta do “que" no contexto do trecho destacado.

    Ao ler o excerto, podemos perceber que o “que" ali está introduzindo uma oração subordinada substantiva (objetiva direta) em relação ao verbo “fazer". Nesse sentido, as conjunções que antecedem orações subordinadas substantivas são chamadas de integrantes, o que já acusa a alternativa B como a opção correta.

    A letra A não está certa, mas o que, em certos contextos, pode servir como preposição, como em “os pais têm que dar carinho aos filhos". Perceba que, nessa acepção, o “que" corresponde a “de" – “os pais tem de dar carinho aos filhos".

    Partindo para a letra C, uma partícula expletiva (também chamada de “de realce") é um termo que, para o sentido da construção frasal em que se encontra, é totalmente dispensável, como em “Ele que chegou primeiro", que poderia muito bem ser escrito “Ele chegou primeiro" sem nenhuma mácula no sentido da frase.

    Um pronome relativo, função que surge na letra D, sempre estará iniciando uma oração adjetiva (restritiva ou explicativa) e, como todo adjetivo, estará sempre acompanhando um substantivo, como em “os meninos que brincavam na rua pegaram chuva"

     Por fim, uma conjunção causal inicia orações subordinadas adverbiais que sinalizam a causa de algo e a principal conjunção desse tipo é “porque" (eles foram embora porque a peça estava chata). Nesse sentido, a palavra “que" escrita sozinha não pode ser uma conjunção causal.

    Assim, confirma-se a opção B como a correta a ser marcada.

    Gabarito do professor: Letra B.



  • DE FAZER ISSO... (CONJUNÇÃO INTEGRANTE)

  • TROCAR QUE POR ISSO= CONJUNÇÃO INTEGRANTE

    TROCAR QUE POR QUAL(IS)= PRONOME RELATIVO

  • isso = Conjunção integrante

  • O "com" atrapalhou a minha análise da questão, por isso errei...