- ID
- 5614573
- Banca
- Unesc
- Órgão
- Prefeitura de Laguna - SC
- Ano
- 2022
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Zé Alegria
Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes
e isolados.
Eles estendiam suas roupas surradas no varal e
alimentavam seus magros cães com o pouco que
sobrava das refeições.
Todos que viviam ali trabalhavam na roça do Sinhozinho
João, um homem rico e poderoso. Esse, sendo dono de
muitas terras, exigia que todos trabalhassem duro,
pagando muito pouco por isso.
Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era
Zé Alegria.
Era um jovem agricultor em busca de trabalho.
Recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar
enquanto trabalhasse ali.
O jovem vendo aquela casa suja e largada, resolveu
dar-lhe vida nova.
Pegou uma parte de suas economias, foi até a cidade e
comprou algumas latas de tinta.
Chegando em casa, cuidou da limpeza e, em suas horas
vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e
brilhantes, além de colocar flores nos vasos.
Aquela casa limpa e arrumada chamava a atenção de
todos que passavam.
O jovem sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, era
por isso que tinha esse apelido.
Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando
com o pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou bem para os amigos e disse:
- Bem, esse trabalho, hoje é tudo que eu tenho.
Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por
ele.
Quando aceitei este trabalho, sabia de suas limitações.
Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando.
Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.
Os outros olharam admirados. "Como ele podia pensar
assim?"
Afinal, acreditavam ser vítimas das circunstâncias
abandonados pelo destino...
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a
atenção de Sinhozinho, que passou a observar à
distância os passos dele.
Um dia Sinhozinho pensou:
- Alguém que cuida com tanto cuidado e carinho da casa
que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha
fazenda.
Ele é o único aqui que pensa como eu.
Estou velho e preciso de alguém que me ajude na
administração da fazenda.
Sinhozinho foi até a casa do rapaz e, após tomar um
café bem fresquinho, ofereceu ao jovem um emprego de
administrador da fazenda.
O rapaz prontamente aceitou.
Seus amigos agricultores novamente foram
perguntar-lhe:
- O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e
outras não?
E ouviram, com atenção, a resposta:
- Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito
e o principal é que:
A vida é como um navio, e nós é que somos o capitão,
não somos vítimas do destino. Existe em nós o
livre-arbítrio, e com ele a capacidade de realizar e dar
vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada
um"
O pronome em destaque no trecho: "Os outros
trabalhadores LHE perguntavam", está exercendo a
função sintática de: