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ID
5444353
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.
   São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.
   Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis intermediários.
   As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.
   A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

  D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In: Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.–
dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


Na frase “Não mais e não menos que isso” (último parágrafo), o segmento “e não” poderia ser corretamente substituído por nem, sem prejuízo da coerência do texto.

Alternativas
Comentários
  • o NÃO MAIS não teria que ser substituido por NEM também?:

  • ótimo comentário do Tulio costa nunes

    1. NEM
    2. conjunção coordenativa
    3. serve para ligar palavras e orações negativas, indicando:
    4. advérbio
    5. exprime negação:

    Se trocasse NEM por NÃO MAIS, a frase ficaria:

    A- "NEM e não menos que isso" - TEVE PREJUIZO DA COERÊNCIA DO TEXTO

    B- "NEM NEM menos que isso" - TEVE PREJUIZO DA COERÊNCIA DO TEXTO

    Tire como exemplo:

    "EU QUERO 10 REAIS " AFIRMANDO

    "NÃO MAIS E NÃO menos que isso" - exatamente os 10 reais

    "NÃO MAIS NEM menos que isso" - exatamente os 10 reais

    NÃO TEVE PREJUIZO DA COERÊNCIA DO TEXTO

  • Nem = e + não
  • GAB C

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém os sentidos do texto”, ela se refere aos sentidos originais do texto, ou seja, quer saber se esse sentido foi ou não alterado com a reescrita proposta.

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a coerência no texto”, ela se refere à lógica das ideias, ou seja, quer saber se faz sentido ou não aquela reescrita proposta.

    Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a correção gramatical”, ela está unicamente interessada em saber se as regras gramaticais – de ortografia, pontuação, concordância, etc. – são obedecidas.

  • Gabarito : Certo.

  • E NAO= NEM

  • trata-se de 2 adverbio