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Correta D. Não sei explicar kkkkkkk
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Só Freud explica essa....
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Gabarito D.
A - Não poderia apresentar o mecanismo do desmentido já que, pelo relato, Arthur não expressa características de personalidade perversa.
B - De forma mais simplificada, poderíamos entender o complexo de Édipo de Freud pelo o que Lacan mais tarde vem a chamar metáfora paterna, esta, por sua vez, dá sim significado ao enigma do desejo materno.
C - Não há, de forma clara, uma rejeição deste significante no mundo simbólico da criança, houve uma ausência. Considerando que o pai não esteve presente no período de demarcação do Complexo de Édipo (separação aos dois anos de idade).
E - Muito categórico para ser inferido, apesar do comportamento de resistência ás regras impostas pelo outro, o que aparece muito demarcado no caso em questão é a ausência do pai, não a denegação ou aniquilamento deste.
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Pelo relato não dá pra dizer que ele seja psicótico ou perverso... questionar regras é do campo da neurose, que ocorre quando opera a metáfora paterna,barrando o gozo do Outro,
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Lacanês e Grego é a mesma coisa
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Encontrei esse artigo curtinho com uma explicação mais didática sobre as diferenças entre Neurose e Psicose. Me ajudou a entender um pouco melhor. Espero que ajude vocês também. :)
https://www.ufrgs.br/psicopatologia/wiki/index.php?title=Uma_alternativa_%C3%A0_met%C3%A1fora_paterna
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Diquinha da querida profa. Monique Mistura:
Neurose: recalque e deslocamento
Psicose: foraclusão (forclusão do nome do pai) e rejeição da castração;
Perversão: negação da castração, recusa, denegação e desmentido da castração-aniquilamento
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A questão solicita conhecimentos a respeito da teoria psicanalítica freudiana e lacaniana.
Quando nos remetemos ao entendimento da clínica psicanalítica, é interessante observar os aspectos psicodinâmicos que permeiam as relações do paciente. No caso apresentado, a criança possui idade de 7 anos, logo recém saiu da conflitiva edípica - que para Freud acontece mais ou menos aos 4 ou 5 anos de idade. Nessa fase, Lacan nos lembra da castração simbólica, que nada mais é do que a perda (ou o medo da perda) do falo diante da interdição paterna - Nome-do-Pai.
- ERRADA
O desmentido é um mecanismo de defesa visto na perversão. Arthur não apresenta sintomas perversos, os quais estão relacionados ao reconhecimento e, ao mesmo tempo, a negação da possibilidade da castração, em outras palavras, a Lei.
- ERRADA
Em termos Lacanianos, a resolubilidade da conflitiva edípica, se dá mediante a instauração da metáfora paterna, ou seja, a inscrição enquanto sujeito, sujeito esse que é incompleto e falho, neurótico. Como a Lei paterna é uma expressão simbólica, diz-se que é uma metáfora.
- ERRADA
Não! A forclusão é o mecanismo de defesa da psicose. Não há de se falar em distanciamento da realidade no caso apresentado.
- CERTA
A inscrição da metáfora paterna esvazia o campo do gozo, ou seja, impede a cena incestuosa, esvazia o campo do gozo do Outro. Conforme Aragão e Ramirez (2004):
“Então, pode-se dizer que o pai, na constituição do desejo, inscreve o falo no campo do Outro, dando um basta ao incestuoso, ao transbordamento do gozo. Esse é o ponto de basta: o falo.
No livro do terceiro seminário, Lacan toma a aproximação da linguagem ao inconsciente e propõe pensar a linguagem fora da cena da enunciação, tendo a língua como um sistema de signos que articula o falo ao Outro (A), dando à ideia nome-do-pai a função de ponto de basta. O nome-do-pai não indica apenas a morte da coisa, mas indica a morte de toda significação perdida em nome de uma morte anterior. Nesse sentido, a finalidade da teoria nome-do-pai é mostrar a relação da função de ponto de estofo, e o lugar do Outro, e pensar como o sujeito pode articular essas duas funções."
- ERRADA
Essa afirmativa vai de encontro à afirmativa anterior. Na lógica das três estruturas (neurose, psicose e perversão) não é possível afirmar que Arthur apresente as duas últimas. Logo, sendo de base neurótica, só podemos afirmar que houve a efetivação da castração simbólica, a inscrição da metáfora paterna.
Gabarito da professora: LETRA D.
Fonte:(recomendo bastante para quem quer ler Lacan de forma descomplicada e sem o Lacanês de difícil entendimento):
ARAGAO E RAMIREZ, Heloísa Helena. Sobre a metáfora paterna e a foraclusão do nome-do-pai: uma introdução. Mental, Barbacena , v. 2, n. 3, p. 89-105, nov. 2004 .