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ID
5426218
Banca
UFMT
Órgão
UFMT
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia a parte final do artigo Pessoas e pragas, de J.R. Guzzo, publicado em 21/08/2019, no blog Fatos, e responda à questão.

[...]
    
    Nunca houve tanto agronegócio no mundo. Nunca se consumiram tanta carne, frango e outras proteínas básicas. Nunca houve tanto alimento para o homem – e nunca se produziu e vendeu tanto produto artificial para o campo. Ao mesmo tempo, jamais a população do planeta foi tão grande como hoje. Nem tão bem alimentada, até por razões legais – uma Volkswagen, por exemplo, é obrigada por lei a oferecer dois tipos de proteínas em seus refeitórios, no almoço e no jantar, todos os dias. Só consegue cumprir a lei se acha frango e boi em quantidade suficiente – e para isso frangos e bois têm de engordar cada vez mais depressa, o que é impossível sem hormônios, rações com complementos químicos, vacinas. Milhares de outras empresas brasileiras precisam, por lei, fazer exatamente a mesma coisa – ou os fiscais vão lhes socar em cima uma quantidade de multas capaz de levar até o Google à falência.
    Como fica, então? Se estivessem pondo “veneno” na comida, você iria ver gente caindo morta na sua frente em cada esquina, todo dia. Em vez disso, a população só aumenta. É óbvio que o uso da química, biogenética e de outras tecnologias na agricultura é uma questão de doses certas, produtos de qualidade, mais segurança quanto aos seus danos prejudiciais à saúde, mais competência no manejo. Mas nunca, também, houve progressos tão espetaculares na melhoria científica dos adubos, pesticidas, transgênicos e tudo o mais que se põe na lavoura. São os fatos. A alternativa é voltar à Idade da Pedra, quando a alimentação era 100% natural – e o sujeito precisava ter uma sorte do cão para chegar vivo aos 30 anos de idade.

Em relação ao uso de tempos verbais no texto, assinale a afirmativa correta

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B ("Em Se estivessem pondo ...")

    Alternativa A: Errada

    O verbo 'haver', no sentido de existir, torna-se um verbo impessoal, sem sujeito, e portanto não é flexionado. Dessa forma, ele não deve ser empregado no plural.

    Alternativa B: Correta

    Neste caso em que temos -sse+-ria, trata-se da correlação verbal pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo.

    Outros exemplos de correlação verbal clássicos: futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Se você fizer o dever, eu ficarei feliz; pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas, e outros exemplos.

    Alternativa C: Errada

    Apesar de se tratar de um sujeito coletivo, "população" é uma palavra no singular, e, portanto, a concordância com ela é no singular também.

    Vale destacar, porém, que, caso o sujeito coletivo esteja especificado (ex.: "a multidão de fãs"), o verbo pode ficar no singular ou no plural (ex.: a multidão de fãs gritou/a multidão de fãs gritaram).

    Alternativa D: Errada

    O único erro da alternativa é afirmar que se trata da voz passiva analítica, pois, nos casos em que apenas se acrescenta a partícula apassivadora "se", teremos a voz passiva SINTÉTICA. O restante da alternativa está correto.

  • Essa é uma questão sobre o uso dos verbos aplicado à interpretação textual. Assim, faz-se necessária a análise de cada uma das alternativas para encontrar a opção correta.

    Na letra A, diz-se que o verbo haver deveria estar no plural por estar se referindo a um substantivo no plural (progressos). No entanto, é preciso recordar que o verbo haver, no sentido de existir, é impessoal, o que significa que ele não varia quanto ao número, figurando sempre no singular.

    Em B, de fato, a correlação verbal é feita pelo verbo estar flexionado no pretérito imperfeito do modo subjuntivo (se eu estivesse, se tu estivesses, se ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles estivessem) e pelo verbo ir no futuro do pretérito do modo indicativo (eu iria, tu irias, ele/você iria, nós iríamos, vós iríeis, eles iriam). Atente-se para o fato de esses verbos são os auxiliares nas locuções verbais em que aparecem (estivessem pondo / iria ver) e que, nas locuções, os verbos que se flexionam são os auxiliares, permanecendo os principais em forma nominal. Visto isso, já encontramos a opção correta a ser marcada.

    Na alternativa C, a forma verbal aumenta não deveria estar no plural, pois, mesmo que a palavra “população" remeta a uma grande quantidade de pessoas, isso não muda o fato de que ela continua sendo um substantivo singular.

     Em D, finalmente, salta à vista um erro teórico, já que a voz passiva analítica não se compõe de verbo mais pronome “se", e sim especificamente do verbo “ser" mais o verbo principal no particípio passado. Além disso, a forma passiva em “nunca se produziu e vendeu tanto (...)" é sintética, composta do verbo na terceira pessoa mais o pronome “se" servindo de partícula apassivadora, o qual, no exemplo acima, foi atraído para a frente do verbo pelo advérbio de negação “nunca".

    Gabarito do professor: Letra B.

  • Questão dificílima.

    É isso que espera vocês na PC-MT.

    :)

  • Acho que em relação a PM as questão vai ser tranquila

  • É nesse nível para pior a PCMT. Fudeu kkkk

    A voz passiva analítica é formada por um verbo auxiliar SER e eventualmente, outro verbo auxiliar, o particípio de um verbo transitivo, uma preposição e o agente da passiva. Exemplo: O trabalho (sujeito paciente) foi (verbo auxiliar) feito (verbo no particípio) por (preposição) ele (agente da passiva).

    nos casos em que apenas se acrescenta a partícula apassivadora "se", teremos a voz passiva SINTÉTICA