SóProvas


ID
5357758
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Câmara de Teresina - PI
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?

Lilian Ferrari

   É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos, como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.

   A verdade, entretanto, é que as metáforas ocorrem na linguagem como reflexo do nosso pensamento. Somos capazes de pensar metaforicamente e, por isso, também falamos metaforicamente. E se é assim, faz sentido que não apenas os textos literários, mas também a nossa linguagem cotidiana seja permeada de metáforas.

   Mas como são esses processos de pensamento? Por que, afinal de contas, temos a habilidade de pensar metaforicamente? A resposta é relativamente simples, e tem a ver com o fato de que temos que lidar com ideias que não fazem parte de nossa experiência corporal mais direta. Se aquilo que podemos ver, ouvir, provar, cheirar ou tocar é acessível à nossa compreensão, o mesmo não acontece quando se trata de uma ideia abstrata como, por exemplo, o tempo. Embora tenhamos que lidar com o tempo em nosso cotidiano – acordamos cedo para trabalhar, tomamos remédios com hora marcada, etc. –, o tempo não é diretamente captável por nossos sentidos. Diferentemente de casas, árvores, carros, livros e tudo o que faz parte de nossa experiência direta, o conceito de tempo é abstrato. E, por isso, para pensarmos sobre o tempo fica mais fácil usar a estratégia de “traduzi-lo” para algo mais familiar. Essa espécie de tradução é justamente a metáfora, que nos permite tratar conceitos abstratos de forma mais concreta.

  No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]


Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/05/29/comocriamos-significados-na-linguagem-cotidiana>. Acesso em: 13 jul. 2020.

Em “[...] especialistas que têm uma habilidade especial [...]”, por que o verbo em destaque está acentuado?

Alternativas
Comentários
  • A forma verbal "têm", com acento circunflexo, será utilizada em duas ocorrências, sempre guardando a ideia de plural:

    1) Quando o núcleo do sujeito simples for palavra no plural.

    Exs.: a) Eles têm muitos problemas; b) As armas têm de ser proibidas ao cidadão comum;

    2) Quando o sujeito for constituído de múltiplos núcleos, ou seja, sujeito composto.

    Ex.: Bolsonaro, Lula, e Dilma têm em comum a incompetência.

    Apenas nessas duas ocorrências se usará tal forma verbal.

    Letra E

  • Gabarito na alternativa E

    Solicita-se julgamento das assertivas sobre a acentuação da forma verbal presente em:

    “[...] especialistas que têm uma habilidade especial [...]”

    A forma verbal em comento concorda com o referente do pronome relativo que a antecede, o termo "especialistas", sendo acentuada por estar em forma de terceira pessoa do plural. Trata-se de acento diferencial que marca a forma plural.

    A)Porque se trata de uma palavra que possui apenas uma sílaba.

    Incorreta. Não há relação entre a presença do acento e a extensão do termo.

    B)Porque é uma palavra tônica, diferente de “tem” em “ele tem estudado muito”, por exemplo.

    Incorreta. Consoante explicação supra, não há relação entre a tonicidade do termo e a ocorrência de acento.

    C)Porque a autora cometeu um erro de acentuação.

    Incorreta. Não há erro na grafia do termo.

    D)Porque ele é pronunciado com o “e” fechado, diferente de “até”, por exemplo, que é pronunciado com o “e” aberto.

    Incorreta. Consoante alternativas anteriores, presente assertiva não justifica a ocorrência do acento.

    E)Porque o termo “especialistas” está no plural.

    Correta. O termo plural com função de sujeito leva a concordância verbal para o plural, marcando-se o acento diferencial.

  • CRER-DER-LER-VER.

    CREEM - DEEM - LEEM - VEEM

  • Gab.E

    Eles TÊM -> plural.

    Ele TEM -> singular.

    A luta continua !

  • essa questão foi pra não zerar...

  • Em “[...] especialistas que têm uma habilidade especial [...]”, por que o verbo em destaque está acentuado?

    ►Porque se trata de uma palavra que possui apenas uma sílaba.

    Sim, realmente só tem uma sílaba, mas a regra de acentuação chama-se acento diferencial de concordância. “Ele tem”, Eles têm. Vamos escrever “eles tens” Não né... prática recreativa de drogas! kkk Claro que existe “tens” mas só será conjugado na 2ª p. sing. do pres. do ind. “tu tens”.

    ►Porque é uma palavra tônica, diferente de “tem” em “ele tem estudado muito”, por exemplo.

    Nop! Exterminador praticando o uso recreativo de drogas!

    ►Porque a autora cometeu um erro de acentuação.

    Oh, dona Maria! Como pode? (nem sei se o nome da muer é dona maria) kkk. Não, pô! Dona Maria é fera.

    ►Porque ele é pronunciado com o “e” fechado, diferente de “até”, por exemplo, que é pronunciado com o “e” aberto.

    Essa foi boa, extérmi.! Foneticamente o som é fechado. No entanto essa jogadinha é mais velha (do) que o místico e lendário Matuza!

    ►Porque o termo “especialistas” está no plural.

    Sim, como falado acento diferencial de concordância. Atenção ao verbo ver e o verbo vir;

    Quando eu vir (verbo ver); quando eu vier (verbo vir); eles veem (verbo ver), eles vêm (verbo vir).