SóProvas


ID
5641678
Banca
UFU-MG
Órgão
UFU-MG
Ano
2022
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto abaixo refere-se à questão.


RETOMANDO A APRENDIZAGEM DEPOIS DA CRISE


Claudia Costin


    A recente divulgação de um estudo do Insper mostrando as perdas de aprendizagem ocorridas durante o período de fechamento das escolas revelou o que muitos já intuíam: a presencialidade é fundamental, especialmente para crianças e jovens e, mesmo que estratégias adequadas de ensino remoto tenham sido criadas, tanto por escolas particulares como públicas, o despreparo geral para lidar com uma crise tão grave e repentina não facilita a aprendizagem. Além disso, para parte dos alunos, a falta de conectividade e de equipamentos tornou o processo bem mais desafiador.

    O estudo tentou quantificar as perdas em ganhos futuros dos atuais alunos de Ensino Fundamental e Ensino Médio, por ter tido acesso apenas a uma fração dos aprendizados esperados. E as perdas consolidadas chegariam a 700 bilhões de reais. Mas, infelizmente, o quadro pode se mostrar ainda mais dramático, frente ao advento da chamada 4ª Revolução Industrial, em que postos de trabalho vêm sendo extintos numa velocidade sem precedentes na História. Sim, outros postos serão criados, mas demandarão competências de nível muito mais sofisticado, como pensamento crítico, capacidade de fazer análises mais aprofundadas e resolução colaborativa de problemas complexos com criatividade.

    Neste contexto, contar apenas com habilidades básicas não será mais suficiente. A Educação deverá se preparar para oferecer um aprendizado bem mais aprofundado em todos os níveis de ensino. Além disso, a crise da Covid trouxe um outro problema, para além da perda de aprendizagens: o fantasma do abandono escolar e até o da retomada do trabalho infantil. Evidentemente, para fazer frente a estes enormes desafios, precisaremos de um esforço nacional e de boas políticas públicas que incluem a busca ativa das crianças e dos jovens que deixaram a escola.

    Mas há algo que cada escola, particular e pública, pode fazer para recuperar, ao menos parcialmente, o que se perdeu. Primeiro, na volta às aulas presenciais, depois de um acolhimento adequado, fazer uma boa avaliação diagnóstica que permita à equipe escolar, trabalhando como time, definir um plano de ação claro que inclua uma priorização do currículo. Precisamos saber o que ainda dá tempo de ensinar até o fim deste ano letivo, começando por um nivelamento geral para relembrar o que deveria ter sido aprendido no ano ou semestre anterior.

    Também ajuda usar a tecnologia como aliada, num processo de ensino híbrido, agora com a escola aberta. Em escolas que atendem alunos em situação de vulnerabilidade, ajuda autorizá-los a ficar mais tempo na escola em espaços como sala de leitura ou de informática, com equipamentos coletivos à sua disposição e bons recursos digitais voltados à recuperação ou ao ensino remoto.

    As plataformas adaptativas, caso a escola tenha acesso a elas, que ajudam o professor a identificar exatamente as insuficiências de aprendizagem de cada aluno e o remetem para a aula digital que ainda não domina, podem ser instrumentos poderosos.

    Mas, o mais importante é que engajemos os alunos num processo de ensino mais aprofundado e motivador, formando pensadores autônomos, capazes de formular seus próprios julgamentos. Estes não serão substituídos por máquinas e poderão ajudar a construir um mundo menos sujeito a crises, como a que atualmente vivemos. Assim seja!


Disponível em: https://conteudoaberto.ftd.com.br/home-professor/educacao-em-foco/retomando-aaprendizagem-depois-da-crise-por-claudia-costin/#. Acesso em: 19 nov. 2021.

No início do terceiro parágrafo, os dois primeiros períodos, se reduzidos a um só na ordem em que se encontram, seriam relacionados por um termo, estabelecendo relação de

Alternativas
Comentários
  • A questão é de morfologia e quer saber, se reduzirmos os dois primeiros períodos do terceiro parágrafo a um só na ordem em que se encontram, qual a relação estabelecida pela conjunção inserida entre eles. Vejamos:

     .

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e fazem que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     .

    A) conclusão.

    Certo. Há entre o primeiro e o segundo parágrafo um relação de conclusão: "Neste contexto, contar apenas com habilidades básicas não será mais suficiente, POR ISSO a Educação deverá se preparar para oferecer um aprendizado bem mais aprofundado em todos os níveis de ensino."

    Conjunções coordenativas conclusivas: têm valor semântico de conclusão, fechamento, finalização...

    São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (depois do verbo), então, assim, destarte, dessarte...

    Ex.: Estudamos muito, por isso passaremos no concurso.

     .

    B) oposição. 

    Errado.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     .

    C) tempo.

    Errado.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     .

    D) causa.

    Errado.

    Conjunções subordinativas causais: têm valor semântico de causa, motivo, razão...

    São elas: porque, porquanto, como, uma vez que, visto que, já que, posto que, por isso que, na medida em que, dado que...

    Ex.: Já que você está estudando bastante, suas chances de passar em concurso são enormes.

     .

    Gabarito: Letra A

  • Sinceramente meus amigos eu não estou entendendo nada.

    Eu estou no curso errado, preciso de um método aplicado para iniciante.

  • Conunções conclusivas: pois (depois do verbo), portanto, assim, por isso, logo, em vista disso, então, por conseguinte, consequentemente, desta forma, destarte, assim sendo