SóProvas


ID
5546719
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

exto CG1A1-I

   A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentais passou gradualmente a ironizar tudo o que se relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação exata.
   Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para enfrentar o problema.
   Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do cuidado de si.

Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações). 

Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.  

Mantendo-se a correção gramatical do trecho “essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental” (terceiro parágrafo), o termo “para” poderia ser substituído por a

Alternativas
Comentários
  • Mantendo-se a correção gramatical do trecho “essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental” (terceiro parágrafo), o termo “para” poderia ser substituído por a. 

    para desenvolver. ( POR + INFINITIVO) FINALIDADE.

    SE COLOCAR "a desenvolver" eu sei que mudaria o sentido, mas não sei explicar sobre a correção gramatical, alguém sabe.

    Talvez esteja faltando o termo preposicionado.

    a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais a desenvolver a capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental

  • Discordo: mudaria o sentido, porém manteria a correção gramatical.

  • A CEBRASPE PRECISA ACABAR!

  • ERRADO

    Acredito que a troca do "para" por "a" prejudicaria a coerência textual, o que inviabilizaria a compreensão do que o autor estava discutindo. Isso, por sua vez, acarretaria erro gramatical, pois a compreensão do texto ficaria prejudica, o que torna o uso do "para", nesse contexto, obrigatório.

  • pqp o qc tbm não ajuda, cadê os comentários dos professores ?!

  • poderia ser trocado por à, evolua a algo, corrijam-me se estiver errada

  • Resposta preliminar do prof. Bruno Pilastre, Gran Cursos

    Gabarito preliminar: certo

    Comentário: segundo o Dicionário Houaiss (2009), a preposição “a” também pode introduzir oração subordinada reduzida de infinitivo com valor de finalidade. É exatamente isso o que se propõe no item.

    Faço, no entanto, uma ressalva: Celso Luft, em seu Dicionário Prático de Regência Nominal, não apresenta complemento oracional introduzido por “a” para o adjetivo “essencial”. Se a banca adotar esse posicionamento, o item pode ser julgado como (E).

  • Por favor, peçam para o professor comentar. Obg.

  • Ale, não se pode usar crase antes do verbo desenvolver.

  • Questão esquisita.

    Vou apenas adicionar algo que já vi sendo cobrado :

    Em alguns casos, é possível trocar A por PARA.

  • discordo do gabarito. Há mudança de sentido, mas não erro gramatical.

    A regência de essencial admite a, ao e para.

  • Regência Nominal: Essencial a, para. Vai entender essa Banca

  • Gabarito : Errado.

  • Essenciais a desenvolver( a seria apenas uma preposição). A meu ver ficaria gramaticalmente correta,mas mudaria o sentido.

  • A e para são preposições por isso marquei certo

  • gramaticalmente ficaria correta, o sentido mudaria sim. discordo do gabarito. Não há impedimento de encaixar um possível "artigo" A tendo como consequência uma derivação imprópria, e tornando-o substantivo a palavra seguinte. o que não pode é um "A" acraseado.
  • só vem PPAL HAHAHAHA! VOU DETONAR ESSA BANCA VEIA.

  • Assino o QC por conta dos comentários de alunos. Mas, que falta faz um comentário do professor em questões como essa. Nisso, o Tec da uma pisa no QC.

  • "a" morfologicamente pode ser artigo ou pronome. quando artigo exerce função sintática de adjunto adnominal, em 99% das vezes que é pronome é objeto direto. Na questão o "para" é conjunção, e não exerce função sintática.
  • Gramaticalmente está correto, o sentido muda.

    Ranço da cespe.

  • CESPE E SUAS CESPICES...

  • Acredito que o erro está no fato de ter sido trocada uma conjunção de finalidade( Para) pela preposição (a), acarretando, pois, perda de sentido e prejuízo gramatical.

  • Cadê os doutrinadores da gramatica para passar mais um pano pra CESPE?

    questões sem nexo tornarem realidade, para banca com mais casos de vazamento de gabaritos do país.

  • PARA + VERBO NO INFINITIVO = ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL. Logo, não da para trocar apenas pela preposição "A", pois além de mudar o sentido irá acarretar em erro gramatical, até mesmo pela regência!

  •  "como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais a desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental"

    Essa frase não faz sentido

  • Gente, a troca não manteria a correção gramatical, uma vez que esse "a" deveria ter crase. PROTETIVAS À SAÚDE MENTAL. Espero ter ajudado!

  • Errado

    Não poderia ser substituído pois seria um erro gramatical devido a palavra subsequente não ser passivel de receber crase.

    Acho que o erro está aí.

  • muda o sentido!!!concordo

  • Pessoal, solicitem o comentário dessa questão ao QC. O prof. só comenta se houver um grande número de solicitação.

  • NOS TERMOS DE SEMANTICA NÃO MUDARIA, MAS EM CONCORDÂNCIA SIM

  • gabarito E

    Como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Teria uma forma de tornar a assertiva verdadeira: a preposição "para" poderia ser trocada por, para o desenvolvimento (...). O verbo desenvolver, dessa forma torna-se um substantivo, e as alternativas têm o sentido de finalidade.

  • Tô vendo uns comentários sobre "crase". Gente não tem crase, não justifiquem errado com uma crase que não tem ali no enunciado, pelo amor. Você pode colocar uma preposição 'a' isolada, sem precisar da crase.

    A questão deve ter usado um gramático específico para se justificar do gabarito, como o comentário da Chris Prado menciona.

    Gramaticalmente, tanto "para" quanto "a", preposições isoladas, podem indicar finalidade. Então, gramaticalmente está correta a substituição, apesar do sentido ficar um pouco confuso. Pelo histórico da Cespe, quando ela pede apenas correção gramatical, pouco importa o sentido ou coerência, sendo assim o gabarito deveria ter sido "correto". Mas não o foi, sabe lá pq na cabeça do examinador. Bola pra frente.

  • Vejamos: Correção gramatical.

    "Essenciais para desenvolver capacidade de escuta..." CERTO

    Ficaria: "Essenciais a desenvolver capacidade de escuta..."

    Erro de concordância e regência (Essenciais a desenvolver???)

    Essenciais aceita preposições PARA e A.

    Forma correta:

    Essenciais ao desenvolvimento da capacidade de escuta. CERTO

  • Essa ai eu deixaria em branco na hora.

  • GALERA EU ACHO MELHOR VOCÊS NÃO,MANIFESTAREM SUAS CRITICAS CONTRA BANCA AQUI NÃO! ATÉ POR QUE NÃO ADIANTAR DE NADA. O CERTO É VCS TODOS SE RENUIR E IR UMA DIA NA INSTITUIÇÃODA CESPE E RECLAMAR PESSOALMENTE

  • Essenciais PARA desenvolver capacidade de escuta e (PARA) habilidades protetiva. Se trocasse o PARA pelo A, deveria ficar: 1- essencial A desenvolver capacidade de escuta. 2- e AS habilidades protetivas
  • É em questões como essa que eu confio na vozinha que os meus anos e anos de leituras de livros diversos criaram na minha cabeça, e acabo acertando, porque estaria lascado se fosse pelo conhecimento detalhado da gramática. kkkk

  • D E S G R A Ç A D E B A N C A

  • Palavra essencial admite duas regências "para" e "a"

    essencial à realização desses desejos ok

    essencial para realização desses desejos ok

    Não vejo motivo para o gabarito ser errado, não fere a correção gramatical.

    NÃO CONCORDO COM O GABARITO.

  • "PARA" NO TEXTO ACIMA SENTIDO DE FINALIDADE.

    "A" PREPOSIÇÃO

  • "como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental"

    Se modificarmos a ordem da frase:

    "como se para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais"

    Agora ao tentarmos substituir o para por a:

    "como se a desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais"

    Não me parece admitir a preposição a ali. Mas sinceramente não consigo argumentar tecnicamente...

  • Erro de regência nominal.

  • Essenciais para desenvolver capacidade de escuta...

    Essenciais a desenvolver capacidade de escuta...

  • Essa questão trata de reescrita textual e expõe um trecho no qual se sugere a troca da preposição “para" pela preposição “a". Assim, é válido analisar o trecho em pauta recuperando uma parte não exposta pela banca no enunciado:

    Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Aqui, percebe-se que a preposição “para" tem valor de finalidade, indicando um objetivo: “como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais no objetivo de desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental".

    No entanto, ao fazer a troca de “para" por “a", teremos a estrutura preposição “a" mais verbo “desenvolver" no infinitivo, que resulta em uma construção com valor de gerúndio (“a desenvolver" = “desenvolvendo"):

    (...) como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais desenvolvendo capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Visto isso, chegamos a duas conclusões. Em primeiro lugar, é claro que há uma mudança no sentido original da frase. Porém, e isso é o que mais nos importa aqui, o trecho reescrito continua gramaticalmente correto. Sendo assim, o termo “para" poderia, sim, ser substituído por “a" mantendo-se a correção gramatical do trecho. Desse modo, é certo dizer que a banca errou em seu gabarito, já que este afirma que a troca da preposição “para" pela preposição “a" produziria incorreção gramatical, o que não é verdadeiro.

    Gabarito do professor: CERTO.

    Gabarito da Banca:
    ERRADO.
  • Essa questão trata de reescrita textual e expõe um trecho no qual se sugere a troca da preposição “para" pela preposição “a". Assim, é válido analisar o trecho em pauta recuperando uma parte não exposta pela banca no enunciado:

    Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Aqui, percebe-se que a preposição “para" tem valor de finalidade, indicando um objetivo: “como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais no objetivo de desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental".

    No entanto, ao fazer a troca de “para" por “a", teremos a estrutura preposição “a" mais verbo “desenvolver" no infinitivo, que resulta em uma construção com valor de gerúndio (“a desenvolver" = “desenvolvendo"):

    (...) como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais desenvolvendo capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Visto isso, chegamos a duas conclusões. Em primeiro lugar, é claro que há uma mudança no sentido original da frase. Porém, e isso é o que mais nos importa aqui, o trecho reescrito continua gramaticalmente correto. Sendo assim, o termo “para" poderia, sim, ser substituído por “a" mantendo-se a correção gramatical do trecho. Desse modo, é certo dizer que a banca errou em seu gabarito, já que este afirma que a troca da preposição “para" pela preposição “a" produziria incorreção gramatical, o que não é verdadeiro.

    Gabarito do professor: CERTO.

    Gabarito da Banca: ERRADO.

  • Eu sou ruim em português, e acertei. Fui aprender com os comentários. E cheguei a conclusão que sou pior que eu imaginava.

    Confio muito mais em vocês do que em mim kkkk

  • Além de estudar tudo o que engloba o Português, temos que pensar com a cabeça da banca, é amigo. Vamo q vamo

  • Clauton, a questão não pergunta sobre sentido, pergunta apenas sobre correção gramatical.
  • ELA COBROU ESSA MESMA QUESTAO NA PROVA DA POLICIA MILITAR DO MARANHAO NO ANO DE 2017, MESMA QUESTAO, TROCAR O "A" PELO PARA E CONSIDEROU CERTO NO ASPECTO GRAMATICAL.

  • A questão quer saber se muda o sentido( Relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I. ) então o gabarito esta errado mesmo.

    Não está analisando correção gramatical e sim sentido.

    Se eu estiver errada, favor me corrija!

  • CEBRASPE, eu sou uma piada pra você?

  • Pra mim, tá certo. O professor diverge do gabarito dado pela banca também.
  • Acertei por ainda não entender bem esse assunto. kkkkkkkkk. Errei ao ver os comentários.
  • Aos que erraram essa questão, parabéns.

  • DISCORDO; Manteria a correção gramatical, porem mudaria o sentido.

  • Errado

    pelo simples motivo de eu não saber se esse termo A é um artigo ou uma preposição.

    dispensando o lado coerente né...

  • A EXPLICACAO DO PROF DO QCONCURSO EH BOA. DAH UMA OLHADA

  • como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    A parte que eu destaquei em vermelho não é uma oração subordinada adverbial final?

    O "para" seria uma conjunção adverbial de finalidade. A questão fica errada porque a banca estaria substituindo uma conjunção por uma preposição. note que "a" não pode ser conjunção.

    Penso assim porque há dois verbos (fossem, desenvolver), portanto, duas orações distintas. Preposição não liga orações, quem faz isso são as conjunções.

  • Essa questão trata de reescrita textual e expõe um trecho no qual se sugere a troca da preposição “para" pela preposição “a". Assim, é válido analisar o trecho em pauta recuperando uma parte não exposta pela banca no enunciado:

    Esse é o desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Aqui, percebe-se que a preposição “para" tem valor de finalidade, indicando um objetivo: “como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais no objetivo de desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental".

    No entanto, ao fazer a troca de “para" por “a", teremos a estrutura preposição “a" mais verbo “desenvolver" no infinitivo, que resulta em uma construção com valor de gerúndio (“a desenvolver" = “desenvolvendo"):

    (...) como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais desenvolvendo capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental.

    Visto isso, chegamos a duas conclusões. Em primeiro lugar, é claro que há uma mudança no sentido original da frase. Porém, e isso é o que mais nos importa aqui, o trecho reescrito continua gramaticalmente correto. Sendo assim, o termo “para" poderia, sim, ser substituído por “a" mantendo-se a correção gramatical do trecho. Desse modo, é certo dizer que a banca errou em seu gabarito, já que este afirma que a troca da preposição “para" pela preposição “a" produziria incorreção gramatical, o que não é verdadeiro.

    Comentário do professor do QC, Gabarito do professor: CERTO.

    Gabarito da Banca: ERRADO.

  • Pode ser trocado por "ao"

  • rapaz para mim mudaria o sentido mas correção gramatical,não.