GABARITO: B
O examinador não pediu sentido, apenas pontuação. Vamos lá:
A) As pessoas, (x) que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
➥ Errado. Pessoal, ou você coloca vírgula nos dois lados da oração explicativa (, que vão ao consultório de um dentista,) ou não coloca nenhuma, tornando-a uma oração restritiva. Uma só? Nem pensar!
(B) As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
➥ Correto. Aqui o examinador optou por não colocar vírgula na oração, tornando-a restritiva. Como ele só quer saber da pontuação, e não do sentido, a gente marca essa. Se ele nos perguntasse: Ao retirar a vírgula, o sentido é alterado, estaria correto. Com a vírgula teríamos uma oração explicativa. Sem a vírgula, restritiva.
- "As pessoas, que vão ao consultório de um dentista, sempre abrem a boca, mas não dizem nada." → Aqui temos uma oração explicativa. Ela explica que todas as pessoas abrem a boca e, além disso, elas vão ao dentista.
- "As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca" → Aqui a gente restringiu o sujeito quando retiramos as vírgulas. Não são todas as pessoas que abrem a boca, apenas as que vão ao dentista.
➥ Percebeu? A vírgula altera o sentido, mas quanto à correção gramatical, tudo certindo, em ambas as orações.
(C) As pessoas que vão ao consultório, (x) de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
➥ Errado. Vão ao consultório de quem? De um dentista. Veja que o termo caracteriza o consultório. Não é qualquer um, é um de dentista. Não podemos empregar a vírgula entre o termo e seu complemento.
(D) As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre, (x) abrem a boca mas, (x) não dizem nada.
➥ Errado. A primeira vírgula não pode ser empregada, pois há quebra no sentido (sujeito x verbo). Elas sempre o quê? Elas sempre abrem a boca. Se colocássemos a vírgula ali, estaríamos separando o sujeito (pessoas) do verbo (abrir). A segunda vírgula é errada, pois não colocamos, em regra, vírgula à frente da conjunção “mas”, exceto se houver algum termo deslocado na oração.
- Correção: “(...) sempre abrem a boca, mas não dizem nada”
(E) As pessoas que vão ao consultório de um dentista, (x) sempre abrem a boca mas não dizem, (x) nada.
➥ Errado. A primeira vírgula está errada. Se quisermos separar a oração “que vão ao consultório”, devemos colocar vírgula nos dois lados, como já explicado. Apenas em um, não! Ou nos dois lados ou em nenhum. Lembrando que o sentido seria alterado com a inserção/exclusão das vírgulas, como já expliquei. A segunda separa o verbo do complemento, o que, também, é proibido. Quem diz, diz alguma coisa (dizem nada).
Espero ter ajudado.
Bons estudos! :)
A As pessoas, que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
B As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
C As pessoas que vão ao consultório, de um dentista sempre abrem a boca, mas não dizem nada.
D As pessoas que vão ao consultório de um dentista sempre, abrem a boca mas, não dizem nada.
E As pessoas que vão ao consultório de um dentista, sempre abrem a boca mas não dizem, nada.